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Idoc - Pub - Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Professor PDF
Idoc - Pub - Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Professor PDF
Professor
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 02
7º ano | 2° Bimestre
Habilidades Associadas
1. Identificar as principais ideias protestantes.
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Apresentação
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Caro Tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de História da 7ª ano
do Ensino Fundamental II. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecerão melhor algumas mudanças
promovidas pelo Renascimento estudadas no bimestre anterior como o
questionamento de algumas práticas da Igreja católica que resultaram na Reforma.
Além disso, irão conhecer quais são as principais características do processo de
centralização do poder político, absolutismo, que inaugura o modelo de Estado
Moderno e algumas práticas desse Estado como a expansão marítima e a intervenção
do Estado na economia, mercantilismo.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal
eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma
explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as
Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar
a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.
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Sumário
Introdução .............................................................................................. 03
Objetivos Gerais ..................................................................................... 05
Materiais de Apoio Pedagógico ............................................................. 05
Orientação Didático-Pedagógica ........................................................... 06
Aula 1: As principais ideias protestantes ................................................. 07
Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas ............................ 12
Aula 3: O processo de concentração dos poderes nas mãos do rei ........ 17
Avaliação ................................................................................................ 21
Pesquisa ................................................................................................... 24
Referências ............................................................................................. 25
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Objetivos Gerais
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Orientação Didático-Pedagógica
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Aula 1: As principais ideias protestantes
Moçada ligada na história, nessa aula vamos pensar juntos sobre um capítulo
da história que nesse momento pode ter muita relação com o seu presente, dos seus
amigos ou familiares, do seu bairro. O papa esteve no Rio de Janeiro e foram muitos os
exemplos de fé católica de jovens do mundo todo que estiveram no Brasil. Não vamos
discutir religião, se há essa ou aquela maneira de expressar a fé verdadeira, mas a
história de um movimento que teve início entre membros da própria igreja católica e
que se desenvolveu nas diversas igrejas evangélicas no mundo e no Brasil.
Fonte:http://imguol.com/2012/06/28/percentual-de-grupos-religiosos-no-brasil-censo-2010-1340932450391_600x375.jpg
Seria possível discutir sobre algo que não conhecemos? Parece que dificilmente
podemos questionar quem cozinha se não temos a menor ideia de como preparar
adequadamente um alimento. Martinho Lutero foi um monge católico que
influenciado por muitos outros questionadores passou a criticar algumas práticas da
Igreja católica. Inicialmente a intenção de Lutero era uma reforma na Igreja católica,
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não era para criar uma outra religião. Entretanto, a venda de Indulgências (perdão) era
uma prática católica muito comum no período das críticas que Lutero promoveu.
Como ele tinha acesso às escrituras sagradas (bíblia) que eram escritas em latim,
passou a questionar não a ideia de Deus, mas os seus representantes na terra, usando
como base dos seus protestos o próprio evangelho. Ao pregar na porta da sua igreja as
95 teses protestando contra práticas da Igreja católica à época iniciou o que ficou
conhecido na história como reforma protestante, criando condições para o
desenvolvimento de toda forma de livre interpretação da bíblia.
Lutero e as 95 teses
Fonte:http://d2rbedwdba7p8y.cloudfront.net/imagens/reforma-protestante-principal.jpg
Toda igreja evangélica hoje tem a sua origem no movimento criado por Lutero?
Exatamente! Independente do nome atual das diversas igrejas evangélicas de todos os
países, inclusive no Brasil, todas são consequência desse processo que estamos
estudando.
A livre interpretação da bíblia significava nesse momento não estar submetido
ao controle do Vaticano e ao poder centralizado do papa, o supremo pontífice
(principal ponte entre Deus e os religiosos). Lutero argumentava que não era
necessário que nem o padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermediário da fé na
salvação espiritual. Assim como não haveria propósito que um santo fosse evocado
para o perdão por um pecado e muito menos o pagamento pela indulgência (perdão)
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do pecado. Para Lutero, somente a fé salva e para que fosse possível acreditar no que
ele estava pregando passou a traduzir a bíblia do latim (que não era mais falado por
nenhum reino) para uma língua falada. O incentivo e a valorização do evangelho
fortalecia o propósito do protesto de Lutero criando base para outras formas de
protestar ou de interpretar a bíblia como vamos ver nas próximas aulas.
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Atividade Comentada 1
“24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa
magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 32. Serão condenados em
eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua
salvação através de carta de indulgência. 75. A opinião de que as indulgências papais
são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse
violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura. 86. Do mesmo modo:
Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói
com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo
com o dinheiro dos pobres fiéis?”
Gabarito: (C) – Lutero, inicialmente, não pretendia fundar uma nova religião. Porém,
destacava o que na prática de algumas lideranças católicas faziam que não
coadunava com as escrituras sagradas ou a Bíblia.
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2. "Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma experiência pessoal, ela
refletiu, na verdade, o estado de espírito comum a muitos seguidores da Igreja
Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação da Bíblia deve ser
compreendida como mais uma das muitas manifestações típicas do
individualismo do homem renascentista."
Carmem Peris, Glória Vergés e Oriol Vérges, EL RENACIMIENTO. Barcelona: Parramón Ediciones, s/d,
p.32.
b) Por que a livre interpretação da Bíblia era criticada pelo alto clero medieval?
Porque significava não estar submetido ao controle do Vaticano e ao poder
centralizado do papa.
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Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas
João Calvino
http://www.brasilescola.com/upload/e/calvinisno%20300%20x%20200%20Brasil%20Escola.jpg
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acordo com os mandamentos religiosos. No Brasil vivemos segundo a lei máxima do
país, A Constituição, a liberdade de culto e o Estado (representação de governo) é
laico, ou seja, não professa nenhuma religião. E qual a vantagem dessa forma de laica
de organização? Mesmo um governante podendo pessoalmente ser de uma religião ou
de outra, a lei garante que todos tenham o direito de liberdade de culto. Imagine se
no Rio de Janeiro somente fosse possível o culto de uma só maneira só porque seria a
religião do governante? Não seria democrático e nem republicano, não é mesmo.
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“time to bury the hatchet – hora de fazer as pazes”
O papa e Henrique VII, rei da Inglaterra e fundador do Anglicanismo
Fonte: http://trindade.org/drupal/sites/default/uploads/granlund_28102009_1.jpg
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Concílio de Trento, 1545.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/concilio-de-trento.jpg
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Atividade Comentada 2
1. “Os usurários são ladrões, pois vendem o tempo, que não lhes pertence, e
vender o bem alheio, contra vontade do possuidor, é um roubo”
(Le Goff, J. A bolsa e a vida In: A usura na Idade Média. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1989. p.39.)
a) Luteranismo.
b) Medievalismo.
c) Jansenismo.
d) Calvinismo.
e) Judaísmo.
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Aula 3: o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei
Fonta:http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2011/11/absolutismo-estado.jpg
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Fonte:http://image.slidesharecdn.com/histria2007-2010-110422100049-phpapp01/95/slide-1-1024.jpg
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lei (rei), uma só nação, agora seria ainda mais centralizador em função de uma só
religião. A unidade política foi muito importante porque garantia as condições básicas
para o investimento do Estado (rei) em empreendimentos mais custosos como uma rota
alternativa às Índias ou expansão marítima para lugares nunca antes navegados. Uma
das consequências se processou no descobrimento da América e a colonização do
Brasil, mas isso é assunto para uma próxima aula.
Fonte:http://qpa1_0yGLcw/UX7fmp5_WhI/AAAAAAAABFI/zXLUBNOWzKU/s640/absolutismo.jpg
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Atividade Comentada 3
(htt.www. p://professor.br/historia/search.asp?search&submit.x=0&submit.y=0)
Resposta: Antes da formação dos Estados Nacionais, os reinos eram constituídos por
feudos, e cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidação de um poder
concentrado nas mãos de um só rei, porém, tanto a reforma protestante quanto à
católica facilitaram a centralização, pois se antes das reformas seria um só exército,
uma lei (rei), uma só nação, agora seria ainda mais centralizador em função de uma só
religião.
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Avaliação
Fonte: (adaptado)
http://www.professor.bio.br/historia/provas_topicos.asp?topico=Reforma%20Religiosa
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3. Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista
protestante, no início do século XVI, destacamos o(s):
a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.
b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas
católicas.
c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.
d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.
e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio
de Trento.
Gabarito: B – o renascimento comercial e urbano promoveu importantes crises
nos conceitos e práticas católicas, pois apresentava uma nova mentalidade conflitante
com o padrão de comportamento e cultura católica.
4. O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era
enfrentar o avanço das ideias protestantes, apresentou uma série de decisões para
assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de:
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5. No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos
político e cultural, respectivamente:
a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo.
b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua
alemã, a partir da tradução da Bíblia.
c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico.
d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na
Espanha.
e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na
escultura, na Itália.
Resposta: B – A tradução da bíblia para uma língua moderna nacional possibilitava aos
fiéis a condição de buscar nas próprias fontes respostas e análises às práticas católicas
incoerentes com os textos bíblicos.
Retirado de http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/exercicios/
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Pesquisa
Caro aluno, agora que já estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao
2° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida.
“Com toda a franqueza lhe digo: não sei bem por que os jovens estão protestando. Esse é o
primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a
ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais
espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E
ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso
é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não
sejam manipulados”, afirmou.
http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-29/um-jovem-que-nao-protesta-
nao-me-agrada-diz-papa-francisco-em-entrevista.html) Acesso em 29 jul 2013.
Mãos à obra!
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Referências
[1] ACKER, Maria Teresa Van. Renascimento e Humanismo. São Paulo: Atual, 1992.
[2] BAKHTIN, Mikhail. Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. 7 ed. São
Paulo: Hucitec, 2011.
[3] BARROS, José D’Assunção. A expansão documental e a conquista das fontes
dialógicas. Revista Albuquerque. V. 3, n. 1, 2010.
[4] BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In:
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5 ed.
São Paulo: Contexto, 2008
[5] BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2009. p.
8-37; 90-113. 7° ano. Capítulos: 1, 2 e 6.
[6] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2012.
[7] LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.
[8] MACEDO, José Rivair. A Mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1999.
[9] OLIVIERI, Antônio Carlos. Renascimento. 10 ed. São Paulo: Ática, 2004.
[10] SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos.
São Paulo: Contexto, 2005.
[11] THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In:
Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. p.267-304.
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Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
PROFESSORES ELABORADORES
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