Você está na página 1de 11

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

 CÁSSIA GOMES DA SILVA


 ELIANE AMORIM DOS SANTOS
 ELIZETH DOS SANTOS GARCIA
 VÂNIA MARIA LIMA DOS SANTOS
 WALDENICE CORRÊA DA ROCHA CONCEIÇÃO

GESTÃO E AÇÃO PEDAGÓGICA

Oriximiná
2018
 CÁSSIA GOMES DA SILVA
 ELIANE AMORIM DOS SANTOS
 ELIZETH DOS SANTOS GARCIA
 VÂNIA MARIA LIMA DOS SANTOS
 WALDENICE CORRÊA DA ROCHA CONCEIÇÃO

GESTÃO E AÇÃO PEDAGÓGICA

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


Universidade Norte do Paraná - Unopar, 7º e 8º semestre
para as disciplinas: Estágio Curricular Obrigatório de
Gestão, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Projeto
de Ensino em Educação, Gestão Educacional e
Avaliação Institucional, Seminário Interdisciplinar:
Tópicos Especiais II e Atividades Interdisciplinares como
requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
disciplina de Atividades Interdisciplinares.

Orientador: Prof. Cinthia Gomcalves Maziero

Oriximiná
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÃO........................................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
3

1 INTRODUÇÃO

A instituição de Ensino atua baseada em uma missão bem definida


que é o compromisso com o desenvolvimento de seus alunos, os quais são os
principais atores nesse processo de desenvolvimento.
O envolvimento da equipe escolar na organização do trabalho
escolar, possibilita maior sustentação ao processo de ensino e aprendizagem, sendo
assim, o desenvolvimento das crianças ocorrerá de maneira bem qualificada.
Este trabalho possibilita reflexões sobre a temática Gestão e Ação
Pedagógica no sentido de como este profissional poderá atuar posterior a sua
formação. Neste sentido, descreveremos como se dá o processo de gestão e ação
pedagógica em espaços educativos. Veremos também o quão importante é a
atuação do pedagogo em uma escola e suas especificidades.
Considerando a contribuição da equipe pedagógica diante a gestão
escolar, discorreremos alguns pontos que abordam a temática em questão: O papel
do pedagogo, quando novos profissionais: pedagogos, professores ou outros; por
meio de “contratação”, após serem aprovados em concurso, passam a integrar o
quadro de profissionais na escola; Qual deve ser a atitude do pedagogo atuante na
gestão, diante das "relações de poder" e "resistências" presentes na escola?; De
que forma o (a) pedagogo (a) atuante na gestão escolar, pode contribuir para
organização do trabalho pedagógico na escola?; Quando existe parceria entre os
profissionais da escola “com a família ou pessoas responsáveis pelos alunos”,
muitos problemas de ordem emocional, psicológica ou mesmo ligadas à dificuldade
de aprendizagem ou comportamento inadequado, tendem a ser minimizados. Diante
dessa afirmativa, qual deve ser a atribuição do pedagogo, no que concerne à
dimensão “escola X família”?
Na perspectiva de uma boa gestão, é importante destacar que o
bom relacionamento da equipe gestora contribui para a realização do trabalho
coletivo.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O papel do pedagogo, quando novos profissionais: pedagogos,


professores ou outros; por meio de “contratação”, após serem aprovados em
concurso, passam a integrar o quadro de profissionais na escola

É importante que esse profissional busque entender o funcionamento da


instituição bem como a grade de horários, e, a partir disso, organizar sua rotina já
com suas funções definidas.
Deste modo, a rotina escolar tende a ser melhor trabalhada quando os
profissionais, seja ele o professor ou o pedagogo, analisam a instituição levando em
consideração os aspectos culturais, sociais e até mesmo econômicos.
Um bom exemplo são as escolas Estaduais ou Municipais próximas a
comunidades, sendo necessária toda uma ótica inclusiva de ensino para que os
alunos se estimulem e saiam dessa realidade negativa que os cerca.
Os pedagogos têm cada vez mais apresentados funções mais dinâmicas
dentro da realidade educacional.
Segundo Libâneo (2008, p.33):

“[...] pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática


educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de
transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista
objetivos de formação humana [...]”

Isto é devido à novas demandas, que necessitam de profissionais mais


versáteis, com maior capacidade adaptativa, frente aos novos modelos pedagógicos
encontrados, no sentindo de tornar os indivíduos mais ativos dentro do processo de
aprendizagem, contribuindo com os docentes, no processo de ensino.

2.2 Qual deve ser a atitude do pedagogo atuante na gestão, diante das
"relações de poder" e "resistências" presentes na escola?

A atitude do pedagogo deve ser de flexibilidade democrática diante dos


abusos de poder e resistências a soluções de problemas existentes. O pedagogo
atuante na gestão escolar deve sempre prezar para que os objetivos sociais da
educação sejam atendidos, de modo que a escola cumpra com a sua função de
formar cidadãos conscientes e profissionais capazes. Para formar cidadãos
conscientes é necessário formá-los politicamente, de modo que compreendam o
5

funcionamento do modelo democrático, seus direitos e deveres.


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/1996 estabelece
as normas de gestão democrática na escola em seus artigos 3º e 14º. No art. 3 VIII,
estabelece a garantia da gestão democrática na rede pública. Todavia, reitera-se que
a gestão democrática deve acontecer tanto na esfera pública como na esfera
privada e o art. 14 afirma a participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto político pedagógico e a necessidade da efetiva presença da
comunidade nas atividades escolares. Sobre a pertinência da efetivação de uma
gestão democrática. Paro (2001, p.52) diz:

“Por um lado, porque ela se situa no campo das relações sociais onde,
como vimos, tonar-se ilegítimo o tipo de relação que não seja de
cooperação entre os envolvidos. Por outro, porque, também como vimos no
início do trabalho, a característica essencial da gestão é a mediação para a
concretização de fins; sendo seu fim a educação e tendo esta um
necessário componente democrático, é preciso que exista a coerência entre
o objetivo e a mediação que lhe possibilita a realização, posto que fins
democráticos não podem ser alcançados de forma autoritária”.

Assim, ao lidar com resistências e com a relação de poder o gestor deve


tentar não repetir a sociedade, de modo a impor a sua autoridade e afogar quaisquer
resistências, mas emular uma sociedade melhor, onde as relações de poder sejam
menos opressivas e as resistências sejam minimizadas pela compreensão de que
são relações sociais justas.
A função do pedagogo nas escolas, compreende as necessidades de
entender todas as partes que estão envolvidas no processo educacional, no que
tange o alunado e as famílias. Pimenta (1991 p. 178) afirma:

“A presença do pedagogo na escola é útil porque este possui um repertório


de conhecimentos (das ciências da educação) que pode ajudar a equipe da
escola no cumprimento da sua função. Estes conhecimentos precisam estar
articulados no processo ensino/aprendizagem com os objetivos
sociopolíticos”.

A afirmação de Pimenta reforça a importância de o pedagogo articular seus


conhecimentos específicos com os objetivos sociais e políticos que permeiam as
relações sociais e que interferem na gestão democrática da escola.
Dessa forma, a resistência muitas vezes é comum perante a eventuais
insatisfações com as práticas exercidas no ambiente escolar, e o papel do pedagogo
na gestão, é de permitir uma relação equilibrada de forma a ponderar todas as
considerações e sugestões realizadas.
6

2.3 De que forma o (a) pedagogo (a) atuante na gestão escolar, pode contribuir
para organização do trabalho pedagógico na escola?

Na prática escolar, o pedagogo contribui para a formação contínua dos


educadores ou professores. Nesta direção, o pedagogo é responsável por
desenvolver programas e ações que possam contribuir para o bom trabalho dos
professores e, consequentemente, o ensino dos alunos.
Deste modo, o pedagogo atua na criação de programas que contém:
estratégias, metas e objetivos a serem atingidos planejamento. Conforme Libâneo,
et al (2001, p. 77).

“Organizar é bem-dispor elementos (coisas e pessoas), dentro de condições


operativas (modos de fazer), que conduzem a fins determinados.
Administrar é regular tudo isso, demarcando esferas de responsabilidade e
níveis de autoridade nas pessoas congregadas, afim de que não se perca a
coesão do trabalho e sua eficiência geral”.

A organização do trabalho pedagógico no cotidiano da escola pública, se faz


na construção do Projeto Político Pedagógico, na implementação do trabalho
pedagógico no coletivo de profissionais da escola, na formação continuada do
coletivo de profissional da escola e nas relações entre a escola e a comunidade.
Toda ação do pedagogo deve conter princípios da gestão democrática e
participativa, tendo como referência a ética profissional, autonomia da escola, atitude
investigativa, formação continuada e escola como ambiente educativo. Conforme
Libâneo, (2001, p. 114-115):

“O caráter pedagógico da ação educativa consiste precisamente na


formulação de objetivos sócio-políticos e educativos e na criação de formas
de viabilização organizativa e metodológica da educação (tais como a
seleção e organização de conteúdos e métodos, a organização do ensino, a
organização do trabalho escolar), tendo em vista dar uma direção
consciente e planejada ao processo educacional”.

A prática pedagógica necessita dar ênfase na dimensão humana social da


aprendizagem, bem como estar atenta a questão cultural, para assim organizar o
ambiente escolar condizente com a realidade social da escola. Já na prática
organizacional fazer uso de formas ativas e autogestionárias, descentralização do
poder, gestão escolar mais horizontal, participativa e democrática com
7

estabelecimento de parcerias e trabalho cooperativo.

2.4 Quando existe parceria entre os profissionais da escola “com a família ou


pessoas responsáveis pelos alunos”, muitos problemas de ordem emocional,
psicológica ou mesmo ligadas à dificuldade de aprendizagem ou
comportamento inadequado, tendem a ser minimizados. Diante dessa
afirmativa, qual deve ser a atribuição do pedagogo, no que concerne à
dimensão “escola X família”?

A escola deve andar em comunhão com a família de seus alunos, uma vez
que quando essa comunhão é feita grande parte dos problemas gerais existentes é
minimizada. Nesse contexto, cabe ao pedagogo além de ensinar as disciplinas
escolares, transmitir valores morais e éticos que condizem com a parceria da escola
e família para seus alunos, pois assim estarão sendo construídos além de bons
profissionais, boas pessoas.
Segundo TIBA (1996) a falta do amparo familiar, mais precisamente a
carência afetiva durante a infância, pode conduzir a uma deterioração integral da
personalidade, e consequentemente do comportamento. Quando o relacionamento
familiar é precário, certamente irá influenciar nos relacionamentos sociais de seus
membros, principalmente dos filhos. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, à
desagregação dos casamentos, droga, ausência de valores, permissividade,
demissão dos pais da educação dos filhos, etc. São apontados como as principais
causas que minam o ambiente familiar.
A importância da participação da família é uma construção inesgotável e que
não pode ser delegada somente a escola. Por outro lado, a escola não se restringe
apenas às disciplinas obrigatórias, vários temas transversais, como: delinquência
juvenil, violência no trânsito, inclusão social, são alguns exemplos que fazem parte
de discussões participativa da Comunidade Escolar, toda a sociedade em amplo
debate. É aí que se percebe o valor dessa parceria Escola-Família.
O ideal é que a família e a escola tracem as mesmas metas favorecendo ao
educando uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos
críticos capazes de enfrentar complicadas situações que surgem na sociedade.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem
oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e
dos seus alunos.
TIBA (1996) afirma que há pais que, por manter seus filhos na escola, acham
8

que esta é responsável pela educação dos mesmos. Quando a escola reclama de
comportamentos inadequados ou das indisciplinas por parte dos alunos, os pais
atribuem a responsabilidade à escola.
Conflitos sejam quais forem, ajudam a diagnosticar uma determinada
problemática. Quando se trata de escola, esta assertiva se torna mais visível,
problemas não surgem por acaso, resultam de uma gama de razões que precisam
ser pensadas previamente. Prevenir sempre será uma resposta satisfatória. Assim
sendo, o trabalho em resolver os imbróglios deve contar com o comprometimento de
todos envolvidos.
No artigo 227 da Constituição Federal do Brasil (1988) diz na sua íntegra que:
“é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Discutir a questão da infância e da família no campo da pedagogia constitui
tarefa importante para evitar o recurso a padrões rígidos que pensam a educação a
partir de um modelo universal e temporal de infância e de família.
9

3 CONCLUSÃO

Pedagogia é a ciência humana que tem como objeto de estudos a


teoria e a prática da educação compreendidas nos espaços escolares e não
escolares. Tanto na educação formal quanto na educação não formal identificou-se a
possibilidade de atuação do pedagogo em espaços diversos como: escola,
instituição hospitalar, empresas, meios de comunicação, sindicatos, turismos e
museus.
Neste caso, se tratando da instância de prática educativa, o
pedagogo ao ingressar por meio de contratação, após serem aprovados em
concursos, essencialmente deve buscar orientações sobre a realidade do espaço
escolar, considerando suas competências de acordo com as diretrizes curriculares
nacionais. Dessa feita, sua capacidade para contornar obstáculos, promover o
diálogo e criar um relacionamento respeitoso e produtivo é uma das principais
tarefas relacionadas a essa profissão.
A formação do pedagogo (professor, coordenador pedagógico,
supervisor, diretor) deve favorecer sua atuação na gestão, docência e pesquisa. Nos
espaços educativos, ao contribuir para organização do trabalho pedagógico, é
essencial que o pedagogo, domine os conhecimentos sobre a estrutura, elaboração,
redação e sobretudo das interpretações das leis, para que de forma argumentativa e
democraticamente possa interferir nas questões de empoderamento e resistências
de práticas educativas. Portanto, para que uma equipe técnica pedagógica
desenvolva um trabalho qualificado, não basta a conclusão do curso de graduação
em pedagogia, o pedagogo por meio individual ou pela oferta de curso de
capacitação e aperfeiçoamento precisa aprimorar seus conhecimentos que visam a
organização eficaz nas atribuições pedagógicas da escola.
Por fim, a gestão democrática da educação, alude a existência de
parceria entre os profissionais da escola com a família e com o grupo escolar, para
tanto recomenda-se a reformulação da organização e gestão da escola, minimização
da burocracia, criação de colegiados escolares eleitos pela comunidade,
composição das instâncias colegiadas e implantação de Conselho escolar como
fatores que exigem a contribuição e atribuição do pedagogo para articulações nas
soluções de problemas de ordem emocional, psicológicos ou mesmo ligados à
dificuldades de aprendizagem ou comportamento inadequados dos alunos.
10

REFERÊNCIA

BRASIL. Constituição Federal (1988). Rio de Janeiro, FAE, 1989.

BRASIL. Lei n.º 9394, de 20.12.96. Estabelece as diretrizes e bases da educação


nacional. In: Diário da União, ano CXXXIV, n. 248, 23.12.96.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática.


Goiânia: Editora Alternativa, 2001

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 10. ed. São Paulo,
Cortez:
2008.

PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. Loyola: São Paulo,


1991.

TIBA, Içami. Disciplina – Limite na medida certa. 8ª edição. São Paulo: Editora
Gente, 1996.

Você também pode gostar