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História

Professor

Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 02
7º ano | 2° Bimestre

Disciplina Curso Bimestre ano


História Ensino Fundamental II 2° 7º

Habilidades Associadas
1. Identificar as principais ideias protestantes.

2. Compreender a dimensão política das Reformas Religiosas.

3. Compreender o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei.

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Apresentação

A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o


envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

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Caro Tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de História da 7ª ano
do Ensino Fundamental II. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecerão melhor algumas mudanças
promovidas pelo Renascimento estudadas no bimestre anterior como o
questionamento de algumas práticas da Igreja católica que resultaram na Reforma.
Além disso, irão conhecer quais são as principais características do processo de
centralização do poder político, absolutismo, que inaugura o modelo de Estado
Moderno e algumas práticas desse Estado como a expansão marítima e a intervenção
do Estado na economia, mercantilismo.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal
eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma
explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as
Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar
a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.

Um abraço e bom trabalho!


Equipe de Elaboração

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Sumário

Introdução .............................................................................................. 03
Objetivos Gerais ..................................................................................... 05
Materiais de Apoio Pedagógico ............................................................. 05
Orientação Didático-Pedagógica ........................................................... 06
Aula 1: As principais ideias protestantes ................................................. 07
Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas ............................ 12
Aula 3: O processo de concentração dos poderes nas mãos do rei ........ 17
Avaliação ................................................................................................ 21
Pesquisa ................................................................................................... 24

Referências ............................................................................................. 25

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Objetivos Gerais

Neste Caderno de Atividades 2° bimestre do 7° ano, o Currículo Mínimo


estabeleceu como proposta a abordagem de dois conteúdos, as Reformas Religiosas
do século XVI e a formação dos Estados Modernos. Ambos os temas estão
relacionados ao processo de transformação do mundo em virtude das crises
vivenciadas no Ocidente no século XIV, bem como em virtude da Expansão Marítima
do século XIV e XV. Assim, esses conteúdos estão conectados pela abertura das
fronteiras advindas do contato com a América, território novo e tão diferente do
europeu, da investigação sobre outras formas sociopolíticas e, também, do interesse
do homem ocidental moderno em repensar a religiosidade cristã em bases que lhe
dessem algumas respostas mais coerentes com suas novas necessidades e imaginário.

Materiais de Apoio Pedagógico

No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais


que podem auxiliá-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

Teleaulas n° 03, 04, 05, 10, 12,


Teleaulas
13, 19, 20 e 25 do Ensino Médio
Orientações Pedagógicas do CM 2º Bimestre

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Orientação Didático-Pedagógica

Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,


sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no
Caderno do Aluno:
1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreendê-lo
sem o auxílio de um professor.
2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3.
3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma individual
ou em dupla.
4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na seção
Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o.
5° - Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos
abordados no texto base.
6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas nas
ATIVIDADES.
7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com
toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para
que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade.
Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementação.

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Aula 1: As principais ideias protestantes

Moçada ligada na história, nessa aula vamos pensar juntos sobre um capítulo
da história que nesse momento pode ter muita relação com o seu presente, dos seus
amigos ou familiares, do seu bairro. O papa esteve no Rio de Janeiro e foram muitos os
exemplos de fé católica de jovens do mundo todo que estiveram no Brasil. Não vamos
discutir religião, se há essa ou aquela maneira de expressar a fé verdadeira, mas a
história de um movimento que teve início entre membros da própria igreja católica e
que se desenvolveu nas diversas igrejas evangélicas no mundo e no Brasil.

Fonte:http://imguol.com/2012/06/28/percentual-de-grupos-religiosos-no-brasil-censo-2010-1340932450391_600x375.jpg

Seria possível discutir sobre algo que não conhecemos? Parece que dificilmente
podemos questionar quem cozinha se não temos a menor ideia de como preparar
adequadamente um alimento. Martinho Lutero foi um monge católico que
influenciado por muitos outros questionadores passou a criticar algumas práticas da
Igreja católica. Inicialmente a intenção de Lutero era uma reforma na Igreja católica,

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não era para criar uma outra religião. Entretanto, a venda de Indulgências (perdão) era
uma prática católica muito comum no período das críticas que Lutero promoveu.
Como ele tinha acesso às escrituras sagradas (bíblia) que eram escritas em latim,
passou a questionar não a ideia de Deus, mas os seus representantes na terra, usando
como base dos seus protestos o próprio evangelho. Ao pregar na porta da sua igreja as
95 teses protestando contra práticas da Igreja católica à época iniciou o que ficou
conhecido na história como reforma protestante, criando condições para o
desenvolvimento de toda forma de livre interpretação da bíblia.

Lutero e as 95 teses
Fonte:http://d2rbedwdba7p8y.cloudfront.net/imagens/reforma-protestante-principal.jpg

Toda igreja evangélica hoje tem a sua origem no movimento criado por Lutero?
Exatamente! Independente do nome atual das diversas igrejas evangélicas de todos os
países, inclusive no Brasil, todas são consequência desse processo que estamos
estudando.
A livre interpretação da bíblia significava nesse momento não estar submetido
ao controle do Vaticano e ao poder centralizado do papa, o supremo pontífice
(principal ponte entre Deus e os religiosos). Lutero argumentava que não era
necessário que nem o padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermediário da fé na
salvação espiritual. Assim como não haveria propósito que um santo fosse evocado
para o perdão por um pecado e muito menos o pagamento pela indulgência (perdão)

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do pecado. Para Lutero, somente a fé salva e para que fosse possível acreditar no que
ele estava pregando passou a traduzir a bíblia do latim (que não era mais falado por
nenhum reino) para uma língua falada. O incentivo e a valorização do evangelho
fortalecia o propósito do protesto de Lutero criando base para outras formas de
protestar ou de interpretar a bíblia como vamos ver nas próximas aulas.

Lutero e a tradução da bíblia


Fonte:http://image.slidesharecdn.com/reformaprotestante-090504151720-phpapp01/95/slide-1-728.jpg?1245297456

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Atividade Comentada 1

1. Leia a seguir algumas teses de Lutero:

“24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa
magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 32. Serão condenados em
eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua
salvação através de carta de indulgência. 75. A opinião de que as indulgências papais
são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse
violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura. 86. Do mesmo modo:
Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói
com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo
com o dinheiro dos pobres fiéis?”

Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm. Acesso em 05 ago. 2013.

Essas teses de Lutero deixam claro que ele:

a. defendia a ideia de que o papa é infalível.


b. defendia a venda de indulgências.
c. criticava a exploração praticada pelos representantes da Igreja.
d. criticava a valorização do trabalho.

Gabarito: (C) – Lutero, inicialmente, não pretendia fundar uma nova religião. Porém,
destacava o que na prática de algumas lideranças católicas faziam que não
coadunava com as escrituras sagradas ou a Bíblia.

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2. "Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma experiência pessoal, ela
refletiu, na verdade, o estado de espírito comum a muitos seguidores da Igreja
Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação da Bíblia deve ser
compreendida como mais uma das muitas manifestações típicas do
individualismo do homem renascentista."
Carmem Peris, Glória Vergés e Oriol Vérges, EL RENACIMIENTO. Barcelona: Parramón Ediciones, s/d,
p.32.

a) Para Lutero, de que forma as pessoas poderiam alcançar a salvação espiritual?


Somente através da fé, Lutero argumentava que não era necessário que nem o
padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermediário da fé na salvação espiritual.

b) Por que a livre interpretação da Bíblia era criticada pelo alto clero medieval?
Porque significava não estar submetido ao controle do Vaticano e ao poder
centralizado do papa.

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Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas

A partir das ideias de Lutero, diversos outros pensadores e teólogos passaram


viabilizar outras maneiras de sistematizar estudos e interpretações bíblicas. Um dos
principais problemas, do que era ou não permitido pelo vaticano, era a ideia de lucro
que muito prejudicava a burguesia que estava ascendendo socialmente. Para a igreja
católica o lucro era pecado e, portanto, proibido. Pregavam o preço justo que seria o
valor da matéria prima e trabalho para a produção, deixando de lado o lucro.
Entretanto, João Calvino desenvolveu outra interpretação sobre essa questão,
construindo o que foi denominado “teoria da predestinação”: todos nascem
predestinados e a prosperidade, espiritual e material, seria sinal de Deus. Ao contrário
do pensamento do vaticano o lucro não era mais sinal de pecado, mas presença de
Deus na vida dos fiéis. O calvinismo, por essa razão ganhou, muito a simpatia da
burguesia que passou a adotar o protestantismo calvinista como religião, ganhando
diversos adeptos por todo o continente europeu.

João Calvino
http://www.brasilescola.com/upload/e/calvinisno%20300%20x%20200%20Brasil%20Escola.jpg

A religião é uma das formas do ser humano expressar cultura. A ideia de


adoração a alguém ou alguma coisa é tão antiga quanto o homem. Há diversas formas
de adoração, de fé em Deus ou Deuses, porém a força do pensamento religioso foi e
ainda encontramos casos em diversos lugares onde a fé se torna instrumento político
de poder. Alguns países de cultura religiosa islã, por exemplo, legislam (criam leis) de

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acordo com os mandamentos religiosos. No Brasil vivemos segundo a lei máxima do
país, A Constituição, a liberdade de culto e o Estado (representação de governo) é
laico, ou seja, não professa nenhuma religião. E qual a vantagem dessa forma de laica
de organização? Mesmo um governante podendo pessoalmente ser de uma religião ou
de outra, a lei garante que todos tenham o direito de liberdade de culto. Imagine se
no Rio de Janeiro somente fosse possível o culto de uma só maneira só porque seria a
religião do governante? Não seria democrático e nem republicano, não é mesmo.

Henrique VIII, fundador do anglicanismo


http://lh4.ggpht.com/-rL0gbvxgo1k/UIZ7ou3TqTI/AAAAAAAAAJY/-sg6h_IDU04/clip_image004_thumb.jpg?imgmax=800

No período das reformas protestantes o rei da Inglaterra, Henrique VIII,


decidiu também interpretar a bíblia e a fez segundo os seus interesses, ou melhor,
buscou ampliar os seus domínios políticos e enfraquecer os seus adversários. Usou o
pretexto do divórcio para tentar a separação de sua esposa alegando que ela não era
“competente” para gerar um filho homem, um herdeiro. Como o papa à época não
concedeu o divórcio, então ele fundou uma nova religião “anglicana” para se separar
da esposa e aumentar o seu poder político. Muitos súditos que não seguiram o rei na
sua nova religião foram mortos, torturados ou expulsos do país como o caso dos
puritanos (ingleses calvinistas) que foram exilados na América, nas próximas aulas
vamos pensar melhor sobre esse assunto.

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“time to bury the hatchet – hora de fazer as pazes”
O papa e Henrique VII, rei da Inglaterra e fundador do Anglicanismo

Fonte: http://trindade.org/drupal/sites/default/uploads/granlund_28102009_1.jpg

A Igreja católica, como estudamos anteriormente, foi o maior poder


organizado do período medieval na Europa, detentora do saber e do direcionamento
da fé dogmática, jamais perderia a hegemonia e o poder sobre a Europa sem uma
reação. O conjunto de ações do vaticano para frear o avanço protestante ficou
conhecido como Reforma Católica ou Contrarreforma. Após o Concílio (assembleia de
clérigos católicos) de Trento, diversas mudanças ou reformas foram determinadas
como a criação dos seminários (formação dos padres), proibição da venda de
indulgências, reafirmação dos dogmas católicos, restituição da inquisição ou tribunal
do Santo Ofício, criação da Cia de Jesus (Jesuítas) com a missão de conquistar novos
fiéis para além da Europa, entre outras tantas reformas.

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Concílio de Trento, 1545.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/concilio-de-trento.jpg

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Atividade Comentada 2

1. “Os usurários são ladrões, pois vendem o tempo, que não lhes pertence, e
vender o bem alheio, contra vontade do possuidor, é um roubo”

(Le Goff, J. A bolsa e a vida In: A usura na Idade Média. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1989. p.39.)

Considerando-se o trecho, explique o apoio da burguesia às ideias calvinistas.

Gabarito com sugestão de resposta:

A Igreja condenava a economia monetária – cobrança de juros, obtenção do lucro –


assim sendo a burguesia, classe ligada ao comércio, passou a aderir às idéias
calvinistas que viam a ascensão econômica como uma predestinação.

2. Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associada à ideia de que "no


mundo comercial e da concorrência, o êxito ou a bancarrota não dependem da
atividade ou da aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias independentes dele"
(Friedrich Engels - DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO).

Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvação da alma e


apresentava princípios básicos apoiados na prática econômica da burguesia nascente.

a) Luteranismo.
b) Medievalismo.
c) Jansenismo.
d) Calvinismo.
e) Judaísmo.

Gabarito D. O calvinismo e, em especial, a teoria da predestinação foi de fundamental


importância para o desenvolvimento e ascensão burguesa.

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Aula 3: o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei

Fonta:http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2011/11/absolutismo-estado.jpg

A Reforma e a Contrarreforma contribuíram para o processo conhecido como


absolutismo monárquico. Uma das saídas para a crise do século XIV e para o colapso do
feudalismo foi a centralização política nas mãos de um rei, promovendo o fenômeno de
criação dos Estados Nacionais Modernos. Caro estudante de história, saiba que países
como França, Inglaterra ou mesmo Portugal foram organizados de maneira centralizada
ou a sua unificação territorial ocorreu nesse momento. Antes, como já estudamos, a
Europa era predominantemente organizada por feudos e por um poder descentralizado
nas mãos dos senhores feudais.
Na crise do século XIV, um dos graves problemas era ausência de garantia de
segurança nos reinos, diversos movimentos foram deflagrados de invasão e saques aos
reinos e feudos que não conseguiam a necessária estabilidade política e social. Por essa
razão entre outras, os senhores proprietários de feudos foram se convencendo da
necessidade de uma nova organização política, centralizada e administrada por um só
rei que teria poderes absolutos sobre todos os reinos, criando a ideia de um só pais,
uma só moeda, língua, exército etc.

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Fonte:http://image.slidesharecdn.com/histria2007-2010-110422100049-phpapp01/95/slide-1-1024.jpg

O convencimento dos nobres não foi simples e muitos teóricos do absolutismo


se ocuparam em persuadir a nobreza da necessidade de construção da unidade
territorial e política. Pensadores como Bodin, Bossuet e o mais famoso entre eles
Maquiavel criaram argumentos para a formação dos Estados Nacionais Modernos e o
absolutismo monárquico.

Luis XIV, o rei sol: “a França sou eu”


Fonte:http://clarrobla.files.wordpress.com/2011/04/sociedad_estamental.jpg

Cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidação de um poder


concentrado nas mãos de um só rei, porém, tanto a reforma protestante quanto à
católica facilitaram a centralização, pois se antes das reformas seria um só exército, uma

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lei (rei), uma só nação, agora seria ainda mais centralizador em função de uma só
religião. A unidade política foi muito importante porque garantia as condições básicas
para o investimento do Estado (rei) em empreendimentos mais custosos como uma rota
alternativa às Índias ou expansão marítima para lugares nunca antes navegados. Uma
das consequências se processou no descobrimento da América e a colonização do
Brasil, mas isso é assunto para uma próxima aula.

Fonte:http://qpa1_0yGLcw/UX7fmp5_WhI/AAAAAAAABFI/zXLUBNOWzKU/s640/absolutismo.jpg

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Atividade Comentada 3

1. O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações


humanística, artística, cultural e política. Para alguns pensadores da época, que
procuraram fundamentar o Absolutismo, a concentração do poder promoveu um tipo
de Estado em que:

a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.

b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.

c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.

d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu


representante na Terra.

e) a soberania máxima reside no próprio povo.

(htt.www. p://professor.br/historia/search.asp?search&submit.x=0&submit.y=0)

Resposta: D – A teoria do direito divino foi importante instrumento de


convencimento para a nobreza apoiar a ideia da centralização do poder.

2. Explique o processo de formação dos Estados Nacionais no início da "Época


Moderna".

Resposta: Antes da formação dos Estados Nacionais, os reinos eram constituídos por
feudos, e cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidação de um poder
concentrado nas mãos de um só rei, porém, tanto a reforma protestante quanto à
católica facilitaram a centralização, pois se antes das reformas seria um só exército,
uma lei (rei), uma só nação, agora seria ainda mais centralizador em função de uma só
religião.

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Avaliação

1. Segundo Calvino, o homem já nasce predestinado à salvação ou condenação


eternas, e um dos sinais da salvação é a riqueza acumulada através do trabalho.
Estabeleça a relação entre a expansão da doutrina calvinista e o fortalecimento do
capitalismo no século XVI.

Sugestão de gabarito: Na medida em que a crença de que o lucro era sinal da


presença de Deus e a burguesia poderia comercializar sem pecar, consequentemente,
o capitalismo se desenvolveu.

2. Em um dicionário histórico, encontramos a seguinte definição: "Contrarreforma - O


termo abrange tanto a ofensiva ideológica contra o protestantismo quanto os
movimentos de Reforma e reorganização da Igreja Católica, a partir de meados do
século XVI."
(DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988)

Dê as principais características da Contrarreforma e analise duas delas.

Fonte: (adaptado)
http://www.professor.bio.br/historia/provas_topicos.asp?topico=Reforma%20Religiosa

Gabarito: Movimento criado no seio da Igreja Católica em resposta à Reforma


Protestante. A igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento estabelecendo
entre outras medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofício (inquisição), a criação
do Index, com uma relação de livros proibidos pela igreja e o incentivo à catequese
dos povos do Novo Mundo.

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3. Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista
protestante, no início do século XVI, destacamos o(s):
a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.
b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas
católicas.
c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.
d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.
e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio
de Trento.
Gabarito: B – o renascimento comercial e urbano promoveu importantes crises
nos conceitos e práticas católicas, pois apresentava uma nova mentalidade conflitante
com o padrão de comportamento e cultura católica.

4. O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era
enfrentar o avanço das ideias protestantes, apresentou uma série de decisões para
assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de:

a) favorecer a interpretação individual da Bíblia de acordo com seus princípios


fundamentais.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos, o que fez com que
diminuísse a censura medieval.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos não-
cristãos.
d) estabelecer uma corporação para o Sacro Colégio, pois, dessa forma, todas as nações
cristãs estariam aí representadas.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente, no
educacional.

Gabarito: E – A Companhia de Jesus foi a principal estratégia do Vaticano para manter


suas influencias e ampliar fiéis nos novos espaços geográficos conquistados pela
expansão marítima.

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5. No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos
político e cultural, respectivamente:
a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo.
b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua
alemã, a partir da tradução da Bíblia.
c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico.
d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na
Espanha.
e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na
escultura, na Itália.

Resposta: B – A tradução da bíblia para uma língua moderna nacional possibilitava aos
fiéis a condição de buscar nas próprias fontes respostas e análises às práticas católicas
incoerentes com os textos bíblicos.
Retirado de http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/exercicios/

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Pesquisa

Caro aluno, agora que já estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao
2° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida.

'Um jovem que não protesta não me


agrada', diz Papa Francisco em entrevista
Pontífice disse que gosta de estar junto ao povo e não teme
contato com as multidões
Rio - O Papa Francisco disse, em entrevista ao "Fantástico", neste domingo à noite, que não
conhece as razões que levaram os brasileiros às ruas, mas que gosta de ver a juventude
protestando. O Pontífice encerrou neste domingo sua visita de sete dias ao Brasil para a Jornada
Mundial da Juventude.

“Com toda a franqueza lhe digo: não sei bem por que os jovens estão protestando. Esse é o
primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a
ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais
espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E
ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso
é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não
sejam manipulados”, afirmou.

http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-29/um-jovem-que-nao-protesta-
nao-me-agrada-diz-papa-francisco-em-entrevista.html) Acesso em 29 jul 2013.

Compare a reportagem e as razões apresentadas nas aulas anteriores sobre os


protestantes e pesquise as causas dos diversos protestos realizados no Rio de Janeiro e
no Brasil no mês de Junho de 2013, redija um texto após a pesquisa sobre esses
assuntos com o seguinte título: “Um jovem que não protesta não agrada”
Então, vamos lá?

Mãos à obra!

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Referências

[1] ACKER, Maria Teresa Van. Renascimento e Humanismo. São Paulo: Atual, 1992.
[2] BAKHTIN, Mikhail. Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. 7 ed. São
Paulo: Hucitec, 2011.
[3] BARROS, José D’Assunção. A expansão documental e a conquista das fontes
dialógicas. Revista Albuquerque. V. 3, n. 1, 2010.

[4] BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In:
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5 ed.
São Paulo: Contexto, 2008
[5] BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2009. p.
8-37; 90-113. 7° ano. Capítulos: 1, 2 e 6.
[6] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2012.
[7] LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.
[8] MACEDO, José Rivair. A Mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1999.
[9] OLIVIERI, Antônio Carlos. Renascimento. 10 ed. São Paulo: Ática, 2004.
[10] SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos.
São Paulo: Contexto, 2005.
[11] THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In:
Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. p.267-304.

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Equipe de Elaboração

COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular

Adriana Tavares Maurício Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento

Bianca Neuberger Leda


Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marília Silva

PROFESSORES ELABORADORES

Daniel de Oliveira Gomes


Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira
Erika Bastos Arantes
Renata Figueiredo Moraes
Sabrina Machado Campos

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