de comunicação
organizacional para
a proposta de ação
de extensão FWD
apresentação 9
diagnóstico 21
3.1. Análise de Ambiente Externo 21
3.2. Análise SWOT 39
3.3. Análise de Benchmarking 41
3.4. Avaliações 43
considerações finais 53
referências bibliográficas 53
0
7
01 : introdução
Compreendemos que as organizações são entendidas como um conjunto de pessoas que trabalham em prol do
mesmo objetivo. De acordo com Kunsch (2003), há dois fatores a serem analisados ao se conceituar o termo
organização. O primeiro deles diz respeito ao ato e efeito de organizar, propriamente da função administrativa. O
segundo refere-se à definição apresentada no primeiro período, em que se expressa um agrupamento de pessoas, que
são responsáveis por desempenhar funções e trabalhar em conjunto a fim de alcançar objetivos comuns. Durante os
fluxos e processos comunicacionais, elas enfrentam barreiras de diferentes naturezas.
Os gargalos mais frequentes no âmbito organizacional referem-se às barreiras pessoais, administrativas e
burocráticas, excesso de informações e informações incompletas e parciais (KUNSCH, 2003). Pensar estrategicamente
é a melhor forma para resolver tais problemas.
Para além dos fatores internos, as instituições devem se ater aos fatores externos, que podem ser uma oportunidade
ou ameaça para a sobrevivência e vitalidade delas. Como exemplo, destacam-se o atual cenário de crise política e
econômica no Brasil, as tecnologias de informação e comunicação (TICs) e as tendências de mercado ligadas ao
consumo, comportamento, experiências etc.
Conhecer o cenário interno e externo de uma organização, portanto, possibilita a criação de vantagens
competitivas e facilita a tomada de decisões. Entretanto, sem um planejamento, nada disso é possível.
Como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Comunicação Social, habilitação em Comunicação
Organizacional, fomos imbuídos do desafio de criar um produto, a partir das nossas vivências acadêmicas — em
projetos de extensão, pesquisas, empresas juniores, congressos científicos, encontros nacionais de estudantes de
Comunicação e intercâmbio no exterior.
A fim de oferecer um retorno à sociedade — principal financiadora da universidade pública —, além de
promover a conexão entre os universitários em nível nacional e internacional, chegamos à concepção da proposta
de ação de extensão FWD. Em linhas gerais, o projeto tem a pretensão de desenvolver serviços e produtos de
comunicação em rede, visando ao enfrentamento de problemas sociais. Ao refletirmos a respeito dos 15 objetivos
da Política Nacional de Extensão Universitária1, identificamos sete que apresentam consonância com as atividades
propostas pela FWD. São eles:
A Política Nacional de Extensão Universitária foi elaborada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas
1
de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX). Essa política estabelece o conceito, diretrizes, princípios e objetivos da Extensão
Universitária. Disponível em: <https://www.ufmg.br/proex/renex/documentos/2012-07-13-Politica-Nacional-de-Extensao.pdf>.
Acesso em: 28 set 2016.
8
0
tecnologias disponíveis para ampliar a oferta de oportunidades e melhorar a
qualidade de educação em todos os níveis; 6) Atuar, de forma solidária, para
a cooperação internacional, especialmente a latinoamericana; 7) Valorizar
os programas de extensão interinstitucionais, sob a forma de consórcios,
redes ou parcerias, e as atividades voltadas para o intercâmbio e a solidarie-
dade.” (FORPROEX, 2009, p.14).
Tanto o contexto nacional quanto o internacional carecem de um instrumento efetivo de mudança, pois boa parte
da população mundial é assolada pela fome, desnutrição, desigualdade e exclusão social, violência, precarização na
saúde, desemprego, corrupção, preconceito, entre outros motivos. O relatório da ONU “ICPD Beyond 2014 Global
Report2” aponta, em nível global, o crescimento das desigualdades sociais e alerta para que as conquistas em saúde
e educação, principalmente, não sejam perdidas.
A FWD encara essas preocupações como grandes desafios, impulsionada pelo ensejo de ser agente de
mudança e interferir na realidade social do país e do mundo.
Haja vista a importância da proposta e com vistas a nortear as grandes decisões estratégicas a longo prazo, capazes
de afetar o projeto como um todo, nossa contribuição se estendeu na execução deste planejamento estratégico
direcionado para a Comunicação Organizacional integrada.
Responsável por viabilizar maior controle na condução de decisões conscientes, alcance de resultados e
aplicação de verbas, este plano de Comunicação estabelece ações durante os anos de 2017 e 2018, com base nas
demandas sociais e competitivas, além dos pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades diagnosticados a partir
da análise de ambiente e SWOT3. O planejamento está alicerçado em um diagnóstico e prevê objetivos, estratégias,
ações, formas de monitoramento e avaliação de resultados da comunicação interna, institucional, administrativa e
mercadológica.
Durante o processo criativo de elaboração deste produto, percebeu-se a necessidade e ambição de contemplar
conhecimentos de outras áreas, como a administração, psicologia e o design — especialmente o design thinking.
O design thinking é uma abordagem colaborativa centrada no aspecto humano. Como o próprio nome
diz, é o modo de pensar do designer, que busca um caminho de raciocínio diferente dos tradicionais métodos
empresariais. De acordo com o livro “Design Thinking - Inovação em Negócios”, de Maurício Vianna, Ysmar Vianna,
Isabel Adler, Brenda Lucena e Beatriz Russo, o design thinking procura formular perguntas e questionamentos a
serem respondidos por informações e dados que são mapeados durante o entendimento do tema abordado. Esta
abordagem utiliza diversas ferramentas para mergulhar fundo no cenário disposto, e outras somente para a etapa
2
O relatório reúne e analisa dados de 176 membros de Estado da ONU e seu quadro de ações foi lançado no início de 2014. Disponível
em <http://www.unfpa.org/events/icpd-beyond-2014-review-process>. Acesso em 29 de nov 2016.
3
A análise SWOT provém dos termos da língua inglesa strengths, opportunities, weaknesses, threats. Na língua portuguesa, esta técnica
é denominada FOFA, ou seja, forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. A SWOT produz insumos para uma análise ambiental
interna eficaz.
9
de processos criativos para ideação de possíveis soluções. Após os protótipos e testes, o design thinking se propõe
a ter soluções reais e práticas dos problemas estudados. Seus principais guias e valores de trabalho são a empatia,
a experimentação e a colaboração
02 : apresentação
A ideia da criação do projeto FWD surgiu a partir de questionamentos em relação à falta de participação dos
estudantes de Comunicação no enfrentamento de problemas sociais, de experiências que promovam a integração
dos alunos de diferentes localidades e diferentes bagagens, e de estudo e entendimento pelos estudantes para o olhar
da Comunicação como grande potencial transformador da sociedade. Ainda, pontuamos nossas críticas aos muitos
sistemas hierárquicos e engessados que existem nas universidades.
A partir dessas questões e do desejo de dar um retorno à sociedade pelo investimento na educação que
tivemos na graduação, decidimos então criar um projeto de extensão que permitisse aos estudantes vivenciar o uso
da Comunicação voltado para impacto social. Os principais objetivos do projeto consistem nos itens a seguir:
Após definirmos os objetivos que farão parte do pensamento estratégico que irão guiar este planejamento, for-
mulamos o propósito, missão, visão e valores do projeto para serem o norte da filosofia organizacional da FWD.
O propósito foi pensado como um verdadeiro mantra da organização, além de comunicar a essência e o porquê
da existência da proposta de ação de extensão universitária. Ele foi pensado em inglês por transmitir a mensagem
em língua universal.
10
Missão Conectar pessoas que não se omitem diante dos problemas sociais, e sim que
criam soluções em comunicação para resolvê-los em rede.
Alteridade Para entender o que está acontecendo em nossa volta precisamos observar
nosso papel na sociedade e compreender as nossas diferenças. Acreditamos
que só assim conseguiremos nos colocar no lugar do outro, entendendo
as motivações e os porquês de determinadas ações. Esse valor é muito
importante para a rotina da FWD porque o olhar para si significa bastante
para o trabalho em equipe. É relevante também no caráter externo de
procurar, pesquisar e entender os públicos que trabalharemos em conjunto.
Atitude Enquanto jovens, temos de ser firmes nas questões em que acreditamos.
Temos de ter atitude para dar voz às nossas ações. A atitude que acreditamos
são as pequenas e grandes iniciativas diárias que temos diante dos problemas
que encontramos. Este valor representa bastante o perfil dos graduandos
que participam do projeto. Queremos que todos exercitem e desenvolvam
sua atitude dentro da FWD, e que não se omitam.
Equilíbrio Nos dias atuais, vemos que falta concentração e tranquilidade para lidar com
as diversas atividades que nos envolvemos. Achamos muito importante
que os extensionistas curtam, experimentem e naveguem com equilíbrio
no caminho do projeto. Sempre levando em consideração o equilíbrio
emocional e o equilíbrio dos projetos ou gestão que ele (a) se propuser a
realizar.
Estrutura
A proposta de extensão será vivenciada por diversos públicos de várias localidades. Por conta disso, sua organização
interna será bem diferente das formas de administração mais comuns nas universidades. Como o projeto funcionará
de uma forma fluida, é importante ressaltar que mudanças em sua estrutura são sempre bem-vindas no intuito de
haver uma construção permanente do modelo gestor.
A estrutura será composta por três grandes áreas: gestão, projetos e rede. A rede é composta por pessoas
que possam contribuir com a FWD, sua equipe ou projetos em específico. A ideia é que não fiquemos presos apenas
aos nossos conhecimentos e dados públicos. Achamos importante nos conectar com pessoas de diferentes vivências,
pontos de vista e outros ensinamentos que possam agregar ao projeto. Queremos usufruir e inserir a sociedade
dentro da FWD.
Os projetos são os trabalhos de Comunicação realizados com o propósito de impactar positivamente a
sociedade. Eles serão compostos por cinco estudantes, sendo um deles o facilitador, responsável pela cultura do
grupo e terá uma visão completa do processo e caminho a ser percorrido. Como dito anteriormente, o design
thinking será muito utilizado como abordagem dentro dos projetos. O papel desse estudante facilitador é colaborar
para que se mantenha o equilíbrio do grupo, dar contribuições sobre o design thinking e suas diversas ferramentas e
práticas, além de facilitar conexões.
A gestão cuidará do organismo FWD. Percebe-se que, para um bom funcionamento da proposta de
extensão, são necessárias diversas atenções e cuidados. Aspectos como a administração da equipe e seus crescimentos
individuais são de extrema importância, já que um dos principais objetivos é o desenvolvimento dos extensionistas.
Outra atenção importante é a administração financeira do projeto, tendo em vista que, por ser um projeto
de extensão, há possibilidades do uso de recursos da universidade.
A comunicação da FWD também é essencial, em seus diferentes tipos (mercadológica, administrativa,
institucional e interna), que será estudada e planejada neste documento. Além disso, nos preocupamos ainda com
a gestão do conhecimento para que seja assegurado um bom fluxo de informações no ambiente interno do projeto;
e também com pessoas responsáveis pela capacitação dos estudantes de forma a possibilitar o acesso ao conheci-
mento gerado.
De acordo com a pirâmide de William Glasser sobre as formas nas quais mais aprendemos, a que mais se
destaca é quando ensinamos nossos conhecimentos aos outros. Vemos uma grande oportunidade nessa questão, e a
ideia é que os valores e a cultura do projeto se integrem bastante para que isso seja realmente vivo.
lemos 10 %
ouvimos 20 %
observamos 30 %
vemos e ouvimos 50 %
fazemos 70 %
Por fim, a gestão do projeto também contará com uma área de pesquisa, como foco na área experimental. O objetivo
é que os alunos tragam insumos, dados e informações que possam contribuir para o projeto, além de crescerem
no âmbito da pesquisa acadêmica. A temática do design thinking, por exemplo, pode ser estudada em diferentes
perspectivas e compartilhada com os demais extensionistas.
É importante ressaltar que todas macro-áreas do projetos interagem entre si. A rede colabora para a
realização dos projetos e para a gestão da FWD. A gestão, por sua vez, organiza, mantém a proposta de extensão
viva, recebe conselhos da rede e também colabora nos projetos realizados. O valor da colaboração foi pensado de
forma com que aconteça uma grande troca, como se pode ver nas imagens demonstradas a seguir:
projetos
rede
gestão
gestão de pessoas
administrativo financeiro
comunicação mercado
capacitação 2 por semestre academia
gestão de conhecimento sociedade
prospecção
pesquisa
Um exemplo de como seriam essas trocas pode ser pensado no âmbito do projeto de comunicação realizado por
um grupo. Como explicado na introdução deste trabalho, na abordagem do design thinking há um momento de
entendimento do problema a ser resolvido. Nesta etapa, é pesquisada a fundo a temática, e o objetivo é que os
alunos se conectem com pessoas que dominam esse assunto. A atuação será feita em conexão com a comunidade,
professores, pesquisadores e demais profissionais que possam contribuir e dar insumos para o projeto.
Um ponto de grande relevância é a estrutura da rede e a forma como trabalha e se organiza. Em busca de
menos hierarquias, nos inspiramos muito em novos modelos de gestão e administração. Um desses modelos é a
holocracia, implementado na empresa Zappos4, no qual basicamente as pessoas não são encaixadas em cargos, mas
em papéis e funções. Dessa forma, os grupos se estabelecem de maneira flexível, com mais autonomia e se organizam
da melhor forma nas condições do momento. Por isso, um dos maiores aspectos da cultura organizacional da FWD
serão as lideranças circunstanciais. As lideranças circunstanciais são trabalhadas em cima da ideia de que qualquer
pessoa da equipe pode assumir um tipo de liderança a qualquer momento, e que para isso não há regras a serem
decoradas. A imagem a seguir mostra os papéis de cada macroárea da FWD:
comunicação
prospecção • capacitação
pesquisa extensionistas
gestão projeto
4
A Zappos, fundada em 1999, é um e-commerce norte americano e atualmente é a maior empresa a adotar a holocracia. Destaca-se,
também, pelo seu atendimento no varejo online.
14
Para que o projeto funcione da melhor maneira possível, são necessários, no mínimo:
Ao todo, serão 23 estudantes em um período de seis meses neste momento inicial do projeto. Porém, vale frisar que
a estrutura do projeto é bem fluida. Então, há possibilidade de sua estrutura formatar-se durante os primeiros meses
e fases de atividade.
Por estarmos viabilizando um planejamento estratégico, pensamos como seria o funcionamento do projeto
pelo período de dois anos. A grande meta é que, aos poucos, ocorram projetos internacionais, com graduandos
de outros países. Como em 2017 estaremos em fase inicial, decidimos por testar o trabalho remoto com alunos
brasileiros e de diferentes regiões do país. A partir desta experiência, serão mapeados problemas e boas práticas que
deverão ser revistos no semestre seguinte. Para facilitar a participação dos estudantes estrangeiros, faremos uma
prospecção de alunos internacionais que estão no país por intercâmbio universitário.
Os esquemas a seguir expressam a meta de projetos para os próximos dois anos:
1.2017
projeto 1 projeto 2
Participação: nacional esforço para registros e Participação: nacional esforço para registros e
2.2017
projeto 1 projeto 2
Participação: internacional alunos estrangeiros que Participação: internacional alunos estrangeiros que
1.2018
projeto 1 projeto 2
2.2018
projeto 1 projeto 2
Esse planejamento de crescimento foi pensado dessa maneira gradual por conta do crescimento de maturidade do
projeto. Por ser um trabalho feito em rede, achamos que os estudantes podem ter certa estranheza de início por
não estarem acostumados ao trabalho remoto. Uma grande referência que tivemos foi o livro “Vai Lá e Faz”, de
Tiago Mattos (2015). Um dos temas abordados é as organizações e suas diversas fases. A curva de Larry Greiner
— originalmente publicada no livro Evolution and Revolution as Organizations Grow, 1972 —, disponível a seguir,
demonstra as principais crises e desafios de se montar uma empresa. A FWD está na fase 1 e, por meio deste
planejamento estratégico, busca construir sua trajetória com uma visão de crescimento a partir de erros.
tempo ▶
Curva de Larry Greiner, originalmente publicada no livro Evolution and Revolution as Organizations Grow, 1972. Fonte:
Adaptado de Mattos, 2015
16
Processo seletivo
O projeto de extensão não terá um processo seletivo fixo com períodos definidos. Como os estudantes serão
de diversos lugares do país e até do mundo, seria inviável, neste primeiro momento, ter um processo seletivo
tradicional no qual as pessoas ingressam em um período específico do ano. Por isso, na fase inicial do projeto, alguns
alunos serão convidados a participar e, após tudo estabilizado, os estudantes interessados deverão entrar em contato
para iniciar a seleção.
Pode participar do processo seletivo qualquer estudante universitário matriculado regularmente em institu-
ições de ensino superior. Na área de gestão serão bem-vindos alunos de qualquer área de estudo. Já nos dois projetos
por semestre serão permitidos apenas estudantes da área de Comunicação, independentemente da habilitação.
A seleção será realizada em três ciclos. O primeiro será uma conversa online para entender a busca do
candidato(a), principalmente seus objetivos pessoais. Faremos uma breve apresentação do projeto de extensão,
explicando os objetivos e tirando possíveis dúvidas. A segunda etapa será uma conversa com o propósito de
aprofundar nosso entendimento na pessoa que quer fazer parte do projeto. O intuito é desenvolver um mapeamento
de perfil, identificando os conhecimentos e habilidades do(a) interessado(a). Já a última etapa consiste num desafio:
a ideia é que o candidato(a) identifique e demonstre as habilidades que ele(a) possui para impactar as pessoas em sua
volta, a partir de seus conhecimentos. O importante é que o estudante saia da zona de conforto.
ciclos do treinamento
A proposta é que seja um processo seletivo superficial no qual os graduandos entendam seu real objetivo e vejam o
processo de forma transparente. Queremos que o aluno se desenvolva e cresça já no momento de entrada na FWD,
por isso achamos tão importante que várias conversas sejam feitas no processo, sempre com um diálogo aberto.
Os critérios de escolha serão baseados nos valores do projeto e na combinação deles com o perfil do pos-
sível extensionista. A seguir está o guia de perfil dos estudantes que entram no projeto, e também os conhecimentos
e habilidades que eles podem desenvolver ao longo da experiência.
Perfil de quem entra no projeto Vontade de crescer e se aprofundar; que acreditam na comunicação como
transformação; que sejam flexíveis a mudanças; que tenham coragem de
agir e fazer; que sejam apaixonadas; que saibam lidar com erros; que não se
omitem; que se relacionem bem.
Conhecimentos de quem sai do projeto Comunicação social; design thinking; estratégias; problematização social; fa-
cilitação; prototipação; pesquisa; gestão.
Habilidades de quem sai do projeto Flexibilidade; protagonismo; empatia; confiança; articulação; escuta; colabo-
ração, atitude.
Um dos objetivos do projeto é o desenvolvimento e capacitação dos universitários. Para que isso aconteça de forma
organizada e orgânica, pensamos nos ciclos por que o extensionista passará dentro do projeto. O primeiro deles
consiste no período mínimo de jornada dentro da FWD, que envolve sua seleção e finalização de um primeiro
projeto ou gestão de alguma área. A finalidade é que este primeiro ciclo tenha até seis meses de duração, pois, em
análises comparativas com outros projetos universitários e em pesquisa de opinião com os estudantes da Faculdade
de Comunicação da UnB, percebemos um grande desejo de projetos de menor duração. Na experiência universitária,
são várias as possibilidades, e acreditamos que os estudantes devem se arriscar em diferentes tipos de projetos e
atividades. Nesses seis meses, esperamos que os alunos desenvolvam habilidades, conhecimentos e atitudes. Alguns
exemplos disso seriam a capacidade de articulação, problematização, empatia e alteridade, flexibilidade, confiança
nos processos do design thinking e, principalmente, protagonismo nas atividades em que se envolvem. A imagem a
seguir representa o que seria este primeiro ciclo.
jornada do
2 semanas
ciclo 1
2 semanas
treinamento
+/- 5 meses
entender
idealizar
fazer
Após o encerramento deste ciclo, as opções dos extensionistas são encerrar a participação ou seguir no projeto,
agora de uma nova forma. Para isso, é importante que haja incentivos e novas experiências a serem vivenciadas. Os
alunos de comunicação que participaram dos projetos podem, agora, facilitar o processo para os novos extensionis-
tas, além de colaborar no treinamento dos mesmos. Podem também migrar para a gestão da FWD, caso desejarem.
Já os estudantes de outras áreas que estavam na gestão podem continuar seus trabalhos, agora com uma lente mais
experiente. Ou atuar nos projetos de comunicação.
Um dos pontos mais essenciais em todo esse processo é a cultura de feedbacks. No caminho de aprendizagem e
realização das atividades em grupo, o retorno do que vem sendo feito tem grande valor para o crescimento individual.
Por isso, em diversos momentos haverá conversas para ouvir e dar opiniões, críticas e/ou elogios.
O segundo ciclo será vivenciado por aqueles que desejarem permanecer no projeto. Estes receberão mento-
ria de profissionais e pesquisadores de Comunicação do Brasil e do mundo, no intuito de receberem conhecimento
de fora da nossa rede e também para se aproximarem do mercado de trabalho ou pesquisa acadêmica.
jornada do
extensionista
ciclo 2
2 semanas
colaboração no treinamento
mentoria mentoria
+/- 5 meses
gestão projeto 1
facilitação
A mentoria mencionada no esquema veio da vivência de universidade, em que os alunos se aproximam de certos
professores e estes os ajudam com conselhos, orientações, possibilidades e oportunidades. O termo surgiu nos
Estados Unidos e hoje é bastante utilizado no Brasil. Queremos que os estudantes saiam da zona confortável de
faculdade e se conectem com referências externas que possam contribuir para o crescimento pessoal e profissional.
Treinamento
O treinamento será feito em um período de duas semanas e em plataformas digitais. Será uma grande imersão na
qual serão passados os valores e cultura da FWD, conhecimentos do design thinking, referências do que tem sido
feito e que possam inspirar nossos trabalhos e instrumentos de comunicação. Também acontecerão atividades que
desafiem os estudantes a saírem de suas zonas de conforto, a conhecerem a si mesmos, a vivenciarem experiências
para que não tenham medo de errar, e também a ouvirem feedbacks de colegas.
A proposta é que isso seja feito em um período curto de tempo, para que o extensionista mergulhe no pro-
jeto de extensão e entenda o funcionamento da FWD o mais rápido possível, facilitando assim sua integração. Nesta
etapa, a principal inspiração para o desenvolvimento foi a Kaospilot5, escola dinamarquesa de empreendedorismo,
criatividade e inovação social.
eixos do treinamento
Extensão Instrumentos
FWD Problemas Sociais Design Thinking
Universitária de Comunicação
Público-alvo
Levando em conta a internacionalização do projeto, o público será composto por graduandos em Comunicação,
comunicólogos e pesquisadores do Brasil e do mundo. Temos em vista também os stakeholders, podendo ser influ-
enciadores digitais, ONGs, órgãos governamentais ou empresas privadas que dialoguem ou estejam interessados na
temática da FWD.
Temáticas
Os projetos de comunicação elaborados pela FWD terão temáticas de enfrentamento aos problemas sociais. São várias
as possibilidades e, para exemplificar de que forma a comunicação pode ser trabalhada no viés social, elaboramos um
pequeno conjunto de cases que tiveram uma relevante repercussão neste ano.
5
Kaospilot, escola dinamarquesa de empreendedorismo, criatividade e inovação social. Site disponível em: <http://www.kaospilot.dk/>.
Acesso em: 16 de nov 2016.
20
0
▶ Fonte: http: // www.instagram.com / louise.delage
▶ Fonte: http: // www.semdesperdicio.org
21
03 : diagnóstico
O diagnóstico de comunicação será elaborado a partir de três metodologias. São elas: a análise de ambiente externo,
a análise SWOT e a análise de Benchmarking. O uso dessas técnicas permite compreender o cenário externo à orga-
nização, seus pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças, assim como obter informações a respeito de empresas
referências na área da Comunicação que atuem com a temática de problemas sociais.
A análise de ambiente externo está direcionada para o contexto brasileiro — não alcançando nesse primeiro mo-
mento o âmbito internacional —, pois a sede da FWD será no Brasil, e sua expansão ocorrerá a médio prazo.
Variáveis econômicas
Entre o final dos anos 1990 e o início de 2012, o preço das commodities6 no mercado internacional apresentou
grande crescimento. O Brasil, em 2011, bateu o recorde de arrecadação com exportações, atingindo o montante de
US$ 256 bilhões, 14% do Produto Interno Bruto (PIB)7. Nesse período, o país quadruplicou as exportações para a
China, especialmente de soja, café, minério de ferro e petróleo. Com os altos preços das commodities, o ex-presi-
dente Luiz Inácio Lula da Silva incentivou as exportações e promoveu a liberação de créditos dos bancos públicos,
tendo em vista o desenvolvimento econômico. 19,2 milhões de empregos foram criados e o salário mínimo subiu
72,31% de 2003 a 2014. Também foi possível expandir a distribuição de renda e consumo. Estima-se que mais de 40
milhões de brasileiros saíram da pobreza (GARCIA, 2016).
A crise internacional de 2008 gerou uma fraca demanda internacional. Embora o crescimento brasileiro
tenha sido desacelerado pelo pós-crise, uma nova classe média emergiu e passou a ter acesso a serviços, produtos,
bens e espaços antes ocupados majoritariamente pela classe alta. A redução da taxa básica de juros e de impostos de
2009 a 2010 fez com que muitos brasileiros realizassem o sonho de adquirir a casa própria, comprar carros, produ-
tos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, viajar etc.
Assim que terminou o mandato de Lula, em 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 7,5%, a maior desde
1986. O real estava valorizado perante o dólar. Em 2011, a moeda brasileira equivalia a US$ 0,65. Porém, a indústria
nacional não conseguiu acompanhar a expansão dos produtos importados da China (GARCIA, 2016). As vendas
de manufaturados8 naquele ano registraram déficit de US$ 92,46 milhões, ou seja, houve mais importação do que
As commodities tratam-se de mercadorias que possuem seus valores estabelecidos conforme as cotações do mercado internacional. Elas
6
podem ser de características agrícolas, minerais, financeiras e ambientais. Exemplo: soja, aço, créditos de carbono etc. Disponível em:
<http://mdemulher.abril.com.br/trabalho/maxima/o-que-sao-commodities>. Acesso em 24 out 2016.
O PIB é a soma do valor dos bens e serviços produzidos pelo país em um determinado período, na agricultura, indústria e serviços.
7
exportação. O país só teve um superávit desses produtos em 2006. Esse fator implica na diminuição de empregos,
pois acarreta na desindustrialização, afetando a produção local (MARTELLO, 2012).
O governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, diante do cenário desfavorável, decidiu subir a taxa de juros
para conter a inflação. Mas a desaceleração da economia chinesa resultou em uma queda no preço das commodities.
Foi necessário então implementar políticas anticíclicas9, de forma a reduzir os juros e impostos, desvalorizar o câm-
bio e expandir os gastos públicos.
A situação econômica tornou-se bastante crítica com o aumento da dívida pública, porque a elevação da taxa de ju-
ros impacta diretamente no pagamento da dívida, tornando-a mais cara. Assim, o país perdeu credibilidade perante
as três principais agências de classificação de risco do mundo: Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s.
As políticas anticíclicas fazem com que a economia gere efeitos compensatórios perante os desequilíbrios macroeconômicos. Disponível
9
O contexto piorou com a deflagração da Operação Lava-Jato, a maior investigação de lavagem de dinheiro e cor-
rupção do Brasil. O esquema, que desviou 6,2 bilhões de reais da empresa estatal Petrobras, logo repercutiu na mídia
internacional. Grandes empreiteiras pagavam propinas a diretores e funcionários em troca de contratos super-
faturados. Lobistas, doleiros e operadores eram responsáveis por repassar a propina políticos e funcionários. Três
principais partidos políticos se beneficiaram com o esquema: o PP, PT e o PMDB. A 35ª fase da operação ocorreu
no dia 26 de setembro de 201610.
Para sair da crise, o governo cortou gastos e liberou créditos suplementares por intermédio de decretos. Ou
seja, fez uso do dinheiro de bancos públicos e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com o objetivo
de cobrir as despesas do Tesouro Nacional. Após a reeleição de Dilma, esperava-se que o PIB atingisse crescimento
de 2,50% e que a meta fiscal possuísse saldo positivo. Entretanto, não foi o que aconteceu.
As universidades públicas tiveram 30% dos recursos de custeio retidos. O programa Jovens Talentos para
a Ciência perdeu 7.109 das bolsas previstas para 2015, projetos de extensão e programas de iniciação científica
também foram afetados. Na UnB, o corte prejudicou o pagamento de profissionais terceirizados, o andamento de
uma obra no Campus de Planaltina, serviços de jardinagem, falta de combustível para transporte de alunos, etc. A
reitoria da universidade chegou a ser ocupada por alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, partic-
ipantes dos programas de assistência estudantil. Os estudantes reclamavam do atraso no pagamento dos auxílios
permanência e moradia, pois o decreto presidencial n° 8.580/2015 bloqueou a execução de pagamentos e contin-
genciou recursos de diversas áreas.
Fonte: G1
10
Operação Lava Jato. Folha de São Paulo. Disponível em: <http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/>. Acesso em: 26
out 2016.
24
Neste ano, em matéria divulgada pelo Correio Braziliense, o reitor da UnB, Ivan Camargo, enfatizou que o
Ministério da Educação (MEC) deixou de repassar à instituição R$ 18,6 milhões de reais. De acordo com o reitor, a
quantia de R$ 1,7 bilhão por ano que o MEC fornece é insuficiente para gerir setores estratégicos. A universidade
possui 1,5 mil imóveis cotados em R$ 6 bilhões. Entre as soluções apresentadas pela reitoria está a venda desse
valioso patrimônio11.
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, informou a previsão de queda na inflação de 11% para 7% ainda
em 2016. A meta para 2017, segundo Goldfajn, é de 4,5%12. Já a taxa de juros no dia 25 de outubro caiu de 14,25%
para 14%.
Variáveis políticas
A atual crise política brasileira emergiu principalmente durante o governo da ex-presidenta, Dilma Rousseff. A
eleição presidencial de 2014 foi muito acirrada. O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB),
Aécio Neves, no 2º turno, obteve 48,36% dos votos, enquanto Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), atingiu
51,64%13. Os eleitores contrários à reeleição de Dilma recorreram às mídias sociais para pedir o pedir o impeach-
ment, foram às ruas protestar contra o governo e bateram panelas em suas residências.
Como a economia também estava em crise, para balancear as contas públicas foram adotadas algumas
medidas impopulares. Entre elas, destacam-se o contingenciamento e o corte de verbas no Ministério das Cidades,
Saúde e Educação.
Pedidos de afastamento de Dilma por crime de responsabilidade fiscal foram protocolados na Câmara dos
Deputados principalmente a partir de agosto de 2015. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que atualmente
está preso e é réu na Operação Lava-Jato, acolheu o pedido de impeachment em 2 de dezembro de 2015. Sem o
apoio do vice-presidente, Michel Temer do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e da maioria
dos deputados e senadores do Congresso Nacional, a ex-presidenta foi afastada no dia 12 de maio de 2016 e perdeu
o mandato no dia 31 de agosto de 2016.
Técnicos do Senado Federal realizaram uma perícia para averiguar se de fato Dilma executou as pedaladas
fiscais. Entretanto, o laudo não a responsabiliza pelos atrasos nos pagamentos. Quanto à execução de decretos orça-
mentários sem o aval do Congresso, o documento relata indícios da ação direta da ex-presidenta.
Os 54.501.118 de votos destinados à primeira mulher presidenta do Brasil em 2014 não foram levados em
consideração pelos deputados e senadores que apoiaram o afastamento de Dilma. A luta política travada em maio
na Câmara dos Deputados chegou a ser justificada pelo bem da família tradicional brasileira, Deus, e até mesmo
em memória do torturador reconhecido pela justiça na época da ditadura militar, coronel Ustra14. Milhares de pes-
Em entrevista, reitor diz que quer investir em áreas essenciais da UnB. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/
11
app/noticia/cidades/2016/02/28/interna_cidadesdf,519696/em-entrevista-reitor-diz-que-quer-investir-em-areas-essenciais-da-
unb.shtml>. Acesso em: 28 out 2016.
Juro cai mais rápido se houver queda mais forte da inflação, diz Ilan Goldfajn. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/
12
soas foram às ruas contra o golpe de Estado e em defesa da democracia. Nas mídias sociais a hashtag #ForaTemer
viralizou. O termo golpe foi bastante criticado pela mídia e aos favoráveis ao impeachment. Porém, dois dias após
o afastamento irrevogável de Dilma, senadores deliberaram a flexibilização de créditos suplementares sem a neces-
sidade de aprovação do Congresso Nacional.
Em resposta à recessão econômica do país, o presidente da República, Michel Temer, defende medidas amargas para
sair da crise. A Medida Provisória 726/201615 deu origem à Lei 13/341/201616, responsável pela criação, extinção e
incorporação de ministérios, secretarias, cargos etc.
Tramita no Senado Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, antiga PEC 241, que prevê o
teto de gastos públicos por 20 anos, em que as principais área afetadas serão a saúde, educação e assistência social.
A limitação de investimentos nessas áreas previstas na Constituição Federal pressupõe o desmonte das conquistas
sociais adquiridas nos últimos anos.
As pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente as classes C, D e E, serão as
mais prejudicadas, pois são as que mais necessitam dos sistemas públicos. A projeção desses fatos indica uma série
de aspectos desfavoráveis: inviabilidade de ampliação de novas matrículas em todos os níveis de ensino público, o
sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS), baixa qualificação, engessamento de políticas públicas, desaceleração
do progresso socioeconômico, falta de reajuste do salário mínimo entre outros aspectos.
Segundo o boletim emitido pelo consultor legislativo do Senado, Ronaldo Jorge Araujo Vieira Junior17,
assim como a nota técnica da Procuradoria-Geral da República, a PEC 55 é inconstitucional.
Outras alternativas para solucionar a dívida pública foram relatadas por diversos especialistas. De acordo
com o consultor legislativo e doutor em economia pela Université Paris I - Sobornne, Mário Theodoro, as medidas
seriam: o aumento da carga tributária aos segmentos e contribuintes de maior renda, a adoção de um novo marco
Medida Provisória nº 726, de 2016. Portal do Senado Federal. Disponível em: <http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/
15
regulador do sistema financeiro, a implementação do imposto sobre grandes fortunas e a reavaliação da isenção de
lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a seus sócios e acionistas.
Variáveis sociais
O Brasil apresenta grande concentração de renda. Esse fator por si só já compromete o desenvolvimento social do
país, a igualdade de oportunidades e o crescimento econômico. A má distribuição de riqueza ainda revela o racismo
estrutural e institucionalizado. Conforme os dados do gráfico abaixo, é possível identificar claramente a maior
porcentagem de rendimento familiar à população branca.
Dados do Imposto de Renda referente a 2015, divulgados pela Receita Federal, evidenciam que 74 mil brasileiros
concentram 24% da riqueza declarada. Esses contribuintes possuem renda acima de 160 salários mínimos, o que
corresponde a mais de R$ 140 mil reais18.
Nos últimos anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aferiu a queda no índice de Gini19. Isso se
deve também a investimentos na área de educação e implementação de programas de transferência de renda. Desde
2003, ano de lançamento do programa Bolsa Família, mais de 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza,
conforme enfatiza o Portal Brasil20.
Fonte: IBGE
Concentração de renda cresce e brasileiros mais ricos superam 74 mil. Portal G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/
18
Já o desemprego tem crescido de forma exponencial de 2014 até este semestre. O aumento de pessoas sem ocupação
profissional remunerada aumentou em todo o mundo. Só no Brasil já são mais de 1 milhões de desempregados.
Deve-se ter em conta as desigualdades de gênero e raça que permeiam o mercado de trabalho. Pois as mulheres,
os negros e as pessoas trans são afetadas diretamente pela falta de equidade. No geral, eles e elas recebem menos que os
homens cis brancos, possuem mais dificuldades de se inserir no mercado de trabalho e de ocupar cargos de liderança
nas organizações.
Se formos expandir essa linha de raciocínio para as questões de violência, o cenário se torna mais crítico. A
taxa de homicídio de negros cresceu 18% em dez anos, enquanto a mesma taxa para não negros caiu 15%, aponta o
Atlas da Violência de 2016, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)21. Ainda de acordo com
o Atlas, o Brasil bateu recorde no número de homicídios, foram registradas 59.627 vítimas em 2014.
Fonte: IBGE
O país é referência negativa no mundo quando o assunto é cidadania LGBT. Boa parte da sociedade brasileira por ser
muito religiosa e ter uma cultura machista e patriarcal, não consegue respeitar e aceitar as condições de orientação
sexual e identidade de gênero de outros indivíduos.
As vítimas de homofobia, lesbofobia e transfobia sofrem desde violência psicológica, discriminação, violência
física e, em casos mais trágicos, são mortas. Infelizmente a legislação não reconhece tais atos como crime de ódio.
O Grupo Gay da Bahia (GGB) informou que de janeiro a julho de 2016, 173 pessoas LGBT foram assassinadas22. A
organização não governamental Transgender Europe (TGEU) publicou uma pesquisa evidenciando o Brasil em 1º
lugar no ranking mundial de assassinatos contra travestis e transexuais, entre 2008 e 2014 ocorreram 604 mortes23.
Atlas da Violência 2016. IPEA e FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/
21
Em relação às mulheres cis, o direito igualitário de ir e vir e o respeito a elas não é tão assegurado. Se o espaço
privado já não é mais tão seguro, imagine ocupar os espaços públicos. Segundo o 9º Anuário Brasileiro de Segurança
Pública, 47.646 estupros foram registrados em 2014 no país, 6,7% a menos que em 2013, quando houve 51.090 casos.
Entretanto, o número de tentativas de atentado violento ao pudor em 2014 (5.042), aumentou em comparação
a 2013 (4.897)24. Já os dados do 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública relatam que 4.580 mulheres foram
agredidas até a morte em 201325.
Sancionar a Lei n° 13.104, mais conhecida por Lei do Feminicídio, foi uma das ações para combater os altos
índices de violência contra a mulher. Essa Lei agravou a pena de crimes de assassinatos contra as mulheres, fazendo
com que os crimes sejam considerados hediondos. O período de reclusão passou a ser de 12 a 30 anos para quem
cometer tais delitos. A legislação ainda prevê o acréscimo de um terço da pena quando o feminicídio é praticado
contra gestantes ou após os três primeiros meses de gestação, menores de 14 anos, senhoras acima de 60 anos,
pessoas portadoras de deficiência e se o assassinato for realizado na presença de familiares da vítima26.
Variáveis legais
O sistema tributário brasileiro é reconhecido no mundo por possuir a maior quantidade de taxas e impostos
diversificados. Um levantamento realizado pelo portal tributário listou 93 diferentes tributos em vigência27. As
normas, leis, regulamentos, decretos e outros textos ligados aos contribuintes são publicados com frequência no
Diário Oficial da União, dos estados e municípios.
9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Versão atualizada no dia 16 de outubro de 2015. Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
24
Fonte: IBPT
A alta carga de impostos municipais, estaduais e federais não apresenta equivalência aos retornos oferecidos ao
cidadão. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) avaliou 30 países com as mais elevadas cargas
tributárias. A pesquisa visa a medir a qualidade de vida por intermédio do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) utilizado pela Organização das Nações Unidas, considerando o recolhimento de impostos em relação ao
PIB. Verificou-se que o Brasil lidera em último lugar pelo quinto ano consecutivo. O país fica atrás de outras
nacionalidades da América Latina, como Argentina e Uruguai. O agravante portanto refere-se ao baixo retorno à
educação, saúde, segurança, saneamento básico e demais serviços (NETO, 2015).
Percebe-se um contraste ao identificar quais são as classes que mais pagam impostos. estudos do IBPT
destacam que 53,79% do total de impostos pagos são de contribuintes com renda de até três salários mínimos28.
Embora eles componham a maioria da população — 79,02% —, os impostos aplicados ao consumo, que representam
70% da arrecadação, são os mesmos para qualquer classe.
Fonte: IBPT e G1
Brasileiros com renda menor pagam 53% dos impostos no país, diz IBPT. Portal G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/
28
Variáveis tecnológicas
As reflexões sobre a evolução dos suportes midiáticos e as transformações culturais se tornaram gradativamente
recorrentes, pelo menos desde 1964 — quando McLuhan (2007) construiu as metáforas sobre os meios de
comunicação para explicar como a tecnologia modificava as relações sociais e o modo de os seres humanos atuarem
sobre o mundo.
Com a inserção e a expansão da internet, a sociedade passou a se relacionar de forma diferenciada,
influenciando a mudança de hábitos e comportamentos, no âmbito pessoal ou profissional. Vantagens competitivas
também foram identificadas nesse meio de comunicação pelas organizações, principalmente as privadas.
Em 2014, 54,9% dos lares brasileiros possuíam acesso à internet, segundo a Pesquisa Nacional Por Amostra
de Domicílios (Pnad), publicada pelo IBGE29. No que se refere a horas gastas na rede mundial de computadores, o
Brasil é o primeiro do ranking mundial. O país só fica em segundo lugar no quesito tempo gasto nas mídias sociais,
segundo os dados do estudo Digital in 2016, elaborado pela We Are Social30. Esse fato está relacionado com a
ampliação do acesso às conexões de banda larga usadas pelos brasileiros, pois
Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad). Acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal.
29
out 2016.
32
Brasília recebe WCIT Brasil 2016, maior congresso de tecnologia do mundo. Portal Correio Braziliense. Disponível em: <http://
31
www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/10/02/internas_economia,551444/brasilia-recebe-wcit-brasil-2016-
maior-congresso-de-tecnologia-do-mun.shtml>. Acesso em: 21 nov 2016.
33
A criação das universidades no Brasil a partir da década de 1930 impulsionou um grande avanço na ciência. Para que
se estabelecesse a produção científica e tecnológica, foi necessária a implementação das agências de fomento, como
o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs). O investimento em ciência
atualmente corresponde a 1,66% do PIB33.
Em 2014, 715 artigos de pesquisadores brasileiros publicados em uma lista de 68 periódicos de grande
impacto científico colocaram o país na liderança de publicações na América Latina e na 23º posição no ranking
global, revela o relatório da revista Nature Index 2015. As publicações correspondem às seguintes áreas: Química,
Ciências da Vida, Terra e Ambiente e Ciências Físicas34.
Variáveis culturais
A taxa de analfabetismo no Brasil atualmente é de 8,3%, o que representa mais de 13 milhões de analfabetos. Se
observarmos as dimensões territoriais brasileiras, assim como seu contingente populacional, é possível aproximar
a quantidade de pessoas sem alfabetização com a população da capital de São Paulo. De 2001 a 2014, houve uma
queda de 4,3 pontos percentuais desta taxa, devido à implementação e desenvolvimento de políticas públicas, como
os Programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ProJovem.
Fonte: IBGE
32
Wired Festival Brasil 2016 aposta no país como potência tecnológica. Portal O Globo. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/
sociedade/wired-festival-brasil-2016-aposta-no-pais-como-potencia-tecnologica-20495615>. Acesso em: 21 nov 2016.
33
Brasil precisa aumentar investimento em ciência, diz secretário na SBPC. Portal Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.
ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-07/sbpc-brasil-precisa-aumentar-investimento-em-ciencia-defende>. Acesso em 22
nov 2016.
Ranking da ‘Nature’ que mede impacto da ciência põe Brasil em 23º lugar. Portal G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-
34
A matéria publicada no portal Folha de São Paulo, em agosto deste ano, “Governo Temer suspende programa
nacional de combate ao analfabetismo”, traz uma série de relatos de gestores de diversos estados, a respeito do
bloqueio de novas matrículas, redução e interrupção das atividades nesse programa35. Ao analisarmos o gráfico
apresentado, percebemos que há mais pessoas alfabetizadas nas regiões Sul e Sudeste. Já nas imagens abaixo, é
possível concluir que as mulheres são mais escolarizadas do que os homens; o índice de pessoas com nível superior
ainda é baixo; boa parte da sociedade possui apenas o ensino fundamental incompleto.
Outras iniciativas do governo federal durante o governo do ex-presidente Lula, e da ex-presidenta Dilma
Rousseff, facilitaram o acesso, qualificação e a expansão de oportunidades educacionais. Entre elas, destacam-se
o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Programa de Financiamento Estudantil (FIES), o Programa de
Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e emprego (Pronatec). Cabe salientar a importância das ações afirmativas de cotas raciais e
sociais, além do ensino a distância.
Fonte: IBGE
Governo Temer suspende programa nacional de combate ao analfabetismo. Portal Folha de São Paulo. Disponível em: <http://
35
www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/08/1807683-governo-temer-suspende-programa-nacional-de-combate-ao-analfabetismo.
shtml>. Acesso em: 23 nov 2016.
35
O sistema educacional brasileiro é dividido em educação básica (faixa etária de 3 a 5 anos), ensino fundamental
(faixa etária de 6 a 14 anos), ensino médio (faixa etária de 15 a 17 anos), EJA (para maiores de 18 anos), ensino
técnico e ensino superior. Tramita no Congresso Nacional, a Medida Provisória nº 746, de 2016, mais conhecida
por MP da reforma do Ensino Médio.
Em consulta pública realizado pelo Senado Federal, a MP até o momento obteve 4.180 votos a favor e 71.867
votos contrários, reafirmando a rejeição da medida pela maioria dos votantes. Entre as pautas dos movimentos
sociais de ocupação das escolas pelos secundaristas, institutos federais e universidades em todos país está a crítica à
MP 746, cuja ementa retira a obrigatoriedade do ensino de artes, educação física, filosofia e sociologia. Após vários
protestos e ganhar visibilidade midiática, o Ministério da Educação voltou atrás e afirmou que tais disciplina serão
mantidas até a definição da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 aborda que o brasileiro passa mais tempo acessando a internet do que
assistindo à televisão. Os dados do estudo revelam que 95% da população vê TV, tornando-a o meio de comunicação
mais utilizado. O rádio ocupa a segunda posição. Independente da colocação no ranking dos hábitos de consumo
de mídia, os telespectadores e ouvintes buscam, prioritariamente, se informar e se entreter. O levantamento ainda
evidenciou que 18% dos respondentes assistem à TV enquanto navegam na Web. Quanto à frequência de leitura
de jornais, 76% dos entrevistados afirmaram não lê-los. A porcentagem aumentou quando comparada à carga de
leitura de revistas, pois 85% dos respondentes ressaltaram que não as lêem36.
A indústria de comunicação no Brasil faturou neste primeiro semestre de 2016 R$ 60.701.791 de reais, conforme a
pesquisa da Kantar Ibope Media37. A tevê disparadamente foi a mídia que recebeu mais investimento publicitário.
Se somarmos as porcentagens da TV aberta, assinatura e merchandising, obteremos o montante de 73,1% da verba
de anunciantes. Ao analisarmos a verba investida em relação à quantidade de meios de comunicação, detectamos a
concentração do faturamento em torno de uma mídia.
36
A Pesquisa Brasileira de Mídia é realizada anualmente a pedido da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Ressalta-se por ser o maior levantamento sobre os hábitos de informação dos brasileiros. Disponível em: <http://www.secom.gov.
br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.
pdf>. Acesso em 20 out 2016.
37
Investimento Publicitário Meios de Comunicação - Janeiro a Junho 2016. Disponível em: <https://www.kantaribopemedia.com/
meios-de-comunicacao-janeiro-%D0%B0-junho-2016/>. Acesso em: 24 nov 2016.
36
A Rede Globo detém maior fatia de audiência durante o horário nobre. A Record e o SBT apresentam audiência
similar. Já a Band e a Redetv possuem menor parcela de audiência no horário nobre.
Variáveis demográficas
Sabe-se que o território brasileiro é muito vasto: são 8.515.767,049 km². Entretanto, nem todos os estados possuem
uma isonomia no que se refere à distribuição dos cidadãos por km². A projeção populacional do Brasil no dia 22/11,
às 02:37:15, era de 206.728.079 cidadãos. Para calcular a densidade demográfica, divide-se o número de habitantes
pela extensão territorial. Aplicando esse cálculo, temos aproximadamente 24,27 pessoas por km². As regiões Sudeste,
Sul e Nordeste apresentam alta densidade populacional devido a um contexto histórico e econômico.
O Censo Demográfico de 2010 produzido pelo IBGE expõe um fluxo volumoso de emigrantes em Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul. Em contraposição, os estados de Goiás, São Paulo
e Santa Catarina apresentam acentuado movimento imigratório.
Fonte: IBGE
É perceptível a queda da taxa de natalidade. Essa projeção incide diretamente no envelhecimento da população,
haja vista que a cada ano o número de nascimentos reduz. Entre as justificativas para a redução, destacam-se maior
escolarização, inserção da mulher no mercado de trabalho, uso de contraceptivos, decisão pessoal da mulher ou
casal de não ter filhos, dedicação à carreira etc. A taxa de mortalidade, entretanto, conforme o gráfico abaixo seguirá
em crescimento, seja devido ao aumento recorde do número de homicídios, doenças cerebrovasculares, infarto,
pneumonia, diabetes, hipertensão entre outras causas.
A taxa de crescimento é determinada pela migração e o crescimento vegetativo (relação entre a taxa de
natalidade e mortalidade). O crescimento vegetativo é positivo quando a taxa de natalidade ultrapassa a taxa de
mortalidade. Com base no gráfico a seguir, identificamos que as taxas ao decorrer dos anos se aproximam, quase
próximas a uma equivalência. Por isso, a taxa de crescimento apresenta exibe diminuição.
37
Levando-se em consideração os gráficos abaixo, constata-se que a diferença entre número de pessoas do sexo
feminino e masculino é baixa, ainda que seja comprovado que há mais mulheres do que homens no país. A faixa
etária com maior proporção de cidadãos varia de 10 a 34 anos, e estado civil solteiro (a) refere-se a mais da metade
da população brasileira.
Variáveis ecológicas
Escolas, templos religiosos, bares, restaurantes e construções civis fazem parte de espaços com propensão à poluição
sonora. No dia a dia, o próprio barulho das ruas por conta do transporte público e carros já incomoda os moradores.
É preciso ficar atento (a) para não ser penalizado pelo Artigo 42 referente à Lei das Contravenções Penais e pela Lei
do Silêncio. As penalidades podem variar entre multas, advertências, prisão, cassação de alvará de funcionamento,
e interdições parciais ou totais das atividades.
Os sons indesejáveis podem causar distúrbios no sono, danos à audição, estresse, prejuízos psicológicos,
problemas cardiovasculares etc. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), um som saudável deve atingir 50 decibéis38.
A poluição do ar no Brasil gera 14 mortes para cada 100 mil habitantes. Por mais que o país seja considerado
emergente, o seu desempenho negativo é menor do que os casos na China, Rússia, Índia e África do Sul. Tais
resultados foram alcançados graças à matriz energética renovável, ao Programa Nacional de Controle de Emissões de
Gases por Veículos (Proconve), e a políticas que contiveram a emissão e proporcionaram investimento em transporte
alternativo. Os motivos que agravam o desempenho brasileiro são as queimadas no campo e as emissões poluentes de
veículos. Nesse sentido, algumas doenças tornam-se provenientes da toxicidade do ar, entre elas o acidente vascular
cerebral, a isquemia cardiovascular, o câncer de pulmão, pneumonia e hipertensão. (WENTZEL, 2016).
O Brasil detém a maior reserva de água doce do mundo, mas sofre com a crise hídrica em certas regiões.
Antes de qualquer consideração, deve-se evidenciar a má distribuição de água. Nota-se que o Aquífero Guarani está
localizado entre quatro países, e mesmo assim, apresenta 840 mil km² em solo brasileiro. Porém, o maior recurso
hídrico do país encontra-se na Amazônia. Estima-se que o Sistema Aquífero Grande Amazônia contemple 150
quatrilhões de litros de água e 162.520 km³, sendo a maior reserva do planeta39.
Os casos mais comuns de poluição dos rios, lagos e mares referem-se à ausência de tratamento de esgoto,
vazamentos líquidos industriais e desmatamento. Os poluentes, quando contaminam a água, podem produzir
doenças, desequilíbrio no ecossistema, morte de organismos, câncer, entre outros.
Em 2015, o país vivenciou o maior desastre mundial contendo barragens nos últimos cem anos. O rompimento
das barragens da mineradora Samarco, em Mariana, causou inúmeros danos à população e à natureza. Milhões
de rejeitos foram lançados no Rio Doce e no mar do Espírito Santo. O acidente ambiental causou a morte de duas
toneladas de peixes e de 19 pessoas, além de destruir casas e propriedades rurais.
O IBAMA e os órgãos estaduais ligados ao meio ambiente são responsáveis por fiscalizar e conceder licença
ambiental. A Lei de Crimes Ambientais classifica seis tipos de crimes: crimes contra a fauna, crimes contra a flora,
poluição e outros crimes ambientais, crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultura e crimes contra
a administração ambiental. De acordo com a Lei 6.766/1979, conhecida por Lei do Parcelamento do Solo Urbano,
definem-se regras para loteamentos urbanos, impedidos em áreas de preservação ecológicas, em que a poluição
representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
Por fim, mas não menos importante de ser debatida, chegamos à poluição visual. Ela está presente em
avenidas, painéis digitais, ruas, postes, árvores, outdoors e demais espaços. O lugar não difere muito, mas a
quantidade de informação recebida cansa o leitor, tira a sua atenção, suja as cidades, prejudica a sinalização do
trânsito etc.
Como funciona a Lei do Silêncio em condomínios? Portal Tribuna da Bahia. Disponível em: <http://www.tribunadabahia.com.
38
br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/03/21/maior-aquifero-do-mundo-fica-no-brasil-e-abasteceria-o-planeta-por-250-anos.htm>.
Acesso em: 24 nov 2016.
39
Em São Paulo, há a Lei Cidade Limpa, iniciativa para retirar a poluição visual, principalmente de cunho político.
A Lei estabelece multa de R$ 10.000 em caso de descumprimento. Órgãos municipais de outros estados também
realizam ações para a retirada de materiais de propaganda.
Pontos Fortes
trabalho remoto: Neste tipo de organização de trabalho, a equipe trabalha via conversas online e produções —
individuais e coletivas — que podem acontecer independente de onde esteja. Desta maneira, um grupo pode gerar
impacto mesmo à distância.
impacto social: A FWD quer deixar um legado para a sociedade. Acreditamos que, enquanto jovens universitários,
temos de ter um olhar crítico em relação à sociedade em que vivemos. E, além disso, ter atitude para mudar algo,
por menor que seja. Vemos que, hoje, poucas organizações pensam na sociedade. E nós queremos fazer diferente.
novas formas de gestão: Entendemos que os atuais modelos de empresas estão sendo criticados a cada dia. Abusos
sob funcionários, excesso de horas trabalhadas, inflexibilidade, estresse e assédios são casos recorrentes. A FWD
busca trabalhar de maneira que respeite e dê autonomia para os alunos, no intuito de construir novas formas e
modelos de gestão. Para nós, esse fato é um grande valor, pois os estudantes entrarão no mercado ou pós-graduação
e poderão contribuir com mudanças por já estarem habituados às novas possibilidades.
espaço físico: O projeto acontecerá em rede, em diversas localidades, mas, por ser implementado na UnB, a cidade
de Brasília será uma sede. Uma das possibilidades de estrutura é a Sala de Extensão da Faculdade de Comunicação.
O local possui acesso à internet, mobília de escritório, quadros brancos, estrutura de frigobar e microondas.
40
grau de conhecimento: Estudantes com ensino superior incompleto, mas em processo de graduação, independente
do semestre. Assim como pesquisadores e comunicólogos.
Pontos Fracos
recursos: A proposta de ação FWD iniciará suas atividades sem recurso financeiro algum.
burocracias: Como a FWD será registrada como um projeto de extensão da Universidade de Brasília, várias
burocracias irão surgir desde o início. Documentações, registros, editais e outros tipos de formalidades serão
essenciais para a sua execução. Isso talvez possa ser um fator desmotivante para os estudantes por se tratar de um
sistema demorado e de difícil entendimento.
projeto em construção: A FWD ainda precisará se posicionar para alcançar a credibilidade e confiança dos
estudantes, parceiros, pesquisadores e mentores.
idiomas: Levando em consideração as competências que geram fluência em uma língua estrangeira, compreende-se
que nem todos os membros possuirão o mesmo nível de proficiência, seja em língua espanhola, francesa, inglesa
ou portuguesa.
distância dos participantes: São diversos benefícios, mas a distância também pode acarretar alguns problemas
internos. Será um desafio e sabemos que essa condição pode trazer dificuldades de contato, concentração,
comunicação e presença ativa dos membros.
Oportunidades
tecnologia: Os avanços das tecnologias podem trazer grandes e novas possibilidades. Ferramentas como realidade
aumentada e realidade virtual, por exemplo, têm o potencial de ajudar não só no dia a dia do trabalho remoto, mas
também na concepção de ideias e produtos de comunicação.
eventos: O conhecimento científico produzido na FWD poderá ser compartilhado com outras pessoas por meio
da participação e apresentação de artigos, pôsteres e banners. Nos eventos institucionais, os membros terão a
oportunidade de se capacitar e fazer networking.
investimentos: Espera-se o apoio e a obtenção de recursos como formas de financiamento, principalmente das
iniciativas públicas, a exemplo da própria Universidade de Brasília e do Ministério da Educação por meio do
Programa de Extensão Universitária (ProExt). Não serão descartados investimentos de entidades privadas.
parcerias: Por ser um trabalho feito em rede e com uma grande oportunidade de conexões externas à universidade,
as parcerias serão de grande proveito para o projeto e seus membros. Essas conexões podem ajudar de diversas
maneiras, como apoio financeiro, apoio tecnológico, apoio acadêmico, entre outros.
premiações / concursos: Outra oportunidade que estará presente nos trabalhos da FWD serão prêmios e concursos.
Nos projetos, serão feitos diversos produtos de comunicação — além de pesquisa —, que podem ser submetidos a
41
diferentes organizações científicas ou privadas que valorizem ações de enfrentamento a problemas sociais. Essas
conquistas podem gerar reconhecimento e até recursos.
acesso à internet no brasil O acesso à rede mundial de computadores está em expansão, chegando a novos
lugares e disponível em uma variedade de aparelhos, seja smartphone, TV, tablet etc.
tempo de acesso à internet e redes sociais: A população brasileira é a que passa mais tempo na internet. No
quesito redes sociais, o país ocupa o segundo lugar. Com esse dado, percebe-se uma cultura online presente na
rotina dos brasileiros que contribui para o trabalho realizado à distância.
produção científica: Possibilidade de pesquisar o design thinking aplicado à resolução de problemas sociais.
Ameaças
fuso horário: Por ter alunos de diversas regiões do mundo no projeto, os horários poderão ser um empecilho para
a realização de reuniões virtuais.
crise política e econômica: Como dito na análise de cenário externo, o Brasil está em um momento delicado de
instabilidade política e econômica. Isso pode ser bastante prejudicial ao projeto pois a universidade, nossa base e
financiadora, é responsabilidade do Estado.
pec 55: Caso aprovada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, antiga PEC 241, será prejudicial à educação
do país, à Universidade de Brasília e, consequentemente, à FWD.
má conexão de banda larga no brasil: Como o trabalho será remoto, dependemos da rede de conexão da internet
para se comunicar e trabalhar. Uma das principais ferramentas de trabalho à distância é a conversa por vídeo, que
demanda uma ótima conexão de internet para seu bom funcionamento.
corte de bolsas do pibex e recursos do proext: Estas são as principais iniciativas financeiras no âmbito do
Decanato de Extensão da UnB. Tais recursos são importantes para a continuidade e desenvolvimento das ações,
projetos e programas de extensão.
A análise de benchmarking será utilizada para mapear as iniciativas que possuem alguma ligação com o projeto,
seja em seu propósito, modo de operação ou em sua comunicação. A intenção aqui é que tenhamos referências do
cenário exterior que possam ajudar na elaboração do planejamento de comunicação.
A Shoot the Shit é um estúdio criativo de comunicação situado em Porto Alegre e focado em projetos que geram
impacto social positivo. A empresa trabalha com a idealização de iniciativas criativas para comunicar causas de
organizações, mobilizar pessoas para ação e deixar um legado positivo para a cidade. Fundada em 2010, hoje possui
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A Social Good Brasil (SGB) possui a missão de disseminar e incentivar a utilização de novas tecnologias e mídias
sociais para enfrentar os grandes problemas mundiais. Na fanpage do Facebook, a SGB afirma ser uma Organização
Não Governamental (ONG). Seus programas são: Festival SGB, Plataforma, Documentários, Agente SGB, SGB
LAB, SGB Camp e SGB Pocket. O foco dessas iniciativas é a inspiração, protagonismo e o empreendedorismo
de impacto. O portfólio de projetos atendidos pela SGB é bem extenso. Doses de Alegria e Onde Fui Roubado
compõem os cases de sucesso.
Em relação aos parceiros, a organização conta com o apoio da Fundação Telefonica / Vivo, Instituto C&A,
PNUD, Red Bull, Ink, Inter-American Foundation, United Nations Foundation, +SocialGood, RICTV Record,
Acontecendo aqui, Grupo RBS, Planeta Sustentável e Editora Abril.
Antenada às mídias sociais, a ONG possui site, conta no Facebook, Google Plus, Pinterest, Slideshare, Twitter,
Youtube, Instagram, Snapchat e Scoop.it. A fanpage possui o maior número de fãs, com 115.558 curtidas. O
Twitter contém 4.476 seguidores. Já o Youtube dispõe de 1.805 inscritos. O conteúdo divulgado aborda as ações dos
projetos, eventos e resultados obtidos. A linguagem tenta passar seriedade ao público, sem um tom descontraído e
com emojis. As publicações não estão alinhadas à identidade visual da marca.
03:4_ avaliações
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 representa uma ameaça à educação pública do país. Ao limitar os
investimentos em educação nos próximos 20 anos, a PEC impede o aumento de recursos nesta área. Isso implica
dizer que independentemente do crescimento do número de projetos ou programa de extensão, certamente, haverá
menor inserção de verbas para obter financiamento de iniciativas como o ProExt e PIBEX.
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Sabe-se que a conexão e o acesso à internet ainda são limitados. Nem todas as regiões do território brasileiro pos-
suem acesso à rede mundial de computadores, tampouco uma boa conexão de banda larga. É importante destacar
também as exclusões digitais presentes no Brasil, principalmente, pela renda, educação e desigualdade de gênero.
As tecnologias de informação e comunicação estão sendo aperfeiçoadas cotidianamente. Além disso, mui-
tas ferramentas são gratuitas e estão à disposição da população. Para a execução das atividades da FWD, é possível
inferir que existem plataformas e redes sociais suficientes para garantir o trabalho em equipe, haja vista a proposta
de atuação em rede.
Como visto na apresentação e análises de cenários, são vários os problemas sociais que ocorrem no Brasil
e no mundo. Dados de relatórios da ONU comprovam os diferentes níveis de desigualdade social no planeta, e este
ambiente mostra-se sedento por projetos que visem solucionar e viabilizar novas perspectivas de desenvolvimento.
Visualiza-se, também, um importante papel da comunicação para dar voz e alertar a sociedade para estes aconteci-
mentos que, muitas vezes, passam despercebidos.
Um dos principais objetivos da FWD é promover conexões, gerando parcerias. Por estar em sua fase
inicial de implementação, vive uma ótima oportunidade de se relacionar com novos públicos que possam oferecer
conhecimento e experiências na gestão do projeto. Nessa fase, é fundamental que as conexões sejam vistas como
prioridade no caminho a ser percorrido para a evolução da FWD
Uma outra definição fundamental para entendimento da comunicação organizacional é a apresentação feita pela
professora Margarida Kunsch de modo a integrar a comunicação da organização. Segundo a autora, a área é en-
tendida pelas suas diferentes modalidades: a comunicação interna, a comunicação administrativa, a comunicação
institucional e a comunicação mercadológica, que estruturam o mix, composto da comunicação organizacional.
A comunicação interna pode ser visualizada como os processos de comunicação que ocorrem dentro da or-
ganização. Os relacionamentos, as trocas e as interações contribuem para os fluxos de informação e conhecimento
que ocorrem no âmbito interno. Segundo Torquato (2002, p. 38), o propósito da comunicação interna é:
A comunicação administrativa refere-se à toda comunicação oficial da instituição. Comunicados como normas,
ofícios, editais, instruções e resultados de campanhas são exemplos utilizados pela comunicação administrativa.
Pensando no seu conceito, Torquato (2002, p. 39) define a área como aquela que
Já a comunicação mercadológica é centrada em fortalecer a imagem da marca e gerar visibilidade aos produtos e
serviços, com o objetivo de experimentação e vendas. Por fim, a comunicação institucional propõe-se a projetar
a imagem pública da organização, principalmente com a ajuda instrumental das relações públicas e entendimento
profundo a respeito dos atributos da instituição. Ela visa construir, formatar e conquistar uma imagem e identidade
forte, positiva, simpática e confiante, com o intuito de relacionar-se politicamente e socialmente.
Os desafios contemporâneos pressupõem um posicionamento diferenciado das organizações perante a so-
ciedade. Lidar com as influências externas é algo condicionante à vitalidade delas. Outra questão de sobrevivência
refere-se ao mapeamento e atendimento das necessidades do público interno e externo. Também não deve-se deix-
ar de lado a importância de se transmitir e, ao mesmo tempo, internalizar a missão, a visão e os valores da própria
para esses nichos específicos. Essas ações passam a tomar forma quando cria-se o planejamento e gestão estratégicos
da comunicação organizacional (KUNSCH, 2003).
Partindo do pressuposto de que a comunicação organizacional ocupa um lugar estratégico e é primordial o
reconhecimento do seu papel e importância pela alta administração, este plano estabelece grandes diretrizes, orien-
tações e estratégias que asseguram a realização da comunicação integrada. De forma alguma deve-se confundir este
instrumento com um plano de marketing, plano de campanha ou apenas um plano de comunicação. Nenhum dos
produtos mencionados abarca a especificidade deste documento.
A primeira etapa do planejamento estratégico da comunicação organizacional será a definição da missão, visão e
valores específicos da comunicação. Uma pergunta que deve ser esclarecida e que facilita o processamento destes
itens é “como a comunicação poderá ajudar a organização a desempenhar seu papel, sua razão de ser na sociedade?”.
Essas decisões serão fundamentais para projetar a área de comunicação na gestão do projeto. A segunda etapa é
definir as filosofias e políticas de comunicação de modo a representar os modos de agir e pensar da organização.
Além disso, a filosofia da comunicação organizacional integrada ajudará a guiar as ações de comunicação.
A etapa central deste momento é a definição dos objetivos, metas e estratégicas das ações. Nesta fase é
pensado o que deve ser alcançado em cada área da Comunicação Organizacional e as estratégias são formuladas para
que essa comunicação dialogue de forma eficiente.
Por último, deve ser montado um orçamento geral no qual serão delimitados todos os custos para elaboração
do planejamento.
missão: Dialogar e conscientizar os públicos-alvo, stakeholders e a sociedade, ressaltando o porquê da existência da FWD.
visão: Ser reconhecida pela clareza e cumprimento do objetivo Geral e específicos em comunicação.
valores: Comunicação humana, transparente, dialógica, concisa e alternativa.
Definir uma política de comunicação é criar um compromisso com todos os públicos, inclusive o público-interno.
Os princípios e valores precisam ser internalizados por todos. Como a sociedade aos poucos vai se adaptando às
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mudanças, o mesmo acontece no modelo organizacional. E em relação às políticas de comunicação, essas mudanças
devem ser incorporadas mais rapidamente (BUENO, 2009). Sendo assim, a FWD defende a equidade de gênero e
raça, o respeito à diversidade de orientação sexual, a responsabilidade social e a sustentabilidade.
Comunicação mercadológica
estratégia ações
Comunicação institucional
estratégia ações
Instruir o público interno a como Estruturar um mailing com o contato de veículos de comunicação e
gerar visibilidade às ações do jornalistas;
projeto na mídia Escrever e enviar releases sobre a inauguração, projetos em
desenvolvimento e recebimento de prêmios;
Elaborar um manual de relacionamento com a mídia;
Criar um manual para profissionais da comunicação sobre como falar de
problemas sociais;
Capacitar a equipe através de media training;
Planejar ações e/ou atividades de impacto positivo que gerem notícias
espontâneas para o projeto.
Informar o público interno a Formatar e enviar uma newsletter mensal com fins internos;
respeito de notícias institucionais e Desenvolver clipping de notícias semanalmente;
do mundo
estratégia ações
Nesta etapa serão pensadas as datas de cada ação e os valores para produção das estratégias. Uma tabela com todas
as ações propostas e seus respectivos valores está a seguir, nas próximas páginas.
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Comunicação mercadológica
objetivo: Posicionar a marca
Comunicação mercadológica
objetivo: Posicionar a marca
Comunicação mercadológica
objetivo: Posicionar a marca
Comunicação institucional
objetivo: Consolidar a imagem e identidade
estratégia: Instruir o público interno a como gerar visibilidade às ações do projeto na mídia
Estruturar um mailing com o contato de veículos de comunicação e jornalistas 1/2017 a 2/2017 R$ 0,00
Escrever e enviar releases sobre a inauguração, projetos em 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
desenvolvimento e recebimento de prêmios
Elaborar um manual de relacionamento com a mídia 2/2017 R$ 0,00
Criar um manual para profissionais da comunicação sobre como falar de 1/2018 R$ 0,00
problemas sociais
Capacitar a equipe através de media training 2/2017 R$ 0,00
Comunicação institucional
objetivo: Consolidar a imagem e identidade
Formatar e enviar uma newsletter mensal com fins internos 1/2017 a 2/2017 R$ 0,00
Desenvolver clipping de notícias semanalmente 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
Comunicação institucional
objetivo: Consolidar a imagem e identidade
0
Mapear processos de comunicação 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
Gerir a folha de frequência dos extensionistas vinculados à UnB 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
Recolher o relatório parcial e final do coordenador de extensão 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
Receber o relatório de estudante extensionista da UnB 2/2017 e 2/2018 R$ 0,00
Recolher a ficha de inscrição e o termo de compromisso do extensionista 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
da UnB
Inscrever propostas de bolsas do PIBEX (Programa Institucional de Bolsa 1/2017 e 1/2018 R$ 0,00
de Extensão)
Inscrever proposta para o edital do PROEXT (Programa de Extensão 1/2017 e 1/2018 R$ 0,00
Universitária)
Mapear editais de financiamento e capacitação de organizações privadas, 1/2017 a 2/2018 R$ 0,00
públicas e ONGs em prol do enfrentamento de problemas sociais
06 : considerações finais
Este planejamento de comunicação organizacional integrada buscou pensar a comunicação da FWD de maneira
estratégica para seus primeiros anos. O projeto estará em momento de consolidação e, por isso, é importante frisar
que mudanças podem ocorrer ao longo do caminho.
A cultura de feedbacks, o aprendizado com o erro e o desenvolvimento constante propicia uma organização
preparada para mudanças e inovações de forma fluida. Esperamos que este plano ajude na construção do projeto e
se adapte a todas as pequenas e grandes mudanças que surgirão
07 : referências bibliográficas
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Brasília (DF), dezembro de 2016
Faculdade de Comunicação
Universidade de Brasília