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GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
2ª. CÂMARA
___________________________________________________________________
ACÓRDÃO 005/2013
EMENTA: ICMS. Levantamento Fiscal.
Confronto entre informações prestadas pelo
contribuinte por intermédio das declarações
fiscais e informações prestadas pelas
Administradoras de Cartão de Crédito,
Inobservância da Lei Complementar 105/2001.
Ausência de prévio processo ou procedimento
administrativo para o acesso às informações
protegidas sob sigilo. Nulidade da
Autuação. Recurso Ordinário conhecido e
provido.
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação de falta de
recolhimento de ICMS pelo sujeito passivo devido à omissão de
vendas de mercadorias desacobertadas de documentação fiscal,
apuradas mediante confronto entre as vendas escrituradas em livros
fiscais próprios e os valores constantes em extratos fornecidos
por administradora de cartões de crédito e/ou débito, nos
exercícios de 2007, 2008 e janeiro a julho de 2009.
Confira-se:
O caso
Dignidade
Divergência
RELATÓRIO
CTE Nº 10/2013 2
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – fax 3315-8273
Em síntese é o relatório.
CTE Nº 10/2013 3
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – fax 3315-8273
VOTO
CTE Nº 10/2013 4
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – fax 3315-8273
CTE Nº 10/2013 5
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE ALAGOAS
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________________
SESSÃO ORDINÁRIA Nº02 ‘’’’’’’’ ‘
-REALIZADA: 25/01/2013- 2ª CÂMARA
PROCESSO: 1500-018595/2009 e CTE nº 390/2011.
ANEXO: 1500-002243/2011 (06 volumes).
AUTO DE INFRAÇÃO: 99.89732-0001.
AUTUADA: JADSON BEZERRA DE LIRA ME.
INSCRIÇÃO ESTADUAL: 248.29305-2
DECISÃO MONOCRÁTICA: 17.967/2011.
ASSUNTO: Reexame Necessário.
AUTUANTE(S): Raimundo Marques de Carvalho Neto.
RELATOR: Mário Sérgio Martins de Castro.
PRESIDENTE: PATRÍCIA MELO MESSIAS
ASSESSORIA: LIBERACI MARIA SOUZA GALINDO
SECRETARIA: GENILZA COELHO DE OLIVEIRA VASCONCELOS
É o relatório.
VOTO
Trata-se de Reexame Necessário da Decisão nº
17.967/2011, de Primeira Instância, conforme ordenado no art.
48 da Lei nº 6.771/06, que julgou procedente em parte o
lançamento de ofício de multa devido a suposto extravio de
livros e notas fiscais, baseado em presunção relativa contida
no art. 50, § 10, I, da Lei nº 5.900/96, verbis:
Art. 50 (...)
§ 10. Presume-se extraviado, admitindo-se
prova em contrário, o livro fiscal,
documento fiscal ou formulário contínuo,
que:
I – solicitado pela Fazenda Estadual, não
tenha sido entregue no prazo máximo de 30
(trinta) dias;
(...)
ACÓRDÃO N° 02/2013
RELATÓRIO
VOTO
ACÓRDÃO Nº 20/2013
RELATÓRIO
Trata o Auto de Infração, lavrado contra a empresa
FRIGORÍFICO IBÉRICO LTDA, já devidamente qualificada nos
autos, do lançamento de crédito, derivado de multa, pelo fato
de, em tese, o sujeito passivo ter extraviado 54.000
(cinqüenta e quatro mil) notas fiscais, modelo 1.
Foram apontados como transgredidos o art. 50, § 10, I
c/c art. 53 da Lei nº 5.900/96, e art. 49, III e VI, “a” do
Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 35.245/91,
sendo aplicada a penalidade prevista no artigo 119, II, “a”,
da Lei nº 5.900/96.
O autuado impugnou o lançamento de ofício, alegando, em
síntese, que:
a) os defendentes não são legitimados para a causa,
porquanto não mais integrariam o quadro societário da autuada
desde julho de 2007, e também, não há autorização legal para
responsabilização pessoal dos sócios, que somente ocorreria
VOTO
Trata-se de Reexame Necessário da Decisão nº
18.744/2012, de Primeira Instância, conforme ordenado no art.
48 da Lei nº 6.771/06, que julgou nulo por falta de motivo o
lançamento de ofício de multa devida a suposto extravio de
notas fiscais, baseado em presunção relativa contida no art.
50, § 10, I, da Lei nº 5.900/96, verbis:
Art. 50 (...)
§ 10. Presume-se extraviado, admitindo-
se prova em contrário, o livro fiscal,
documento fiscal ou formulário contínuo,
que:
I – solicitado pela Fazenda Estadual,
não tenha sido entregue no prazo máximo
de 30 (trinta) dias;
(...)(grifos nosso)
1
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de direito processual civil, v 1. 5 ed., São Paulo:
Saraiva, 2008,p.436
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Ou seja, conforme a própria natureza das presunções, a
fiscalização deve comprovar o motivo - não entrega das notas
fiscais solicitadas prévia e regularmente - para se presumir
o extravio da documentação objeto da autuação.
E como bem se referiu o representante fiscal e
demonstrou o julgador singular em sua fundamentação, não há
prova de que houve intimação prévia legalmente válida
solicitando os documentos fiscais, objeto da autuação, para o
contribuinte como determina o art. 11 da Lei nº 6.771/2006:
2
Regula a ação popular.
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Parágrafo único. Para a conceituação dos
casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
(...)
d) a inexistência dos motivos se
verifica quando a matéria de fato ou de
direito, em que se fundamenta o ato, é
materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado
obtido;
ACÓRDÃO Nº 021/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário:
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância;
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CONCLUSÃO
2
TOMÉ, Fabiana Del Padre. A Prova no Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Noeses, 2008. p. 240.
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ACÓRDÃO Nº 022/2013
RELATÓRIO
É, no essencial, o relatório.
VOTO
Do Recurso Ordinário
I - recurso ordinário; e
1
Art. 49. São obrigações dos contribuintes:
III - conservar em seu poder, devidamente escriturados, os livros e documentos fiscais:*
a) até que ocorra a decadência dos créditos tributários decorrentes das operações ou prestações a que se referem,
no caso de inexistência de Auto de Infração, observando que:
1 - em se tratando de livros, o prazo se contará a partir do último lançamento nele consignado, quando obedecido
o prazo legal de escrituração;
2 - em se tratando de documento fiscal, a partir da data da emissão;
b) até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações ou prestações a que se referem,
no caso de existência de Auto de Infração, observado que o prazo correrá a partir da data da inscrição na Dívida
Ativa;
2
Art. 286. O livro Registro de Inventário, modelo 7, destina-se a arrolar, pelos seus valores e com
especificações que permitirá sua perfeita identificação, mercadorias, matérias-primas, produtos intermediários,
materiais de embalagem, produtos manufaturados e produtos em fabricação, existentes no estabelecimento na
época do balanço.
§6º - Se a empresa não mantiver escrita contábil, o inventário será levantado em cada estabelecimento no último
dia do ano civil.
§7º - A escrituração deverá ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data do balanço referido no
"caput" ou, no caso do parágrafo anterior, do último dia do ano civil.
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Do Reexame Necessário
CONCLUSÃO
___________________________________________________________________________________________
RELATÓRIO
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___________________________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________________________
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É o relatório.
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ACÓRDÃO N° 030/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
Voto.
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA
ACÓRDÃO Nº 31/2013
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação fática de
não recolhimento do ICMS decorrente de omissão de saídas de
mercadorias relativas às operações detectadas pelos
pagamentos feitos pelos adquirentes por via de cartão de
crédito/débito, “... cujos documentos fiscais relativos a
estas operações de saídas não estavam escrituradas
regularmente nos livros fiscais próprios”.
VOTO
Lei 6.771/2006
Art. 7º São nulos:
...
II - os atos praticados e as decisões
proferidas com preterição do direito de
defesa;
...
ACÓRDÃO Nº 32/2013
RELATÓRIO
VOTO
2
GOVERNO DO ESTADO
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ACÓRDÃO 034/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO Nº035/2013
É o relatório.
VOTO
PRELIMINAR DE NULIDADE – CERCEAMENTO DE DEFESA.
ACÓRDÃO Nº036/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
Voto
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA
ACÓRDÃO Nº037/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
Voto.
PRELIMINAR DE NULIDADE
CERCEAMENTO DE DEFESA
ACÓRDÃO Nº 04/2013
RELATÓRIO
Trata-se de remessa necessária que chega para análise deste Colegiado Administrativo conforme
imposição da norma jurídica contida no art. 48, da Lei n ° 6.771/2006 (PAT), isto em vista da decisão da Douta
Coordenadoria de Julgamento, donde resultou na sucumbência da Fazenda Estadual em face da decisão pela
improcedência do lançamento.
Em resposta, fora informado que o auto teria sido apropriadamente instruído à época do
lançamento, mas que em ato de má-fé retirados do processo, informando, ao final, pela inviabilidade da instrução
no momento.
O próximo ato praticado no curso do processo administrativo foi a decisão ora em reexame,
que entendeu pela nulidade do lançamento por ausência de provas.
VOTO
De fato, exsurge dos autos a total ausência de documentos que instruam a materialidade
informada pela fiscalização como hábil a fazer irromper o vínculo jurídico que estabelece ao contribuinte o dever
de recolher determinada quantia a título de tributo ao Estado.
Ademais, o fiscal não logrou êxito em sanar o defeito inicial da autuação quando instado a
fazê-lo em diligência.
O mesmo ocorre em relação ao suposto extravio, pois em momento algum dos autos foi trazido
à colação a intimação do contribuinte para apresentação dos respectivos documentos, o que autorizaria o
lançamento por presunção, se desatendida aquela.
Tais situações contrariam o que exige o art. 118, parágrafo único, da Lei n. 4.418/82, que exige
a regular instrução com elementos que sirvam a demonstrar a certeza e liquidez do crédito tributário, situação
que não se percebe dos autos. Confira-se o texto do preceptivo:
Art. 891 O processo administrativo fiscal decorrente de Auto de Infração deve ser instruído
com: (...)
Editora Forense. Rio de Janeiro. 2005, p. 314/315, as quais recortamos algumas passagens e abaixo
reproduzimos:
“O distanciamento entre o objeto e o juízo, construído pelo ser cognoscente a seu respeito, é
inevitável. (...)
A verdade encontra-se ligada à prova, pois é por meio desta que se torna possível afirmar
idéias verdadeiras, adquirir a evidência da verdade, ou certificar-se de sua exatidão jurídica.
Ao direito somente é possível conhecer a verdade por meio das provas. (...)
ACÓRDÃO Nº 053/2013
RELATÓRIO
Este é o relatório.
Passo a decidir.
VOTO
ACÓRDÃO Nº 054/2013
RELATÓRIO
Pois bem.
VOTO
1
In Lançamento Tributário e Decadência. Dialética. Fortaleza: 2002, p. 361.
2
“Até que o sujeito passivo seja notificado, o auto de infração carece de eficácia, como título
hábil para afastar a decadência do direito de constituir o crédito tributário.” (REsp
73.594/PR. STJ, 1ª T, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros. DJU 04.03.96)
ACÓRDÃO Nº 056/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO Nº 057/2013
Relatório
É o relatório
ACÓRDÃO Nº 058/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
Voto.
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA.
ACÓRDÃO Nº 059/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
VOTO.
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA
I – (...)
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação fática de
não recolhimento do ICMS decorrente de omissão de saídas de
mercadorias relativas às operações detectadas pelos
pagamentos feitos pelos adquirentes por via de cartão de
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crédito/débito, “... cujos documentos fiscais relativos a
estas operações de saídas não estavam escrituradas
regularmente nos livros fiscais próprios”.
Foram apontados como transgredidos as seguintes normas:
art. 1º; art. 2º, § 9º, II e V; art. 31, I, II e art. 50, §§
2º ao 7º, todos da Lei 5.900/96 c/c art. 272-B do RICMS/91.
Aplicada as penalidades previstas nos artigos 83 e 93 da Lei
nº 5.900/96.
Em síntese, a autuada apresentou defesa alegando que o
levantamento fiscal seria inconsistente, pois a empresa
estaria no regime do Simples Nacional no período fiscalizado,
estando suas vendas comprovadas por meio de notas fiscais D-
1.
A autoridade fiscal, em sede de contrarrazões, afirma
que o conjunto probatório trazido pela fiscalização comprova
que os pagamentos das vendas por via de cartão de
crédito/débito foram muito maiores que os montantes de vendas
declarados pelo contribuinte.
Proferida a Decisão nº 18.603/2012, tendo o julgador
singular decidido pela procedência parcial do lançamento com
a seguinte ementa:
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sugerido do art. 83 da lei 5.900/96,
aplicação da penalidade disposta no art.
79 da mesma Lei. 5. Lançamento do
crédito tributário PROCEDENTE em parte.
6. Reexame necessário para o Conselho
Tributário Estadual.
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VOTO
1
Art. 83 - Falta de recolhimento do imposto, no todo ou em parte, quando os documentos fiscais relativos às
respectivas operações de saídas não estejam escriturados regularmente nos livros fiscais próprios:
MULTA - equivalente a 60% (sessenta por cento) do valor do imposto.
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Não cabe ao julgador dar nova interpretação ao fato
material em que se baseia o lançamento de ofício. Pode sim
configurar definição jurídica diversa da que constar no auto
de infração. Uma decisão administrativa que altera
materialidade dos fatos lançados de ofício agride os
princípios da segurança jurídica e da legalidade 2, além de
ocorrer arbitrariedade e cerceamento de defesa em prejuízo ao
contribuinte 3.
2
Art. 2º Na instauração, preparo, instrução, tramitação e decisão do processo administrativo tributário,
contencioso ou não, serão atendidos os princípios da oficialidade, da legalidade, da verdade material, da
ampla defesa e do contraditório, sem prejuízo de outros princípios de direito.
3
Art. 7º São nulos:
...
II - os atos praticados e as decisões proferidas com preterição do direito de defesa;
...
4
Marcos Vinícius Neder, Maria Teresa Martinez Lópes. Processo administrativo fiscal federal comentado. 3ª
ed. São Paulo: Dialética, 2010. Pg 285.
5
Art. 30. Desde que mantidas as mesmas circunstâncias materiais em que se fundou o ato original de
constituição do crédito tributário, poderá o julgador dar ao fato apurado definição jurídica diversa da que
constar no auto de infração, inclusive relativamente: (grifo nosso)
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Intime-se a recorrente e em seguida retornem os autos à
primeira instância para uma nova decisão, observando que a
lei que rege o nosso processo administrativo tributário
claramente proíbe que o julgador modifique as circunstâncias
matérias que originaram o auto de infração.
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ACÓRDÃO Nº 060/2013
RELATÓRIO
Trata o Auto de Infração do lançamento de crédito
tributário composto de imposto e multa originariamente no
valor de R$ 4.418,31 (quatro mil, quatrocentos e dezoito
reais e trinta e um centavos), pelos fatos de, em tese, o
sujeito passivo, conforme levantamento específico de estoque
no exercício de 2000 e no período entre 01/01/2001 e
25/06/2001, ter adquirido e vendido mercadorias tributáveis
sem documentação fiscal.
Foram considerados infringidos o art.50, I da Lei
5.900/96 e o art. 49, II, III e IV do Regulamento do ICMS,
aprovado pelo Decreto n.º 35.245/91. Aplicaram-se as
penalidades dos art. 84 e 97 da Lei 5.900/96.
Instruem os autos, como provas principais da infração:
cópia dos termos de inicio e encerramento de fiscalização
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lavrados em livro fiscal próprio, demonstrativo do débito,
planilhas de “Controle Físico de Estoque de Mercadorias”
relativas aos exercícios de 2000 e 2001, relatórios de
Movimentação de Mercadorias referentes às entradas e saídas
no período fiscalizado, Termo de Contagem de Estoque, lavrado
em 21 de junho de 2001, cópia do Livro Registro de Inventário
relativo ao final do exercício de 2000.
Em sua defesa, o contribuinte requer diligência, pois o
levantamento fiscal feito conteria diversas irregularidades,
embasando tal argumento, em síntese, nos seguintes fatos:
1. No levantamento físico de estoque de 2000, a
fiscalização considerou 07 (sete) aparelhos
celulares kit fone Gradiente Chroma adquiridos
pela nota fiscal nº 58112 e 07 (sete) aparelhos
Gradiente Chroma vendidos sem nota fiscal, sendo
que são o mesmo produto, o que regularizaria o
saldo de estoque dele cobrado;
2. Houve problemas nas referências de notas fiscais e
seus produtos relacionados, listando diversos
casos nesse sentido, que influenciariam nas
quantidades encontradas no levantamento fiscal;
3. Ocorreram vendas e aquisições de mercadorias com
notas fiscais lançadas nos livros fiscais e
descriminadas na impugnação que não foram
consideradas;
4. Ocorreram erro de estoque final em 2000 e 2001
relativos às capas de celular Chroma ca 7000
Em breve resumo, nas contrarrazões, a autuante revisa o
lançamento e responde da seguinte maneira:
1. O contribuinte não apresentou nenhum documento que
comprovasse a igualdade dos celulares defendida
pelo sujeito passivo ;
2. Corrigiu o lançamento em relação à diferença do
item 6 da planilha de 2000, e que o restante do
levantamento desse ano está correto;
3. Corrige, como defendido pelo contribuinte, também
alguns itens do período fiscalizado de 2001, e
acrescenta outros;
4. O estoque final encontrado em 2001 foi ratificado
pelo sujeito passivo no termo de contagem.
VOTO
Trata-se de Reexame Necessário da Decisão nº 18.346/11,
de Primeira Instância, conforme disposto no art. 48, I da Lei
nº 6.771/06.
Em sede preliminar, compulsando os autos, constata-se
que não é possível o reexame necessário por essa Corte
Administrativa. Embora tenha constado da ementa e da parte
dispositiva do julgado o reexame necessário do lançamento de
ofício, a Fazenda Estadual, pela Decisão nº 18.346/11, restou
sucumbente em importância pecuniária que não excedeu, na data
da decisão, a 400 (quatrocentas) Unidades Padrão Fiscal do
Estado de Alagoas – UPFAL - (art. 48, I e § 2º, II, da Lei nº
6.771/2006) 1.
Também não houve impetração de Recurso Ordinário por
parte do sujeito passivo no prazo legal, conforme facultado
pela referida decisão singular ao contribuinte.
1
Lei 6.771/06:
Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário: (NR)
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância; (NR)
...
§ 2° O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica: (AC)
...
II - quando a importância pecuniária excluída não exceder, na data da decisão, a 400 (quatrocentas) Unidades
Padrão Fiscal do Estado de Alagoas - UPFAL, podendo a regulamentação aumentar este valor limite.
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Logo, o feito NÃO está abrangido pela competência do
Conselho Tributário do Estado de Alagoas.
Diante do exposto, bem como do dispositivo acima
elencado, ACORDAM OS MEMBROS DA 2ª CÂMARA DO CONSELHO
TRIBUTÁRIO ESTADUAL, por unanimidade de votos, não conhecer
do reexame necessário em tela, mantendo a decisão de piso.
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1
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VOTO
2
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Art. 891 O processo administrativo fiscal decorrente de Auto de Infração deve ser
instruído com:
(...)
1
TOMÉ, Fabiana Del Padre. Curso de Especialização em Direito Tributário: estudos analíticos em homenagem a Paulo de Barros
Carvalho. / Coordenador: Eurico Marcos Diniz de Santi. Rio de Janeiro: Forense. p. 559.
4
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ACÓRDÃO Nº 62/2013
RELATÓRIO
autuada, das mercadorias constantes Notas Fiscais de cópias acostadas nos autos, e intimação
da autuada para fazer prova das providências tomadas relativamente à negativa da condição de
adquirente dessas mercadorias.
8. Retornando à instância julgadora sem solução, foram emitidas as “Requisições de
Diligência” 038/2008 e 047/2009 (fls. 31 e 41 do processo anexo), reiterativas da “Requisição
de Diligência n° 104/2007”.
9. Não tendo sido obtida resposta adequada, e sobrevindo inovação legislativa de
natureza procedimental, a primeira instância, valendo-se da “Requisição de Diligência n°
139/2011” (fl. 48 dos autos do processo anexo), requestou a intimação do sujeito passivo “para
fazer prova da improcedência da presunção firmada a partir do art. 2°, § 9°, II, da Lei Estadual
n° 5.900/96 – presunção da ocorrência de operações internas, tributadas, sem pagamento do
imposto, a partir da omissão do registro referente à entrada onerosa das mercadorias, originada
em documento por outro sujeito passivo – restaurando-se, com a intimação, o devido processo
legal”.
10. Em atendimento à “Requisição de Diligência n° 139/2011”, a Diretoria de
Arrecadação e Crédito Tributário – DIRAC, emitiu a “Notificação 296/2011” (fls. 61, 63 e 65
do processo anexo), encaminhada ao estabelecimento da pessoa jurídica e aos endereços dos
sócios.
11. Na sequência, tem-se a anexação de cópia do “Edital DIRAC n° 269/2011”,
emitido para mesmo fim intimatório (fl. 72 dos autos do processo em anexo).
12. Transcorrido o prazo para manifestação do sujeito passivo sem pronunciamento de
sua parte, forma os autos encaminhados a esta Coordenadoria de Julgamento, por conduto do
“Despacho DIRAC n° 056/2012”, de 02/02/2012 (fl. 77 do processo anexo).
É o relatório
caracterizadas diante da identificação da empresa emitente dos docs. fiscais, assim como
diante das cópias dos documentos fiscais, acarretando assim a inversão do ônus da prova,
conforme previsão do inc. II, do Art. 333 do CPC. Logo, competiria a empresa recorrente
buscar provas junto ao fornecedor e apresentá-las no sentido de elidir a pretensão do Fisco, o
que não fez, limitando-se a afirmar que não restou comprovado o recebimento das
mercadorias, até porque, seria mais cômodo, menos oneroso com relação ao mesmo encargo
atribuído ao Fisco.
5
Acórdão CTE nº 62/2013
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE ALAGOAS
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________________
RELATÓRIO
Trata-se de Auto de Infração, lavrado contra a empresa
DISTRIBUIDORA SANTA CLARA LTDA., já devidamente qualificada,
que tem por objeto a cobrança de crédito tributário, composto
de imposto e multa, no valor total de R$ 19.681,11 (dezenove
mil e seiscentos e oitenta e um reais e onze centavos).
Alega o autuante que a autuada utilizou crédito
indevido decorrente de:
VOTO
ACÓRDÃO Nº064/2013
RELATÓRIO
Trata o Auto de Infração, lavrado contra a empresa
DISBALA – DISTRIBUIDORA DE BALAS LTDA - ME, já devidamente
qualificada nos autos, do lançamento de crédito tributário
relativo a imposto e multa no valor de R$ 30.627,54 (trinta
mil, seiscentos e vinte e sete reais e cinqüenta e quatro
centavos), pelos fatos de, em tese, o sujeito passivo não ter
recolhido o “ICMS ANTECIPADO” na aquisição de mercadorias
efetuada em outras unidades da Federação entre 2005 e 2007.
Imputadas as infrações ao art. 1.º c/c art. 3.º da Lei
Estadual 6.474/04 e art. 13, § 1º, XIII, “g”, da Lei
Complementar nº 123/2006, foi aplicada a sanção prevista no
art. 90-A da Lei Estadual 5.900/96.
ACÓRDÃO Nº 078/2013
RELATÓRIO
___________________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 078/2013 1
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – 3315-3772 – fax 3315-8273
DILIGENCIA DO CTE
VOTO
___________________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 078/2013 2
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – 3315-3772 – fax 3315-8273
___________________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 078/2013 3
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Rua General Hermes 80 Bom Parto 5º andar CEP 57.017-200
FONES: 3315-6190 – 3315-3772 – fax 3315-8273
___________________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 078/2013 4
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA EXECUTIVA DA FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
2ª. CÂMARA
______________________________________________________________________
ACÓRDÃO 08/2013
RELATÓRIO
Pois bem.
VOTO
Ocorre, entretanto, que o art. 43, inciso II, da Lei n. 6.771/2006, com as
inserções promovidas pela Lei n. 7.078/09, restringiu a subida dos autos em sede de
reexame necessário ao Conselho Tributário quando a redução do crédito tributário for
superior ao valor correspondente a 400 (quatrocentas) UPFAL’s.
ACÓRDÃO Nº082/2013
RELATÓRIO
Passo a decidir.
I - recurso ordinário; e
II - recurso especial.
§ 1º O prazo para recorrer será de 15 (quinze) dias,
contados da ciência da decisão.
ACÓRDÃO Nº 084/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
I - recurso ordinário; e
1
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender,
no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a
prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo
de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se
refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de
penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
IV. CONCLUSÃO
ACÓRDÃO Nº 09/2013
RELATÓRIO
VOTO
Passo a Decidir.
ACÓRDÃO Nº 093/2013
I – RELATÓRIO
II – VOTO.
ACÓRDÃO Nº 133/2013
RELATÓRIO
VOTO-VENCEDOR
ACÓRDÃO Nº 134/2013
RELATÓRIO
1
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2
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3
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DA NULIDADE
4
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5
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1
Art. 59. São nulos:
I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;
II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de
defesa
2
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes
6
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BOTTALLO
“o contencioso deve ser estruturado de modo que possa
propiciar aos contribuintes as garantias processuais
retro apontadas já que elas expressam a obrigatoriedade
da observância de um tipo de processo legalmente
previsto antes de alguém ser privado da vida, da
liberdade e da propriedade”. 3
GORDILLO
3
BOTTALLO, Eduardo Domingos. Curso de processo administrativo tributário. São Paulo, Malheiros: 2006 (P.41)
4
GORDILLO, Agustín A.“ La garantía de defensa como principio de eficacia en el procedimento administrativo”. RDP 10/16-24.
São Paulo. Ed. RT.
5
NEDER, Marcos Vinicius; LÓPEZ, Maria Teresa Martínez. Processo administrativo fiscal federal comentado. 3ª. Ed. São Paulo:
Dialética, 2010 (P.573)
7
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6
§ 3º As irregularidades que tiverem causado prejuízo à defesa, quando devidamente identificadas e justificadas, só
acarretarão a nulidade dos atos que não puderem ser supridos ou retificados.
8
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SESSÃO ORDINÁRIA Nº 20- Realizada em 27/05/2013 – 2ª Câmara
PROCESSO: 1500-016008/2008 e CTE nº 169/2012.
ANEXO: 1500-018187/2008.
AUTO DE INFRAÇÃO: 99.80750-001.
AUTUADA: MERVIL – MERCANTIL VIEIRA LTDA.
INSCRIÇÃO ESTADUAL: 24.101820-0.
DECISÃO MONOCRÁTICA: 18.601/12.
ASSUNTO: Reexame Necessário.
AUTUANTE(S): José Adelson Felix de Freitas.
RELATOR: Mário Sérgio Martins de Castro.
PRESIDENTE: PATRÍCIA MELO MESSIAS
SECRETARIA: GENILZA COELHO DE OLIVEIRA
RELATÓRIO
Trata-se de Auto de Infração lavrado contra MERVIL –
MERCANTIL VIEIRA LTDA - pessoa jurídica devidamente
qualificada, para exigência de crédito referente à multa,
por, em tese, ter o contribuinte deixado de registrar notas
fiscais de entradas de mercadorias sujeitas à substituição
VOTO
ACÓRDÃO Nº 142/2013
RELATÓRIO
VOTO
ACÓRDÃO Nº149/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
MÉRITO
Ementa
MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DE DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS
DE IRPF - A apresentação da declaração de rendimentos
fora do prazo fixado enseja a aplicação da multa prevista
no artigo 88 da Lei nº 8.981/95. DENÚNCIA ESPONTÂNEA -
Não se configura denúncia expontânea o cumprimento de
obrigação acessória, após decorrido o prazo legal para
seu adimplemento, sendo a multa indenizatória decorrente
da impontualidade do contribuinte. Recurso negado.
Acórdão nº 10611743 do Processo 139060000350089
ACÓRDÃO Nº 150/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
VOTO.
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA
I – (...)
ACÓRDÃO 155/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
I - recurso ordinário; e
CONCLUSÃO
ACÓRDÃO 156/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
I - recurso ordinário; e
1
FERRAGUT, Maria Rita. Presunções no Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Quartier Latin, 2005.
p. 229.
Acórdão CTE 156/2013 Página 7
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____________________________________________________________________________________________
De
outro norte, além de aplicar corretamente a
sistemática do lucro presumido, a autoridade fiscal
responsável pelo lançamento foi capaz de acostar aos autos
todos os elementos probatórios suficientes para comprovar a
materialidade da infração cometida pela Recorrente,
apresentando, por conseguinte, as informações necessárias para
o cálculo do CMV agregado ao lucro presumido de 30% (trinta
por cento), bem como dados sobre os estoques inicial e final
de cada exercício fiscalizado.
2
Idem. p. 230.
Acórdão CTE 156/2013 Página 8
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V.CONCLUSÃO
ACÓRDÃO Nº157/2013
VOTO
PRELIMINAR DE NULIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA
1
Art. 7º São nulos:
...
II - os atos praticados e as decisões proferidas com preterição do direito de defesa;
...
IV - o lançamento de ofício:
a) que não contiver elementos suficientes para se determinar, com segurança, a infração e o infrator;
e
...
§ 1º As eventuais incorreções ou omissões e a não observância de exigências meramente formais
contidas na legislação não acarretam a nulidade do ato administrativo, desde que seja possível determinar a
natureza da infração, o sujeito passivo e o montante do crédito tributário, devendo ser corrigidas e suprimidas
as incorreções e omissões por determinação da autoridade competente, desde que o fato não acarrete prejuízo
à defesa do sujeito passivo.
2
Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser
aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as
prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à
defesa.
ACÓRDÃO 158/2013
RELATÓRIO
Trata-se de remessa necessária e recurso ordinário que chegam para análise deste
Colegiado Administrativo por força da norma do art. 48 da Lei n ° 6.771/2006, ambos tendo como alvo a
reforma da Decisão n ° 16.582/2010, que entendeu pela procedência parcial do lançamento.
Antes do exame de ambos, convém destacar alguns atos processuais já verificados nos
autos.
Pois bem.
É o relatório, em síntese.
VOTO
Observo, ainda, que por duas vezes os fiscais autuantes aditaram o lançamento
tributário, a primeira à fl. 439 dos autos, reduzindo o valor originalmente consignado no auto de infração,
e a segunda à fl., majorando o crédito tributário em relação ao primeiro aditamento. Na primeira
oportunidade o contribuinte não foi intimado para que se manifestasse sobre as peça fiscal superveniente
produzida, malferindo a regra do art. 27, parágrafo 3o da Lei n. 6.771/2006, in verbis:
(…)
A não observância a norma acima gera nulidade dos atos praticados posteriores ao
primeiro aditamento, na esteira do art. 7o, inciso II, da já referenciada Lei n. 6.771/2006, cujo texto segue
abaixo reproduzido:
O fato de ter havido um segundo aditamento, este sim tendo sido o contribuinte
intimado, não prorroga o vício em relação à falta de intimação do primeiro. E isto porque a situação
retratada retirou do contribuinte, inclusive, o direito de acatar os valores do auto aditado extinguindo o
crédito tributário, máxime porque coincidentes com os valores indicados pelo sujeito passivo em sua
impugnação.
ACÓRDÃO 161/2013
RELATÓRIO
Este é o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO 162/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
Art. 36. Aos processos administrativos tributários decorrentes de Auto de Infração aplicar-se-ão os seguintes
procedimentos:
§ 3º O procedimento especial será convertido em ordinário, no caso de ser deferido o requerimento de
diligência ou perícia.
Acórdão CTE nº162/2013 Página 2
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ACÓRDÃO Nº163/2013
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação de falta de
recolhimento de ICMS devido à omissão de vendas tributáveis
sem a documentação fiscal pelo sujeito passivo no exercício
de 2001, apurada pela insuficiência da conta ‘Caixa’ por meio
do seu levantamento financeiro.
VOTO
Trata-se aqui de reexame necessário em face da decisão
da Coordenadoria de julgamento que julgou improcedente por
falta de prova, o lançamento de ofício de ICMS mais multa
devido à omissão de vendas pelo sujeito passivo quando do
levantamento financeiro no exercício de 2001. Tal omissão
decorre de presunção legal relativa, cuja caracterização
1
Art. 2.º. Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
(...)
§ 9º. O fato de a escrituração do contribuinte indicar insuficiência de caixa (saldo credor), suprimentos de
caixa de origem não comprovada ou a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou inexistentes, bem
como a ocorrência de entrada de mercadorias não contabilizadas, autorizam a presunção de omissão de saídas
de mercadorias tributáveis em operações internas, sem pagamento do imposto, ressalvada ao contribuinte a
prova da improcedência da presunção.
§ 10. A presunção de que cuida o parágrafo anterior aplica-se, igualmente, quando a soma das despesas,
pagamentos de títulos, salários, retiradas pró-labore, serviços de terceiros, aquisição de bens em geral,
pagamentos de tributos, honorários, empréstimos, aplicações e quaisquer outras retiradas ou quantias pagas
pelo contribuinte, seja superior à receita do estabelecimento.
2
Regulamento do ICMS, em redação dada à época da lavratura do auto de infração:
Art. 891. O processo fiscal contencioso deverá ser instruído, consoante a infração detectada, com os
seguintes documentos:
...
V - cópia dos documentos que serviram de base para a apuração das irregularidades, em qualquer caso;
3
Lei Estadual nº 5.900/19966:
Art. 2.º. Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
(...)
§ 11 - Presume-se zero a disponibilidade de numerário em espécie ou depositado em conta bancária,
relativamente ao saldo vindo do exercício anterior, de contribuinte que não possui escrituração de livros
contábeis para apuração do lucro real, quando não declarado no Livro Registro de Utilização de Documentos
Fiscais e Termos de Ocorrências, até o 5º (quinto) dia seguinte a data de encerramento do exercício
financeiro, devidamente assinada a declaração pelo sócio-gerente ou seu representante legal.
4
Lei Estadual nº 6.771/2006:
Art. 2º Na instauração, preparo, instrução, tramitação e decisão do processo administrativo tributário,
contencioso ou não, serão atendidos os princípios da oficialidade, da legalidade... (grifos nosso)
5
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
ACÓRDÃO Nº164/2013
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação de falta de
recolhimento de ICMS devido à omissão de vendas tributáveis
sem a documentação fiscal pelo sujeito passivo nos exercícios
de 1998 e 1999, apurada pela insuficiência da conta ‘Caixa’
por meio do seu levantamento financeiro.
VOTO
1
Art. 2.º. Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
(...)
§ 9º. O fato de a escrituração do contribuinte indicar insuficiência de caixa (saldo credor), suprimentos de
caixa de origem não comprovada ou a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou inexistentes, bem
como a ocorrência de entrada de mercadorias não contabilizadas, autorizam a presunção de omissão de saídas
de mercadorias tributáveis em operações internas, sem pagamento do imposto, ressalvada ao contribuinte a
prova da improcedência da presunção.
§ 10. A presunção de que cuida o parágrafo anterior aplica-se, igualmente, quando a soma das despesas,
pagamentos de títulos, salários, retiradas pró-labore, serviços de terceiros, aquisição de bens em geral,
pagamentos de tributos, honorários, empréstimos, aplicações e quaisquer outras retiradas ou quantias pagas
pelo contribuinte, seja superior à receita do estabelecimento.
Acórdão CTE nº 164/2013 Página 4
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momento em que são efetivamente realizadas pelo sujeito
passivo.
Também é cediço que auto de infração deve ter os
elementos de prova para caracterizar a infração 2. Mesmo no
caso em tela – presunção legal – onde, conforme determinação
legal à época do lançamento de ofício, todos os indícios que
levaram à ocorrência do fato presumido de saída de mercadoria
deveriam ter sido traslados aos autos.
Sobre presunções, assim se expressa Gonçalves:
“Presunções não são meios de prova,
mas forma de raciocínio pelas quais,
por meio de um fato, infere-se a
existência de outro, deduz-se de um
fato conhecido e provado outro que se
quer demonstrar... A presunção
geralmente parte de um indício de
prova...” (grifo nosso). (GONÇALVES,
Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de
direito processual civil, v 1. 5 ed.,
São Paulo: Saraiva, 2008,p.436)
grifei
Pelo próprio conceito de presunção, deve-se partir de
um fato conhecido e provado para, então, se presumir outro
fato. Se não for assim, seria como partir de uma presunção
para se chegar a outra presunção, o que seria inconcebível em
sentido lógico-jurídico.
Logo, conforme a própria natureza dos indícios e das
presunções, como bem determinou a decisão a quo proferida, a
fiscalização não trouxe provas aos autos que levam à
presunção infracional aqui discutida.
Isso porque não há documentos suficientes que serviram
de base para a verificação de insuficiência de caixa.
Podemos, exemplificativamente, citar a falta de qualquer
valor de caixa inicial no exercício de 1998, só podendo
2
Regulamento do ICMS, em redação dada à época da lavratura do auto de infração:
Art. 891. O processo fiscal contencioso deverá ser instruído, consoante a infração detectada, com os
seguintes documentos:
...
V - cópia dos documentos que serviram de base para a apuração das irregularidades, em qualquer caso;
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presumi-lo zero quando preenchidos os requisitos postos na
lei 3, o que influencia em todo o cálculo do possível imposto
devido. Também há a ausência dos documentos que comprovassem
os valores referentes às despesas cotidianas do
estabelecimento alocadas no planilhamento para o cálculo do
crédito tributário devido.
Além do que, como bem colocado pela julgadora singular,
os valores de entrada de mercadorias consignados na planilha
divergem dos registrados nos livros fiscais, não havendo
demonstração técnica ou numérica do porque disso.
Portanto, pelo que os autos apresentam, sem elementos
de prova suficientes, é incabível considerar deduções
subjetivas da autoridade fiscal para demarcar este ilícito
fiscal. Não há previsão legal de presunção absoluta para
tanto.
Dessa forma não é possível calcular corretamente o
tributo, ou mesmo se há ICMS devido. Pelo princípio da
legalidade 4, sendo o lançamento fiscal um ato vinculado, o
presente auto de infração não obedece ao comando normativo do
art. 142 do Código Tributário Nacional 5.
Portanto, como a legislação declara que só ocorre a
presunção da ocorrência de operações internas e tributáveis,
sem pagamento do imposto, pelo sujeito passivo, quando se
constatar efetivamente insuficiência da sua conta “Caixa”,
3
Lei Estadual nº 5.900/19966:
Art. 2.º. Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
(...)
§ 11 - Presume-se zero a disponibilidade de numerário em espécie ou depositado em conta bancária,
relativamente ao saldo vindo do exercício anterior, de contribuinte que não possui escrituração de livros
contábeis para apuração do lucro real, quando não declarado no Livro Registro de Utilização de Documentos
Fiscais e Termos de Ocorrências, até o 5º (quinto) dia seguinte a data de encerramento do exercício
financeiro, devidamente assinada a declaração pelo sócio-gerente ou seu representante legal.
4
Lei Estadual nº 6.771/2006:
Art. 2º Na instauração, preparo, instrução, tramitação e decisão do processo administrativo tributário,
contencioso ou não, serão atendidos os princípios da oficialidade, da legalidade... (grifos nosso)
5
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
Acórdão CTE nº 164/2013 Página 6
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não estando fundamentado em elementos probatórios suficientes
a peça vestibular, resta comprovado que o sujeito passivo não
cometeu a infração em tela.
Diante do exposto, ACORDAM OS MEMBROS DA 2ª
CÂMARA DO CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL, por unanimidade de
votos, conhecer da presente remessa necessária para NEGAR-LHE
PROVIMENTO, mantendo na íntegra a decisão singular ora em
reexame.
ACÓRDÃO Nº167/2013
RELATÓRIO
Trata o Auto de Infração do lançamento de crédito
tributário composto de imposto e multas pelos fatos de, em
tese, o sujeito passivo, conforme levantamento físico de
estoque, no período entre 30/04/1997 e 29/01/1998, ter
vendido mercadorias tributáveis sem documentação fiscal e
também adquirido mercadorias desacompanhadas de notas
fiscais.
Como substrato legal foram considerados os arts. 50, I,
da Lei n.º 5.900/96, e arts. 49, II e VII;130, I e 136, I, do
Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.º 35.245/91, e
proposta a aplicação das penalidades previstas nos arts. 84 e
97 da referida Lei.
VOTO
Trata-se de reexame necessário da Decisão nº
18.385/2011, de Primeira Instância, que julgou procedente em
parte o lançamento constante do auto de infração nº 006608.
Impende destacar que como o contribuinte não interpôs
recurso ordinário a esse Conselho Tributário, o objeto deste
julgamento limitar-se-á tão-somente ao reexame necessário da
decisão de piso, ou seja, pela reclassificação da multa
aplicada do art. 84 para a do art. 79 da Lei nº 5.900/1996.
Tem-se que, com a revogação do art. 84 1 pela alteração
normativa feita à Lei Estadual 5.900/96 pela Lei Estadual
7.079/09, por determinação expressa do legislador estadual,
para a violação descrita no artigo revogado, ficou imputada a
penalidade do art. 79 da Lei Estadual 5.900/96 2.
1
Art. 84 - Falta de recolhimento do imposto apurado por meio de levantamento fiscal:
MULTA - equivalente a 60% (sessenta por cento) do valor do imposto devido.
*Art. 84 revogado pela Lei n.º 7.079/09. Reclassificando-se a multa deste artigo para a do art. 79 da mesma
Lei, relativamente aos créditos tributários já lançados.
2
Art. 79. Falta de recolhimento do imposto no prazo legal, em situação não compreendida nas hipóteses
previstas nos artigos seguintes:
MULTA - Equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto.
3
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
...
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
...
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
ACÓRDÃO 168/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO 177/2013
RELATÓRIO
Transcorrido o prazo recursal sem qualquer manifestação das partes, os autos foram
encaminhados ao Conselho Tributário Estadual para apreciação do reexame necessário.
É o relatório.
VOTO
Consiste a presente análise em reexame necessário, nos moldes do art. 48, inciso I, da Lei
nº. 6.771/06 1, na qual restou vencida totalmente a Fazenda Pública, diante da improcedência do lançamento em
razão da insuficiência de provas da infração cometida pela Autuada.
No caso em comento, o contribuinte foi autuado por ter efetuado vendas de mercadorias
tributáveis sem o recolhimento do ICMS, infração aparentemente comprovada pela insuficiência de caixa nos
exercícios de 2000 e 2001, considerando-se, para tanto, as receitas e despesas efetuadas pelo contribuinte nesse
período, conforme planilha demonstrativa de fls. 06 dos autos.
Entretanto, não obstante a autoridade fiscal tenha apresentado planilha detalhada das
receitas auferidas e despesas efetuadas, indicando a natureza e o valor de cada um desses ao longo do período
autuado, inexistem nos autos provas que confirmem as despesas efetivamente realizadas pelo contribuinte a cada
mês, prejudicando-se, portanto, o encontro mensal da contabilidade da conta caixa.
Explica-se.
Para aferir as despesas realizadas pelo contribuinte, o fiscal autuante utilizou como
parâmetro as DAC’s dos exercícios de 2000 e 2001. Porém, nos referidos documentos constam informações
prestadas pelo contribuinte a respeito do somatório das despesas efetuadas ao longo de todo o exercício, de modo
que o fiscal autuante dividiu as despesas declaradas nas DAC’s por 12 (doze) meses, no intuito de encontrar os
gastos mensais da Autuada com água, luz, telefone, salários, entre outros, como se tais despesas fossem fixas
mensalmente durante todo o exercício.
Apenas para exemplificar, a DAC de 2000 informa que a Autuada consumiu R$ 691,56
(seiscentos e noventa e um reais e cinquenta e seis centavos) de água, energia e telefone, assim o fiscal autuante
dividiu tal montante por 12 (doze) meses, apontando na planilha de fls. 06, a quantia de R$ 57,63 (cinquenta e
sete reais e sessenta e três centavos) como despesa, de forma linear, frise-se, como se as despesas do contribuinte
fossem inalteráveis ao longo do ano.
Nesse ponto, convém ressaltar que a apuração do ICMS é mensal, logo é essencial para a
contabilidade da conta caixa que seja possível dimensionar no lançamento os valores exatos das despesas e
receitas em cada mês do período fiscalizado, de modo que se permita realizar corretamente o encontro mensal e,
assim, identificar-se se houve insuficiência da conta caixa e, por conseguinte, omissão de vendas.
Com efeito, a falta de precisão na indicação dos valores exatos das despesas realizadas
mensalmente pelo contribuinte é completamente prejudicial aos resultados apresentados na planilha que subsidia
o lançamento (fls. 06 dos autos), na medida em que a alteração de um único desses valores de despesa em
qualquer dos meses fiscalizados modificará todos os dados da planilha.
1
Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário:
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância;
Acórdão CTE nº177/2013 Página 2
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CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
____________________________________________________________________________________________
No mais, não restou esclarecido nos autos os motivos pelos quais foi considerado
inexistente o caixa inicial no exercício de 2000, vez que a empresa já estava em atividade desde o exercício
anterior.
Na apuração da insuficiência de caixa devem ser computados todos os elementos que
compõem a movimentação financeira do contribuinte, a teor do disposto no artigo 2º, §10º, da Lei nº. 5.900/96:
CONCLUSÃO
2
TOMÉ, Fabiana Del Padre. A Prova no Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Noeses, 2008. p. 240.
Acórdão CTE nº177/2013 Página 3
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____________________________________________________________________________________________
ACÓRDÃO Nº180/2013
RELATÓRIO
_____________________________________________________________________________________ 1
Acórdão CTE n° 180/2013
Antes de empreendermos o reexame legal, convém apresentarmos os atos
e fases já vencidas nos autos.
Pois bem.
VOTO
Ocorre, entretanto, que o art. 43, inciso II, da Lei n. 6.771/2006, com as
inserções promovidas pela Lei n. 7.078/09, restringiu a subida dos autos em sede de
reexame necessário ao Conselho Tributário quando a redução do crédito tributário for
superior ao valor correspondente a 400 (quatrocentas) UPFAL’s.
_____________________________________________________________________________________ 2
Acórdão CTE n° 180/2013
(quatrocentas) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Alagoas –
UPFAL.
_____________________________________________________________________________________ 3
Acórdão CTE n° 180/2013
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___________________________________________________________________________________________
SESSÃO ORDINÁRIA: Nº 30 – REALIZADA: 16/08/2013 – 2ª CÂMARA
PROCESSO: 1500-005169/1999 e CTE nº 225/2012.
ANEXO: 1500-006079/1999.
AUTO DE INFRAÇÃO: 014096.
AUTUADA: SUMMER COTTON S.A.
INSCRIÇÃO ESTADUAL: 240.89682-3.
DECISÃO MONOCRÁTICA: 18.417/11.
ASSUNTO: Reexame Necessário.
AUTUANTE(S): Ronaldo Guedes de Araújo e Outros.
RELATOR: Mário Sérgio Martins de Castro.
PRESIDENTE/EXERCÍCIO: José Pedro da Silva
SECRETARIA:Genilza Coelho de Oliveira
RELATÓRIO
Tratam os autos de lançamento de ofício de crédito
tributário relativos à ICMS e multa, lavrado em face de
SUMMER COTTON S.A, sujeito passivo já qualificado no
processo, por infração à legislação tributária conforme a
seguinte descriçāo: "Deixou de recolher o ICMS devido, no
valor de R$ 18.322,52 (dezoito mil trezentos e vinte e dois
reais e cinqüenta e dois centavos), referente a prestação de
serviço de transporte, iniciada no exterior, quando das
importações das mercadorias, referente ao período 12/97 a
03/99, conforme documento de importação anexa" (sic).
Imputada infração aos arts. 49, VIII e 514 do
Regulamento do ICMS — RICMS, aprovado pelo Decreto 35.245/91
e aos arts. 42 e 30, IV, da Lei Estadual 5.900/96, sendo
aplicada a sanção dos arts. 822 do RICMS e 79 da Lei Estadual
5.900/96.
_________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 181/2013 1
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Como conjunto probatório, foram acostados ao processo
os seguintes documentos: 1. Demonstrativo de Débito; 2.
Planilha para digitação do Auto de Infração; 3. cópia da
ficha "Cartão de Autógrafo" do contribuinte; 4. Dados
Cadastrais; 5. cópias do "Termo de início de fiscalização" e
do "Termo de encerramento de fiscalização" lavrados no livro
fiscal próprio; 6. documentos referentes ao desembaraço
aduaneiro de mercadorias destinadas ao ativo imobilizado do
sujeito passivo; 7. Intimação Fiscal n° 196815, para
apresentação de livros e documentos.
_________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 181/2013 2
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legislação tributária comprovada por
provas nos autos. (3) Aplicação do art.
79 da Lei Estadual 5.900/96, em redação
dada pela Lei Estadual 7.079/09, por ser
esta sanção mais benéfica ao sujeito
passivo, nos termos do art. 13, II, 'c',
da Lei Estadual 4.418/82. (4) Lançamento
PROCEDENTE EM PARTE. (5) Remessa dos
autos ao Conselho Tributário Estadual
para reexame necessário, nos termos do
art. 48, I, da Lei Estadual 6.771/06.
VOTO
Trata-se de reexame necessário da Decisão nº 18.417/11,
de Primeira Instância, que julgou procedente em parte o
lançamento constante do auto de infração nº 014096.
Impende destacar que como o contribuinte não interpôs
recurso ordinário a esse Conselho Tributário, o objeto deste
julgamento limitar-se-á tão-somente ao reexame necessário da
decisão de piso, ou seja, pela redução da multa aplicada de
100% (cem por cento) para 50% (por cento) conforme nova
redação dada ao art. 79 da Lei nº 5.900/1996 pela Lei
Estadual 7.079/09.
Logo, observa-se sim, como bem esclarecido pela
julgadora monocrático, que a redução da penalidade imposta
pela alteração normativa do art. 79 é mais benéfica ao
sujeito passivo, devendo ser aplicada nos termos do art. 106,
II, ‘c’, do CTN 1. O que implica na possibilidade de aplicação
ao caso aqui julgado, conforme decidido na instância de piso.
1
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
...
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
_________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 181/2013 3
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Diante do exposto, ACORDAM OS MEMBROS DO CONSELHO
TRIBUTÁRIO ESTADUAL – CTE por unanimidade de votos no sentido
de conhecer da presente remessa necessária para NEGAR-LHE
PROVIMENTO, mantendo a decisão de primeira instância.
...
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
_________________________________________________________________________________
Acórdão CTE Nº 181/2013 4
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RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
Art. 45. São cabíveis os seguintes recursos ao CTE:
I - recurso ordinário; e
§ 1º O prazo para recorrer será de 15 (quinze) dias, contados da ciência da decisão.
Acórdão CTE 182/2013 Página 2
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CONCLUSÃO
RELATÓRIO
1
Lei 6.771/2006:
Art. 46...
1º O recurso ordinário devolverá ao CTE o conhecimento de fato e de direito da matéria impugnada.
CPC:
Art. 514. A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
...
II - os fundamentos de fato e de direito;
2
Lei Estadual nº 6.771/2006:
ACÓRDÃO Nº216/2013 Página 4
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___________________________________________________________________________________________
implica em confissão da infração imputada e, consectário, em
decisão para extinção do processo administrativo de acordo
com a incidência dos artigos 17, III e 28, §4º, I, da Lei nº.
6.771/06 3.
Reza o Código de Processo Civil – CPC – de aplicação
subsidiária ao processo administrativo tributário alagoano 4,
art. 348, que: “Há confissão quando a parte admite a verdade
de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao
adversário”.
Portanto, considerando o art. 334, II, do CPC 5,
remanesce o lançamento nos termos da confissão particular,
extinto o processo administrativo e encaminhado os autos à
Procuradoria da Fazenda Estadual para que proceda a inscrição
do crédito tributário na Dívida Ativa.
Cabe esclarecer aqui que o julgamento (resolução) de
mérito dito pelo legislador na Lei 6.771/06, em seu § 4º, I,
art. 28, já transcrito acima, tem o sentido de dar à decisão
a condição de definitiva pela extinção do processo sem
analisar o mérito em si da questão.
Tanto que se não fosse a confissão do crédito integral,
aí sim haveria de ter uma decisão meritória da parte não
ACÓRDÃO Nº189/2013
RELATÓRIO
Passo a DECIDIR.
________________________________________________________________________________________
ACÓRDÃO 208/2013
RELATÓRIO
________________________________________________________________________________________
Passo a decidir.
________________________________________________________________________________________
Neste caso, por qualquer das vias que se intente, resta por
configura a ocorrência da decadência, pois partindo daquele ano se
1997, ou mesmo no ano de 1998, atingiria em pior hipótese ao
contribuinte em 2003 (pela pior forma de contagem em seu desfavor).
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Isto , mesmo que alocado nos autos uma gama de notas, para as
quais não conhece, com clareza, a sua inclusão na escrituração.
Destacando-se:
________________________________________________________________________________________
ACÓRDÃO 209/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
Acórdão CTE N° 209/2013 Página 2
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VOTO
(quatrocentas) UPFAL previsto no artigo 48, §2º, inciso II, da Lei nº.
6.771/06.
Da Prescrição Intercorrente
Explica-se.
1
Art. 45. São cabíveis os seguintes recursos ao CTE:
I - recurso ordinário; e
§ 1º O prazo para recorrer será de 15 (quinze) dias, contados da ciência da decisão.
2
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens
sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a
Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
Acórdão CTE N° 209/2013 Página 4
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____________________________________________________________________________________________
Da Alegação de Decadência
CONCLUSÃO
ACÓRDÃO 210/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 23ªed. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 316.
Acórdão CTE N° 210/2013 Página 4
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____________________________________________________________________________________________
CONCLUSÃO
RELATÓRIO
É o relatório
Voto.
Preliminar de Prescrição.
“Art. 141....
§
3º - Nos demais casos, lavrado o Termo de
Revelia, o processo seguirá os tramites regulamentares,
facultado ao revel a intervenção em qualquer oportunidade,
antes de transitada em julgado a decisão terminativa”.
RELATÓRIO
Lei nº 6.771/2006:
Art. 7º São nulos:
...
II - os atos praticados e as decisões
proferidas com preterição do direito de
defesa;
Decreto nº 25.370/2013:
Art. 24. São nulos:
...
II – os atos praticados e as decisões
proferidas com preterição do direito de
defesa;
...
Art. 25. A nulidade será decretada, de
ofício ou a requerimento do interessado,
pela autoridade competente para apreciar
o ato.
...
Art. 26. A nulidade de ato prejudica
todos os posteriores que dele sejam
diretamente dependentes ou consequentes.
ACÓRDÃO Nº 215/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
2 Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo
ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado
o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
simulação.
3 Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
ACÓRDÃO Nº 216/2013
RELATÓRIO
Art. 50 (...)
§ 10. Presume-se extraviado, admitindo-
se prova em contrário, o livro fiscal,
documento fiscal ou formulário contínuo,
que:
I – solicitado pela Fazenda Estadual,
não tenha sido entregue no prazo máximo
de 30 (trinta) dias;
(...)
ACÓRDÃO Nº 217/2013
RELATÓRIO
imunidade tributária, nos termos do artigo 155, §2º, inciso X, alínea “b”, da
Constituição Federal, requerendo a improcedência do lançamento.
É o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO 221/2013
RELATÓRIO
quarenta e sete reais e noventa centavos) (art. 97 da Lei 5900/96), cujo lançamento se deu
18/04/2011.
Os fatos narrados indicam a remessa de mercadoria relatadas nos termos relacionadas
as três notas fiscais acostas, quando para a autuação houve a remessa de mercadoria à
Contribuinte com o seguinte CACEAL : ‘241036992’. Estando dita inscrição cancelada,
naquela oportunidade.
Em defesa pugna o autuado a que houvesse o acatamento de “decadência/prescrição”,
e, acaso ultrapassada a preliminar, se procedesse na desconstituição do auto de infração,
quando no momento da apreensão da mercadora ao argumento de inexistência de CACEAL
válido, já pendente junto a SEFAZ o pedido de reativação da mesma; além da aplicação da
multa do art. 101 da Lei 5900/96.
Da decisão aqui submetida ao crivo desta Câmara de Contribuintes, fora ultrapassada a
preliminar nos moldes do art. 173, inciso I do CTN, mas que a autuada, apensar da inscrição
irregular (CACEAL cancelada), não intentou nenhum ato capaz de burlar o fisco, tanto que
liberada a mercadoria; acarretando na improcedência do lançamento.
Era o que se tinha a relatar.
Passando a DECIDIR.
Basta-se ver que do constante nos Auto de Infração n.º 90101185, a data de sua
lavratura fora em 18/04/2011, sobre o fato gerador ali descrito, cujo período de referência é
17/02/2006.
Daí, constata-se que não há por operacionalizado no caso concreto a existência da
decadência, conforme se tem:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado;
Neste caso observa-se a não extrapolação do interstício regular.
Restando mais do que afastada a decadência:
ICMS – OBRIGAÇÃO PRINCIPAL – RECURSO DA FAZENDA PÚBLICA
PEDINDO A REFORMA DA DECISÃO CAMERAL FACE À
INEXISTÊNCIA DE DECADÊNCIA DO DIREITO DA FAZENDA
PÚBLICA CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO – PROCEDÊNCIA –
DECISÃO NÃO UNÂNIME – O prazo decadencial deve ser contado de
acordo com o artigo 173, I do Código Tributário Nacional, ou seja, a partir do
primeiro dia do exercício seguinte ao que deveria ter sido efetuado o
lançamento. (CATGO – RFaz.-CONP 3 0221153 073 27 – (01404/09) – CONP
– Rel. Cons. Luis Antônio da Silva Costa – J. 19.05.2009)
No primeiro e mais importante ponto a ser apreciado, se tem a consideração sobre o
cancelamento do CACEAL do contribuinte. Das informações processuais contidas nos autos,
não se tem dúvidas para com a inexistência de inscrição estadual válida quando da apreensão
da mercadoria; e por isto a apreensão.
Mas, ao mesmo tempo indica que o pedido de reativação do CACEAL por meio do
processo n.º 1500-004567/2006, fora protocolado em 15/02/2006; dois dias antes da
apreensão.
Acórdão CTE N° 217/2013 Página 2
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De fato, tal qual consta na decisão sob análise, não se tem nos autos processuais
qualquer prova, ou mesmo indício, de que tenha agido o Contribuinte no intento de ludibriar,
sonegar imposto.
Muito pelo contrário, para cada uma das notas fiscais referidas há sim o recolhimento
do tributo de ICMS, mesmo quando em se tratando de “substituição tributária”, ou seja,
confirmada a retenção do tributo logo quando da saída da mercadoria do emitente; cujo
destaque é condito em cada uma das notas.
Logo, não se tendo que falar em descumprimento de recolhimento de tributo pelo
autuado.
Outrossim, no que se refere a aplicação da multa, no que pese a emissão da nota haver
sido feita por terceiro, que não o autuado, não se pode restar dúvidas quanto a aquisição de
produto, emissão de nota fiscal para contribuinte de ICMS estabelecido e com CACEAL
cancelada, faz incorrer sim em irregularidade.
Bastando-se ver a RICMS aplicável ao caso no momento do lançamento :
Art. 207. Considerar-se-á desacompanhada de documento fiscal a operação
ou prestação acobertada por documento inidôneo, assim entendido, para
esse efeito, aquele que:
(...)
IX - de qualquer modo, ainda que formalmente regular, tiver sido emitido
ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo
que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem
indevida.
Mesmo assim, carecem de algumas correções o procedimento.
Primeiro, quando não fora o autuado o emitente da nota fiscal, mas apenas àquele
adquirente do produto (ainda que sem CACEAL válido).
E como tal, se tem :
Art. 101 - Emitir Nota Fiscal ou qualquer documento fiscal exigido pela
legislação tributária, em nome de pessoa não inscrita, quando obrigada, de
comprador fictício ou de quem não seja adquirente da mercadoria:
MULTA - equivalente a 100% (cem por cento) do valor do imposto calculado
sobre o valor das mercadorias constantes da Nota Fiscal ou do documento.
Inclusive quando da apreensão da mercadoria, através dos termos de apreensão, fora
justamente neste texto legislativo que se dera a imputação.
No que, comportaria de logo na readequação da multa acessória punitiva.
Contudo, novamente se afirme, não há nos autos qualquer prática abusiva que tenha
incorrido em prejuízo ao erário. O imposto da mercadoria fora recolhido por antecipação
(pelo menos é o que se destaca das notas); tendo sido a mercadoria liberado quando da
reativação do CACEAL, cuja solicitação fora protocolizada em momento anterior a
apreensão.
Para tanto, se tendo posicionamento de nossas Cortes:
NOTA FISCAL – DESCLASSIFICAÇÃO – DESTINATÁRIO FICTÍCIO
– A nota fiscal apresentada ao Fisco foi desclassificada por consignar
destinatário não habilitado, pois, estava com inscrição estadual cancelada.
Exigências de ICMS, multa de revalidação e Multa Isolada capitulada no inciso
Acórdão CTE N° 217/2013 Página 3
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ACÓRDÃO 222/2013
RELATÓRIO
Intimada da autuação mediante Aviso de Recebimento (AR), seguido de Edital 3ª CRAF – Nº 010/2001,
publicado no Diário Oficial do ESTADO do dia 08 de maio de 2001, sem que o autuado apresentasse defesa nos
30 (trinta)dias seguidos, lavrou-se o respectivo termo de revelia (fl. 65).
Outrossim, se expirando o prazo regulamentar sem que nenhuma das providências acima
tenha sido adotada, o débito será inscrito na Dívida Ativa do Estado de Alagoas, para que seja providenciada a
cobrança executiva judicial.”
O autuante quando da contestação da defesa alega que o fato está comprovado pela
insuficiência de receita, apurada através de levantamento específico da conta caixa e que a defendente não
verificou os valores mencionados no ADITAMENTO do Auto de Infração em pauta, vez que o valor original do
ICMS era R$ 4.202,50, passando, com o aditamento, para R$ 4.387,54 (quatro mil, trezentos e oitenta e sete
reais e cinqüenta e quatro centavos).
II – No dia 22 de junho de 2011 (véspera de feriado), o Sr. Sávio de Melo Barbosa, filho do
falecido, recebeu o Ofício Circular nº 395/2011 CJ-SEFAZ/AL., com a decisão de primeira instância que, ao
invés de extinguir o crédito tributário pela ocorrência da prescrição, reconheceu a exclusão legal da jurisdição
administrativa tributária pelos efeitos da revelia;
III – Em 29 de junho de 2011, o advogado que subscreve o presente recurso tomou ciência
nos autos da referida decisão;
Após a leitura do presente relatório na Sessão do dia 26 de julho do ano em curso, este
Relator constatando a omissão da notificação do advogado da recorrente para a respectiva Sessão, a Presidente
desta Câmara retirou o feito de pauta para a devida providência, no que fora adotada, mediante publicação da
pauta no Diário OFICIAL do ESTADO, edição do dia 30 de julho de 2013.
É o relatório.
VOTO RELATOR
PRELIMINAR:
DA PRESCRIÇÃO DO DÉBITO.
Ora, o autuado foi tido como revel, quando na realidade o mesmo estava ainda em vias
de intimação, conforme Edital 3ª CRAF – Nº 010/2001, fl. 63 do Proc. 1500-020412/01, ou seja, apesar de
“revel” a intimação do mesmo ainda persistia por parte da Administração Fazendária com o objetivo de
apresentar defesa.
Logo, tendo sido dado oportunidade ao contribuinte para promover a sua defesa e esta
apresentada dentro do prazo legal, não há que se cogitar de contribuinte revel e por extensão de encerramento do
Processo Administrativo Tributário em decorrência do efeito da revelia.
VOTO VENCEDOR
Antes de entrar no mérito da presente análise, compulsando dos autos, observa-se a regular intimação
do contribuinte que acarretou a lavratura do termo de revelia de fls. 65, portanto, em atenção ao § 2º do art. 13 1
1
Art. 13. Não sendo apresentada defesa ao Auto de Infração, no prazo legal, o sujeito passivo
será considerado revel, importando a revelia no reconhecimento da obrigação tributária e
produzindo efeito de decisão final em processo administrativo tributário.
§ 1º....
§ 2º Na hipótese de revelia, poderá o lançamento ser objeto de revisão, nos termos que
dispuser a regulamentação, observado o seguinte:
I - a revisão deverá ser feita pela representação fiscal; e
II - a retificação ou o cancelamento do lançamento deverá ser objeto de ratificação pelo
Secretário Adjunto da Receita Estadual.
ACÓRDÃO 223/2013
RELATÓRIO
No mérito que não poderia incidir ICMS sobre a operação, quando ao mesmo o tributo
devido seria ISS, nos termos do “item 18” da lista de serviço, composto do art. 8.º da Lei
Complementar 56/87. Ou seja , a simples queima do resíduo , e daí sua transformação em
‘Ácido Clorídrico – HCL’, não geraria a incidência de ICMS. Mas que da venda deste
derradeiro produto para terceiros, aí sim competiria na existência de imposto circulação de
mercadoria – fato este que não é objeto da autuação. Conteve ainda a defesa já o pedido de
deferimento de perícia.
Relativo ao “Pedido de Diligência n.º 239/2005”, pugnou-se para que houvesse a
comprovação de que os outorgantes no instrumento de procuração, de fato, possuiriam
poderes para tal fim, o que fora confirmado através da procuração (fls. 384) e instrumento
societários chancelados na Junta Comercial (fls. 385/396).
A decisão da Coordenadoria de Julgamento se posta no sentido de que inexiste na
descrição do lançamento contido no Auto de Infração ‘o fato gerador’ a fazer valer a
incidência do imposto. Quando a descrição fática fala em industrialização, o que não é
hipótese para incidência do imposto.
Passo a decidir.
Em linhas gerais, e pelo que dos autos constam resta em ser analisado no presente
processo, se a indicação posta pelo agente atuador para o lançamento, frente as argumentações
defendidas no feito, são capazes de impor no dever de recolhimento de ICMS.
Por primeiro, se tem da “descrição dos fatos”: “referente ao processo de
industrialização executado pela CINAL, a qual, indevidamente, chamou esta operação de
incineração e emitiu indevidamente nota fiscal de serviço. A operação de industrialização é
transformar organos clorados em ácido clorídrico (processo de industrialização por queima)
(AI fls. 02).”
Na melhor linha de raciocínio defendida pelo então agente autuador para a
convalidação de sua imputação, caberia na verificação compreensiva, e sem que pudesse
restar dúvidas, sobre as ocorrências lançadas no tocante a efetiva industrialização.
Ocorre que numa olhadela sobre os fatos, percebe-se que a ‘industrialização’ de
produtos não é fato gerador capaz de impor no recolhimento de ICMS. Desvirtua-se da
natureza deste imposto estadual.
Somando-se a isto, foram apresentadas várias notas de saída do produto submetido a
queima por incineração; e para estas se percebe, por amostragem, a incidência do ICMS.
Fato curioso e que levou este julgador a debruçar-se com mais afinco sobre o
lançamento, repousa na possibilidade da incidência de tributo estadual, quando em relação a
“industrialização” defendida.
Condição atípica, é verdade, mas que tratou o legislador de assegurar.
Isto, porque, de fato há permissão de incidência de ICMS sobre a ocorrência de
fornecimento de mercadorias (transferência de propriedade/circularização), ainda que haja a
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
IX - incidirá também:
(...)
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
Daí , necessitando se ter em mente a questão central, se aqui estar-se-ia diante de uma
questão aplicável ao caso, qual seja se a narrativa descrita no lançamento, corresponderia a
implicação delimitada na legislação: se o tal serviço de incineração/industrialização do
produto derradeiro abrangeria o ICMS.
Basta-se ver que na linha de defesa do contribuinte, e para desmistificar a pretensão
inicial, o que se tem é uma queima por combustão de um resíduo, subproduto da operação
principal da CINAL, e como tal, em razão de incineração, se tendo a aplicação da norma:
Sob tal prisma, não poderia haver a incidência de ICMS na narrativa disposta, traçando
sobre o tema a basilada doutrina:
Já aqui, até então caberia em ser indicada como mensuração para o lançamento: a
venda de um produto, para o qual seria imperativa a prestação de um serviço (defendida a
incineração como industrialização).
E, não somente por este fato específico, imperativo dever de comprovação de estar o
produto, no caso dos autos a prestação de serviço não inscrita na lista; que a atitude narrada
(industrialização) se desse de forma contínua na cadeia de produção. Este o alinhamento de
nossos Cortes:
na Requisição de Diligência n.º 178/2007, item VI, a” (fls. 440); fazendo decorrer na
nulidade do auto por ausência de elementos suficientes para tal fim.
Ressalto que, várias foram as determinações no intento de se esclarecer a diferença
entre a prestação do serviço (sua industrialização), e mesmo a transformação e venda para
terceiros; sem que os referidos documentos, aparentemente, tenham sido juntados:
“Solicitamos desta diretoria que seja emitida OS em nome da BRASKEM para que possamos
efetuar lavratura de autos de infração por embaraço, tendo em vista o não atendimento na
sua totalidade da intimação fiscal N.º 48274, nem foi enviadas as notas nem foi informado
por declaração quais os documentos não entregues a esta fiscalização ... (fls. 468); ponto este
que merece destaque para que as medidas cabíveis venham a ser adotadas, se ainda existente
tempo hábil.
Mas que da síntese final, da prova efetiva da prestação de serviço por meio de
contratos solicitados (fls. 379, 381), e/ou industrialização de matéria prima e venda de
produto final, bem como as notas de venda à terceiros, ou prova pericial basilada à tal fim
incineração/industrialização (mencionado e não produzida); enfim, tais ausências redundam
na deficiência do lançamento, e mesmo nas tentativas de seu aprimoramento.
Motivo pelo qual , ACORDAM OS MEMBROS DA 2ª CÂMARA DO CONSELHO
TRIBUTÁRIO ESTADUAL, por unanimidade de votos, conhecer do REEXAME
NECESSÁRIO, mas para negar-lhe provimento, mantendo incólume a decisão da
Coordenadoria de Julgamento, em razão da disposição lançada nos autos para
“industrialização” de produto (transformação de matéria prima em produto final), com sua
posterior venda a terceiros, ter restado deficiente em sua conceituação e provas contundentes
de que não há prestação de serviço “incineração de resíduos” constante na lista de ISS.
ACÓRDÃO Nº230/2013
RELATÓRIO
Fundamentado o auto de infração na acusação de falta de
recolhimento de ICMS devido à omissão de saídas de
mercadorias tributáveis em operações internas pelo sujeito
passivo nos exercícios de 2004, apurada pela insuficiência da
conta ‘Caixa’ por meio de levantamento financeiro
considerando as suas receitas e despesas realizadas nesses
períodos.
Foram apontados como transgredidos os artigos 2º, I,
§10º, art. 43 e art. 50, da Lei n. 5900/96, c/c o art. 49,
VIII do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº
35.245/91, sendo aplicada a penalidade prevista no artigo 84
da Lei nº 5.900/96.
Apresentada a defesa pelo contribuinte e as
contrarrazões pelo autuante, foi proferida a Decisão nº
18.143/2011, tendo o julgador singular decidido pela
procedência parcial do lançamento com a seguinte ementa:
VOTO
Tratando inicialmente do Reexame Necessário da Decisão
nº 18.143/2011, de Primeira Instância, conforme disposto no
art. 48, I da Lei nº 6.771/06.
Em sede preliminar, compulsando os autos, constata-se
que não é possível o reexame necessário por essa Corte
Administrativa.
Isso porque o valor originário do crédito tributário
era de R$ 53.029,14 (cinqüenta e três mil, vinte e nove reais
e catorze centavos), sendo diminuído para R$ 49.255,83
(quarenta nove mil, duzentos e cinqüenta e cinco reais e
oitenta e três centavos) pelo juízo singular.
Embora tenha constado da ementa e da parte dispositiva
do julgado o reexame necessário do lançamento de ofício, a
Fazenda Estadual, pela Decisão nº 18.143/2011, restou
sucumbente em importância pecuniária que não excedeu, na data
da decisão, a 400 (quatrocentas) Unidades Padrão Fiscal do
1
Lei 6.771/06:
Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário: (NR)
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância; (NR)
...
§ 2° O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica: (AC)
...
II - quando a importância pecuniária excluída não exceder, na data da decisão, a 400 (quatrocentas) Unidades
Padrão Fiscal do Estado de Alagoas - UPFAL, podendo a regulamentação aumentar este valor limite.
2
Art. 896 A intimação do sujeito passivo será feita de forma alternativa:
I - pessoalmente, efetivada pelo autuante ou outro servidor a quem for conferida a atribuição, sendo
comprovada pela assinatura do sujeito passivo ou seu representante legal, ou, quando houver recusa do
intimado em assinar, com a declaração expressa de quem o intimar.
II - por via postal, comprovando-se pelo Aviso de Recepção (AR), assinado pelo interessado ou por quem o
fizer em seu nome.
…
3
Regulamento do ICMS:
Art. 891 …
§ 1º Além das informações e documentos previstos nos incisos do "caput" deste artigo, deverá o processo
administrativo fiscal decorrente de Auto de Infração ser instruído com:
I - no caso de levantamento específico de estoque:
a)mapa de controle físico de mercadorias;
b)folhas do Livro de Registro de Inventário referentes ao exercício anterior e ao fiscalizado;
Acórdão CTE nº230/2013 Página 5
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE ALAGOAS
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________________
Lei 5.900/96:
Art. 2º …
§ 10 - A presunção de que cuida o parágrafo anterior aplica-se, igualmente, quando a soma das despesas,
pagamentos de títulos, salários, retiradas pró-labore, serviços de terceiros, aquisição de bens em geral,
pagamentos de tributos, honorários, empréstimos, aplicações e quaisquer outras retiradas ou quantias pagas
pelo contribuinte, seja superior à receita do estabelecimento.
5
Art. 2…
§ 11 - Presume-se zero a disponibilidade de numerário em espécie ou depositado em conta bancária,
relativamente ao saldo vindo do exercício anterior, de contribuinte que não possui escrituração de livros
contábeis para apuração do lucro real, quando não declarado no Livro Registro de Utilização de Documentos
Fiscais e Termos de Ocorrências, até o 5º (quinto) dia seguinte a data de encerramento do exercício
financeiro, devidamente assinada a declaração pelo sócio-gerente ou seu representante legal.
Acórdão CTE nº230/2013 Página 6
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE ALAGOAS
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________________
ACÓRDÃO 242/2013
RELATÓRIO
Eis o relatório.
VOTO.
PRELIMINARES:
Intime-se a recorrente.
ACÓRDÃO 243/2013
RELATÓRIO
A
Coordenadoria de Julgamento ao analisar o
lançamento, decidiu pela procedência parcial do mesmo,
afastando assim do total, o ICMS relativo à nota fiscal de nº
038265 face a não juntada da mesma aos autos; o valor de R$
965,35 ( novecentos e sessenta e cinco reais e trinta e cinco
centavos), correspondente a uma parcela recolhida do imposto
de que trata o art. 17, inc. III do Dec. Nº 36.525/95; os
valores de R$ 68,00 e R$ 120,00 para os produtos “ caixa
d’água” e “pia inox”, substituindo pelos valores de R$ 34,00
e R$ 40,00, respectivamente, a entrada de 01 (uma) unidade do
produto “caixa d”água”, no mês de maio/95, tida como entrada
sem nota fiscal, além de ter reduzido valores inerentes a
É o relatório.
VOTO
Preliminar de Prescrição.
“Art. 141.
ACÓRDÃO 244/2013
RELATÓRIO
É o Relatório.
VOTO
ACÓRDÃO 247/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
ACÓRDÃO 248/2013
RELATÓRIO
Trata o Auto de Infração, lavrado contra a empresa CHEVRON BRASIL LTDA, atualmente
denominada de IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO S.A., já devidamente qualificada
nos autos, do lançamento de crédito tributário, composto de imposto e multa, originariamente
no valor de R$ 15.888,28 (quinze mil, oitocentos e oitenta e oito reais e vinte e oito centavos),
pelo fato de, em tese, o sujeito passivo não ter recolhido o ICMS Substituição Tributária, na
qualidade de substituído, de álcool etílico hidratado vindo de outro estado sem a devida
retenção na operação anterior pelo remetente.
Como substrato legal, foram considerados o art. 23, I, e parágrafo único do art. 26 da Lei n.º
5.900/96, o Protocolo ICMS 17/04, o Decreto n.º 1.897/04 e a Instrução Normativa SARE n.º
018/04, e proposta a aplicação da penalidade prevista no art. 90-A da referida Lei.
Como conjunto probatório, destacam-se as cópias das Notas Fiscais n.º 151572 e 151573, o
extrato de arrecadação do contribuinte e cópias do Livro Registro de Entradas n.º 26.
Apresentada a defesa pelo contribuinte e as contrarrazões pela autuante, foi proferida a
Decisão nº 18.392/2011, tendo o julgador singular decidido pela procedência do lançamento
com a seguinte ementa:
EMENTA: ICMS – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – Lançamento de ofício de crédito
tributário. Falta de recolhimento do imposto das aquisições de álcool etílico hidratado
realizadas em outra unidade da Federação, em relação às operações internas subsequentes,
não retido pelo remetente. Responsabilidade solidária do adquirente. Razões de defesa
incapazes de elidir o feito fiscal. Ilícito fiscal documentalmente comprovado.
LANÇAMENTO PROCEDENTE.
Intimado da decisão supracitada, o sujeito passivo apresentou Recurso Ordinário, pedindo a
improcedência do lançamento de ofício, alegando que:
1. a peça recursal é tempestiva;
2. que a operação interestadual é de transferência entre estabelecimentos do
mesmo contribuinte, e o que é localizado aqui em Alagoas seria o substituto
tributário, responsável pelo recolhimento do ICMS Substituição Tributária
quando da revenda da mercadoria e não o que estaria localizado em
Pernambuco;
3. o Protocolo ICMS 17/04 determina o recolhimento antecipado do ICMS na
operação própria do remetente e não o ICMS da Substituição Tributária;
4. mesmo que admitindo a cobrança do tributo aqui lançado, o estado competente
para sua cobrança seria Pernambuco e não Alagoas;
VOTO
1
Art. 11...
§ 3º É, também, modo válido de intimação a tomada de conhecimento, nos autos de processo ou em outro documento
oficial, da exigência de crédito tributário ou da imposição de qualquer dever jurídico, inclusive quanto à ciência de
decisões de litígios em qualquer instância administrativa.
Tem-se que o caso aqui julgado refere-se à exigência de crédito tributário composto por
ICMS e multa, pelo fato, de em tese, o sujeito passivo não ter recolhido o ICMS Substituição
Tributária, na qualidade de substituído, de álcool etílico hidratado vindo de outro estado sem a
devida retenção na operação anterior pelo remetente.
Conforme o brocardo “tantum devolutum quantum appellatum”, daqui delimito o voto à
análise exclusiva da matéria especificamente impugnada na peça recursal em relação aos
fundamentos da decisão monocrática (art. 46, § 1º, da Lei nº 6.771/06 e art. 514, II, do Código
de Processo Civil - CPC ). Impende destacar a importância de demarcar o objeto do recurso,
evitando, desse modo, que questões já decididas e preclusas venham novamente à discussão
administrativa.
No tocante a incidência ou não do ICMS nas operações entre as filiais, cumpre observar que a
lei estadual considera como autônomo, para fins de escrituração dos livros fiscais e
recolhimento do imposto, cada estabelecimento de uma mesma pessoa jurídica, conforme
estipula o art. 19, § 3º, da Lei Estadual nº 5.900/96, a seguir transcrito:
estabelecimentos do mesmo titular. É assim que dispõe a legislação correlata à época e ainda
hoje vigente:
2
Convênio ICMS 81/93, que estabelece normas gerais a serem aplicadas a regimes de
substituição tributária, instituídos por Convênios ou Protocolos firmados entre os Estados e o
Distrito Federal:
Cláusula décima quarta Os Convênios ou Protocolos firmados entre as unidades da Federação
poderão estabelecer normas específicas ou complementares às deste Convênio.
Inclusive o dito protocolo só faz duas exceções de não recolhimento, nenhuma das duas é o
caso concreto aqui julgado, que é operações de transferência de álcool etílico hidratado
combustível entre as filiais:
PROTOCOLO ICMS 17/04
Cláusula quinta O disposto neste Protocolo não se aplica:
I - às operações com AEHC, tendo como remetente distribuidora de combustíveis e como
destinatário posto revendedor de combustíveis, um e outro conforme definidos e autorizados
pelo órgão federal competente, desde que o ICMS - Substituição Tributária esteja
devidamente destacado na respectiva Nota Fiscal;
O Protocolo ICMS 17/04, foi regulado no Estado de Alagoas pelo Decreto nº 1.897/04 que
mantem a sistemática adotada:
Art. 3º Fica atribuída ao estabelecimento que promover saída interestadual de AEHC, ou de
álcool para fins não-combustíveis, localizado em uma das Unidades da Federação indicadas
no art. 1º deste Decreto, e destinado ao Estado de Alagoas, a responsabilidade pelo
recolhimento do ICMS referente à antecipação de parcela do imposto devida a esse Estado,
observando-se o que segue:
...
Art. 4º Nas operações interestaduais com Álcool Etílico Hidratado Combustível - AEHC e
com álcool para fins não-combustíveis destinadas a contribuintes estabelecidos no Estado de
Alagoas, provenientes de Unidades Federadas não indicadas no art. 1º, ou na hipótese de o
ICMS não ter sido recolhido pelo estabelecimento remetente, nos termos do art. 3º, ambos
deste Decreto, o recolhimento do ICMS referente à antecipação de parcela do imposto devida
ao Estado de Alagoas, deve ser realizado pelo adquirente por ocasião da passagem da
mercadoria na primeira repartição fiscal pertencente à primeira das Unidades Federadas do
percurso indicadas no art. 1º, observando-se o que segue:
...
§1º Na hipótese da mercadoria ser destinada ao Estado de Alagoas, e a cobrança do ICMS não
tiver sido efetuada em nenhuma das Unidades Federadas referidas no art. 1º deste Decreto, o
recolhimento do mesmo deve ser efetuado na primeira repartição fiscal de entrada em
território alagoano, acrescido de penalidades, conforme legislação pertinente.
§2º O disposto no "caput" deste artigo não se aplica às operações interestaduais tendo como
remetente Distribuidora de Combustíveis e como destinatário Posto Revendedor de
Combustíveis, ambos conforme definidos e autorizados pelo órgão federal competente, desde
que o ICMS - Substituição Tributária esteja devidamente destacado na Nota Fiscal.
Cláusula quarta Nas entradas de AEHC e álcool para fins não-combustíveis provenientes de
outra Unidade da Federação não-signatária deste Protocolo ou na hipótese de o imposto não
ter sido recolhido pelo estabelecimento remetente, nos termos da cláusula terceira, o
recolhimento será realizado pelo adquirente por ocasião da passagem da mercadoria pela
primeira unidade fiscal da primeira Unidade da Federação do percurso, ainda que distinta
daquela de destino, observando-se:
Nova redação dada ao inciso I da cláusula quarta pelo Prot. ICMS 43/04, efeitos a partir de
07.10.04
I - o montante do imposto será aquele resultante da aplicação da alíquota prevista para o
produto nas operações internas sobre o valor da operação ou o valor de referência
estabelecido pela Unidade Federada de destino, prevalecendo o que for maior, deduzindo o
valor resultante da aplicação da alíquota interestadual sobre o valor da operação.”
Decreto nº 1.897/04:
Art. 3º Fica atribuída ao estabelecimento que promover saída interestadual de AEHC, ou de
álcool para fins não-combustíveis, localizado em uma das Unidades da Federação indicadas
no art. 1º deste Decreto, e destinado ao Estado de Alagoas, a responsabilidade pelo
recolhimento do ICMS referente à antecipação de parcela do imposto devida a esse Estado,
observando-se o que segue:
I - o valor do imposto será a diferença entre os valores resultantes da aplicação da alíquota de
25% (vinte e cinco por cento), quando se tratar de álcool Etílico Hidratado Combustível ou de
17% (dezessete por cento), quando se tratar de álcool para fins não-combustíveis, e da
aplicação da alíquota de 12% (doze por cento) ou de 7% (sete por cento), a depender da
origem da mercadoria, sobre o valor da operação;
II - o recolhimento do imposto retido destacado na Nota Fiscal de saída, previsto no inciso I,
deve ser efetuado, antes de iniciada a remessa da mercadoria para o Estado de Alagoas, por
meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, sob o código de
receita 10008-0 (ICMS - Recolhimentos Especiais), devendo o correspondente documento de
arrecadação, devidamente quitado, acompanhar a mercadoria;
...
Art. 4º Nas operações interestaduais com Álcool Etílico Hidratado Combustível - AEHC e
com álcool para fins não-combustíveis destinadas a contribuintes estabelecidos no Estado de
Alagoas, provenientes de Unidades Federadas não indicadas no art. 1º, ou na hipótese de o
ICMS não ter sido recolhido pelo estabelecimento remetente, nos termos do art. 3º, ambos
deste Decreto, o recolhimento do ICMS referente à antecipação de parcela do imposto devida
ao Estado de Alagoas, deve ser realizado pelo adquirente por ocasião da passagem da
mercadoria na primeira repartição fiscal pertencente à primeira das Unidades Federadas do
percurso indicadas no art. 1º, observando-se o que segue:
I - o cálculo do ICMS deve ser feito na forma estabelecida no inciso I do art. 3º deste Decreto;
Quanto à multa aplicada ser confiscatória, o que violaria a Constituição Federal, informo que
este juízo administrativo não pode analisar a matéria, direta ou indiretamente, conforme os
arts. 23, § 3.º, I, e 28, § 1.º, da Lei Estadual 6.771/06.
Diante do exposto, ACORDAM OS MEMBROS DA 2ª CÂMARA, POR UNANIMIDADE
DE VOTOS, conhecer do presente recurso ordinário para NEGAR-LHE PROVIMENTO,
mantendo na íntegra a decisão singular nº 18.392/2011.
ACÓRDÃO 252/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
(...)
Ora, diante das normas acima, é bastante dizer que referido ônus
de juntar os documentos necessários para corroborar a infração indicada recai sobre o fisco,
haja vista que alegou suposto ato constitutivo de um direito da Fazenda, qual seja, o crédito
tributário. Lastreia-se, assim, a irregularidade fiscal presente.
Nota-se, no caso em liça que a Autoridade não acostou aos autos provas
suficientes para comprovar suas alegações, o que não compreende nenhuma das hipóteses
acima. Ora, apesar das situações de nulidade não serem taxativas, a ausência de provas
suficientes para sustentar o lançamento, torna-o insubsistente e não nulo.
De mais a mais, apesar de corroborarmos com as razões apresentadas
pela Decisão Singular nº 17.701/2011, entende-se que a decisão deve ser reformada, na parte
2
TOMÉ, Fabiana Del Padre. Curso de Especialização em Direito Tributário: estudos analíticos em homenagem a Paulo de Barros
Carvalho. / Coordenador: Eurico Marcos Diniz de Santi. Rio de Janeiro: Forense. p. 559.
em que define ser Nulo o Auto de Infração nº 048749, tendo em vista que o entendimento
correto é pela IMPROCEDÊNCIA do referido Auto e NÃO por sua nulidade.
Diante do exposto, ACORDAM OS MEMBROS DA 2ª CÂMARA DO
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL – CTE, por unanimidade de votos conhecer do
reexame, para negar provimento a remessa, alterando apenas de nulo para improcedente.
ACÓRDÃO 257/2013
Relatório
DA DEFESA
DAS CONTRARRAZÕES
I – EM PRELIMINAR
II – DOS PEDIDOS
É o relatório.
Voto
DO RECURSO ORDINÁRIO
I – DAS PRELIMINARES
LEI Nº 5.900/1996
ACÓRDÃO 271/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
Art. 891 O processo administrativo fiscal decorrente de Auto de Infração deve ser
instruído com:
(...)
1
TOMÉ, Fabiana Del Padre. Curso de Especialização em Direito Tributário: estudos analíticos em homenagem a Paulo de Barros
Carvalho. / Coordenador: Eurico Marcos Diniz de Santi. Rio de Janeiro: Forense. p. 559.
ACÓRDÃO 274/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1 Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário:
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância;
3 Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e
empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para
todo o ano-calendário.
§ 1º-A. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de sistema de comunicação eletrônica,
destinado, dentre outras finalidades, a:
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os relativos ao
indeferimento de opção, à exclusão do regime e a ações fiscais;
4 Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á quando:
I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;
II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de
livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens,
movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que
autorizam a requisição de auxílio da força pública;
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao
domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua
propriedade;
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar;
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de
1996, e alterações posteriores;
a) até o último dia útil do mês seguinte àquele em que tiver ultrapassado em mais de 20% (vinte por
cento) o limite proporcional de que trata o § 10 do art. 3o; ou
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao de início de atividades, caso
o excesso seja inferior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite;
IV - na hipótese do inciso IV do caput:
a) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) do limite
de receita bruta previsto no inciso II do caput do art. 3o; ou
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto no inciso II do caput do art. 3o.
§ 2o A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-se-á na forma a ser estabelecida pelo Comitê
Gestor.
§ 3o A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à Secretaria da Receita Federal do
Brasil, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses:
I - alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade Empresária em Comandita por
Ações, Sociedade em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira;
II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;
III - inclusão de sócio pessoa jurídica;
IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior;
V - cisão parcial; ou
VI - extinção da empresa.
CONCLUSÃO
ACÓRDÃO 275/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
Art. 56 - O contribuinte é obrigado a apresentar as declarações necessárias à apuração dos
índices de participação dos municípios, no produto de arrecadação do imposto, e todos os
demais formulários de caráter econômico fiscal, conforme dispuser a legislação.
2
Art. 1º A Declaração de Atividades do Contribuinte - DAC, instituída pelo Decreto nº 998, de
25 de novembro de 2002, deverá ser entregue à repartição fiscal, na seguinte conformidade:
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
IV - o lançamento de ofício:
a) que não contiver elementos suficientes para se determinar, com segurança, a infração e o
infrator
5
Art. 28. A instrução e o julgamento do processo administrativo tributário decorrente de Auto
de Infração compete, em primeira instância administrativa, à Coordenadoria de Julgamento - CJ,
e, em segunda instância, ao Conselho Tributário Estadual - CTE.
6
Art. 29. A decisão resolverá as questões suscitadas no processo, reconhecendo a procedência,
a improcedência ou a nulidade total ou parcial do lançamento de ofício do crédito tributário,
ou ter sido este prejudicado, total ou parcialmente.
ACÓRDÃO 276/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
Preliminar de Prescrição.
“Art. 141.
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RELATÓRIO
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ACÓRDÃO 284/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
PRELIMINARES DE OFÍCIO.
I- recurso ordinário; e
II-recurso especial.”
“Art. 46. O sujeito passivo vencido, no todo ou em parte, em primeira instância, poderá
interpor recurso ordinário ao CTE, excetuada o recurso relativo aos casos de procedimentos
especial”.
“Art. 47. cabe recurso especial ao pleno do CTE, interposto pelo sujeito passivo, pelo
autuante..., quando a decisão de qualquer câmara divergir do entendimento sobre idêntica
questão jurídica manifesta por outra câmara ou pelo pleno.”
“Art. 141. Findo o prazo de intimação, sem pagamento do débito ou apresentação de defesa
ou recurso, será providenciados a lavratura do termo de revelia e o encaminhamento do débito
para inscrição em Dívida Ativa.”
Intime-se o contribuinte.
ACÓRDÃO 285/2013
RELATÓRIO
Em síntese é o relatório.
Voto.
Intime-se a recorrente.
ACÓRDÃO 287/2013
RELATÓRIO
(...)
b) folhas do Livro Registro de Inventário
referentes ao exercício anterior e ao
fiscalizado;
(...)
V - cópia dos documentos que serviram de base
para a apuração das irregularidades, em
qualquer caso;
ACÓRDÃO 288/2013
RELATÓRIO
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ACÓRDÃO CTE Nº 288/2013
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DA FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________ 3
ACÓRDÃO CTE Nº 288/2013
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DA FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
VOTO
___________________________________________________________________________________ 5
ACÓRDÃO CTE Nº 288/2013
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DA FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
___________________________________________________________________________________ 6
ACÓRDÃO CTE Nº 288/2013
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA EXECUTIVA DE FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
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ACÓRDÃO 290/2013
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
1
Art. 48. Quando contrárias à Fazenda Estadual, ficam sujeitas à reexame necessário:
I - por uma das câmaras do CTE, as decisões proferidas por julgador de primeira instância;
2
Art. 2º Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
ACÓRDÃO CTE Nº 290/2013 Página 3
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA EXECUTIVA DE FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
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§ 12 - Considera-se como montante a ser computado nas saídas tributáveis em operações internas do contribuinte
a diferença positiva entre a saída de mercadorias tributadas, tomando como valor o custo das mercadorias
vendidas agregado de 30% (trinta por cento), e a saída tributada efetivamente declarada nos livros e/ou
documentos fiscais próprios, apurada no último dia do exercício financeiro da empresa, na hipótese em que o
contribuinte não possua escrituração contábil para fins de apuração do lucro real.
ACÓRDÃO CTE Nº 290/2013 Página 4
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA EXECUTIVA DE FAZENDA
CONSELHO TRIBUTÁRIO ESTADUAL
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CONCLUSÃO
ACÓRDÃO 291/2013
Relatório
Voto
ACÓRDÃO Nº292/2013
RELATÓRIO
VOTO