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Paul E. Lovejoy
- O autor fala ainda da questão das guerras, que gerava um grande contingente de
escravos, e da ausência de grandes estados que pudessem oferecer unidade e segurança.
Uma outra informação importante é que esse período de dependência seria caracterizado
pelos senhores de guerra, figura que será bastante explorada ao longo do texto.
- Mais uma vez ganha destaque a questão da fragmentação política. Segundo Lovejoy,
“sem uma autoridade centralizada que pudesse salvaguardar as liberdades individuais e
a propriedade em grandes áreas, os indivíduos tinham que enfrentar os riscos das
viagens se quisessem levar a cabo um empreendimento comercial, e as comunidades
sempre temiam guerras, seqüestros e ataques. Em muitos casos, é difícil separar o
desejo de capturar prisioneiros para a escravidão de rivalidades econômicas e políticas
não diretamente relacionadas com a escravização.”
O autor relata uma série de casos, onde alguns indivíduos se mostravam preocupados
com os abusos da escravidão e, de fato tentavam impedir as práticas inescrupulosas de
certos comerciantes. Havia sim um código, ou melhor, vários códigos de conduta que
deveriam ser respeitados. Por exemplo, para os muçulmanos, somente eles e membros
de grupos súditos que pagavam tributos especiais estavam livres da escravização.
Além disso, essa batalha moral afetava os procedimentos legais, como pode ser visto na
mudança para a escravização de muitas das punições penais, como a compensação
material às partes prejudicadas e a morte aos assassinos e outros condenados por crimes
particularmente graves. A escravização tornou-se cada vez mais a penalidade mais
comumente imposta.
- Por último o autor conclui que essa erosão na sociedade deve ser explicada dentro do
seu contexto político. Portanto, isso inclui fatores externos mas sobretudo internos,
como verificado na ausência de governos fortes e centralizados.