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O TRAUMA DA CONQUISTA

195-196: As crenças apocalípticas das sociedades astecas e incas antes da chegada dos
europeus. Estes chegaram vindos dos lugares onde havia a crença de retorno dos deuses,
portanto foram considerados divindades.
197: As características dos espanhóis que encaixavam nas descrições dos deuses, citação
da descrição dos europeus. A recepção de Moctezuma aos espanhóis como se fossem
divindades vindas para tomar o seu lugar.
198: O entendimento de que os europeus eram Viracochas, filhos do criador, para a
sociedade inca, mais uma citação sobre essa caracterização dos ibéricos como divindades.
A rápida quebra da visão de divindades pelo caráter belicoso e egoísta dos europeus.
198-199: Os motivos que levaram os espanhóis a vitória sobre os povos nativos, o apoio
de comunidades conquistadas que não queriam se libertar dos domínios asteca e inca.
Outro motivo da derrota foi a destruição do mundo religioso das comunidades indígenas,
o que levou ao desmotivação e desespero deles - a queda da cidade de Tenochtitlán, e a
derrota do inca. Citação mostrando o desespero.
DESESTRUTURAÇÃO
200-201: A desestruturação das sociedades americanas por causa da dizimação da
população pelo sarampo e varíola, o autor mostra a diminuição da população, foi utilizado
os autores Sherburne F. Cook e Woodrow Borah para o México e Nicolás Sánchez-
Albornoz e Nathan Wachtel para os Andes.
202-203: Algumas referências das diversas doenças que destruíram as comunidades
nativas, ainda com autores que estudaram esses temas mais fontes. Outros motivos do
extermínio dos indígenas, como a guerra e falta de alimento, além da diminuição
considerável de homens. Apresenta-se um questionário feito aos nativos quanto a sua
condição de vida, as respostas são interessantes por causa de talvez serem motivadas por
medo ou por desejo de agradar, é apontando os vícios como um dos motivos da piora da
qualidade de vida
204: Analise das comunidades andinas, principalmente a sua célula básica: o ayllu. Este
servia como uma forma de interlaçar os diversos grupos endogâmicos. A união desses
grupos sobrepostos com líderes, ou curacas, acaba chegando até o estado inca. Analisa-
se a produção agrícola dessas comunidades nos Andes que podia ser diversa por causa da
diferença de altitude, mais as relações de apoio entre as pessoas para produção.
205: Utilização do sistema de reciprocidade para formação da sociedade, as comunidades
tinham fazer serviços, mita, para o inca. A reciprocidade também existia entre
comunidades e aldeias. Outra informação é mitmaq, um sistema de colonização de áreas
com altitude diferente para ter acesso a produtos agrícolas diversificados.
206: Um estudo do caso de mita e mitmaq no caso de Cochabamba, o poder do Estado
inca em selecionar comunidades para produzir em áreas selecionadas. Era feito uma
redistribuição pelos curacas da produção.
206-207: A expansão desse modelo por utilização de yana, dependentes sem quaisquer
laços familiares. Quebra do sistema de reciprocidade com a derrota do inca, destruição
do Estado, o que seria acelerado com as encomendas, assim a coroa selecionava o lugar
de trabalho agora. O texto apresenta o exemplo de Polo de Ondegardo para mostrar a
quebra com a terra de origem dos nativos. Quebra do modelo de colonização andina.
208: O tributo dos encomienderos feito aos índios, como não havia tabelas acabou
levando a abusos. Alguns desses tributos, como no Peru, devia ser feito em produtos, o
que inicio arrecadação em prata.
209-210: O tributo era coletivo, o que levava uma desigualdade devido a diminuição da
população pelas epidemias. A quebra da reciprocidade e redistribuição por parte dos
espanhóis na sociedade andina, exemplo a produção de tecidos. Por causa dos abusos e
longas horas de trabaho, levou os indígenas a reclamar no tribunal de Lima melhores
condições. Citação interessante para apresentar essa situação é o cronista Ortiz de Zuñiga.
210-212: O processo de trabalho nas minas para conseguir minérios para pagar o tributo,
Zacatenas no México e Potosí nos andes. Também relata outras funções que os indígenas
faziam para pagar tributos. Especificamente nos andes, o monopólio tecnológico nativo,
huayras, para transformar o minério, o que deixava os europeus nas mãos dos índios,
tentativas de replicar o processo falharam. Essa situação acabava colocando certas
porcentagens de prata nas mãos dos nativos, porém era retirado pelo mercado, assim toda
a prata voltava para a coroa espanhola. Os europeus só romperam com sua dependência
do huayras, quando inventaram o processo de amalgamação em 1574 no Vice-reino de
Toledo.
213: As migrações da população para serviços, o que afastava da área de origem. O
aumento da população de yana, porém seu status variava em relação aos yanaconas e os
que foram utilizados em haciendas. A divisão da sociedade indígena em hatunruna,
sujeitos a mita, e yanaconas, dependentes livres de laços sociais. A manifestação do
problema do século XVII que seria constante da na história colonial do Vice-reinado do
Peru, o conflito entre: os yanaconas e forasteiros, utilizados para o trabalho, do outro
hacendados, que detinham o controle dessas forças de produção.
213-214: A questão de tributos na região do México, o equivalente ao yanaconas,
mayeques eram em maior quantidade e não precisavam pagar o tributo comunitário como
os macehuales, somente após 1560 quando foram incorporadas as comunidades.
214: As consequências para os nobres nativos, como os descendentes de Moctezuma que
continuaram no controle da cidade até 1565, e o resultado dos três filhos de Huayna
Cápac.
215: A nobreza de Chucuito, Martin Cari e Martin Cusi – quebra da reciprocidade
eutlização de yana para produção da terra. Entretanto, esses efeitos de desestruturação
não ocorriam em certas regiões de senhores intermediários.
216: A perda de poder do senhor da ayllu, perdendo seus privilégios o que aumenta o
poder para o senhor intermediário. Deste modo há uma fragmentação de poder dos
senhores principais e concentração nos níveis intermediários. Estes ainda se tornaram
muito importantes pois faziam arrecadação das encomiendas.
217: Comparação entre México e Peru, este acabou tendo mais continuidades do que
aquele. No México foi introduzido cabildos, constituídos por gobernadoresi, alcaldes e
regidores com funções de fiscalizar e aplicar a justiça. Também a diferenciação entre o
gobernador e tlatoani.
217-218: A justificativa ideologia de trazer a verdadeira fé aos indígenas, não aceitação
dos velhos costumes. Impacto do fim do sistema religioso nativo para classes sacerdotais,
este sistema religioso acabou logo com a chegada dos conquistadores. O uso
indiscriminado de álcool pelos nativos, leis anteriores impediam esse uso exagerado, e
punição por práticas fora dos padrões.
219-220: A continuação do uso exagerado de álcool, incentivo por parte das classes
indígenas superiores, e também o uso de folhas coca, o que aumento consideravelmente
a plantação e uso. Essa situação é reflexo do sentimento de impotência das populações
americanas.
TRADIÇÃO E ACULTURAÇÃO

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