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NOTA DE BOAS-VINDAS 5
ANEXOS 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 95
Capítulo 1
A IMPORTÂNCIA DE COMUNICAR BEM
Objectivos
"Veja-se na TV"
Instruções do Exercício
de Apresentação
Exercício 1.1.
Conclusões:
Lembre-se que:
Frequentemente, "escon-
demos-nos" atrás do
nosso estatuto profis- Ainda antes de falar com uma pessoa, ela estará a formu-
sional ou social e criamos
uma imagem que mostra lar, tal como você, uma primeira impressão (muitas vezes
pouco de nós. errada, mas que tende a ser duradoura!).
Cuidados a ter:
Exemplo 1
A Maria gosta de dar a sua opinião e de ser crítica. E não
gosta do vestido da Joana.
Sendo assim, ela terá de dizer: "Esse vestido fica-te mal!!" ?!
…ou pode dizer "Acho que este vestido não te favorece.
Faz-te parecer menos elegante do que és"; ou "Gosto
mais de te ver com o teu vestido azul!" ?
Exemplo 2
Pode ter "só uma cara", mas com o mesmo rosto pode
fazer muitas expressões e caretas! Pode ter apenas uma
personalidade, mas ainda assim cabem lá muitas opiniões,
sentimentos, desejos, competências, inseguranças,
contradições, a que importa dar visibilidade nas alturas
certas...
Exemplo 3
Exemplo 4
Se for preciso, troca os horários comigo. Posso ligar -lhe a qualquer hora.
Exemplo 1
O colega Manuel: "Pára! Não é assim que se faz isso!" Mas para o trabalho
ser bem feito, é essen-
O colega Roberto: "Tu fazes à tua maneira, eu faço à cial criar uma "maneira"
minha!!" comum!
Exemplo 2
EXERCÍCIO
Exercício 1.3.
Capítulo 2
A RELATIVIDADE: «AS COISAS SÃO COMO ELAS
SÃO OU COMO NÓS AS VEMOS?»
Objectivos
Não confunda a sua per- A nossa opinião sobre os outros e o mundo em geral deve
cepção do mundo com a
ser vista como uma hipótese (ser-se relativo) e não como
realidade.
uma afirmação (ser-se absoluto).
A informação
que temos
está sempre
incompleta
A ciência está cheia de face à que
existe
exemplos de teorias que
foram tidas como ver-
dades garantidas e foram
destronadas por outras
A nossa
consideradas melhores A nossa
Ser interpretação
experiência
aproximações da reali- de vida é Relativo de uma
experiência é
dade. limitada
subjectiva
Exemplo 2
EXERCÍCIO
Exercício 2.1.
Exemplo 1
Exemplo 2
João: (calado)
Isabel: "…então?"
João: "O que eu detesto é que digam que eu estou a dizer
um disparate, como se eu fosse burro ou menos que os
outros... A minha mãe sempre mostrou que eu estava er-
rado e que era a "ovelha ranhosa" da família quando fazia
coisas com que ela não concordava."
Para evitar os
«duelos do ter razão»
Exercício 2.2.
Colega:
- Tenho a certeza de que é já 16 de Março. Posso provar
no email que recebi.
Bruno:
- Deves estar a fazer confusão. Eu acabei agora de falar
com o chefe e ele disse-me que era 3 de Abril!
Colega:
- Desculpa, mas é 16 de Março.
Bruno:
- Não, não... é 3 de Abril!
Capítulo 3
A INFLUÊNCIA DO JUÍZO DE VALOR
Objectivos
As consequências dos Juízos de Valor nas relações in- ...mas assim com tan-
tos cuidados, quase
terpessoais são: nunca podemos fazer
um Juízo de Valor!!
Que aborrecimento!
1- Os Juízos de Valor são uma justificação "distorcida"
para o comportamento do outro, que impede a
nossa compreensão dos verdadeiros motivos que
o levaram a agir;
2- Dificultam o estabelecimento de relações
de intimidade e a troca de perspectivas com
terceiros.
Conclusão:
Exercício 3.1.
Exemplo 1
todo feito. Expliquei-lhe que não havia necessidade de lhe ...nós achamos que
dizer (pois o chefe "ferve em pouca água"), e eu no dia quem procedeu mal
foi o Manuel! Um
seguinte voltaria para acabar o trabalho. Ele disse-me que oportunista! Irrespon-
sim. Mas depois quando chegámos ao trabalho, foi contar sável!
Exemplo 2 (Parte I)
3- Distorcem-se ou omitem-
3- Critica-se o outro de forma
se os factos que reforçam
objectiva e procuram-se os
o ponto-de-vista do outro
factos que reforçam o seu
(diminui-se o ponto-de-vista
ponto-de-vista.
do outro).
5- Evita-se rotular o
5- Atribui-se ao outro traços de
outro em termos da sua
personalidade que justificam
personalidade e procuram-
o nosso mal-estar (ex.: sinto-
-se comportamentos seus que
-me traído, logo o outro não
mostrem que nem sempre
é de confiança).
age da mesma forma.
1- "Estamos aborrecidos: eu
1- "Imagina que eu fiz anos porque ele não me deu uma
e ele nem me deu uma prenda no meu aniversário
prenda." e ele por causa de umas
coisas que lhe disse".
Cuidados a ter:
2- Tenha muito cuidado com a escolha das palavras que Isto implica mudar
podem contaminar o seu racíocinio (evite palavras car- todos os meus
fusíveis!
regadas de Juízos de Valor).
Capítulo 4
A PRÁTICA DE UMA ATITUDE RESPONSÁVEL
Objectivos
Sou culpado!
Exemplo
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo 4
Exemplo 5
Situação
Exercício 4.1.
Exercício 4.2.
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo 5
Exercício 4.3.
Capítulo 5
A CIÊNCIA DE BEM COMUNICAR
Objectivos
Desenvolver a nossa
No entanto, apesar da sua importância, a informação emo- "Inteligência Emocional"
cional que retiramos da outra pessoa não é frequentemente ajuda-nos a conseguir
estar atentos simulta-
processada a nível verbal. Num dado momento, detecta- neamente aos sinais ver-
mos um sinal não-verbal, num outro podemos inclusive bais e não-verbais que
recebemos numa inter-
reagir "automaticamente", mas não dizemos na altura a acção social.
nós próprios o que esse sinal significa em palavras (i.e.,
não há tradução da informação não-verbal em verbal), e
rapidamente esse sinal é esquecido.
Exemplo 1
Exemplo 2
Parece contrariada!
O melhor é nem 3- A amiga diz "fico feliz por ti", mas com um tom de voz
agradecer o café... irónico e uma expressão facial tensa, quando a outra ami-
ga lhe conta que conseguiu emprego. Resultado: esta re-
solve mudar de assunto.
Exemplo 3
Forma de
Expressão de Diplomática Persuasiva
um Ponto-de-
-Vista
Passivo Passivo
Indirecta
(Geral) (Manipulador)
ESTILO PASSIVO
Quando se expressa o ponto-de-vista de forma indirecta
e diplomática; ou indirecta e persuasiva (vertente
manipulador).
Utilização dos espaços
de comunicação
Utilização Adequada:
É útil em situações em que, por prudência, reserva, ou de-
sejo de escutar o outro, prefira não expôr (explicitamente)
Eu Outro o seu ponto-de-vista. Pode também ser utilizado quando
se quer convencer de forma implícita os outros a agir de
acordo com a nossa vontade (vertente manipulador).
Passivo
Utilização Inadequada:
Resulta numa atitude de submissão, insegurança, desres-
ponsabilização, vitimização ou manipulação negativa.
ESTILO ASSERTIVO
quando se expressa de forma directa e diplomática o
Utilização dos espaços
ponto-de-vista.
de comunicação
Diálogo
Utilização Adequada:
É útil na maioria das situações em que é necessário esta-
belecer um bom diálogo com o interlocutor.
Eu Outro
Utilização Inadequada:
Quando mal utilizado, pode resultar numa atitude exces-
sivamente diplomática e pouco genuína.
Assertivo
Agressivo
1- na expressão de opinião;
2- na expressão de direitos;
3- na expressão de sentimentos.
Aumenta a probalidade
Marido (chega a casa): Olá, que tal foi o teu dia hoje? de haver troca de
Mulher (tom irónico): Óóóóptimo! acusações, conflitos não-
resolvidos e deterioração
Marido: Mas aconteceu alguma coisa de especial? da relação.
Mulher (olha-o nos olhos, zangada): O problema é esse,
é que não aconteceu nada de especial. Nem hoje, nem
nunca.
Marido: Já estou ver que estás insuportável!
Mulher (em tom elevado): E tu és insensível!
Exercício 5.1.
Capítulo 6
A ARTE DE SABER MOTIVAR
Objectivos
Chamam-me
Desenvolver o nosso auto-conhecimento implica ir actuali-
"múmia", não devo zando a "nossa teoria sobre nós próprios" à medida que
ser muito divertido... vamos passando por várias experiências de vida, que nos
mostram a nossa forma particular de reagir.
Exercício 6.1.
Exercício 6.2.
Exemplo 1
Exercício 6.3.
Exercício 6.4.
Exercício 6.5.
Capítulo 7
A EMPATIA COMO "PONTE DE UNIÃO"
Objectivos
Em síntese, as vanta-
Exemplo 1 gens da empatia são:
Exemplo 3
SITUAÇÃO 1
Colaborador:
"Não vale a pena dizer-lhe o que penso da
minha avaliação de desempenho... Não tem
nada para me apontar, e no entanto só me dá
"Bom". E isto tem sido assim nos últimos 2
anos."
Repreender alguém que
está zangado pode levar
a pessoa a enfurecer-
-se ou a inviabilizar uma
relação baseada na
1ª Opção: Repreender 2ª Opção: Empatizar confiança.
SITUAÇÃO 2
SITUAÇÃO 3
Amiga:
"Está a ser mais difícil do que eu pensava
recuperar a seguir ao meu divórcio. Antes só
queria separar-me, e agora só penso nele..."
Aconselhar alguém
pode levar a que a pes-
soa se sinta pressionada
e que no futuro deixe de 1ª Opção: Aconselhar 2ª Opção: Empatizar
desabafar connosco.
Amigo: "Não penses mais Amigo: "Preferias que já
nisso. Ele não era a pessoa o tivesses esquecido.O
certa para ti; deves agora facto de sentires a sua
Comprendo que é distrair-te. Aproveita para falta deixa-te preocupada
te estejas a sentir
humilhado e der- sair com amigos e diverte- pois tens medo de não
rotado, pois eu sou te!" teres tomado a decisão
mais forte!!
certa."
Exemplo
SITUAÇÃO 1
Formando:
"Isto na formação é tudo muito bonito, mas não
é útil no nosso contexto de trabalho".
Exemplo 2
Exemplo 3
Exercício 7.1.
Exercício 7.2.
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
Situação A- Critério nº 4
Situação B- Critério nº 1
Situação C- Critério nº 3
Situação D- Critério nº 5
Situação E- Critério nº 2
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
MONOGRAFIAS
SÍTIOS WEB
Psicologia.pt:
www.psicologia.com.pt/
Edição: CECOA
ISBN: 978-972-8388-21-8
Títulos da 1ª Colecção
Análise Financeira Brasiliano Rabaça
Atendimento Amélia Cascão Arcindo Ferreira Cascão
A Arte de Mostrar Carlos Afonso
Gestão de Espaços Comerciais Pedro Santos Pereira
Gestão de Stocks e Aprovisionamento Octávio Ribeiro
Marketing Maria Clara Almeida
Merchandising Richard Bordone
Negociação Rui Gaspar
Técnicas de Secretariado Maria do Rosário Santa Bárbara
Técnicas de Venda António Silveira Pereira
Títulos da 2ª Colecção
Análise Financeira II Rute de Almeida
Comunicação e Imagem na Empresa Daniel Soares de Oliveira
Condução de Reuniões Rosário Lourenço
Consultoria e Gestão da Formação Salomão Vieira
Contabilidade Carlos Mezes
Criatividade e Inteligência Emocional Ana Paula Gonçalves
Dinâmica e Animação de Grupos Carlos Barata
Fiscalidade IRS - IRC Leandro Gustavo Ribeiro
Fiscalidade IVA Leandro Gustavo Ribeiro
Gestão do Tempo e do Stress Natalina Faria
Gestão e Motivação de Equipas Ana Cristina Tralhão
Legislação Laboral Filomena Carias
Planeamento e Controlo de Gestão Álvaro Lopes Dias
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Margarida Espiga
Webmarketing Mário Rui Santos
2 MANUAL DO FORMADOR
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
ÍNDICE
NOTA DE BOAS-VINDAS 4
1. OBJECTIVOS GERAIS 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
FICHA TÉCNICA 30
MANUAL DO FORMADOR 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
NOTA DE BOAS-VINDAS
Caro colega,
Mas há que ter em conta várias dificuldades. Estes temas têm sido submetidos a uma
grande erosão, devido a uma massificação da formação nesta área nos últimos anos.
Assim, uma das dificuldades é conseguir trazer novidade e estímulo a esta área de
formação, procurando abordar os mesmos assuntos e evitar os clichés e frases-feitas
que, de tão usados e gastos, já perderam a sua substância, e despertar os formandos
para uma formação de competências. Este é o nosso desafio!
4 MANUAL DO FORMADOR
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Depois desta reflexão, receio ter-lhe criado expectativas elevadas sobre a novidade que
este Manual lhe pode trazer e espero que, no final, não vá defraudá-lo(a)! Fica desde já
convidado(a) a relacionar estes ensinamentos com a sua prática de formador.
MANUAL DO FORMADOR 5
6 MANUAL DO FORMADOR
OBJECTIVOS GERAIS
C a pí tulo 1
OBJECTIVOS GERAIS
8 MANUAL DO FORMADOR
OBJECTIVOS GERAIS
1. OBJECTIVOS GERAIS
• Avaliar uma dada situação de conflito de interesses com base nos 5 Critérios de
Responsabilidade;
MANUAL DO FORMADOR 9
10 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO
E RELAÇÕES INTERPESSOAIS
C a pí tulo 2
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
2. M O D E LO D E FO R M AÇ ÃO EM CO M U N I C AÇ ÃO E R E L AÇ Õ E S
INTERPESSOAIS
Deve-se evitar que a formação termine sem haver um espaço consistente para os
formandos ensaiarem a articulação entre a teoria e a prática; caso contrário, corre-se o
risco de contribuir para que estes confundam a mera aquisição de conhecimentos
realizada na acção com a aquisição de competências pretendida e habitualmente
divulgada no seu início (nota: ver o "equívoco problemático" referido na Nota de Boas-
-Vindas).
Exemplo
12 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo
MANUAL DO FORMADOR 13
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo
Um formando relata que se zangou com uma pessoa amiga sua porque crê que ela teve
comportamentos dissimulados. O formador pergunta-lhe quais as palavras que lhe vêm à
mente para melhor caracterizar essa sua zanga. O formando responde: "Sonsa!". O
formador utiliza esta situação como exemplo e incorpora a palavra "Sonsa" em vez de
"Dissimulada".
Uma linguagem familiar (sem ser necessariamente vulgar), significando aquela que
usamos e ouvimos desde que nos conhecemos, está carregada de emoções e
experiências e, portanto, permite pôr os formandos não só a pensar, como a sentir.
Exemplo (Provérbio)
As metáforas são conceitos que aglutinam ideias com o recurso à força e intensidade dos
nossos sentidos e vivências: permitem estimular a imagética dos nossos formandos e
contornar em parte a limitação física de estarmos fechados entre as 4 paredes da sala de
formação. São um recurso pedagógico na medida em que, ao associarmos um conceito
complexo a uma imagem, reforçamos a aprendizagem do mesmo.
14 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo (Metáfora)
Na página 12, diz-se "A nossa personalidade é um diamante: é rica e tem muitos lados
diferentes".
A filosofia do "Aqui e Agora" diz que devemos estar atentos ao que está acontecer no
espaço e tempo da formação, e aproveitar os elementos desta "Janela de Realidade"
como recursos didácticos: frequentemente, os formandos repetem na sala com os colegas
e formador os comportamentos que têm no seu dia-a-dia e que constituem justamente o
alvo da formação. Se a relação pedagógica estiver bem estabelecida e houver um clima
de confiança, cabe ao formador evocar essa realidade muitas vezes implícita e colocá-la
"debaixo dos holofotes da formação".
MANUAL DO FORMADOR 15
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo
• "Já não peço para reconhecerem o meu trabalho mas, pelo menos, para o
criticarem. Mas são todos uns apáticos, amorfos!".
Na realidade, este formando, embora muito conhecedor e competente, tinha uma
atitude prepotente e dogmática, que em sala fazia com que os seus colegas se
calassem todos quando ele falava. A certa altura, o formador perguntou-lhe:
• "Já reparou que quando fala, os colegas ficam todos em silêncio? O que acha que
leva a isto?"
Formando (rindo-se):
• "Realmente tenho esse poder! Deve ter a haver com a minha atitude, intimido-os!"
Formador:
• "E como acha que isso se relaciona com não receber feedback no seu trabalho...?"
Formando:
- "Pois, estou a ver onde quer chegar..."
16 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo
• "...mas não se está a dizer que a maneira de ser de cada um faz parte do
trabalho?! Cada um tem de deixar o seu feitio em casa, pois no trabalho somos
todos iguais".
De imediato, choveram vozes solidárias, que antes tinham concordado com a visão
oposta sem se darem conta sequer dessa incompatibilidade.
Formador:
• "Estou a ver. "Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque!"
Formando:
• "É isso mesmo!"
Formador:
• "Então, mas há bocado concordávamos que as competências relacionais, que são
a forma de nos relacionarmos com os outros e são uma parte do nosso feitio, eram
trabalho. Agora são "conhaque"?! Expliquem-me lá melhor, se faz favor!"
MANUAL DO FORMADOR 17
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplo
Na página 35, sugere-se uma forma adequada de narrar um conflito e um dos bonecos diz:
"Só um santo é que consegue narrar um conflito da forma adequada!"
Na página 57, dão-se exemplos de objecções comuns dos formandos aos vários estilos
de comunicação: "Quem é assertivo, acerta pouco! De tanto escolher as palavras para
dizer, soa-se a falso. Eu sou muito natural para ser assertivo!"
O discurso do formador deve ser construído não com o intuito de dar conhecimento mas
antes de fazer pensar e criar nos formandos um raciocínio vivo, questionador e activo na
procura de respostas e compreensão plena dos assuntos em causa: articular ideias, sugerir
alternativas, interrogações filosóficas, espelhar dúvidas, referir problemas e dilemas, notícias
da actualidade e da empresa, comentários anteriores dos formandos, questões sob o formato
de adivinha - uma verdadeira amálgama que deve corresponder ao discurso de um formador,
e que deve sempre ser ajustada a cada realidade específica dos formandos.
18 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Uma das maiores fontes de aprendizagem para os formandos pode ser a experiência de
estar em sala com o formador, uma vez que este deve ser um modelo de excelência das
competências que se pretendem promover. É importante que o formador esteja consciente
de que os seus formandos têm legitimidade para encarar desde o início a acção de
formação como um "modelo vivo e prático de comunicação e relações interpessoais" e
que, por vezes, o procurem testar em sala na sua perícia. Isto não implica que o formador
consiga estar sempre e a cada momento à altura dos múltiplos desafios que se lhe podem
colocar no cenário da formação, mas implica que deve estar sempre atento e alerta para
essas situações, de forma a actuar a posteriori e reparar alguma situação com a qual não
conseguiu lidar melhor da primeira vez.
Se não o conseguir fazer, poderá invalidar, aos olhos dos formandos, a formação (dado que a
teoria não encaixa na prática, a primeira pode ser inviabilizada por falta de validade empírica).
A actuação do formador deve ser empática, particularmente com os formandos
desafiantes e discordantes da formação. Deve evitar agir com base em quaisquer juízos
de valor, perceber qual é o ponto de vista dos formandos "difíceis" e dar-lhes "tempo de
antena" para se expressarem.
MANUAL DO FORMADOR 19
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Neste sentido, a empatia para com os formandos é, de forma geral, condição prévia e
estritamente necessária para se proceder a uma intervenção crítica.
• estimular que o tratem pelo nome próprio, e tratar igualmente todos os formandos
pelo nome próprio;
• deve acudir os formandos que, por terem vozes minoritárias (mesmo que por serem
contrárias à formação ou a ele próprio), se vejam discriminados pelo resto do
grupo. Todos os formandos são seus formandos, mesmo os "difíceis";
• tentar que todos se tratem pelo nome próprio sem prefixos independentemente da
idade, habilitações académicas ou idade (como "Dr.", "Senhor", "Dona");
20 MANUAL DO FORMADOR
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Se alguma dinâmica de grupo ou simulação proposta envolver situações que possam criar
embaraço ou receio do ridículo nos formandos, o formador deve, antes de pedir a
participação dos formandos, realizá-la em primeiro lugar e mostrar que está disponível
para expor o seu desempenho à avaliação e crítica dos formandos.
Deve estar particularmente atento aos primeiros sinais de feedback negativo sobre a sua
actuação, de forma a interpretá-los e ajudar a que sejam verbalizados livremente, sendo
muitas vezes o primeiro a fazê-lo, auto-criticando-se.
Exemplo
Na minha opinião, um formador, ao ter uma intervenção pedagógica junto dos formandos,
e sobretudo a nível da área comportamental, deve ser uma pessoa com um
desenvolvimento moral superior e adequado à responsabilidade do cargo, o que se revela
na natureza dos critérios subjacentes às suas decisões pedagógicas. No momento-a-
-momento da interacção com os formandos, quando escolhe a sua forma de actuação,
baseia-se em critérios pedagógicos e éticos ou meramente pessoais?
MANUAL DO FORMADOR 21
MODELO DE FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Um formador com uma prática responsável é aquele que prevê e/ou assume as
consequências do seu comportamento.
Exemplo
• " Pois, os objectivos não foram todos cumpridos porque o programa é demasiado
ambicioso e o grupo participou muito!" (i.e. responsabiliza terceiros)
ou
• "Lamento que os objectivos não tenham sido plenamente cumpridos, pois tive
pessoalmente alguma dificuldade em gerir um programa vasto com a participação
do grupo. Devia ter previsto isto e ter actuado mais cedo." (i.e. uma prática
responsável)
22 MANUAL DO FORMADOR
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E PROPOSTA DE
ACTIVIDADES/EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
C ap í t u l o 3
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E PROPOSTA DE
ACTIVIDADES/EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
3. O R I E N TAÇ Õ E S M E TO D O LÓ G I C A S E P RO P O STA DE
ACTIVIDADES/EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Para fazer com que a formação se adeqúe melhor à realidade dos formandos, devem-se
pedir frequentemente exemplos ocorridos no quotidiano dos formandos, que estes
poderão relatar oralmente ou por escrito . Neste último caso, pode dar-se inicialmente um
exemplo escrito de um resumo de um conflito que pode servir como guião; pretende-se
com isso que os formandos forneçam a informação necessária para que esses conflitos
possam ser trabalhados em sala.
Os estudos de caso devem ser complexos e ricos de forma a evitar uma leitura linear da
situação e a sua resolução fácil; devem apresentar dilemas cuja resolução não é sugerida,
de forma a exigir reflexão e generalização da aprendizagem (vejam-se os exercícios em
banda desenhada "A história das 2 Irmãs e da Cinderela" e "A Dança dos
Extraterrestres", e o estudo de caso "O Convite de Trabalho Bicudo").
Os role-plays e simulações são extraordinariamente úteis para os formandos poderem
ensaiar as novas competências (veja-se o exercício de jogo de papéis "O Pai Tirano").
No entanto, estas metodologias são muito exigentes do ponto de vista do desempenho do
formador: este tem de instruir bem os formandos; criar uma atmosfera em que estes se
sintam à-vontade para se envolverem nos papéis; intervir, se necessário, durante as
simulações para as tornar o mais reais possível; e, no final, ser capaz de traduzir a
experiência em conhecimento teórico a ser utilizado na acção.
24 MANUAL DO FORMADOR
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E PROPOSTA DE
ACTIVIDADES/EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Num role-play, um dos formandos tinha o papel de colaborador insatisfeito com a avaliação
de desempenho, e o outro formando o papel de chefe.
Começaram o role-play e cedo foi possível verificar que o formando que fazia de colaborador
se identificava bastante com o seu papel e se envolvia muito no seu desempenho.
Estava com uma postura muito descrente e céptica, e reagia com sarcasmo às tentativas do
chefe para lhe explicar a situação. Olhava sempre para baixo e tinha um discurso muito
elaborado, construído e estanque, que dava pouco espaço para que o chefe pudesse participar.
O formador propôs uma paragem no role-play, discutiu a situação com o grupo, e o
formando que desempenhava o chefe foi substituído por uma formanda que adoptou um
estilo mais empático, vivo e motivador. Ainda assim, o formando continuava a dar
respostas sarcásticas como "A sua simpatia fica-lhe muito bem, mas a mim não me resolve
o problema…".
Perante isto, o formador foi em auxílio da formanda-chefe e segredou-lhe ao ouvido:
• "Pergunte-lhe o que é que gostava que tivesse feito no passado para as coisas não
terem chegado a este ponto."
MANUAL DO FORMADOR 25
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E PROPOSTA DE
ACTIVIDADES/EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Se, por um lado, os jogos têm a vantagem de serem muito lúdicos e apelarem a
experiências de grupo e memórias de infância, com forte cariz emocional, por outro lado
são vistos muitas vezes pelos formandos como ridículos, embaraçosos e despropositados
no contexto de formação. Esse facto não deve justificar, em si mesmo, a não utilização dos
jogos, desde que o formador saiba lidar com a situação: incentivar a expressão das
objecções e saber inclusive tirar partido destas para fomentar a aprendizagem (por
exemplo, relacionar a resistência a realizar os jogos que envolvem exposição com o medo
da avaliação negativa subjacente a muitos processos de mudança pessoal ou profissional).
De qualquer forma, é um imperativo que todos os jogos pedagógicos sejam utilizados
apenas se ficar claro qual o objectivo que desempenharam em termos de aprendizagem; e
nunca apenas para "animar" a formação (caso contrário, pode ser legítima a queixa
veiculada por alguns formandos de que certas formações comportamentais são "tipo ATL").
26 MANUAL DO FORMADOR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONOGRAFIAS
• BRANCO, M.E. Carvalho, Vida, Pensamento e Obra de João dos Santos, Livros
Horizonte, Lisboa, 2000
28 MANUAL DO FORMADOR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SÍTIOS WEB
Psicologia.pt: www.psicologia.com.pt/
MANUAL DO FORMADOR 29
FICHA TÉCNICA
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS),
co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
30 MANUAL DO FORMADOR
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
E COMUNICAÇÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
PRÉ-REQUISITOS
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS
• Papel e caneta;
DURAÇÃO
25 a 40 minutos.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
1ª Parte
"O Luís é arquitecto e recebeu um convite extraordinário de uma firma para participar num
projecto de trabalho, no qual já estão envolvidos alguns amigos seus que lhe fizeram o
favor de sugerir o seu nome. O trabalho é muito bem pago, mas apenas vai durar o tempo
necessário para a sua execução.
O Luís quer aceitar de imediato, mas não sabe se deve sugerir também o nome do João,
outro amigo seu arquitecto, mas mais jovem, e que está numa situação financeira muito
precária, pois está desempregado desde que terminou o curso.
Por outro lado, o Luís receia referenciar o João, que ainda é muito inexperiente e pode
não estar à altura do trabalho, o que depois pode comprometer a qualidade do mesmo e
também a sua própria imagem junto da referida firma.
O Luís prevê também que, quando os amigos que o referenciaram vierem a saber, podem
ficar aborrecidos com ele por estar a quebrar um acordo implícito ao introduzir outra
pessoa no projecto e assim haver menos trabalho a distribuir por todos. Podem inclusive
não voltar a chamá-lo para novos projectos. E o Luís não sabe o que fazer..."
4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
2ª Parte
Questão 1:
O Luís está num dilema em que tem de coordenar o seu próprio ponto de vista com pontos
de vista diferentes do João, dos amigos envolvidos no projecto e dos responsáveis da
firma. Quais são esses pontos de vista?
Questão 2:
Se o Luís optar por não sugerir o João, quebra com alguns valores morais seus. Por outro
lado, se optar por fazê-lo, põe em causa outros valores. Quais são os vários valores
morais envolvidos?
Questão 3:
Como julga que o Luís deve hierarquizar os vários valores e coordenar os vários
pontos de vista? O que o aconselha a fazer?
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 5
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
Resposta 1:
O ponto de vista do João é que precisa de ganhar experiência profissional e resolver as
suas dificuldades financeiras, e conta com o Luís para o ajudar.
O ponto de vista dos amigos que fazem parte do projecto é que têm um acordo
implícito de gerir o trabalho entre si de maneira a rentabilizar os ganhos, e que contam
com o Luís para proteger os interesses mútuos.
O ponto de vista da firma é que espera que qualquer referência que o Luís dê de outro
colega seja assente em motivos profissionais e não pessoais.
O ponto de vista do Luís é que quer que os amigos continuem a convidá-lo para
projectos equivalentes. Pretende também ajudar o João, que sabe estar numa situação
difícil; mas, também devido à inexperiência deste, receia pôr em risco a sua imagem junto
da firma ou a qualidade do próprio trabalho.
Resposta 2:
Se o Luís não convidar o João para o projecto, mostra pouco altruísmo e terá de ser
desonesto (mentir sobre o novo trabalho ao João).
Se o Luís convidar o João, pode ser irresponsável (pode pôr o trabalho em risco ao
convidar uma pessoa pouco qualificada apenas por que é sua amiga) e traidor (quebra o
acordo implícito com os amigos que o sugeriram inicialmente para o trabalho).
Resposta 3:
O Luís poderá, em primeiro lugar, começar por explicar a situação aos amigos do
projecto e tentar sensibilizá-los para a situação do João (para além da questão da
confiança, se estes não aceitarem a presença do João, o trabalho a realizar em conjunto
pode estar posto em causa). Pode oferecer-se para coordenar o trabalho futuro do
João, de maneira a evitar que haja problemas devido à sua inexperiência. Se estes não
aceitarem, não deve sugerir o João e deverá explicar a situação a este, dizendo-lhe que
desta vez não foi possível concretizar a ajuda, mas que se esforçou nesse sentido. E que,
se surgirem outras possibilidades, tentará novamente. Se os amigos aceitarem deve,
antes de sugerir o nome do João, alertá-lo para a responsabilidade inerente ao convite
e verificar se este acha que está preparado para a tarefa.
6 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
FICHA TÉCNICA
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-
financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 7
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
E COMUNICAÇÃO
O PAI TIRANO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
O PAI TIRANO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
PRÉ-REQUISITOS
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS
• Deve-se criar um espaço na sala isolado, que servirá de palco. Aqui deve
existir apenas uma mesa (secretária), com um rádio, documentos e papéis
em cima e uma cadeira para criar um ambiente de escritório;
DURAÇÃO
45 a 60 minutos.
A forma como comunicamos com a voz, corpo e expressão facial é a que traduz
de modo mais fiel as nossas emoções; se conseguimos manipular com facilidade
as palavras com que nos exprimimos (de forma, a por vezes, omitir o ponto de vista
verdadeiro), é mais difícil esconder as nossas emoções ou conseguir mostrar
sentimentos que não são reais (ex.: o caso do famoso "sorriso amarelo").
A assertividade ao nível da expressão de sentimentos é importante nas
relações de maior intimidade, nas quais é mais difícil ser posta em prática.
Aumenta a probabilidade de haver compreensão mútua e resolução do conflito
com vista ao melhoramento da relação.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
Tem uma filha adolescente que está numa fase terrível em que quer sair quase todas
as noites e chegar a casa a horas cada vez mais tardias. E que está sempre num
desassossego a pressioná-lo para você a deixar sair. Você está desconfiado que,
quanto mais a deixa ir, mais ela lhe sugere programas mais frequentes e arrojados.
Há uns dias, ela falou-lhe de uma festa importante que se passaria hoje à noite e você
disse-lhe que, em princípio, ela poderia ir. Mas esta semana chegaram-lhe aos
ouvidos uns boatos sobre as companhias menos aconselháveis da sua filha e sente
que tem de lhe pôr um travão antes que seja tarde demais e perca o controlo da
situação. Por isso, resolveu que hoje não a vai deixar sair à noite.
Hoje à noite vai acontecer uma festa muito importante, onde vão estar todos os
seus amigos. O seu pai tem-lhe dificultado as saídas, impondo restrições mais
apertadas e exigindo cada vez mais coisas absurdas como condição para poder
sair (da última vez, não a queria deixar sair porque não o tinha avisado com mais
de uma semana de antecedência). Desta vez, tomou todos os cuidados possíveis,
avisou-o com a máxima antecedência e ele já lhe deu autorização para ir. Sabe
que ainda vai ter que negociar com ele as horas de regresso. Mas tem procurado
agradar-lhe e hoje, durante o dia, ele mostrou-se muito simpático. Por isso, está
confiante de que ele a vai deixar chegar a horas mais tardias. Neste momento, já
está pronta para se ir embora, as suas amigas estão à sua espera à porta de casa,
e vai ter com o seu pai ao escritório para lhe perguntar (e negociar) a que horas
pode voltar.
4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
No final, cada um dos protagonistas deve discutir como foi a sua experiência e, em
seguida, a plateia comenta livremente o que observou.
NOTA:
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 5
FICHA TÉCNICA
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-
financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
6 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
E COMUNICAÇÃO
VEJA-SE NA TV
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
VEJA-SE NA T V
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
PRÉ-REQUISITOS
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS
• Cada um dos jogadores deve estar munido de uma caneta da mesma cor e uma
folha de papel, em branco, do mesmo tamanho.
DURAÇÃO
45 a 60 minutos.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
O jogo "Veja-se na TV" pode ser utilizado como um exercício de apresentação entre
colegas ou amigos que não se conheçam bem. Visa proporcionar, em primeiro lugar,
alguns momentos de boa-disposição e camaradagem, de forma a criar desde o início uma
base de confiança e à-vontade para um desenvolvimento harmonioso da relação
interpessoal futura.
Foca-se nas primeiras impressões que as outras pessoas nos criam e, por outro lado, no
impacto que nós deixamos no outro. Por vezes, como julgamos que nos conhecemos bem
a nós próprios, estamos convencidos que conhecemos a imagem que projectamos no
outro, imagem que acreditamos ser semelhante àquela que temos de nós próprios.
Este é um equívoco responsável por muitos conflitos nas relações interpessoais: nem
sempre conseguirmos mostrar aos outros quem realmente somos e, frequentemente, não
nos apercebemos deste facto. E os outros reagem connosco com base na imagem que
projectamos de nós, e não com base na nossa auto-imagem. Há pessoas que parecem ser
arrogantes e distantes, e no fundo são tímidas e afastam-se dos outros porque acham que
não têm nada de interessante para dizer. E concluem que os outros não lhes dão atenção
porque são desinteressantes quando, na verdade, isso acontece porque intimidam os
outros com a sua distância.
4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
Cada um dos jogadores tem de imaginar que está a ver um programa de televisão, no qual
o apresentador lhe coloca as seguintes perguntas:
E as perguntas são:
1- Se eu fosse um animal, seria...
2- O meu prato de comida preferido é...
3- O electrodoméstico que eu uso mais é...
4- Se não tivesse a minha profissão actual, seria...
5- Os outros pedem-me ajuda para...
6- O provérbio que uso mais é...
Cada jogador deve escrever, em letras maiúsculas, as suas respostas na folha de papel,
sem assinar o seu nome. Os jogadores escrevem todos no "masculino" de forma a não
revelarem o género sexual, e devem ter cuidado para as suas respostas permanecerem
secretas.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 5
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Um dos jogadores recolhe as folhas de resposta, que devem estar viradas do avesso, e
baralha-as. Volta a distribuí-las de forma a que cada jogador fique com um exemplar. De
seguida, um dos jogadores (que se voluntaria para começar) lê em voz alta as respostas
da entrevista que lhe calhou e, no final, tenta adivinhar quem é o "entrevistado". Os outros
elementos do grupo devem também dar alguns palpites diferentes. Nesta fase, todos os
jogadores são convidados a fazer bluff, ou seja, omitir se são ou não os verdadeiros
autores, podendo inclusive despistar os outros dando-lhes informações falsas. Pode
acontecer que um jogador receba a sua própria folha de respostas; nesse caso, deve fingir
que não é a sua até chegar o "momento da verdade".
Depois de se apurarem 3 nomeados, há o "momento da verdade": um dos jogadores
trauteia o som de um rufo para criar suspense, e o jogador que leu inicialmente em voz
alta as respostas dirige-se a cada um dos nomeados e pergunta: "És tu o entrevistado?".
Nesta fase, cada jogador, é obrigado a responder com verdade "Sim" ou "Não". Se
nenhum dos nomeados confessa ser o entrevistado, volta-se a olhar para o resto do grupo
em busca de outros possíveis nomeados, até se conseguir identificar o verdadeiro autor
da entrevista.
O jogo prossegue com a leitura progressiva das restantes folhas de resposta.
Quando apenas faltarem duas pessoas para serem identificadas, as suas folhas de
respostas são lidas em simultâneo de forma a evitar que fique só uma para o final.
Questão 2: Quais foram esses critérios? Que tipo de informação é que os outros
nos comunicam nos primeiros momentos da interacção?
6 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
1ª Parte
Este é um exercício de reflexão pessoal, e não tem "soluções". Mas aqui ficam, como
exemplo, as respostas da autora:
1- Cegonha
2- Ostras
3- Torradeira
4- Para trocar receitas de culinária
5- Jornalista de crónicas de viagens
6- "Fia-te na Virgem e não corras!"
3ª Parte
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 7
FICHA TÉCNICA
Título: Veja-se na TV
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-
financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
8 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Relações Interpessoais
e Comunicação
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
Princípios de Comunicação
• A importância das aparências
• A “imagem como pessoa” é criada com base na
comunicação não-verbal.
• As vantagens de uma dada imagem
correspondem também a desvantagens.
• A sua imagem como pessoa é uma variável
omnipresente em todo o processo de
comunicação.
Slide 2
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
Princípios de Comunicação
• A Ditadura da Opinião
• Independentemente do que “se tem para dizer,”
há sempre múltiplas formas de o expressar.
A Importância de Comunicar
Bem
Princípios de Comunicação
• A Ditadura do Meu Feitio
• Devemos diversificar o nosso repertório de
palavras, gestos e expressões em função das
exigências da situação.
• O Código da Estrada
• Devemos estar atentos ao feedback do nosso
interlocutor que nos permite interpretar melhor o
seu comportamento e adequar o nosso.
Slide 4
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
Princípios de Comunicação
• A Força dos Hábitos
• A vontade de mudar encontra resistência na
força dos nossos hábitos. No entanto, se
persistirmos, o novo comportamento
transforma-se num hábito.
Slide 5
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
A Realização Pessoal
• As pessoas que comunicam bem
conseguem estabelecer relações de
proximidade.
Slide 6
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
As Competências Interpessoais Como
Uma Ferramenta de Trabalho
• O nosso trabalho implica sempre
interdependência dos outros: Comunicar
bem é trabalhar bem!
• O nosso «Feitio» é uma parte incontornável
do nosso desempenho profissional e está
sempre presente no trabalho.
Slide 7
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Importância de Comunicar
Bem
As Competências Interpessoais Como
Uma Ferramenta de Trabalho
• É nosso dever desenvolver uma
«personalidade profissional», uma relação
de confiança que implica 2 níveis de
comunicação:
Slide 8
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Relatividade do Ponto-de-
Vista de Cada Um
A informação
que temos
está sempre
incompleta
A Nossa face à que
existe
Percepção do
Mundo
A nossa
Baseada em A nossa
experiência Ser interpretação
de uma
de vida é Relativo
Informação limitada
experiência é
subjectiva
Falível e
Limitada
A informação
fica
rapidamente
desactualizada
Slide 9
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Relatividade do Ponto-de-
Vista de Cada Um
A Nossa Percepção do Mundo Baseada
em Informação Falível e Limitada
• Uma experiência muitas vezes repetida
pode levar-nos a acreditar que o passado é
um «molde absoluto» do futuro.
• Possuir muita informação sobre um tema
pode levar-nos a acreditar que essa teoria é
um «molde absoluto» da realidade.
• “Filtro Perceptivo”.
Slide 10
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Relatividade do Ponto-de-
Vista de Cada Um
Os “Duelos do Ter Razão” e os
Conflitos Interpessoais
Para evitar os
«duelos do ter razão»
Slide 11
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A Construção do Juízo de Valor
• Juízo de Valor: a nossa apreciação sobre
que está certo ou errado, i.e., uma avaliação
moral da nossa conduta e a dos outros.
• Tendemos a confundir os nossos valores
com os pilares adequados para nivelar a
realidade (tecemos um juízo de valor
negativo sobre os aspectos que implicam
um desvio dos nossos padrões morais).
Slide 12
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A Construção do Juízo de Valor
• Tendemos a avaliar o comportamento dos
outros em termos de traços de
personalidade e nosso próprio
comportamento em termos circunstanciais.
• Tendemos a fazer a um juízo negativo das
pessoas que nos promovem emoções
negativas.
Slide 13
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A Construção do Juízo de Valor
• Por vezes, concluímos que as pessoas que
nos promovem emoções negativas:
• Tencionam ofender-nos, denegrir-nos,
prejudicar-nos, etc.;
• Não gostam de nós.
Slide 14
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A Construção do Juízo de Valor
• Consequências dos juízos de valor nas
relações interpessoais são:
• A justificação “distorcida” do comportamento do
outro impede-nos de compreender os
verdadeiros motivos que o levaram a agir;
• Dificultam o estabelecimento de relações de
intimidade e a troca de perspectivas com
terceiros.
Slide 15
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A “Percepção do Mundo a Duas Cores”
• Cada um de nós desenvolveu um
«automatismo interno» que nos leva a
reduzir a complexidade da realidade a uma
perspectiva simples: quem está certo/errado
e qual é o lado pelo qual vamos tomar
partido.
• É importante perceber os dois lados, e
não apenas um.
Slide 16
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A “Percepção do Mundo a Duas Cores”
1- Conta-se os 2
lados da história, 2- Faz-se uma auto- 3- Critica-se o outro
FORMA ADEQUADA crítica à nossa forma de forma objectiva e
incluindo a versão
DE NARRAR UM de agir e procuram- procuram-se os
do outro como ele a
CONFLITO se os factos que nos factos que reforçam
contaria, validando o seu ponto-de-vista.
os seus motivos para retiram razão.
agir.
Slide 17
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Influência do Juízo de
Valor nas Relações
Pessoais
A “Percepção do Mundo a Duas Cores”
5- Atribui-se ao outro
4- Mostram-se sinais 6- Formulam-se
traços de
de ofensa, injustiça regras de interacção
FORMA COMUM DE personalidade que
em relação ao outro, para nos
NARRAR UM justificam o nosso
que são a maior defendermos no
CONFLITO mal-estar (sinto-me
prova de que se tem futuro do outro (ex.:
traído, logo o outro
razão. “nunca mais lhe
não é de confiança)
conto nada”)
5- Evita-se rotular o
6- Sugere-se uma
4- Conta-se o nosso outro em termos da
forma de as 2 partes
lado da história, sua personalidade e
FORMA ADEQUADA poderem mudar o
distinguindo os procuram-se
DE NARRAR UM seu comportamento
factos dos nossos comportamentos do
CONFLITO que tenha em conta
sentimentos. mesmo que mostrem
as necessidades de
que nem sempre age
ambos.
da mesma forma.
Slide 18
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 19
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 20
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 24
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
A Comunicação Não-Verbal
• Sobrepõe-se ao discurso verbal e tem o
poder de distorcer ou anular por completo a
mensagem oral.
• É a que traduz de forma mais fiel as nossas
emoções.
• No caso de haver inconsistências entre a
mensagem verbal e não-verbal, há uma
tendência para uma sobreposição da última
sobre a primeira.
Slide 25
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
A Comunicação Não-Verbal
• Uma dificuldade da comunicação não-verbal
é que dá azo a mal-entendidos e a
interpretações diversas (o significado de um
gesto ou expressão facial pode ser muito
diverso em função do contexto).
Por vezes, achamos que estamos a
transmitir um sinal não-verbal que é claro
para os outros quando, na realidade, a
mensagem captada é oposta à que
queremos transmitir.
Slide 26
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Para estar sempre adequado às diferentes
situações, é importante dominar os vários
estilos de comunicação. É uma questão de
flexibilidade, e não de estilo de
personalidade.
• Os 3 estilos de comunicação podem ser-lhe
úteis; no entanto, na maioria das situações,
deverá utilizar o estilo assertivo.
Slide 27
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Podemos expressar o nosso ponto-de-vista
de uma forma:
• directa (de forma explícita) ou indirecta (de
forma implícita e que dá lugar a várias
interpretações);
• diplomática (expressar o ponto-de-vista próprio
e respeitar que o outro tenha um diferente) ou
persuasiva (procurar convencer o outro a
adoptar o ponto-de-vista do próprio).
Slide 28
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• A combinação destes critérios gera os 3 estilos
de comunicação:
Forma de
expressão de um Diplomática Persuasiva
ponto-de-vista
Indirecta Passivo
Passivo
(manipulador)
Slide 29
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Estilo Passivo: Quando se expressa de
forma omissa (implícita) o nosso ponto-de-
vista.
Utilização dos Espaços
de Comunicação:
Eu Outro
Slide 30
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Estilo Assertivo: Quando se exprime de
forma firme e diplomática o ponto-de-vista.
Diálogo
Utilização dos Espaços
de Comunicação:
Eu Outro
Slide 31
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Estilo Agressivo: Quando se exprime de
forma persuasiva o ponto-de-vista.
Utilização dos Espaços
de Comunicação:
Eu Outro
Slide 32
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A Ciência de Bem
Comunicar
O Domínio dos Estilos de Comunicação
• Os estilos de comunicação podem ser
aplicados na expressão de 3 tipos diferentes
de ponto-de-vista:
• na expressão de opinião
• na expressão de direitos
• na expressão de sentimentos
O Auto-Conhecimento e a Atitude em
Relação à Crítica
• O auto-conhecimento é essencial para as
relações interpessoais; sem ele, não temos
controlo sobre as nossas reacções nem
sobre o impacto que criamos no outro.
• A maior fonte de auto-conhecimento é o
feedback (em particular, a crítica) que
recebemos dos outros sobre nós.
Slide 34
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
O Auto-Conhecimento e a Atitude em
Relação à Crítica
• Para aumentar a probabilidade de os outros
nos criticarem, convém dar alguns sinais de
que estamos receptivos:
• evitar falar das suas decisões, trabalho ou de si
próprio de uma forma apenas positiva e segura.
• critique-se a si próprio antes dos outros o
fazerem.
• pergunte se os outros discordam de si, em vez
do contrário.
Slide 35
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 37
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 38
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 39
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 41
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Slide 42
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
E COMUNICAÇÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
PRÉ-REQUISITOS
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS
DURAÇÃO
20 a 30 minutos.
1 - De uma forma geral, procura-se que através de uma história que retrata um
contexto de comunicação diferente do abordado no Manual (o universo da dança)
e do recurso a personagens imaginárias (extraterrestres), se promova uma reflexão
sobre o carácter universal da comunicação, e como esta está patente na maioria
dos nossos contextos de vida (se não em todos) e assim, se reforce a
aprendizagem do Manual.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 5
FICHA TÉCNICA
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS),
co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
6 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
1 - Características semelhantes:
• aprende-se a dançar mais pela prática do que pela teoria; no início, parece
artificial mas com o treino, torna-se natural (ver Princípio n.º 6 - "A Força
dos Hábitos");
• dançamos mais de acordo com o nosso parceiro do que com o nosso próprio
estilo (ver Princípio n.º 4 - "A Ditadura do Meu Feitio");
• o nosso par pode dançar mal connosco, e ser um excelente dançarino com
outra pessoa (ver Princípio n.º 2 - "A Ditadura do Mau Feitio do Outro").
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
E COMUNICAÇÃO
A HISTÓRIA DAS
2 IRMÃS E DA CINDERELA
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
PRÉ-REQUISITOS
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS
DURAÇÃO
40 a 60 minutos.
A história infantil da Cinderela, que quase todos conhecemos desde pequenos e a que
muitos encantou e inspirou, pode ser todavia encarada como um exemplo de uma certa
educação social generalizada para uma "Percepção do Mundo a 2 Cores" e para a
formação de Juízos de Valor nas Relações Interpessoais:
• por outro lado, a explicação que nos é dada para os personagens malévolos
agirem dessa forma é simples: é porque está na sua natureza serem maus,
egoístas e sem compaixão (i.e. formação de Juízos de Valor com base em traços
de personalidade negativos), assim como a Cinderela age de forma benévola
porque está na sua natureza ser assim.
O objectivo deste exercício é revisitar este conto infantil e olhar para esta história a
partir da perspectiva das 2 Irmãs. Pretende-se dar um exemplo de uma versão
alternativa da história que corresponda à maioria dos factos relatados na versão original,
mas que introduza complexidade e densidade psicológica às várias personagens (procura-
se legitimar o ponto de vista das irmãs, sem no entanto fazer da Cinderela a "má da fita").
A única personagem que nesta versão está destituída (intencionalmente) de empatia é a
madrasta/mãe das Irmãs, pois o objectivo é que, no final, o formando volte a contar a
história a partir da perspectiva desta personagem.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Humm,
esta casa Perdi muito Sonsa!
parece tempo a limpar ...a armar-
que foi a casa, e não -se em gata
limpa! estudei. A borralheira!
Ai!!, a mãe
vai chegar música do
e ainda não piano também
estudei! não ajudou...
Vou dar
uma
limpeza,
para ela
não ficar
zangada!
No 3º quadrado:
1 - As irmãs concluem que a Cinderela não gosta delas. Qual é o ponto de vista delas?
2 - A Cinderela fica desconfiada com a presença das irmãs. Qual é o seu ponto de
vista?
Nos 4º e 5º quadrados:
3 - De que forma o comportamento da Cinderela faz lembrar o slogan "Há mar e mar,
há ir e voltar" (referido no capítulo 4 do Manual)?
Nos 5º e 6º quadrados:
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 5
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Instruções:
6 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
FICHA TÉCNICA
Edição: CECOA
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS),
co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 7
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Parte I
2 - A Cinderela lê a imagem global que as irmãs estão a comunicar como pessoas: estão
vestidas de forma muito "emproada" e pouco prática, e têm um ar tenso, sério e
reprovador (isto relaciona-se com a importância da imagem que se comunica como
pessoa, estudada nos capítulos 1 e 5.1.). Como a Cinderela tem a "consciência pesada"
(pois devia estar a estudar e não a passear o cão), concluiu que elas "vieram espiá-la" -
transformou a sua insegurança em reprovação e hostilidade das irmãs (erro de formação
de Juízo de Valor estudado no capítulo 3).
3 - A Cinderela não teve uma "prática responsável" (capítulo 4), pois não previu as
consequências do seu comportamento: foi passear com o cão, encontrou um amigo
(namorado?) e esqueceu-se do "voltar" ("Há mar e mar, há ir e voltar"), ou seja, do estudo
que tinha combinado fazer. Em vez de assumir as consequências dos seus actos, sentiu-
se culpada e procurou "contornar" o problema.
Parte II
"A mãe teve uma vida difícil; foi educada num colégio interno muito conservador e
autoritário. O seu primeiro marido (pai das irmãs) abandonou-a e isso deixou-a insegura,
amarga e frustrada.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
Vive em função das 2 filhas, que ama profundamente. Casou pela 2ª vez com o pai da
Cinderela de forma a poder dar às filhas uma "família completa". Quer que elas tenham o
melhor futuro possível, o que, na sua visão, passa por lhes arranjar um casamento com
um "bom partido" (classe social alta). Nesse sentido, investe muito na educação das
filhas: na compra de um piano, em escolas privadas, e em roupas bonitas e "chiques" para
que as filhas estejam sempre apresentáveis. Este é um gesto de amor por elas e, quando
elas não o reconhecem, sente-se rejeitada e reage com agressividade e autoritarismo.
A Cinderela é sua enteada e vem com uma "educação muito má" aos seus olhos; procura
pô-la "no bom caminho", mas cedo descobre que a Cinderela prefere limpar a casa a
estudar. Estes seus interesses pouco "intelectuais" combinados com a sua atitude humilde
e submissa, convencem a mãe de que a Cinderela é um "caso perdido para a escola" e
assim encarrega-a cada vez mais das tarefas domésticas. Esta situação com a Cinderela
convence a mãe de que estava certa, ou seja, que "de pequenino, é que se torce o
pepino". Por isso, ela prefere ser vista como "má" pelas filhas a ser condescendente com
elas a nível da educação, pois no futuro está convencida que elas lhe vão agradecer."
2 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO