O capítulo discute como o serviço social, assim como a Inquisição, podem abusar do poder ao tentar "concertar" pessoas consideradas desajustadas à época. O autor alerta que os profissionais de assistência social precisam estar cientes de suas próprias motivações de poder e não apenas buscar o bem-estar do cliente.
Descrição original:
Resumo do capítulo 4.
Título original
Resumo do livro "Abuso do poder na psicoterapia"
O capítulo discute como o serviço social, assim como a Inquisição, podem abusar do poder ao tentar "concertar" pessoas consideradas desajustadas à época. O autor alerta que os profissionais de assistência social precisam estar cientes de suas próprias motivações de poder e não apenas buscar o bem-estar do cliente.
O capítulo discute como o serviço social, assim como a Inquisição, podem abusar do poder ao tentar "concertar" pessoas consideradas desajustadas à época. O autor alerta que os profissionais de assistência social precisam estar cientes de suas próprias motivações de poder e não apenas buscar o bem-estar do cliente.
Disciplina: Eletiva “O abuso do poder na Psicoterapia”
Aluna: Jenniffer Braga Cardoso
Matrícula: 201301638803
Resumo do capítulo “Serviço social e Inquisição”
O capítulo inicia abordando a questão de que, no serviço social, muitas vezes o
profissional precisa agir contra a vontade do cliente que em muitas ocasiões, não tem capacidade para reconhecer o que é bom para si e que ainda, em alguns casos, apesar de isso ser necessário, a lei não da permissão para que isso possa ser feito. Depois de relatar que na Suíça existem leis mais duras quanto a isso, apresenta um caso de uma menina de 17 anos que foi separada da mãe por motivos que os clientes não conseguiam reconhecer. O autor fala que a atividade da Assistência Social está baseada em uma corrente do Iluminismo que defende que as pessoas devem ser racionais e adaptadas, e que o desajustamento social deve ser combatido. Tal noção não é muito antiga, considerando que os cristão medievais não consideravam o ajustamento social e sim, ganhar as almas para o céu. Quando esse cenário começou a mudar, os que pensavam diferente desse propósito, foram perseguidos e até mortos. Depois disso, o autor compara a Assistência Social com a Inquisição, não pelo uso de meios parecidos mas, pela mesma necessidade de “concertar” casos que são considerados desajustados, ou seja, que não se enquadram no pensamento considerado normal daquela época. Pensando nisso, o autor reflete a respeito de estudos que foram feitos que trouxeram a tona a temática de que as motivações daqueles que defendiam a Inquisição não eram tão puras e apenas para concertar o que estava desajustado e sim, uma ânsia por poder sobre tais casos, sendo assim, quais seriam as motivações da Assistência Social hoje? À respeito disso, o autor diz que para os profissionais que exercem serviços de ajuda, quanto mais obscuras as motivações para alguma imposição no sentido de ajustar alguém, maior a defesa de que tal ato é correto e a única solução, ou seja, o desejo de poder é justificado por algo supostamente honesto e bom. Cabe aqui ressaltar a fala do autor de que nada é puramente bom, há sempre duas forças opostas por trás de nossos atos. O problema da sombra do poder pode ser amenizado quando o assistente social é psicologicamente treinado para fazer o cliente ver a si mesmo mas, ainda assim, tal problema não pode ser completamente eliminado pois a psicologia pode ser usada para reforçar a necessidade de poder além até da vida social e financeira do cliente. O autor encerra o capítulo dizendo que àqueles que se disponibilizam a ser profissionais de ajuda, são de um tipo especial afinal, não é apenas a sombra do poder que os motiva mas também alguma outra coisa que os torna sensíveis ao outro.