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FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA

Curso de Biomedicina
Disciplina de Fisiologia

Fisiologia Respiratória

Profª Stephanie Rubianne Silva Carvalhal


Graduação Biomédica (FPP)
Mestrado PPG - Fisiologia (UFPR)
Doutorado PPG – Fisiologia (UFPR)
Funções Básicas:
■ Suprir o organismo com oxigênio (02) e remover o produto gasoso do
metabolismo celular, isto é, o gás carbônico (C02);
■ Auxiliam também na manutenção do pH plasmático dentro da faixa
fisiológica, regulando a eliminação de ácido carbônico (sob a forma
de CO2);
■ Filtrar eventuais êmbolos trazidos pela circulação venosa, evitando,
que provoquem obstrução da rede vascular arterial de outros órgãos
vitais ao organismo;
■ Defesa contra agentes agressores;
■ Fonação
Organização Morfofuncional
Sistema respiratório de mamíferos é compreendido pela:

■ zona de transporte gasoso: vias aéreas superiores e árvore traqueobrônquica,


encarregadas de acondicionar e conduzir o ar até a intimidade dos pulmões

■ zona respiratória: onde efetivamente se realizam as trocas gasosas

■ zona de transição: interposta entre as duas primeiras, onde começam a ocorrer


trocas gasosas, porém a níveis não-significativos.
Zona de Transporte: Vias Aéreas Superiores
■ Nas vias aéreas superiores: ar é filtrado,
umidificado e aquecido até entrar em equilíbrio
com a temperatura corporal;
■ Nessa região também são filtradas as partículas
de maior tamanho em suspensão no ar.
■ As vias aéreas superiores atuam, por
conseguinte, acondicionando o ar, protegendo
do ressecamento, do desequilíbrio térmico e da
agressão por partículas poluentes de grande
tamanho as regiões mais internas do sistema.
Zona de Transporte: Árvore Brônquica
■ Se estende da traquéia até os bronquíolos
terminais.
■ Traquéia: bifurca assimetricamente, com
brônquio fonte direito
■ com menor ângulo com a traquéia em relação
ao esquerdo.
■ A partir da traquéia, a árvore
traqueobrônquica se divide progressivamente,
em geral por dicotomia, podendo ocorrer
trifurcação a partir da sexta geração de vias
aéreas.
Zona de Transporte: Árvore Brônquica
Zonas de Transição e Respiratória

■ Zona de transição: se inicia no nível do bronquíolo, caracterizado pelo


desaparecimento das células ciliadas do epitélio bronquiolar.

■ Bronquíolos também se diferenciam por apresentarem espaçadamente, sacos


alveolares e também por se comunicarem diretamente com os alvéolos por
meio de pequenos poros em suas paredes, denominados canais de Lambert.

■ A partir do último ramo do bronquíolo surgem os ductos alveolares, que, por sua
vez, terminam em um conjunto de alvéolos, os sacos alveolares.
Zonas de Transição e Respiratória
■ A zona respiratória é constituída pelos ductos, sacos alveolares e alvéolos.
■ A unidade alvéolo-capilar é o principal sítio de trocas gasosas a nível pulmonar,
sendo composta pelo alvéolo, septo alveolar e pela rede capilar.
■ Alvéolos: são pequenas dilatações revestidas por uma camada de células, a
maioria pavimentosas, com diâmetro de aproximadamente 250 um.
■ A superfície alveolar é constituída por três tipos de células:
Pneumócito tipo I (célula alveolar escamosa) → é a célula mais freqüente,
apresenta pouca organela citoplasmática, recobre a maior parte da superfície
alveolar e não consegue se regenerar;
Pneumócito tipo II (célula alveolar granular)→ é esférica e apresenta muitos
microvilos em sua superfície. Essa célula contém muitas organelas celulares com
grânulos osmofílicos (corpúsculos lamelares), que armazenam e secretam
surfactante.
Zonas de Transição e Respiratória

Pneumócito tipo II tem a capacidade de se regenerar e se transformar em


pneumócito tipo I quando ele é lesado;
Macrófagos alveolares → constituem uma pequena percentagem de células
alveolares. Os macrófagos têm função de fagocitar corpos estranhos, partículas
poluentes e bactérias.
Inervação

■ A inervação do sistema
respiratório é basicamente
autônoma.
■ Não existe inervação motora ou
sensitiva para dor, quer nas vias
aéreas, quer no parênquima
pulmonar.
■ O local onde existe inervação
sensitiva dolorosa é a pleura.

■ Funcionamento da pleura (ex.


saco)
Movimentos Respiratórios
■ A renovação constante do gás alveolar é assegurada pelos movimentos do tórax.

■ Contração dos músculos respiratórios: depende de impulsos nervosos


originados dos centros respiratórios (localizados no tronco cerebral)

■ O automatismo do centro respiratório mantém o ritmo normal da respiração,


que pode ser modificado por estímulos de outros locais do sistema nervoso,
bem como por alterações químicas no sangue e/ou no líquido cefalorraquidiano.

■ Portanto, os movimentos respiratórios estão, até certo ponto, sob o


controlevolitivo, embora normalmente se processem de forma automática,sem a
participação consciente do indivíduo.
Movimentos Respiratórios
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
■ Músculos esqueléticos estriados → maior resistência à fadiga, fluxo sanguíneo
elevado, maior capacidade oxidativa e densidade capilar.

INSPIRAÇÃO
DIAFRAGMA
■ músculo inspiratório mais importante
■ Divide-se em hemidiafragma direito e esquerdo
■ Contração: o conteúdo abdominal é forçado para baixo e para frente (aumento
do diâmetro). As margens das costelas são levantadas para cima e para fora,
ocasionando o incremento do diâmetro ântero-posterior torácico.
Respiração de repouso: o nível
do diafragma se move cerca de
1 cm.

Inspiração e expiração
forçadas: a excursão total pode
ser maior que 10 cm.
Movimentos Respiratórios
INSPIRAÇÃO
MÚSCULOS INTERCOSTAIS
■ A ação mecânica desses músculos, apesar de extensamente debatida, persiste
controversa.
■ Estudos constataram: músculos superficial externo era inspiratório, já que
elevava a costela na qual ele estava inserido (inspiratório), enquanto o
intercostal interno abaixaria a costela (expiratório).

EXPIRAÇÃO
■ Durante a respiração basal, a expiração é comumente passiva.
■ A contração ativa dos músculos inspiratórios leva à distensão dos tecidos
elásticos dos pulmões e da parede torácica, com conseqüente armazenamento
de energia potencial nesses tecidos.
Volumes e Capacidades Pulmonares
■ Os volumes pulmonares são convencionalmente divididos em quatro volumes
primários e quatro capacidades.
Volumes e Capacidades Pulmonares
■ VOLUME CORRENTE: É a quantidade de ar inspirada ou expirada
espontaneamente em cada ciclo respiratório. No repouso o volume corrente
humano oscila entre 350 e 500 mI.

■ VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO: É o volume máximo que pode ser


inspirado voluntariamente a partir do final de uma inspiração espontânea.

■ VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO: É o volume máximo que pode ser expirado


voluntariamente a partir do final de uma expiração espontânea.

■ VOLUME RESIDUAL: É o volume de gás que permanece no interior dos pulmões


após a expiração máxima.
Volumes e Capacidades Pulmonares
■ CAPACIDADE VITAL: É a quantidade de gás mobilizada entre uma inspiração e
uma expiração máximas (soma de três volumes primários : corrente, de reserva
inspiratório e de reserva expiratório)
■ CAPACIDADE INSPIRATÓRIA: É o volume máximo inspirado a partir do final de
uma expiração espontânea (soma dos volumes corrente e de reserva
inspiratório)
■ CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL: É a quantidade de gás contida nos pulmões
no final de uma expiração espontânea (soma dos volumes de reserva expiratório
e residual)
■ CAPACIDADE PULMONAR TOTAL: É a quantidade de gás contida nos pulmões ao
final de uma inspiração máxima e equivale à adição dos quatro volumes
primários.
Os volumes e capacidades pulmonares variam em função de vários fatores, tais
como: sexo, idade, superfície corporal, atividade física, postura.
Espirometria
Os movimentos fásicos de entrada e saída de gás dos pulmões constituem a
ventilação.
Mecânica Respiratória
Respiração → processo cíclico → trabalho mecânico (músculos respiratórios)

A pressão motriz do sistema respiratório, que em condições normais é aquela


gerada pela contração muscular durante a inspiração, precisa vencer forças
elásticas e resistivas para conseguir encher os pulmões.

■ Mecanicamente, o sistema respiratório é formado por dois componentes: o


pulmão e a parede torácica.

■ Parede torácica: todas as estruturas que se movem durante o ciclo respiratório


(exceção do pulmão).
Mecânica Respiratória

■ Os pulmões são separados da parede torácica pelo espaço pleural.

■ Cada pulmão tem acolada a si a pleura visceral, que ao nível dos hilos
pulmonares se reflete, recobrindo o mediastino, o diafragma e a face interna da
caixa torácica (pleura parietal).

■ Dentro dessa cavidade virtual há alguns mililitros de líquido, de modo a permitir


que uma pleura deslize sobre a outra durante os movimentos respiratórios.
Propriedade Elástica do Sistema Respiatório
■ É uma propriedade da matéria que permite ao corpo retornar à sua forma
original após ter sido deformado por uma força sobre ele aplicada.
■ Um corpo perfeitamente elástico, como uma mola, obedecerá à lei de Hooke,
isto é, a variação de comprimento (ou volume) é diretamente proporcional à
força (ou pressão) aplicada até que seu limite elástico seja atingido.
Propriedade Elástica do Sistema Respiatório
■ Os tecidos dos pulmões e do tórax são constituídos por fibras elásticas,
cartilagens, células, glândulas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos que
apresentam propriedades elásticas

■ Complacência pulmonar

■ Lei de Hooke: quanto mais intensa a pressão gerada pelos músculos


inspiratórios, maior o volume inspirado (quadro)

■ Elasticidade pulmonar: A força de retração elástica dos pulmões tende a


trazê-los para seu volume mínimo, ou seja, os pulmões tendem sempre a se
retrair e colabar.
Propriedade Elástica do Sistema Respiatório
■ Fatores responsáveis pelo comportamento elástico do pulmão: componentes
elásticos do tecido pulmonar (fibras elásticas e colágenas) e seu arranjo
geométrico (interdependência).

■ Surfactante e tensão superficial (quadro)

■ Propriedades elásticas da parede torácica: Assim como o pulmão, a parede


torácica também exibe propriedades elásticas próprias. A parede torácica inclui,
além do tórax, o diafragma, a parede abdommal e o mediastino. Do ponto de
vista elástico observa-se que a parede toraclca tende sempre à expansão.
(Exemplo do copo)
Restrições das vias aéreas

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