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Elias Tarcísio Mileleque

Relatório de Estágio Pedagógico em Geografia

Relatório de carácter avaliativo


apresentado ao Departamento de
Ciências Sociais, 4o ano, Turma
Única, no Curso de Licenciatura
em Ensino de Geografia.
Supervisora: dra. Gessy carangueza

Universidade Pedagógica
Nampula
2013
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Declaração

Declaro que este Relatório de Estágio Pedagógico de Geografia é resultado da


investigação pessoal e das orientações da minha supervisora; o seu conteúdo é original
contendo informações verdadeiras e não foi aptresentado em nenhuma outra instituição
tanto e palestra ou jornada científica assim como para obtenção de qualquer grau
académico.

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Elias Tarcísio Mileleque

Nampula, Julho de 2013


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Dedicatória

Dedico aos meus pais, irmãos, minha esposa e minhas filhas.

Dedico de igual maneira aos meus amigos.


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Agradecimentos

Agradeço a Deus pela vida e força que me concede. Aos meus pais que me geraram.

Ao meu irmão Inácio Tarcísio pelo apoio permanente que me presta em todas as etapas
da minha formação académica e social, e aos demais irmãos pela moral que me dão ao
longo do decurso desta formação. A minha esposa Fátima António pelo amor, carinho,
força e paciência que me da incansavelmente mesmo com as minhas ausências nas
convivências familiares.

A universidade pedagógica por me ter aceite como seu discípulo na academia e na


produção de ciência. De igual modo, agradeço a minha supervisora Gessy Carangueza
por ter aceite empenhar o seu esforço pela paciência que teve no acompanhamento do
estagio e deste trabalho.
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Resumo

Essencialmente, o estágio pedagógico é uma actividade curricular articuladora da teoria


e da práctica, que garante o contacto directo e experiencial com situações psico-
pedagógicas e didácticas concretas e que contribuem para preparar o estudante para a
vida profissional. Este trabalho reflecte a um trabalho de campo (Estagio) realizado
realizado na escola secundária de Napipine localizada na cidade de Nampula, durante o
2o trimestre do ano lectivo de 2013. A turma observa/leccionada foi a turma B3 da 11ª
classe, curso diurno na escola secundária de Napipine localizada no bairro do mesmo
nome na cidade de Nampula. Os conteúdos que foram leccionados na turma são e para
elaboração deste trabalho são referentes a unidade temática “Ambiente Bioclimático”.

Palavras-chave: Estágio Pedagógico, Práticas Pedagógica, Processo de Ensino-


Aprendizagem, Escola Secundária de Napipine
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Introdução

No presente trabalho procura-se fazer uma abordagem circunstanciada do decurso das


Prácticas Pedagógicas finais/Estagio Pedagógico em Geografia, partindo da fase das
aulas teóricas passando para o trabalho de campo que consistiu na leccionação de
conteúdos da disciplina de Geografia ate a compilação de dados para a formação do
dossier.

As aulas teóricas e de preparação para o trabalho de campo realizaram-se desde a


primeira semana do primeiro semestre, onde definiu-se a actividade concreta a realizar
nesta no campo (estagio).

Essencialmente, o estágio pedagógico é uma actividade curricular articuladora da teoria


e da práctica, que garante o contacto directo e experiencial com situações psico-
pedagógicas e didácticas concretas e que contribuem para preparar o estudante para a
vida profissional.

A actividade de estágio é de grande importância, pois possibilita-nos a vivência escolar


em contacto com os alunos, professores, pais e encarregados de educação, funcionários
e colegas de modo a criar hábitos de colaboração próprias desse meio; desenvolve
actividades do PEA, pesquisa de competências de saber ensinar, aprender, saber ser e
saber conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de análise critica
e criadora para uma melhoria da qualidade de ensino.

Localização Geográfica da Escola Secundária de Napipine


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A Escola Secundaria de Napipine localiza-se na cidade de Nampula, ocupando cerca de


7500 m2 no Posto Administrativo de Napipine e no bairro do mesmo nome,
concretamente na Unidade Comunal Santa Maria.

Limites:

 Norte: pela Universidade Pedagógica, Delegação de Nampula;


 Sul: infra-estruturas habitacionais das Irmãs Missionárias;
 Este: pelas habitações populacionais do mesmo bairro.
 Oeste: pelo Centro de Saúde Manos Unidos.

Breve historial da escola secundaria de napipine

A área onde se encontra instalada a Escola Secundária de Napipine, até 1984 o espaço
pertencia a missão de São Pedro, a qual fazia formação de professores do posto escolar,
na época colonial.

Entre 1984 a 1986 a direcção provincial de educação, como forma de responder as


necessidades do povo residente deste bairro, empenhou esforços no sentido de construir
no mesmo local uma Escola Primária do 2º Grau que entrou em funcionamento em
1987. No mesmo período esta escola funcionou como salas anexas do Instituto Medio
pedagógico com a sua Sede no actual Campus Universitário de Napipine – universidade
pedagógica delegação de Nampula.

A partir de 2003, a instituição obteve estatuto de escola secundária a qual entrou em


funcionamento em 2004, sob a direção da Maria Zutina, com um universo de 448 alunos
da 8ª classe nos cursos diurno e nocturno, distribuídos em 14 turmas e assistidos por um
total de 25 professores.

actualmente a escola lecciona de 8ª a 12ª classes com um universo de 6449, assistidos


por 95 professores dos quais 22 são mulheres.

Infra-estruturas da Escola Secundária de Napipine


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O termo infra-estrutura designa bens e serviços essenciais para o funcionamento de


qualquer instituição.

No que diz respeito a escola secundaria de Napipine, refere-se que ela ocupa uma área
aproximadamente 7500 m2, com muro de vedação. Possui quatro blocos, construídos de
material convencional, e ainda num dos blocos contem o gabinete da directora, gabinete
do administrativo, uma secretaria e sala de informática/de professores. Possui um
gabinete de pedagógicas do primeiro ciclo sendo uma do curso diurno e outra do curso
nocturno e, um gabinete de pedagógicos do segundo ciclo do curso diurno e nocturno
respectivamente. No mesmo edifício funciona o sector de contabilidade e uma
biblioteca.

Direcção da escola
A direcção da escola Secundária de Napipine é constituída por 6 membros:

 Uma Directora da escola;


 Dois (2) Directores Adjuntos Pedagógicos do 1o ciclo, sendo um (1) para o
Curso Diurno e outro para o Curso Nocturno;
 Dois (2) Directores Adjuntos Pedagógicos do 2o ciclo, sendo um (1) para o
Curso Diurno e outro para o Curso Nocturno;
 Um Adjunto Administrativo e Chefe da Secretaria.

Compete a Directora da Escola: coordenar e controlar a escola, cumprir e fazer cumprir


as leis, regulamentos, instruções superiores; aprovar horários sua respectiva
distribuição; orientar e controlar o processo de matrículas; convocar e dirigir sessões do
colectivo de Direcção, do Conselho Pedagógico e Assembleia-geral, assinar os
certificados de habilitações literárias, entre outras funções desempenhadas pela mesma.
A escola possui um Conselho da Escola constituído por um representante de pais e
encarregados de educação escolhido para o efeito, a Directora da Escola, representante
de Professores e de alunos e representante da Comunidade. Compete ao Conselho da
Escola: aprovar o plano de desenvolvimento da escola e garantir a sua implementação;
aprovar o plano anual da escola e velar pela sua implementação, aprovar o regulamento
interno da escola.

Projecto curricular
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Projecto curricular da escola constitui a fase de elaboração de dosificações em grupos


de disciplinas, são adequações curriculares que são efectuadas pela escola com vista ao
cumprimento dos programas oficiais.

Actualmente, as dosificações são feitas ao nível da direção provincial de educação,


podendo apenas o docente planificar as suas aulas em conformidade com a dosificação

Turma observada

A turma observa/leccionada foi a turma B3 da 11ª classe, curso diurno na escola


secundária de Napipine localizada no bairro do mesmo nome na cidade de Nampula.

Caracterização da turma

A turma que constituiu a matéria em estudo do autor deste relatório, é leccionada pela
professora efectiva da escola em referência, Rosalina Pahari, licenciada em ensino de
Geografia pela Universidade Pedagógica - Delegação de Nampula.

Esta turma é composta por 116 alunos, de idade compreendida entre 17 a 23 anos.
Agrega alunos assíduos e com razoável dicção, sem distinção de raças, etnias, religião e
entre outros aspectos. Conta com aluno com Necessidades Educativas Especiais (um
mudo) que requer ser prestado muita atenção.

Os alunos desta turma na sua maioria não são pontuais. Os alunos vivem em diversos
bairros periféricos da cidade de Nampula, razão pela qual não se torna possível o seu
acompanhamento total.

Condições da sala de aulas

Segundo PILETTI (1991:224), a sala de aula é somente um quartel-general para


aprendizagem e o lugar em que aprendizagem é organizada de modo a torna-se livre em
outros ambientes.

As condições da sala de aulas não são favoráveis visto que há insuficiência de carteiras
acomodar os alunos de modo garantir a tranquilidade na turma, assim sendo os rapazes
recorrem aos tijolos crus de cimento disponíveis no recinto escolar e as raparigas trazem
consigo capulanas caseiras para estender e sentar. A sala de aula esta desprovida de
janelas, o que favorecem o desenvolvimento de barulho dos alunos causado pelos vários
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acontecimentos fora da sala de aulas. Em suma, o ambiente desta sala não é favorável
para um ensino-aprendizagem e produção de ciência de qualidade.

Material didático usado durante as aulas

Sabe-se que para um professor ter sucesso dentro da sala de aulas é necessário que tenha
ai condições mínimas para o feito sem se esquecer dos recursos de ensino que segundo
LIBANEO (1991:224) “ são componentes do ambiente de aprendizagem que dão
origem a estimulação do aluno.

O autor deste trabalho, para que tivesse sucessos e para promover o estímulo dos alunos
para assimilação da matéria, durante as aulas utilizou vários materiais didáticos dos
quais menciona os seguintes: mapas geográficos relacionados aos temas leccionados,
atlas, planos de aulas, matérias localmente produzidos, quadro preto, giz e entre outros
materiais.

Não utilizou mariais de tecnologia de ponta como é o caso de electro projetor/Bima,


computador entre outros de vido a indisponibilidade do mesmo naquelas instalações.

Métodos de ensino usados

Os métodos usados no decurso desta leccionação foram:

 Método de elaboração conjunta;

 Método expositivo;

 Método de trabalho independente.

Conteúdos

Os conteúdos que foram leccionados na turma são e para elaboração deste trabalho são
referentes a unidade temática “Ambiente Bioclimático”.

Objectivos de Estagio

Geral
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 Demonstrar a capacidade de integração práctica de conhecimento adquirido


teoricamente contribuindo assim para a melhoria da qualidade de ensino-
aprendizagem.

Específicos

 Identificar os princípios reguladores do PEA na disciplina de Geografia;

 Descrever de forma científica, coerente e integrada a vivencia experienciada nas


prácticas pedagógicas em Geografia;

 Elaborar planos de aulas da disciplina de Geografia;

 Criar materiais didácticos para o ensino de Geografia;

 Realizar aulas da disciplina de Geografia.

Fases

As práticas pedagógicas/estágio em referência neste relatório compreenderam duas


fases e cada fase teve um conjunto de actividades concretas.

Fase Teórica: foi a primeira fase, onde se tratou de aspectos teóricos que consistiram na
preparação dos estagiários para a tarefa de campo.

Esta fase foi relevada pela realização de várias e inúmeras actividades na instituição
como é o caso de análise dos programas do ensino secundário geral, da disciplina de
geografia, do primeiro e segundo ciclo respectivamente; produção de material didático,
simulação de aulas de geografia física de modo a solidificar o seu domínio, formação de
grupos de estagiários e a sua despectiva distribuição nas escolas secundaria da cidade de
Nampula e que foram distribuídos nas classes sem exame (8ª 9ª e 11ª classes);
identificação/credenciação dos estagiários e apresentação nas escolas. Esta fase
objetivou-se em potenciar ferramentas aos estagiários para coleta de dados durante o
trabalho de campo.

Fase pratica: a fase de trabalho de campo teve lugar/decorreu na Escola Secundária de


Napipine, uma instituição pública, localizada na cidade de Nampula. A tarefa principal
desta fase foi de por em prática o aprendido teoricamente durante decurso da formação,
pratica esta que constituiu na leccionacao de aluas da disciplina de Geografia, na 11ª
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classe, turma B3 obedecendo todas as fases didáctico-metodológicas, tendo sido


leccionada a unidade temática: Ambientes Bioclimáticos.

Planificação
Segundo LIBÂNEO (1994:221) “planeamento escolar é uma tarefa docente que inclui
tanto a previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação
em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
processo de ensino”.

Portanto, o planeamento é um processo de racionalização, organização e coordenação


da acção docente articulando a actividade escolar e a problemática do contexto social
onde a escola, professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais,
tanto como referência das situações didácticas concretas, isto é, a problemática social,
económica, politica e cultural que envolve a escola, professores, os alunos, pais, a
comunidade que interagem no processo de ensino.

Assim, a Escola Secundária de Napipine, a não existência de dosificação trimestral que


é feita actualmente na direcção provincial de educação e a falta de planificação
quinzenal das aulas entre a professora e os estudantes estagiários. Contudo, não se
observou a planificação conjunta no Grupo de disciplina de Geografia.

Plano de aula
Segundo LIBÂNEO (1994:241) “o plano de aula é um detalhamento do plano de
ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são
agora especificadas e sistematizadas para uma situação didáctica real”.

Nesta perspectiva, os estudantes estagiários não tiveram sessões periódicas de


planificação de aulas, baluarte da uniformização dos conteúdos a leccionar que algum
momento criara certos problemas na abordagem dos conteúdos.

Quanto aos conteúdos leccionados, foram transmitidas mediante as experiências e


habilidades adquiridas ao longo das aulas teóricas e seminários em micro-aulas
ministradas no 3o ano na cadeira de Práticas Pedagógica de Geografia III, de modo a
facilitar a sua compreensão e tornar as aulas mais participativas. Por isso, o Professor
estagiário, no seu plano delineava claramente os conteúdos a tratar em cada aula
desdobrando duma forma lógica os conteúdos, problemas, ideias formando um todo
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significativo que possibilitasse ao aluno uma percepção clara e coordenada da matéria a


abordar.

No que tange aos objectivos das aulas leccionadas, foram definidos tendo em conta os
resultados esperados a partir da assimilação de conhecimentos e habilidades,
concretizados pela participação activa dos alunos nas aulas.

Quanto aos métodos de ensino, foram seleccionados em função da aula e dos objectivos
previamente definidos no plano de lição. Assim, o método usado com mais frequência
foi o de elaboração conjunta que consistia em aulas dialogadas.

Conversação tem um grande valor didáctico, pois, desenvolve nos


alunos as habilidades de expressar opiniões fundamentadas e
verbalizar a sua própria experiência, de discutir, argumentar e refutar
opiniões dos outros, de aprender a escutar, contar factos, interpretar,
etc., além, evidentemente, de proporcionar a aquisição de novos

conhecimentos, (LIBÂNEO, 1994:168).

Assim, o estagiário sempre privilegiou as experiências práticas dos próprios alunos,


partindo nas suas vivências do seu quotidiano, o que aumentava o interesse e iniciativa a
sua participação activa.

Para organização e condução metódica do PEA é preciso reunir meios ou recursos


materiais que ajudem ao aluno a compreender os conteúdos transmitidos pelo professor,
integrando os conhecimentos e habilidades a serem adquiridos.

Segundo a realidade da escola estagiada, não dispõe de mapas, atlas entre outros
recursos materiais que permitissem a sua transmissão dos conteúdos de forma mais
compreensível; por isso, o estagiário usou com frequência o material básico escolar na
leccionação das suas aulas.

Princípios específicos usados para o ensino de geografia

O caracter científico da geografia decorre com existência e aplicabilidade de seus


principios, os quais constituem a sua própria metodologia. MAHASSA (2004:40).

 Princípio de inter-relação do estudo do território e o estudo dos


componentes
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Este princípio explica que o ensino de Geografia e o estudo dos componentes está
directamente ligado ao estudo dos territórios.
 Princípio de inter-relação do conhecimento das ciências naturais e das
ciências sociais
Quanto a este princípio, o professor ao tratar um fenómeno, seja físico geográfico é
necessário estabelecer relação com a área das ciências socioeconómicas, mostrando a
influência do fenómeno físico na vida económica da população e vice-versa.
 Princípio interacção da estrutura e desenvolvimento territorial
No Ensino de Geografia o professor ao falar do espaço também deve se referir da sua
origem e da sua evolução. Ainda, este princípio mostra que os factos geográficos têm a
sua génese ou origem e história da sua evolução havendo para isso necessidade de
estabelecer uma relação íntima entre os fenómenos ou factos geográficos que ocorrem
no território.
 Princípio de variação da escala
Este princípio está formulado para que tanto ao nível das ciências geográficas como
para o ensino de Geografia deve utilizar-se a escala com dimensões diferentes de acordo
com os objectivos que se pretende atingir, considerando que a menor escala utiliza-se
para generalizar exigindo maior abstracção e a maior escala permite maior
concretização dos objectivos geográficos.
 Princípio de comparação permanente com a realidade próxima do aluno
Este princípio é de grande importância na Didáctica de Geografia, ao permitir que o
aluno se confronte com factos geográficos da sua vivência e que a experiência de
conhecimento sobre o seu próprio meio é a base de aquisição de capacidades,
habilidades, hábitos e valores morais. E também, para aquisição e compreensão de
factos e fenómenos geográficos.

Durante a abordagem dos conteúdos geográficos o professor/autor deste trabalho fez o


enquadramento dos princípios didáticos especiais para permitir que os objectivos das
aulas fossem atingidos com eficácia. Seguiu o princípio de compreensão permanente
com a realidade próxima do aluno, onde procurou adequar os conteúdos com a realidade
vivida pelo aluno ou no seio da sua comunidade, pro exemplo, ao falar da meteorologia
na antiguidade ele relacionou com a meteorologia tradicional, como o camponês
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preveem o tempos através de canto das cigarras, alguns pássaros e floração ou perda de
folhas de algumas plantas/arvores.

Avaliação

De acordo com NERICE citando MARTINS (1993:160) avaliação é um processo de


ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização de que o aluno revelou ter
aprendido durante um período de estudo.

Neste âmbito, o autor deste trabalho procedeu avaliação continua e formativa mas
também avaliação somativa que consistiu em avaliar os alunos dando uma prova
escrita/de contacto e orientação de trabalhos em grupo (estudo independente), como
forma de integrar a todos alunos na avaliação e de modo a criar espirito de leitura e
critica, por entender que nem todos assimilam da mesma maneira os conteúdos na sala
de aulas.

Relação professor-aluno

LIBANEO (1997:17) afirma que através da acção educativa, o meio social exerce
influências sobre os indivíduos e esses ao assimilarem e recriarem essas influências,
tornam-se capazes de estabelecer uma relação activa, transformadora em relação ao
meio social.

O professor/estagiário, autor deste trabalho, entendendo que o processo de ensino-


aprendizagem é uma unidade entre o professor como mestre e o aluno como discípulo
nas actividades lectivas, procurou criar e manter um nível de relacionamento com os
alunos em dentro e fora da sala de aulas.

Os alunos, embora não sejam todos, tiveram a vontade de receber o professor,


colocaram as suas dúvidas dentro e fora da sala de aulas, cumprimentaram o professor
sempre possível, mantiveram calmos e atenciosos na abordagem dos conteúdos.
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Plano de aulas

De a cordo com LIBANEO (1994:240), “plano de aula é um


detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades
(tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas
e sistematizadas para uma situação didáctica real. A apresentação de
aula é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino,
deve resultar num documento escrito que servira não só para orientar
as acções do professor como também para possibilitar constantes
revisões e aprimoramentos de um ano para o ano”

O porfessor/estagiário, autor deste trabalho, procurou ter sempre aula planificada de


acordo com o previsto na programação geral dos conteúdos a leccionar, por entender
que realização da actividade docente, segundo a sua natureza própria exige uma
organização, reflexão e previsão do que se pretende alcançar, dai a necessidade de
planificar. Em linhas gerais quando se fala em planificar, trata-se de converter uma ideia
ou propósito num curso em acção.

Dificuldades

Durante o estágio, o professor/ autor do trabalho, teve dificuldades como:

 Aquisição de material didáctico, o que impulsionou o professor a recorrer várias


vezes a biblioteca provincial para preparar as suas aulas;

Ausências dos alunos na sala de aulas principalmente no primeiro dia de semana, de


aulas de geografia (terça feira) pelo facto de ser último tempo do turno, o que levou o
professor a leccionar desanimado optando em tomar medidas como é o caso de
valorização dos alunos presentes com notas compreendidas entre 1 a 3 valores.

Principais problemas da escola observados

 Atrasos dos alunos ou até ausência dos alunos na sala de aulas principalmente
nos últimos tempos do turno, o que provoca a falta de compreensão ou
integridade dos alunos nos conteúdos tratados pelo facto de estes terem acesso a
algumas aulas e não todas;
 Escassez de material didáctico; a escola não dispõe de material didáctico
suficiente, como exemplo faco referência da única régua existente na escola
servindo para quase todos docentes da disciplina de Educação Visual
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Tecnológica (EVT), os mapas geográficos são antigos e quase ultrapassados e


mesmos assim insuficientes;
 Insuficiência de livros na biblioteca, algo que cria nos alunos a preguiça de
estudar independentes uma vez que precisam destes para complementar os
conhecimentos adquiridos na sala de aulas
 Uso de drogas pelos alunos: naquela escola em particualar na turma onde o autor
deste trabalho esteve afecto quase 24% dos alunos aparecem em estado de
enpriagues as ulas, o que modifica totalmente a atitude da turma devido aos
comprtamentos motivados pelas drogas, acontecendo a perca de respeito ao
professor, colegas e funcionários da escola, e não só, como também a
danificação de bens da instituição. Este acto não apenas acontece nos alunos
como também nalguns docentes.

Gestação indesejada das raparigas: ao longo do decurso deste trabalho/estagio, o autor


deste, pude verificar 6 caso de género sendo 1 na 12ª, 3 na 9ª, 2 na 8ª, classes. Este
fenómeno, contribui para o baixo rendimento pedagógico nestas raparigas visto que
estudar é uma actividade que requer uma disposição físico-psíquica.
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Conclusão

Este modo de aprendizagem é, no meu ponto de vista o melhor dentre os vários que
existem e que possam existir para nos futuros professores pois tem dito que quando oiço
esqueço, quando vejo lembro e quando faco sei. As aulas leccionadas deram uma
grande contributo a nos estudantes na consolidação dos conhecimentos e nas
habilidades educativas no processo de ensino-aprendizagem especialmente para aqueles
que ainda não o são pois irão a escola para saber como aplicar integralmente os métodos
e técnicas de ensino e suas normas a seguir.

Esta maneira de por disposição de todos as prácticas de leccionação possibilita um


conhecimento permanente das técnicas de ensino e trabalho de investigação visto que de
todas as vertentes só é para enriquecer o conhecimento.
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Bibliografia

PILETTI, Cláudio. Didáctica Geral. 14a ed., Editora Ática, São Paulo, 1991

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. Cortez Editora, São Paulo, 1994

NERICE, Imidio G. Introdução a Didáctica Geral. 16a edição. Editora atlas S.A. são
paulo, 1991.

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