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INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

A BANCA E AS NOVAS TECNOLOGIAS:


BNI E O LEVANTAMENTO SEM CARTÃO MULTICAIXA

LUANDA, 2018
INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

AFONSINA CRUZ

EDSON CATUMBELA

EUGÉNIO CAMPOS

JEDSON SILVA líder

JÉSSICA ALMEIDA

JÚLIA NETO

MANUEL TUNGUIMUTCHUMA

A BANCA E AS NOVAS TECNOLOGIAS:


BNI E O LEVANTAMENTO SEM CARTÃO MULTICAIXA

LUANDA, 2018
ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
Delimitação do problema .................................................................................................................... 5
Questão de partida.............................................................................................................................. 5
Justificação do tema ............................................................................................................................ 5
Objectivos ........................................................................................................................................... 5
Hipóteses ............................................................................................................................................ 6
Estrutura e organização do trabalho ................................................................................................... 6
I. A BANCA E AS NOVAS TECNOLOGIAS .............................................................................................. 7
1.1 BANCO ..................................................................................................................................... 7
1.2 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS BANCOS ......................................................................................... 8
1.3 TIPOS DE BANCOS E CARACTERÍSTICAS .................................................................................... 8
1.4 APLICAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA BANCA ............................................................... 10
1.4.1 O Cliente e as novas tecnologias .................................................................................... 11
1.4.2 Vantagens e desvantagens das tecnologias self-service ................................................. 12
II. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO ................................................................................................ 13
2.1 MÉTODO ................................................................................................................................ 13
2.2 CRITÉRIOS DE PESQUISA CIENTÍFICA ...................................................................................... 13
2.2.1 Natureza......................................................................................................................... 14
2.2.2 Abordagem..................................................................................................................... 14
2.2.3 Objectivos ...................................................................................................................... 14
2.2.4 Procedimentos técnicos ................................................................................................. 15
2.3 VARIÁVEIS.............................................................................................................................. 15
2.4 UNIVERSO DE PESQUISA ........................................................................................................ 15
2.5 BNI E O LEVANTAMENTO SEM MULTICAIXA .......................................................................... 15
2.5.1 População e amostra ...................................................................................................... 15
2.5.2 Banco BNI: visão, missão e valores ................................................................................. 16
2.5.3 BNI e prestação de serviços tecnológicos ....................................................................... 17
2.5.4 Levantamento no multicaixa sem cartão ....................................................................... 17
CRONOGRAMA...................................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 20
INTRODUÇÃO

No âmbito do curso de Licenciatura em Contabilidade e Finanças, decorre o presente trabalho


que consiste na elaboração de um projecto de investigação científica para a disciplina de Métodos
de Investigação Científica.

Segundo Duarte Galhardas1, o sistema financeiro assume um papel de destaque na economia


angolana, funcionando como um motor para o desenvolvimento do país, bem como um forte
aliado do progresso tecnológico e da inclusão social.

A Banca introduziu as tecnologias emergentes como forma de diferenciação num mercado cada
vez mais competitivo, para permitir maior acessibilidade e comodidade aos seus clientes e para
aumentar a produtividade com a consequente redução de custos.

Numa abordagem qualitativa, “A Banca e as Novas Tecnologias” visa perceber como a inovação
proporcionada pelos meios tecnológicos afecta a qualidade dos serviços, as expectativas e a
satisfação dos clientes. É uma pesquisa, sobretudo bibliográfica e documental, baseada no
método hipotético-dedutivo, para alcance dos resultados.

No plano/estrutura, procuramos dar corpo ao problema, a delimitação do tema, objectivos,


justificativa, hipóteses, estratégia e metodologia, bem como fontes e bibliografia.

Como o projecto não é obra definitiva e sem mais palavras, partimos para o tratamento do
mesmo.

1
Country Managing Partner da Deloitte Angola
Delimitação do problema

Segundo Padranov e Freitas (2013, pág. 77), delimitar um assunto significa seleccionar um tópico
ou a parte dele que desperta maior interesse por parte do pesquisador, como também da
comunidade académica e profissional, indicando assim sob que ponto de vista o assunto será
focalizado.

Este trabalho visa perceber a influência dos serviços tecnológicos na vida dos clientes. Reporta-
se ao período que compreende à data de lançamento do serviço de levantamento sem cartão
multicaixa, de 30 de Abril de 2018 à 08 de Junho do referido ano.

Questão de partida

Qual a influência do pagamento e serviços sem o uso do cartão multicaixa aos clientes do BNI?

Justificação do tema

A segurança nas transacções comerciais, facilidade de movimentação, economia de trabalho e de


tempo, são razões suficientes e plausíveis, quer para os consumidores dos produtos bancários,
quer para os próprios bancos, para apostarem nas novas tecnologias a fim de satisfazer e fidelizar
os seus clientes.

Objectivos

Objectivo geral

 Perceber a possibilidade do levantamento de capital monetário sem o uso do cartão


multicaixa.

Objectivos específicos

 Analisar a viabilidade do levantamento de dinheiro pelos clientes do BNI, sem o uso do


cartão multicaixa;
 Identificar vantagens da aplicação desta tecnologia para clientes do banco BNI;
 Identificar as desvantagens da aplicação desta tecnologia aos clientes do banco BNI;
Hipóteses

1. Quanto maior a possibilidade do levantamento de capitais sem o cartão multicaixa, menor


a possibilidade de assaltos;
2. Quanto mais os clientes BNI fizerem o uso desta tecnologia, menor a necessidade de
impressão de notas, menor e necessidade de deslocar-se ao banco para levantamento,
maior a satisfação dos clientes;

Estrutura e organização do trabalho

O trabalho está estruturado em 4 partes principais:

 A primeira parte refere-se à introdução do trabalho, onde é descrita a motivação e a


relevância introdutória do tema, define-se e contextualiza-se o problema e os objectivos
pretendidos;

 No segundo capítulo, fizemos uma revisão bibliográfica das considerações gerais do tema,
falando sobre “A Banca e as Novas Tecnologias”, não obstante da realidade do mercado
angolano;

 No terceiro capítulo, falamos da metodológica de investigação aplicada na nossa pesquisa;

O quarto capítulo foi apresentação do estudo de caso e, consequentemente, fez-se a


apresentação dos resultados alcançados ao longo do trabalho e as suas discussões;
I. A BANCA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Este capítulo consiste na apresentação de conceitos afectos ao tema de pesquisa, com o objectivo
de esclarecer o leitor sobre o que é a banca e qual a sua relação com as novas tecnologias.

1.1 BANCO

Agências bancárias (ou bancos, como é popularmente designado) são empresas financeiras,
instituídas governamentalmente, para auxílio da sociedade na alocação de capitais financeiros
próprios (ou de terceiros), segundo uma co-relação contratual (que envolve custo, risco e prazo)
entre o cliente e os patrocinadores2. Por outras palavras, os bancos são instituições financeiras
intermediárias entre superavitários e deficitários (capação de recursos e empréstimos a juros), a
fim de gerar lucro (também conhecido como spread bancário). Para além de estabelecer um papel
intermediário entre duas entidades com o fim de gerar lucro, os bancos também permitem o
depósito de capital para poupança, financiamento de bens patrimoniais (casas, carros, empresas,
etc.), troca de moedas estrangeiras, pagamento de serviços, entre outros.

As Instituições financeiras são empresas que desempenham o papel de administrar o dinheiro


para posterior aplicação no mercado segundo normas e critérios próprios, isto é, fornecem
serviços como intermediários nos mercados financeiros. Estas instituições não são todas iguais,
existem três tipos de instituições financeiras:

1. Depositárias: como os bancos e outras instituições que gerem depósitos e fazem


empréstimos (sociedades de construção, cooperativas de crédito, empresas de confiança,
empresas de empréstimo hipotecário).
2. Contratuais: como Companhias de seguros e fundos de pensão;
3. De Investimento: como bancos de investimentos, correctoras e subscritores;

2 Os patrocinadores (ou stakeholders) são um conjunto de elementos, entidades físicas ou jurídicas com interesses nas

operações. Podem ser clientes, accionistas, colaboradores, cooperadores, fornecedores, ou ainda agências reguladores do
mercado
1.2 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS BANCOS

Segundo dados publicados pela Associação Angolana de bancos (ABANC), as principais funções
dos bancos em Angola são:

a. Realização de transacções bancárias (transferências interbancárias, pagamentos salarias,


recepção e pagamento de cheques;
b. Gestão de depósitos de clientes (contas à ordem ou contas à prazo);
c. Concepção de créditos (clientes particulares, empresas ou Estado);
d. Disponibilização de serviços cambiais (compra e venda de notas ou moedas estrangeiras
ou ainda de cheques de viagens);
e. Disponibiliza sistema de pagamentos modernos;
f. Promoção da poupança;
g. Promoção do investimento e desenvolvimento económico;
h. Aluguer de cofres;
i. Realização de consultoria, guarda, administração e gestão de valores imobiliários;
j. Realização operações de locação financeira;
k. Realização operações no mercado de capitais;
Fonte: ABANC, 2018. Http://www.abanc.ao/educacao-financeira/conhecer-a-banca/para-que-servem-os-bancos/

1.3 TIPOS DE BANCOS E CARACTERÍSTICAS

Segundo pesquisas (Cordeiro, 2014), os bancos não funcionam todos da mesma forma pois
existem 5 tipos de bancos: o comercial, o comunitário, o de desenvolvimento e o investimento, e
o banco misto.

 O Banco de Investimentos: são instituições privadas que aplicam o seu capital em diversos
investimentos como mercado financeiro, bolsa de mercadorias e Futuros.
Como exemplos temos, o banco BAI (Banco Angolano de Investimentos), BNI (Banco de
Negócios Internacional), Banco Kwanza Invest; Banco Económico S.A.;
 O Banco de desenvolvimento: é o banco que financia projectos de diferentes
características a fim de promover o desenvolvimento económico de uma determinada
região (rural, urbana ou mista).

Em Angola são conhecidos os bancos BDA (banco de Desenvolvimento de Angola), BFA (banco de
Fomento Angola), Banco Caixa Geral de Angola, Banco Valor S.A., BCP (Banco de Poupança e
Crédito); Banco BAI Microfinanças, Banco Sol, Banco Yetu, Banco Postal

 O Banco Comercial: consiste em bancos que captam fundos de operações passivas3 e/ou
activas de carácter comercial e financeiro ou ainda pela prestação de serviços ao público
em geral (venda e compra de moedas, garantias bancárias, pagamentos salariais, arquivo
de valores e custódia de títulos.

Em Angola é conhecido o banco BANC (Banco Angolano de Negócios e Comércio S.A.), Banco BCA
(Banco Angolano de Negócios e Comércio); o Banco Comercial do Huambo e o Banco Keve.

 O Banco Comunitário, é o banco que opera em localidades e promove microcréditos para


famílias modestas e actividades comunitárias como agricultura, indústria, negócios e
outros serviços locais. Por vezes pode oferecer serviços como a compra e venda de
moedas estrangeiras. Em Angola são conhecidos o Banco Comércio e Indústria (BCI),
Banco de Investimento Rural (BIR), Banco Regional do Keve, Banco de Crédito do Sul,
Banco Mais (antigo banco de Pungo Andongo).
 O Banco Misto, é o tipo de banco de adiciona as particularidades dos bancos apresentados
anteriormente, como é o caso do Standard Bank Invest, Banco Millenium Atlântico, Banco
de Negócios Internacional.

3Operações de depósito a vista, depósito a prazo e com pré-aviso, certificados de depósito, e fundos de investimento ou ainda o
crédito bancário.
1.4 APLICAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA BANCA

Com o avanço das novas tecnologias são visíveis e notórios em todos sectores empresariais, e a
banca não ficou indiferente ao potencial dos serviços automatizados em prol de maior eficiência
e produtividade face ao perfil do cliente contemporâneo que exige um contacto cada vez mais
virtual e pouco físico. Como resposta às necessidades actuais, os bancos no estrangeiro há muito
que desenharam e implementaram as plataformas de comunicação virtual onde são
apresentados e “oferecidos” todos os serviços disponíveis, crendo no aumento gradual de
utilizadores online e disponibilização de ferramentas digitais (tecnologias móveis), o que exigiu
um investimento e treinamento para domínio das mesmas (tecnologias self-service).

As tecnologias self-service, como são designadas na Tese de gestão, têm a vantagem na


disponibilização de serviços e transacções directas 24horas por dia, sem limitação de horário de
funcionamento, mas o cliente deve sentir-se capacitado, motivado e confiante na utilização
destes serviços. Caso contrário, não seria possível a fidelização de clientes.

Com a implementação das tecnologias self-service no mercado financeiro haveria um forte risco
de perca de clientes devido a redução do contacto físico entre cliente e a “banca”, mas estas
vieram revolucionar a identidade do cliente na Banca, apostando no conhecimento das
características pessoais do público-alvo.

Não havendo necessidade do contacto físico entre o cliente e a banca, a curto/médio prazo as
operações dos serviços foram industrializadas, substituindo gradualmente as pessoas por
máquinas (internet banking, ATM-Aparelho multicaixas, TPA-Terminais de pagamento
automático), garantindo sempre maior qualidade de serviço.

 Caixas Automáticos (Multicaixa), consiste na disponibilização de sistemas interbancários


em caixas automáticos que disponibilizam serviços bancários aos clientes, assim como:
levantamento de dinheiro, pagamentos de serviços, transferências interbancárias ou
ainda venda de bilhetes (cinema, concertos, shows, etc).

Fonte: Infopédia (2018) https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/multibanco


 Terminais de Pagamento Automático (TPA), é um dispositivo electrónico com um sistema
de transacções comerciais, que permite ao cliente o pagamento de um produto/serviço,
inserindo apenas o cartão do banco e a digitalização do pin pessoal em qualquer parte do
mundo. As operações desenvolvem-se após a leitura de dados do cartão e oferece
comodidade ao usuário, como por exemplo, facilidade do pagamento em quantias
avultadas (e superior ao levantamento autorizado em multicaixas), emissão automática
dos recibos, rapidez no serviço de atendimento, e menor risco de assaltos. Os TPA´s
podem ser móveis, fixos, portáteis ou self-service.

Fonte: Economias (2018) https://www.economias.pt/terminal-de-pagamento-automatico como-funciona/

 Internet Banking (Banco Online), é uma extensão dos serviços bancários disponíveis ao
cliente 24horas por dia e permite o fácil a sua conta bancária à distância em diferentes
plataformas digitais (telemóvel, computador, tablet), a partir da disponibilização de um
código pessoal, sem necessidade e instalação de um software ou hardware adicional.

É útil para a realização de diferentes serviços, entre os quais: pagamentos diversos serviços
(salários, despesas domésticas e outros), transferências bancárias e interbancárias, verificação de
movimentos bancários na conta, aquisição de seguros e créditos. São páginas na internet
protegidas pelo protocolo HTTP e o tráfego de toda a informação (incluindo a encriptação da
senha), reduzindo a possibilidade de invasão por hackers. A vulnerabilidade deste serviço poderá
estar na idade do usuário, o grau intelectual do cliente, dificuldade de acesso à internet, ausência
de apoio físico de um gestor bancário, falta de apoio no processo de análise do consumidor.
(LIMEIRA, 2013)

1.4.1 O Cliente e as novas tecnologias

O cliente moderno é um cliente mais exigente, mais crítico e com menos tempo para grandes
diálogos. Como consumidor ele cria grandes expectativas e espera sempre um atendimento de
qualidade, com produtos satisfatórios no menor espaço de tempo possível, mas com preços
acessíveis ao seu estilo de vida.
As novas tecnologias devem corresponder a estas exigências modernas, para garantir o sucesso
contínuo e o crescimento económico da banca. “(...)As tecnologias de informação têm potencial
para serem mais eficazes do que o serviço personalizado, (...) pelo que há necessidade de
tecnologia para facilitar o crescimento da utilização do self-service levou a uma maior necessidade
de as integrar na concepção de serviços modernos” (...) (Hilton e Hughes, 2008, pág. 24).

A evolução e adaptação às novas tecnologias, alterou o funcionamento da banca que é desafiada


a apostar no marketing digital para oferta dos seus serviços para maior fidelização de clientes,
atendendo ao seu perfil.

1.4.2 Vantagens e desvantagens das tecnologias self-service

Embora parecer ser a salvação de todos os consumidores, o serviço self-service não é aplaudido
em todas as camadas sociais e em todas faixas etárias, provocando medo, estranheza e rejeição
devido a ausência do atendimento físico e personalizado. Em algumas localidades mais
tradicionais ou com nível escolar mais baixo ainda é frequente a formação de filas de espera que
induzem ao atendimento moroso e insatisfatório, prejudicando a imagem dos próprios bancos.

Segundo Rodrigues (2013), os serviços self-service também apresentam desvantagens,


nomeadamente: ausência de contacto físico e relacionamento face-to-face; ausência de serviço
personalizado; medo e rejeição; necessidade de treinamento e incentivo ao uso das novas
tecnologias; falhas técnicas no sistema; actualizações e manutenções constantes das informações
online; menor necessidade de recursos humanos (desemprego); limitação no acesso (idade,
extracto social, escolaridade).

Mas até ao momento as vantagens parecem ter maior impacto na banca e os resultados são
satisfatórios e do agrado da maioria do público-alvo, nomeadamente: fácil e rápido acesso
(através da disponibilização de código, senha e/ou pin); disponibilidade dos serviços 24h/24h;
informação simples, directa e objectiva; Informação actualizada; Ausência de filas de espera;
rapidez nas operações; menor necessidade de empregabilidade; maior investimento interno;
maior produtividade na banca; maior controlo e segurança dos dados; maior auto-estima;
segurança e satisfação do cliente; fidelização do cliente; etc. (RODRIGUES, C. 2013)
II. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

2.1 MÉTODO

Hipotético-dedutivo: O Método hipotético dedutivo, defende o aparecimento, em primeiro lugar,


do problema e da conjuntura que serão testados pela observação e experimentação. (EVA &
LAKATOS, 2003, pág. 72).
Na banca angolana em particular é notável o grande impacto que as TICs têm desempenhado.
Por esta razão acreditamos ser importante estudar e desenvolver a problemática relacionada com
impacto das tics no sector bancário, uma vez que têm sido desenvolvido muitos mecanismos e
dispositivos que facilitam o serviço na banca.
Por esta razão usamos o método hipotético dedutivo, porque, possibilita – nos formular hipóteses
para expressar as dificuldades do problema, de onde deduziremos algumas consequências e
benefícios que deverão ser testadas ao fazer-se o uso deste serviço.

Queremos com este método compreender melhor sobre qual o impacto das novas tecnologias e
de que forma os usuários deste serviço bancário serão beneficiados.

2.2 CRITÉRIOS DE PESQUISA CIENTÍFICA

Conforme Demo (2000, p. 25), “do ponto de vista dialéctico, conhecimento científico encontra
seu distintivo maior na paixão pelo questionamento, alimentado pela dúvida metódica.”
Questionamento como método, não apenas como desconfiança esporádica, localizada,
intermitente. Os resultados do conhecimento científico, obtidos pela via do questionamento,
permanecem questionáveis, por simples coerência de origem.
Para que o discurso possa ser reconhecido como científico, precisa ser lógico, sistemático,
coerente, sobretudo, bem-argumentado. Isso o distância de outros conhecimentos, como senso
comum, sabedoria e ideologia.
2.2.1 Natureza

Pesquisa Básica: Objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem
aplicação prática prevista, envolvendo verdades e interesses universais.

2.2.2 Abordagem

Pesquisa Qualitativa: Ao usarmos está abordagem, consideramos que há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.

Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte directa dos dados. Nesse caso,
as questões são estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer manipulação
intencional. A utilização desse tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo fato de
não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não tendo,
portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades.

2.2.3 Objectivos

Pesquisa Exploratória: Quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, a pesquisa exploratória


tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar,
possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da
pesquisa; orientar a fixação dos objectivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo
tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos
de caso.

A pesquisa exploratória possui planeamento flexível, o que permite o estudo do tema sob
diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve:

 Levantamento bibliográfico;
 Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;
 Análise de exemplos que estimulem a compreensão.
2.2.4 Procedimentos técnicos
 Bibliográfica e Documental

2.3 VARIÁVEIS

Segundo Ramos e Naranjo, a variável é o elemento que vária, difere e é susceptível de medição.
É o campo de variação de cada tipo de dado a ser pesquisado. As variáveis, na pesquisa científica,
são os elementos observáveis, possuem correlação entre si para gerar um fenómeno e estão nas
bases de uma pesquisa científica. Porém, enquanto nas pesquisas quantitativas elas são medidas,
nas qualitativas, de que cuidamos aqui, elas são descritas ou explicadas.

2.4 UNIVERSO DE PESQUISA

O universo da pesquisa é definido por todos os potenciais clientes do BNI.

Na maioria das investigações, não é possível abranger toda população devido aos gastos de todo
tipo que isso originaria. Além disso, demostrou-se cientificamente que é possível conseguir
precisão sem recorrer a toda população, utilizando uma amostra.

2.5 BNI E O LEVANTAMENTO SEM MULTICAIXA

O Banco de Negócios Internacional, S.A. (BNI) obteve autorização do BNA para a sua constituição
a 27 de Dezembro de 2005, tendo sido constituído por escritura pública a 2 de Fevereiro de 2006
junto do Cartório Notarial de Luanda. Foi publicado em Diário da República nº 35, III série de 20
de Março de 2006, sendo titular do número fiscal 5401144075, com registo na Conservatória
Comercial de Luanda sob o nº117-06.

2.5.1 População e amostra

Dada a escassez do tempo não foi possível fazer o levantamento exacto da população (clientes)
BNI.
2.5.2 Banco BNI: visão, missão e valores

Visão
O BNI quer ser um modelo de sustentabilidade financeira, de eficiência operacional e de imagem
no mercado nacional e internacional. Pretende contribuir para o sucesso das iniciativas de seus
clientes, accionistas e colaboradores, oferecendo soluções inovadoras e competitivas. Expandir a
sua actuação para novos segmentos de negócio, estabelecendo parcerias sólidas.

Missão
Ser um banco de referência em Angola. Têm um profundo conhecimento do sector financeiro e
dos mercados em que actuam. Criam valor para os seus clientes, parceiros, accionistas e
colaboradores através da oferta de produtos e serviços inovadores, guiando-os por elevados
padrões de conduta e princípios corporativos de transparência e rigor.

Valores
O seu valor está voltado em:

 Enfoque no cliente, criando produtos centrados nas necessidades de seus clientes,


demonstrando total empenho em exceder as suas expectativas, garantindo a sua
satisfação e fidelização;
 Confiança, os seus clientes são os activos mais importante. desenvolvem relações de
futuro, baseadas na confiança, na sustentabilidade empresarial, no sigilo e na
transparência;
 Rigor, actuam com ética, consciência, responsabilidade e profissionalismo;
 Inovação, estão vocacionados para a inovação, persistindo na criação de novas
ferramentas, metodologias, produtos e serviços, que os colocam na vanguarda do
mercado financeiro angolano e internacional;
 Trabalho de equipa, respeitam as pessoas. Partilham a responsabilidade de melhorar o
seu desempenho de forma a alcançar os objectivos definidos, para o sucesso de todos.
2.5.3 BNI e prestação de serviços tecnológicos

A técnica bancária corrente veio alterar-se por completo com a electrónica, os computadores e
as telecomunicações. Todo dia-a-dia da empresa bancária repousa, hoje, sobre as potencialidades
desta técnica. As contas dos clientes, os cálculos, os juros, as transferências, as diversas operações
e o próprio atendimento processam-se mais depressa e com maior segurança. No fundo todos
esses meios prolongam a mente e a mão humana.

O desenvolvimento da internet permite alargar o mercado bancário, obrigando os participantes


vendedores a disponibilizar novas estratégias para os seus produtos, como este caso de
levamento sem multicaixa, incluindo modelos de negócios bancários devidamente adaptados e
novas técnicas de segurança.

2.5.4 Levantamento no multicaixa sem cartão

Segundo artigo publicado no Jornal de Angola no passado dia 30 de Abril, o banco BNI em Angola
comunicou o lançamento de um novo serviço ao público angolano (clientes ou não), que
possibilitará o levantamento de dinheiro em caixa multicaixas, dispensando o uso de cartão
multicaixas. É um serviço arrojado, inovador que aposta fortemente na aplicação de um sistema
informático com um diferencial tecnológico que visa maior crescimento económico.

Após aprovação em conselho de Ministro, este serviço consistirá no envio de um código gerido
pelo BNI após solicitação e que permitirá o levantamento de dinheiro em qualquer sistema ATM
em qualquer hora do dia. Após levantamento, o cliente será sempre notificado (email, telemóvel,
ou ainda internet banking), assegurando o sistema de segurança e confiabilidade. (SILVA, 2018).

Vantagens e Desvantagens desta nova tecnologia

Segundo o Ministro das Telecomunicações, Dr José Carvalho da Costa, este sistema de


pagamentos móveis auxiliará a sociedade angola no pagamento automático através da rede de
telemóveis sem constrangimentos de furto ou desvio do cartão multicaixa.
Segundo a EMIS4 (Empresa Interbancária de Serviços), este serviço permitirá também o envio do
dinheiro de um utilizador para outro recorrendo ao dispositivo ATM, que debilitará
automaticamente o valor desejado da conta bancária, após inserção do código enviado por
telemóvel.

O Ministro das Telecomunicações acredita que desta forma os angolanos deixaram de ter a
necessidade de levantar o dinheiro físico em agências bancárias quando se tratar de quantias
superiores ao valor permitido, bem como recorrer aos dispositivos ATM para efectivar
levantamento de dinheiro, correndo o risco de perca ou desvio do mesmo.

Por outro lado, o dinheiro electrónico reduzirá a necessidade de impressão e transacção do


dinheiro físico, permitirá pagamentos e transferências automáticos, assegurando a segurança e a
confiança do utente BNI.

A Lusa/Ver Angola, relata que em 2015 os clientes bancários angolanos realizaram 100 milhões
de levantamento em caixas multicaixas e em 2016 o número aumentou para 113 milhões de
levantamentos (22 milhões levantamentos diários) (LOPES, 2018).

4
A EMIS é a empresa responsável pela rede interbancária em Angola, terminais de ATM, terminais de pagamentos
automáticos
CRONOGRAMA
Maio Junho
Actividades
14 - 19 21 - 26 28 - 2 Jun. 4-9 11 - 16
Elaboração do Projecto
Pesquisa Bibliográfica e fichamento
do material
Montagem dos textos do trabalho
Entrega do trabalho
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(s.d.). Obtido de http://jornaldeangola.sapo.ao/economia/levantamento_sem_cartao_multicaixa

(s.d.). Obtido de https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/17004/1/Tese%20Cl%C3%A1udia%20R

(s.d.). Obtido de https://www.verangola.net/va/pt/032017/BancaSeguros/7748/

Cordeiro, A. M. (2014). Direito Bancário (5ª ed.). Coimbra, Portugal: Almedina.

FERREIRA, A. B. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco#Tipos_de_bancos. (s.d.).

LIMEIRA, T. (2013). E-marketing na Internet com casos brasileiros. São Paulo: Saraiva.

LOPES, R. (2018). Levantamento sem Cartão Multicaixa. Jornal Mercado. Luanda, 1-4.

Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Metodologia Cientifica (5ª ed.). S. Paulo: Editora Atlas S.A.

Pandranov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico. Rio Grande do Sul, Brasil:
Editora Feevale.

Ramos, S. T., & Naranjo, E. S. (2014). Metologia da Investigação Científica. Lobito, Angola: Escolar
Editora.

RODRIGES, C. (2013). Banca, As Novas Tecnologias e o Consumidor. Universidade do Porto: Faculdade de


Gestão.

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