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Avelino Augusto Saibo

Edson João Jaime Pequenino

Aprendizagem Cooperativa

Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2020
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Avelino Augusto Saibo

Edson João Jaime Pequenino

Aprendizagem Cooperativa

Trabalho de caracter avaliativo


a ser entregue na cadeira de
Estágio Pedagógico de
Química, curso de Química, 4o
ano Sob recomendações do
docente da cadeira:

dr. Eduardo Priceiro

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2020
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Índice
Introdução......................................................................................................................3

1. Conceito e caracterização da aprendizagem cooperativa..........................................4

2. Diferenças entre os grupos de trabalho cooperativo e os grupos de trabalho


tradicional......................................................................................................................5

3. Aspectos da cooperação que são essenciais para a aprendizagem.............................6

4. Características comuns e variáveis das diversas abordagens de aprendizagem


cooperativa.....................................................................................................................7

4.1. Características comuns às diversas abordagens de aprendizagem cooperativa:.....7

4.1.1. Características variáveis das diversas abordagens de aprendizagem cooperativa:


.......................................................................................................................................7

5. Benefícios da aprendizagem cooperativa..................................................................7

6. Técnicas de aprendizagem cooperativa.....................................................................8

6.1. Método pensar formar pares partilhar....................................................................8

6.1.1. Objectivos............................................................................................................8

6.1.2. Passos do método.................................................................................................8

6.1.3. Área de cálculo....................................................................................................8

6.2. Método verdade ou mentira....................................................................................9

6.2.1. Objectivo..............................................................................................................9

6.2.2. Passos do método.................................................................................................9

Conclusao.....................................................................................................................10

Referências bibliográficas............................................................................................11
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Introdução
O presente trabalho da cadeira de Estágio Pedagógico de Química tem como tema
Aprendizagem Cooperativa, o trabalho trás no tangente a aprendizagem cooperativa as
bases teóricas fundamentais para o conhecimento daquilo que diz respeito a aprendizage
cooperativa no processo de ensino e aprendizagem, o trabalho aborda um pouco daquilo
que são os pré conceitos de aprendizagem cooperativa, as caracteristícas da
aprendizagem cooperativa, os benificíos da aprendizagem cooperativa e as técnicas
essências da aprendizagem cooperativa. Frizar que a aprendizageem cooperativa é tida
como uma das melhores formas de ensino pelo facto de fazer com que haja uma maior
interação entre os alunos maior desenvolvimento entre os alunos entre outros , o
presente trabalho em abordagem versa se sobre os seguintes objectivos:
Objectivo Geral
 Explicar a aprendizagem cooperativa.
Objectivos especificos
 Identificar os benificíos da aprendizagem cooperativa;
 Compreender as técnicas da aprendizagem cooperativa;
 Mencionar as diferenças entre a aprendizagem cooperativa e aprendizagem
tradicional.
Quanto a metodologia usada para a elaboração desse trabalho, foi com base na consulta
de fontes bibliográficas, quanto a estrutura do trabalho encontramos Introdução,
desenvolvimento e conclusão.
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1. Conceito e caracterização da aprendizagem cooperativa


A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que
os alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a
resolução de problemas facilitando a compreensão do conteúdo. Todas as actividades
são estruturadas pelo professor que acompanha e estabelece os comportamentos
desejados para os alunos no desenvolvimento da aula.
Segundo MARREIROS et al (2001) o conceito de aprendizagem
cooperativa provém dos trabalhos desenvolvidos por Vygotsky
(1934), cujas observações revelaram que os alunos aprendem mais e
melhor quando trabalham em cooperação com companheiros mais
capazes, se actuando na Zona de Desenvolvimento Próximal (ZDP)
dos alunos.

Vygotsky (1934) introduz o conceito de ZDP, como sendo a distância


entre o nível de desenvolvimento real de uma criança (ZDR) –
realização independente de problemas e o nível mais elevado de
desenvolvimento potencial determinado pela resolução de problemas
sob a orientação de um adulto ou trabalhando com pares mais capazes
(ZDP). (FONTES E FREIXO, 2004).
A este respeito faz todo o sentido o referido por Vygotsky (1934) a criança fará amanhã
sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação.

Para LOPES E SILVA (2009) a aprendizagem cooperativa é uma


metodologia com a qual os alunos se ajudam no processo de
aprendizagem, actuando como parceiros entre si e com o professor,
visando adquirir conhecimentos sobre uma dado objecto e defendem
ainda que a cooperação é a convicção plena de que ninguém pode
chegar à meta se não chegarem todos.

Estes autores sintetizam seis dos elementos mais importantes da definição do campo de
aprendizagem cooperativa:

1. A aprendizagem é um processo inerentemente individual, não colectivo, que é


influenciado por uma variedade de factores externos, incluindo as interacções em grupo
e interpessoais.
2. As interacções em grupo e interpessoais envolvem um processo social na
reorganização e na modificação dos entendimentos e das estruturas de conhecimento
individuais e, portanto, a aprendizagem é simultaneamente um fenómeno privado e
social.

3. Aprender cooperativamente implica na troca entre pares, na interacção entre iguais e


no intercâmbio de papéis, de forma que diferentes membros de um grupo ou
comunidade podem assumir diferentes papéis (aprendiz, professor, pesquisador de
informação, facilitador) em momentos diferentes, dependendo das necessidades.
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4. A cooperação envolve sinergia e assume que, de alguma maneira, “o todo é maior do


que a soma das partes individuais”, de modo que aprender, desenvolvendo um trabalho
cooperativamente, pode produzir ganhos superiores à aprendizagem solitária.

5. Nem todas as tentativas de aprender cooperativamente serão bem-sucedidas, já que,


sob certas circunstâncias, pode levar à perda do processo, falta de iniciativa, mal-
entendidos, conflitos, e descrédito: os benefícios potenciais não são sempre alcançados.

6. Aprendizagem cooperativa não significa necessariamente aprender em grupo,


implicando na possibilidade de poder contar com outras pessoas para apoiar sua
aprendizagem e dar retorno se e quando necessário, no contexto de um ambiente não
competitivo.

No entender de PUJOLÁS (2001) a aprendizagem cooperativa é uma


actividade ou estratégia que tem em conta a diversidade dos alunos
dentro de uma turma onde se privilegia uma aprendizagem
individualizada que só será possível se os alunos cooperarem para
aprender, afastando assim a aprendizagem competitiva e
individualista.

2. Diferenças entre os grupos de trabalho cooperativo e os grupos de trabalho


tradicional

Grupo de trabalho cooperativo Grupo de trabalho tradicional

Interdependência positiva Não há interdependência positiva

Responsabilidade individual Não se assegura a responsabilidade


individual

Aplicação das competências cooperativas As competências cooperativas podem ser


espontaneamente aplicadas

Liderança e partilha de responsabilidades A liderança normalmente é feita por um


aluno e as responsabilidades não são
partilhadas

Todos os elementos contribuem para o O êxito do grupo muitas vezes só depende


êxito do grupo do contributo de um ou de alguns
elementos
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Observação e feedback por parte do O professor não observa o grupo ou fá-lo


professor ao grupo esporadicamente pelo que o trabalho se
faz fora da sala de aula

O grupo avalia o seu funcionamento e O grupo não avalia sistematicamente o seu


propõe objectivos para o melhorar funcionamento

3. Aspectos da cooperação que são essenciais para a aprendizagem

Objectivos Os alunos da turma formam pequenos grupos


preferencialmente heterogéneos, de forma que todos
aprendam os conteúdos e as atitudes previamente
estabelecidas.

Níveis de cooperação A cooperação pode estender-se a toda a turma (permitindo


que todos os alunos consigam aprender os conteúdos
leccionados) e à escola (permitindo que todos os alunos da
escola progridam)

Esquemas de Os alunos estimulam e incentivam o êxito de todos e de


interacção cada um. Discutem os conteúdos entre si procurando
soluções para a realização da actividade, escutam as
explicações e opiniões dos colegas, esforçam-se para
atingirem os objectivos comuns, ajudando-se mutuamente,
quer a nível da aquisição de conhecimentos quer no
desenvolvimento de competências e aptidões. Esta
interacção deve verificar-se tanto dentro do grupo como
entre os diferentes grupos.

Avaliação dos A avaliação baseia-se em critérios previamente


resultados estabelecidos que devem ser tanto do domínio cognitivo
como do domínio das competências. Esta avaliação
processa-se tanto a nível individual como grupal.
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4. Características comuns e variáveis das diversas abordagens de aprendizagem


cooperativa.

4.1. Características comuns às diversas abordagens de aprendizagem cooperativa:


1. Tarefas comuns ou actividades de aprendizagem apropriadas ao trabalho de grupo
2. Pequenos grupos de aprendizagem
3. Comportamentos cooperativos
4. Interdependência positiva
5. Responsabilidade Individual
4.1.1. Características variáveis das diversas abordagens de aprendizagem
cooperativa:
1. Formação dos grupos (heterogéneos, aleatório, escolha dos alunos, interesses
comuns)
2. Estrutura da interdependência positiva (objectivos, tarefas, recursos, papéis, divisão
do trabalho, recompensas)
3. Ensino explícito de competências relações interpessoais, de cooperação ou
colaboração
4. Reflexão sobre as competências sociais, as competências académicas ou a dinâmica
de grupo
5. Clima propício à construção de espírito de grupo, confiança ou das normas
cooperativas
6. Estrutura de grupo
8. Organização do grupo
9. Papel do professor

5. Benefícios da aprendizagem cooperativa


Segundo LEITÃO (2006) com a utilização da aprendizagem
cooperativa os alunos aprendem em conjunto, influenciam-se
mutuamente, partilham experiências e pontos de vista e são
incentivados pelas ideias dos outros sendo benéficos para a melhoria
da auto eficácia dos alunos.
Os alunos beneficiam a vários níveis com o trabalho em equipa: ao nível dos produtos
do trabalho que são qualitativamente superiores ao trabalho individual, por resultarem
de uma coordenação de saberes e saber-fazer geradora de novos progressos; ao nível da
motivação para a aprendizagem; ao nível da aprendizagem de papéis e perícias sociais
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necessárias à actividade partilhada; ao nível das aprendizagens específicas e do


desenvolvimento do raciocínio.

6. Técnicas de aprendizagem cooperativa

6.1. Método pensar formar pares partilhar

6.1.1. Objectivos
Partilhar informações, praticar a escuta activa, debater ideias, desenvolver a
criatividade, estimular o pensamento crítico e a auto-estima.

6.1.2. Passos do método


1. Formação de célula com números pares até quatro pessoas e numerá-las de 1 a 4;

2. O professor enunciar um problema para resolver;

3. Os estudantes pensam individualmente durante alguns segundos, sobre a resposta do


problema;

4. O professor pede para os estudantes formar pares a partir dos números atribuídos aos
mesmos (exemplo 1 e 2, 3 e 4);

5. Os estudantes discutem o assunto e resolvem o problema;

6. Em seguida o facilitador pede para que um membro da dupla partilhe as a resolução


da questão ou do assunto;

6.1.3. Área de cálculo


1. Coloca se um assunto para resolver;

2. Os estudantes pensam individualmente sobre o assunto durante alguns segundos;

3. Em seguida compartilham as estratégias de como resolver a questão;

4. Voltam a resolver a questão sozinho;

5. Os estudantes farão duplas novamente e verificarão se a resposta está correcta;

6. Por último a resolução da questão é divulgada para a célula.


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6.2. Método verdade ou mentira

6.2.1. Objectivo
Desenvolvimento do espírito crítico e de união da célula, consolidação de
conhecimentos.

6.2.2. Passos do método


1. O professor forma células de 2 ou 3 estudantes e as numera;
2. Cada célula escreve duas ou três afirmações verdadeiras ou falsas que sejam
convincentes;

3. Cada célula tem um cartão em que num dos lados está escrito ―VERDADE e no
outro ―MENTIRA;

4. Cada célula na sua vez apresenta as suas verdades e mentiras a turma;

5. As células devem conversar sobre as respostas;

6. O professor dá um tempo para a discussão das respostas;

7. O professor dá um sinal e as células mostram suas respostas ao mesmo tempo.


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Conclusao
Depois de muita leitura, concepção do trabalho, e respondendo aos objectivos
rabiscados, o grupo concluiu que as técnicas da aprendizagem cooperativa têm passado
na actualidade por um grande desenvolvimento no âmbito da transmissaão dos
conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem por que tem sido eles os
facilitadores do PEA, fazendo com que os alunos tenham uma maior facilidade de
aquisicção dos conhecimentos tratando se então de uma técnica bastante eficaz no
concernente a educação centrada no aluno.

A aprendizagem cooperativa é um meio de simular a concentração do aluno no seio do


processo de ensino e aprendizagem, sendo entretanto recomendando para que os
docentes possam ussufruir do mesmo facilitando a aquisição dos conhecimentos por
parte dos alunos.
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Referências bibliográficas
1.LEITÃO, F. A. R. Aprendizagem Cooperativa e Inclusão. Mira-Sintra: Edição do
autor. 2006
2.FONTES, A. E FREIXO, O. Vygotsky e a Aprendizagem Cooperativa. Lisboa: Livros
Horizonte. 2004
3.LOPES, J. E SILVA, H. S. A Aprendizagem Cooperativa na sala de aula – um guia
prático para o professor. Lisboa: Lidel - Edições Técnicas. 2009
4.PUJOLÁS, P. Atención a la diversidad y aprendizaje cooperativo en educación
obligatoria. Málaga: Ediciones Aljibe. 2001
5.MARREIROS, A., Fonseca, J. e Conboy, J. O trabalho científico em ambiente de
aprendizagem cooperativa. Revista da Educação. Vol. X nº 2. 2001

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