DEFININDO A

METODOLOGIA DE GESTÃO
ORÇAMENTÁRIA
IDEAL PARA SUA EMPRESA

1
 Introdutório

Este conteúdo é ideal para aqueles que estão dando os primeiros passos no mundo da Gestão
Orçamentária. Aqui o conteúdo será abordado de uma forma didática e simples.

Este e-book é adequado

para mim?

Um dos principais objetivos aqui na Treasy Intermediário

é ensinar. Para alcançarmos esse ideal,
produzimos artigos, e-books, whitepapers, Os materiais de nível intermediário são destinados para aquelas pessoas que já estão
webinars e uma infinidade de materiais que familiarizadas com vários termos relacionados à Gestão Orçamentária. Esses materiais
são feitos para você. Porém, alguns conceitos possuem conteúdo um pouco mais aprofundado.
são mais introdutórios enquanto outros são
avançados. Por isso é importante conferir
o grau de conhecimento necessário para
aproveitar ao máximo este conteúdo.

Avançado

Os materiais de nível avançado são mais complexos e, por isso, exigem um nível de
conhecimento sobre Gestão Orçamentária maior. Ideais para profissionais com bastante
experiência na área e que estejam sempre buscando novos conhecimentos.

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 Introdução 04
9 metodologias e práticas orçamentárias para sua empresa não errar
na escolha!
Recapitulando rapidamente: o que é Orçamento Empresarial
Composição do Orçamento Empresarial
Saídas do Orçamento Empresarial
Modelos e Metodologias de Gestão Orçamentária 08
Orçamento Estático

Índice
Orçamento Flexível
Orçamento Contínuo
Orçamento Baseado em Atividades
Orçamento Revisado (Forecast)
Orçamento Base Zero (OBZ)
Orçamento Base Histórico (OBH)
Orçamento Matricial
Orçamento Colaborativo (Descentralizado)
Considerações Finais 27
Treasy 28
3
Introdução

4

9 metodologias e práticas orçamentárias
para sua empresa não errar na escolha!
No mundo corporativo é comum ouvir uma frase que diz que uma empresa
sem planejamento é como um barco à deriva no meio do oceano. Apesar
das infinitas possibilidades que o oceano oferece, se o barco não tem
controle da direção, não vai à lugar nenhum.
O mesmo acontece com a organização, jamais conseguirá sair do lugar
se ficar esperando pelo vento ou correnteza para descobrir até onde eles
podem te levar.
E essa definitivamente não é a melhor opção e ninguém quer, certo?
Felizmente, na Gestão Empresarial, contamos com vários instrumentos de
planejamento para evitar que a empresa caia nessa armadilha. Entre eles,
temos o Orçamento Empresarial como uma das ferramentas mais simples
e ao mesmo tempo mais poderosas para auxiliar na tomada de decisão.
Tudo de forma estruturada e para garantir as melhores opções para o
futuro de sua empresa.
Sem uma boa Gestão Orçamentária, um empresa fica literalmente à
deriva, sem ideia do que está por vir pela frente e sem nenhuma base de
comparação para saber se os resultados obtidos estão acima ou abaixo do
esperado. Além disso, a empresa corre um sério risco de tomar decisões
equivocadas, baseadas no famoso “feeling” e que podem gerar impactos
significativos nos negócios.
Mas se você chegou até este e-book, acredito que você já esteja ciente
da importância do Orçamento Empresarial, por isso não vamos mais nos
alongar nesse assunto. Todavia, tão importante quanto a decisão de
adotar a Gestão Orçamentária em sua empresa, é saber qual o modelo
mais adequado à cada organização.
É exatamente sobre isso que vamos falar neste e-book!
5

Recapitulando: o que é
Orçamento Empresarial
Antes de falarmos sobre modelos de
Orçamento Empresarial, precisamos lembrar o
conceito de Orçamento Empresarial e ter muito
claro os ganhos dessa ferramenta gerencial
para a empresa.
O Orçamento Empresarial tem como função
realizar o planejamento das Receitas, Custos,
Despesas e Investimentos que a organização
terá em um período futuro. Geralmente é
realizado para um período de 1 a 3 anos, mas,
dependendo do setor de atuação, pode ser feito
para períodos menores, como em empresas
ligadas à moda ou tecnologia, por exemplo.
Ou, como em outros casos, que pode chegar
até algumas décadas, o que é comum em
companhias de concessão e exploração.
A prática do Orçamento Empresarial é uma das
técnicas administrativas mais utilizadas pelas
grandes instituições empresariais (nacionais
e multinacionais). A boa notícia é que ela está
se tornando cada vez mais presente também
na administração de empresas de pequeno e
médio porte, já sendo utilizada até mesmo em
microempresas.
Uma das finalidades dessa ferramenta é
estabelecer metas e objetivos para que
a empresa possa, assim, acompanhar e
comparar os resultados e tomar ações
corretivas ou preventivas, caso seja necessário.
Logo, o Orçamento Empresarial estabelece, da
forma mais precisa possível, como se espera
que transcorram os negócios da empresa,
proporcionando uma visão bem aproximada da
situação futura desejada.
Além disso, não há como realizar um bom
Planejamento Estratégico sem alinhar as
metas e objetivos ao Orçamento Empresarial.
Até por isso costumamos dizer que o
Orçamento Empresarial é a tradução do
Planejamento Estratégico em números, com
uma visão clara das ações que cada pessoa
precisa executar para atingir os objetivos
globais.
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Composição do Orçamento Empresarial
O Orçamento de uma empresa geralmente é composto por:
• Orçamento de Vendas: quanto a empresa espera faturar com cada um de
seus produtos e em cada um de seus canais de vendas;
• Orçamento de Deduções sobre Vendas: fretes, comissões, impostos,
devoluções, abatimentos e outras taxas que serão pagas sobre o
faturamento;
• Orçamento de Custos Variáveis: também conhecido com Orçamento de
produção, são os gastos com matéria-prima, insumos e mão de obra para
fabricação dos produtos que serão comercializados;
• Orçamento de Gastos com Pessoal: gastos para pagar as pessoas
envolvidas nos processos da empresa, desde as áreas produtivas até a
administração;
• Orçamento de Despesas Operacionais: recursos para manter a empresa
operando, como aluguel, água, luz e telefone;
• Orçamento de Investimentos: para que a empresa possa crescer,
é preciso que ela invista em máquinas, equipamentos e também na
capacitação das pessoas que fazem parte de sua estrutura.
Saídas do Orçamento Empresarial
Após a elaboração do Orçamento pelas áreas, com as informações
disponíveis, é possível a gerar três relatórios considerados essenciais para
a gestão de qualquer empresa:
• Projeção de BP (Balanço Patrimonial): este relatório mostra o quanto a
empresa está crescendo quanto à valor, patrimônio, mês a mês;
• Projeção de DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa): não menos
importante, a Projeção de Fluxo de Caixa, mostra cada entrada e saída de
dinheiro e a “saúde do caixa” da organização.
• Projeção de DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício): organiza
as informações referentes às Receitas, Custos e Despesas da empresa em
uma forma lógica, mostrando se a companhia está gerando riqueza, o que
permitirá remunerar o capital investido pelos acionistas;
7
Modelos e Metodologias
de Gestão Orçamentária

8
Modelos e Metodologias de Gestão Orçamentária

Existem vários modelos e metodologias de Gestão Orçamentária utilizados pelas mais diversas
organizações. Saber qual o mais adequado a sua empresa é fundamental para obter sucesso com a
adoção e implementação na gestão da organização.

Para ajudar nessa missão, separamos os principais modelos usados no mercado para que você possa
conhecer a essência de cada um deles e escolher o mais adequado a sua empresa.
Nas próximas páginas abordaremos sobre:

• Orçamento Estático

• Orçamento Flexível

• Orçamento Contínuo

• Orçamento Baseado em Atividades

• Orçamento Revisado (Forecast)

• Orçamento Base Zero

• Orçamento Base Histórico

• Orçamento Matricial

• Orçamento Colaborativo (Descentralizado)

9

Orçamento Estático
O Orçamento Estático ainda hoje é uma das
práticas orçamentárias mais conhecidas e
utilizadas entre as empresas brasileiras.
Sua principal característica está na elaboração de todas as Peças Orçamentárias (Receitas, Custos,
Despesa, Investimentos etc.) a partir de volumes de produção ou vendas pré fixados. Ou seja, esses
números determinarão o volume das atividades que serão realizadas por cada setor da empresa,
dando base para os Orçamentos de Gastos com Pessoal, Despesas Operacionais e Investimentos.
Uma vez fechada uma versão oficial do Orçamento, a administração não permite nenhuma alteração
nas Peças Orçamentárias, mesmo que durante a execução das atividades a empresa considere que tais
volumes não serão atingidos.
Apesar desse aparente “engessamento” e inflexibilidade, esse modelo de Gestão Orçamentária
é amplamente utilizado, principalmente por grandes corporações, em razão da necessidade de
consolidação dos orçamentos de todas as suas unidades em um Orçamento único.
Nesses casos, o Orçamento Estático faz sentido, já que eventuais alterações de volume em algumas de
suas divisões não necessariamente impactarão de forma significativa no total dos orçamentos.
Obviamente, quando os impactos de alterações de volumes em todas as unidades da corporação forem
significativos, não há motivo para manter um Orçamento Estática. Isso porque ele perderá a validade
para o processo decisório e provavelmente será necessária uma Revisão Orçamentária.
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Vantagens do Orçamento Estático Desvantagem do Orçamento Estático

Uma das vantagens desse modelo orçamentário está na facilidade
da elaboração do planejamento, já que uma vez feito não é permitido
nenhuma alteração. Logo, fica muito mais fácil planejar ações
departamentais, dado que os recursos destinados para cada setor
não sofrerão alterações.
Outra grande vantagem está no tempo de elaboração do Orçamento.
Uma vez aprovada uma versão oficial, o documento não sofrerá
nenhuma alteração, reduzindo também o tempo de manutenção do
mesmo (Revisões e Transferências Orçamentárias).
Como esse modelo orçamentário não permite alterações, acaba-se
criando um certo “engessamento”, que poderá afetar a empresa
caso ocorra alterações nos fluxos de venda fazendo com que cada
setor continue com os mesmos valores em seus orçamentos.
Sendo assim, uma parcela significativa das Peças Orçamentárias
tende a perder valor para o processo de acompanhamento, controle
e análise das variações, e também como base para projeções e
simulações com os dados orçamentários.

Além disso, o Orçamento Estático também acaba forçando os

gerentes e responsáveis pela elaboração do mesmo a prestar
atenção nas áreas onde o orçamento não funcionou, desse modo
fica mais fácil para monitorar tendências e desvios. Importante: a
análise desses desvios gera uma rica base de conhecimentos que
ajudarão na elaboração dos futuros orçamentos, tornando-os ainda
mais precisos.

11

Orçamento Flexível
Para complementar e contornar as
“deficiências” do Orçamento Estático, surgiu o
conceito do Orçamento Flexível.
Neste modelo orçamentário, ao invés de fixar
todas as Peças Orçamentárias baseadas
num volume de produção ou vendas pré
determinado, a empresa admite uma faixa de
variação dos Orçamentos de Custos, Despesas e
Investimentos base de acordo com as alterações
dos volumes de produção ou vendas.
Ou seja, caso o volume de vendas aumente,
é admitido um aumento proporcional aos
orçamentos de Comissões, Impostos, Matérias-
Primas etc. Afinal, para produzir e vender mais,
é lógico que esses itens também precisarão
acompanhar a variação.
Por exemplo, para vender 1.000 unidades de
um produto, serão necessários 500 Kg de uma
determinada matéria-prima gerando uma
Projeção de R$ 2.000 de Custo Variável. Portanto,
se o volume de vendas dobrar para 2.000
unidades, é totalmente aceitável que os Custos
Variáveis também dobrem para R$ 4.000, afinal
será necessária a compra do dobro de matéria-
prima para produção dos itens vendidos.
Também são admitidas variações nos
Orçamentos de Gastos com Pessoal e
Despesas Operacionais, porém em menor
grau, pois estes itens são tidos como
Despesas Fixas. Ou seja, são despesas que
não variam diretamente conforme o volume de
produção ou vendas.
Por exemplo, com a mesma equipe é possível
produzir 1.000 ou 1.200 unidades de um
determinado produto. Logo, para produzir
2.000 itens talvez seja necessário um aumento
do quadro de pessoal. Assim, numa situação
com o dobro do volume de vendas previsto
inicialmente, uma variação no Orçamento de
Gastos com Pessoal pode ser perfeitamente
admissível.
Dica: a base para a elaboração de um
Orçamento Flexível pertinente é que a
empresa possua uma boa distinção entre
Custos e Despesas. Os Custos seguirão o
volume de vendas, enquanto as Despesas
terão o tratamento tradicional.
12
Vantagens do Orçamento Flexível
A principal vantagem do Orçamento Flexível está na relevância
mantida nas Peças Orçamentárias relacionadas a Custos, Despesas
e Investimentos. No Orçamento Estático, é muito comum que partes
do Orçamento percam a relevância, afinal, se o volume de vendas
ou produção variar, essas peças se tornam desconexas e deixam de
fazer sentido.
Como o Orçamento Flexível acompanha as variações de vendas ou
produção, acaba tornando as demais Peças Orçamentárias muito
mais pertinentes e alinhadas a mudanças no cenário em que a
empresa está inserida.
Desvantagens do Orçamento Flexível
Talvez não seja necessariamente uma desvantagem, mas com
certeza um ponto de atenção para os gestores já que o Orçamento
Flexível impõe uma necessidade muito maior de monitoramento das
alterações existentes no negócio.
Portanto, é preciso que haja um acompanhamento constante nos
níveis de atividades da empresa. Assim como é preciso que os
envolvidos se adaptem rapidamente às mudanças que ocorrem
devido aos ajustes no Orçamento.
13
 O objetivo principal desta prática O Orçamento Contínuo possui algumas
orçamentária é a atualização periódica do características bem marcantes como a
Orçamento, levando ao maior engajamento integração com o controle de vários processos,
e comprometimento dos gestores e demais o que exige que os gestores sejam flexíveis
envolvidos no processo, que por sua vez é a e ágeis para responder às mudanças
Orçamento Contínuo chave do sucesso da metodologia. inesperadas. Assim como também exige uma
capacidade maior de mobilização contínua por
O Orçamento Contínuo é uma metodologia parte desses profissionais.
bem interessante e dinâmica, comumente
utilizada para cobrir orçamentos em um
período de 12 meses, sendo que quando
Ciclo do Orçamento Contínuo
um mês se encerra, o Orçamento é revisado,
adicionando-se um novo mês no fim do
período que está sendo orçado. Desse modo
tem-se continuamente um Orçamento de 12
meses estruturado pela frente.

14
Vantagens do Orçamento Contínuo
Muitas empresas realizam Revisões Orçamentárias em períodos
pré determinados (trimestralmente ou semestralmente). Como o
Orçamento Contínuo sempre mantém projeções para um período de
12 meses, tem-se a oportunidade de realizar revisões continuamente,
eliminando a necessidade de parar a empresa para uma “grande
Revisão Orçamentária” e tornando o processo muito mais eficaz.
Este modelo é bastante indicado para empresas que atuam em
segmentos com produtos com ciclos de vida curtos ou em mercado
muito voláteis, como moda ou tecnologia, por exemplo. Afinal, são
setores que trabalham de forma bastante dinâmica e ágil e mantêm
as projeções sempre alinhadas às variações do cenário econômico
nos quais estão inseridos.
Além disso, o Orçamento Contínuo proporciona um nível muito maior
de precisão da versão final do Orçamento.
Desvantagens dos Orçamento Contínuo
Por exigir que o Orçamento seja incrementado a cada período (mês)
fechado, este método acaba necessitando de um maior engajamento
dos envolvidos no processo, o que pode ser visto como uma
desvantagem quando olhamos pela ótica de tempo consumido,
mas ainda assim é uma grande vantagem quando analisamos os
benefícios obtidos.
Por isso, este modelo não é muito aconselhável para empresas que
atuam em segmentos com produtos com ciclos de vida longos ou
em mercado mais consolidados, como commodities ou concessões,
uma vez que esses modelos de negócio não possuem tantas
variações em espaços curtos de tempo e o Orçamento Contínuo pode
gerar mais trabalho do que benefícios.
Além disso, o Orçamento Contínuo exige ainda uma cultura
organizacional direcionada à gestão de mudanças e que se adapte
rapidamente a novos cenários, com uma equipe de Planejamento
e Controladoria bastante atuante na elaboração e manutenção do
Orçamento, bem como no suporte aos gestores de departamento e
demais envolvidos.
15

Orçamento Baseado em
Atividades
O Orçamento por Atividades (Orçamento ABB
- acrônimo para Activity-Based Budgeting)
é um sistema orçamentário no qual os
Custos são associados às atividades e as
Despesas são compiladas com base no nível
de atividades esperadas. Em outras palavras,
ele reflete as atividades e os processos de
negócio.
Perceba que a atenção do Orçamento ABB é
voltada ao volume e aos tipos de atividades
executadas dentro de uma empresa. Nesse
método de Gestão Orçamentária são registradas
as tarefas que incorrem em custos dentro da
estrutura organizacional, estabelecendo as
relações entre elas para, depois, decidir quanto
do orçamento total deve ser alocado para cada
atividade.
Atenção! O Orçamento por Atividade não
elimina o orçamento tradicional. Contudo,
serve como ferramenta gerencial para medir
a quantidade necessária de equipamentos e
funcionários para atender a demanda projetada
para o período.
Portanto, na essência, com o Orçamento por
Atividades é possível não apenas estimar a
demanda de atividades da empresa, mas, o
mais importante: traduzir essa demanda em
valores monetários, materiais, energia e outros
recursos necessários para o atingimento dos
objetivos estratégicos da organização.
Com o objetivo de aumentar a eficiência nas
atividades de uma organização, existem
algumas etapas importantes no Orçamento
ABB:
• Identificação da previsão do volume de
vendas planejado para cada produto;
• Mapeamento das atividades necessárias
para produzir esse volume;
• Identificação dos direcionadores de
custos, ou seja, recursos que serão utilizados
para suportar a realização de cada tarefa;
• Cálculo de custos de cada atividade
(baseando-se nos direcionadores de custos);
Ou seja, pense que para implementar o
Activity-Based Budgeting deve-se realizar o
seguinte fluxo:
Projeção do Mapeamento Definição
volume de das atividades dos recursos
vendas necessários
16
Vantagens do Orçamento Baseado em
Atividades
A principal vantagem do Orçamento Baseado em Atividades é que
os custos são associados às atividades de maneira muito mais
precisa. Por consequência, faz com que o processo de Planejamento
Orçamentário tenha muito mais precisão e que as correções a serem
efetuadas sejam mais efetivas.
Por levar em consideração todas as etapas envolvidas em uma
atividade, o método de Orçamento Baseado em Atividades avalia todo
e qualquer direcionador de custo. Isso significa que a metodologia
ABB apresenta uma visão muito mais precisa das atividades
necessárias ao negócio. Assim como redução de custos.
Justamente por permitir essa análise mais precisa das atividades
é que o Activity-Based-Budgeting elimina aquelas que são
desnecessárias, o que ajuda o negócio a reduzir custos e despesas.
Desvantagens dos Orçamento Baseado
em Atividades
A adoção desta abordagem pode ser dispendiosa e complexa, o
que pode representar um risco à organização. Isso porque pode não
valer muito a pena, especialmente para uma pequena empresa com
poucos produtos ou serviços, por exemplo.
Um dos principais motivos para representar um risco está relacionado
ao tempo dos envolvidos, o que irá impactar diretamente no consumo
de recursos e custos. Como para a execução da metodologia
é necessário contar com a ajuda de outros colaboradores no
mapeamento das atividades, eles terão que parar de focar em
atividades mais estratégicas. Da mesma forma, o processo também
exige o envolvimento da diretoria, o que pode ser custoso.
17

Orçamento Revisado
(Forecast)
O Orçamento Revisado, também conhecido
como Forecast, é uma metodologia que se
baseia no princípio de manter o Planejamento
Orçamentário sempre atualizado com base nos
acontecimentos e períodos já realizados (não
confundir com o Orçamento Contínuo).
Quando trabalhamos com o Orçamento faltam para que a empresa possa trabalhar na
Revisado, é comum planejar os resultados de elaboração de planos de ações para recuperar
forma mensal, mas analisá-los levando em o desvio e alcançar a meta anual. Veja na
consideração sempre o acumulado anual. Isso tabela abaixo como ficaria:
porque, de forma bem resumida, nesta prática,
a cada período realizado, as informações
planejadas para um determinado período
são sobrepostas pelos valores realizados,
impactando assim o total planejado para o ano.
Para facilitar o entendimento, imagine o
seguinte exemplo: sua empresa tem uma
meta anual de vendas de R$ 12.000 para um
determinado produto. Logo, a meta mensal
Orçamento Revisado
de vendas para este produto é de R$ 1.000.
Passados seis meses desde a elaboração do
Orçamento Base, são apurados os valores
realizados e a empresa atingiu apenas R$
R$ 5.700 dos R$ 6.000 esperados para o
período. Aqui é feito um Orçamento Revisado,
distribuindo a diferença pelos meses que
18
Vantagens do Orçamento Revisado
Empresas que adotam o Forecast como modelo orçamentário
costumam ter projeções constantemente alinhadas entre o cenário
planejado e o que realmente está sendo realizado.
Além disso, o modelo possibilita que a empresa aproveite novas
oportunidades de mercado que podem não ter sido previamente
mapeadas. Sem contar a quantidade de aprendizado e crescimento
que o processo gera com a identificação de padrões de períodos que
costumam sair do previsto, bem como como prevenir tais cenários.
Desvantagens do Orçamento Revisado
Assim como o Orçamento Contínuo, o Orçamento Revisado acaba por
exigir um pouco mais de tempo em sua elaboração e manutenção,
uma vez que, a cada ciclo realizado (mensalmente, bimestralmente
etc.), os valores planejados referentes aos meses passados precisam
ser sobrepostos e os dos períodos futuros precisam ser replanejados.
O Orçamento Revisado também exige uma cultura organizacional
ágil e que lide bem com mudanças, sem falar da necessidade de
uma equipe de Planejamento e Controladoria atuante na elaboração
e manutenção do Orçamento, bem como no suporte aos gestores de
departamento e demais envolvidos.
19

Orçamento Base Zero
(OBZ)
O Orçamento Base Zero é um formato
utilizado para elaboração do Planejamento
Orçamentário para um determinado período
a partir de uma base zerada. Ou seja, sem
levar em consideração as Receitas, Custos,
Despesas e Investimentos de exercícios
anteriores (a famosa Base Histórica).
A metodologia parte do princípio de que
muitas empresas, ao elaborar seu Orçamento
de forma convencional, consideram que
todos os gastos do último exercício serão
novamente necessários e que todas as metas
de receitas serão alcançadas, o que não é
obrigatoriamente uma verdade. Isso acaba
gerando um Orçamento inchado e desalinhado
com a estratégia, pois os números não são
analisados de forma detalhada e cuidadosa.
Para combater esse problema, no Orçamento
Base Zero (OBZ) são analisadas premissas
relacionadas com a função de cada Receita,
Despesas, Custo ou Investimento, levando
em consideração os planos e necessidades
estratégicas da empresa, sem a utilização de
bases históricas ou índices de reajuste, como é
feito no modelo tradicional. Só a partir daí são
estabelecidas as bases orçamentárias.
20
Vantagens do Orçamento Base Zero
Uma das maiores vantagens na utilização do OBZ está na fácil
identificação de Despesas e Custos supérfluos ou Projeções
de Vendas desalinhadas com a realidade. Por ter que realizar
o orçamento do zero, o gestor é obrigado a analisar cada item
detalhadamente, eliminando o que não é necessário, alocando os
recursos de forma mais eficiente e liberando orçamento para investir
em outros pontos que poderiam passar despercebidos.
Além disso, o Orçamento Base Zero gera uma enorme ampliação
da Visão Estratégica de todos os gestores na organização. Afinal,
cada um precisará entender quais são os planos macro da empresa
para elaborar seus planos departamentais e identificar os recursos
(orçamento) que precisará para colocar esses planos em prática.
Este processo aumenta significativamente a motivação dos gestores
ao receberem maior autonomia e responsabilidade pela tomada de
decisões e melhora também a comunicação e coordenação dentro da
organização.
Desvantagens do Orçamento Base Zero
O lado negativo desta metodologia é que o processo acaba
demandando maior envolvimento de todos os gestores de
departamentos na empresa. Mas, isso (novamente) é ótimo pela
visão holística que proporciona, apesar da necessidade de maior
dedicação de tempo de todos colaboradores para a elaboração do
Orçamento.
O OBZ também obriga toda a empresa (tanto a área de Planejamento
e Controladoria, quanto os gestores de departamento) a sair da zona
de conforto. O que pode gerar, dependendo da empresa, uma série de
conflitos e vários desafios para vencer as barreiras culturais vigentes.
Fato é que a metodologia requer maior nível de honestidade por parte
dos gestores e confiança por parte da direção. Em uma organização
de maior porte, sem uma ferramenta adequada de Gestão
Orçamentária, o processo envolvendo muitos gestores e enormes
quantidades de informações pode ser bastante desafiador.
21

Orçamento Base Histórico
(OBH)
Nesta técnica, oposta ao Orçamento Base Zero,
o Plano Orçamentário é gerado com base
nos números do exercício (ano base) anterior.
Basicamente, é aplicado um percentual de
crescimento sobre os números do exercício
anterior, tomando como base o quanto se
deseja elevar a Receita e o quanto estima-
se que os Custos e Despesas deverão subir
para dar suporte aos objetivos de aumento de
Receita.
Vantagens do Orçamento
Base Histórico
Uma das principais vantagens desta
metodologia é que ela envolve bem menos
pessoas, afinal não é necessário revisitar e
justificar todas as atividades da empresa para
gerar o novo Orçamento, sendo assim muito
mais rápido de ser gerado.
Além disso, o Orçamento Base Histórico
carrega com ele bastante aprendizado e
experiência dos períodos anteriores, o que
permite evitar distorções na hora de definir os
Custos de uma determinada atividade, pois
já se tem como base o Custo do ano anterior
e não vai ser necessário estimar o Custo da
atividade do zero.
Desvantagens do
Orçamento Base Histórico
Uma das principais desvantagens do
Orçamento Base Histórico está em não
analisar detalhadamente as Projeções de
Vendas, Custos, Despesas e Investimentos,
podendo gerar Planos Orçamentários
inchados e descolados da realidade, não
condizentes com o cenário econômico atual
em que a empresa está inserida.
Ainda como efeito colateral, o OBH reduz a
motivação dos gestores em relação às metas,
pois os mesmos não são envolvidos na
elaboração orçamentária, recebendo apenas as
metas de Vendas a serem batidas e limites de
Custos e Despesas a serem respeitados. Isso é
ruim pela ótica estratégica, pois desalinha os
planos departamentais dos planos globais da
companhia.
22
 • Pacotes: neste eixo teremos os
grupos de Receitas, Despesas, Custos ou
Investimentos da empresa;
• Entidades: que representam as
subdivisões da empresa (físicas ou virtuais)
como unidades de negócios, centros de custos
ou departamentos.
Orçamento Matricial
O Orçamento Matricial é uma das
metodologias que vem ganhando cada vez
mais adeptos, principalmente pela facilidade
na elaboração e pela visão cruzada e objetiva
proporcionada em sua análise.
O método tem esse nome exatamente por ser
derivado de uma matriz, onde temos dois eixos:
O processo de elaboração do Orçamento Matricial
é iniciado com a elaboração dos Pacotes de
Gastos e Receitas, passando para elaboração da
relação das Entidades da empresa, bem como
com a definição dos respectivos gestores.
Um dos destaques da metodologia está
justamente na relação do pacote e seu
responsável. Por exemplo, imagine que no
Orçamento de Despesas um dos pacotes
será Despesas de Viagens e o responsável
pelo pacote será um funcionário da área
de logística, que é quem responde por
todas despesas de viagem da organização.
Todas as despesas de viagens que forem
realizadas serão contabilizadas nesse pacote,
independente do setor da pessoa que realizou
a viagem.
Então, mesmo que funcionários do comercial,
do marketing, da área produtiva ou de qualquer
outra área que tenham realizado as viagens,
quem responderá pela despesa total e
garantirá que o limite seja respeitado será o
responsável pelo pacote, que buscará de todas
as formas minimizar as despesas para atingir
as metas estabelecidas.
23
Vantagens do Orçamento Matricial
O modelo matricial força que cada gestor faça seu Orçamento
pensando estrategicamente como serão realizados os gastos.
Além de avaliar se existem formas de aperfeiçoar a necessidade de
recursos, que de outra forma seriam orçados replicados para cada
área (entidade).
Além disso, é uma forma eficaz de minimizar os riscos dos gestores
inflacionarem seus custos para criar uma “zona de conforto” para
atingir as metas mais facilmente. Ou, ainda, gastarem a verba
aprovada para não ser penalizado no próximo Orçamento, já que
normalmente a controladoria assume a despesa realizada no ano
anterior como base.
Inclusive, esse é mais um benefício do Orçamento Matricial, uma vez
que no processo tradicional, o controle dos gastos é centralizado,
o que cria um acúmulo de trabalho no setor de Planejamento
e Controladoria. Ainda no modelo tradicional, as ineficiências
costumam ser detectadas apenas depois do fato acontecido, durante
a análise mensal do Planejado x Realizado, com a consequente
imposição da correção ao centro de custos identificado com desvios.
Desvantagens do Orçamento Matricial
Um grande desafio na implementação do Orçamento Matricial está
em lidar com conflitos internos que podem surgir entre gerências
funcionais no momento de estabelecer prioridades de projetos ou
produtos.
Os relacionamentos de autoridade e responsabilidade nas
organizações matriciais são bastante complexos, já que as atribuições
orçamentárias não possuem necessariamente relação direta com a
estrutura hierárquica da empresa. Ou seja, um funcionário com perfil
júnior pode ser responsável por um pacote orçamentário e poderá
enfrentar resistências de um funcionário com cargo de gerente caso
seja preciso pedir justificativas de uma despesa ou algo assim.
Para lidar com esses desafios, é necessário o forte apoio e “patrocínio”
da alta direção da empresa, dando autoridade e autonomia aos
gestores do pacotes para tomar as decisões necessárias e deixando
bem claro a todos na organização a diferenciação entre as estrutura de
responsabilidades orçamentárias e organizacionais.
24

Orçamento Colaborativo
(Descentralizado)
A Treasy costuma defender bastante o
Orçamento Colaborativo, também conhecido
por Orçamento Descentralizado, ou ainda
Orçamento Participativo, por ser um modelo,
como o nome sugere, que envolve um
número considerável de profissionais e,
consequentemente, mais preciso já que é feito
por quem vivencia.
Na administração pública já é bastante comum Aqui o termo chave para o sucesso da
ouvirmos falar do Orçamento Colaborativo, implementação desta metodologia é
onde, por exemplo, cada comunidade ajuda cultura organizacional! O Orçamento, bem
a decidir como o município utilizará a verba como acompanhamento das metas, deve
repassadas pelo estado. Já na iniciativa estar presente no trabalho das pessoas
privada, o uso desse método é mais recente, que compõem a organização da mesma
porém tem ganhado cada vez mais força maneira que já executam outras atividades
devido a ganhos proporcionados. rotineiramente.
Na administração pública, a ideia chave é
que os cidadãos possam sugerir e votar em
projetos que considerem importantes para
suas comunidades ou para o seu município
e que os representantes públicos possam
também se manifestar sobre cada projeto,
tomando uma decisão em conjunto de como
investir cada recurso.
Na Gestão Empresarial a coisa funciona de
uma maneira um pouco diferente, mas a ideia
chave permanece, envolvendo os principais
gestores de departamentos no processo de
planejamento e acompanhamento.
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Vantagens do Orçamento Colaborativo
O estabelecimento de uma Política Orçamentária Colaborativa tem
um impacto bastante relevante e positivo sobre a cultura geral da
empresa. Cada área passa a se concentrar em seus objetivos e busca
alcançar suas metas. Assim, a alta gestão tem menos trabalho de
coordenar as partes e pode concentrar seus esforços em ações mais
estratégias.
O Orçamento Colaborativo tem ainda o poder de disseminar uma
noção maior de responsabilidade, pois as partes conseguem se
sentir parte do todo. Conseguem mensurar a sua contribuição com o
resultado final e isso serve como motivação, ajudando os gestores a
conduzir melhor suas equipes. E se atrelado à realização das Metas
Orçamentárias houverem bonificações e incentivos para aqueles que
alcançarem o planejado, a motivação pode ser ainda maior.
Mas o principal ganho é que as pessoas passam a se sentir “donas”
do Orçamento. Ou seja, quando o profissional participa da definição
das metas e objetivos, naturalmente se esforçará muito mais para
alcançá-los.
Desvantagens do Orçamento
Colaborativo
Para implementar o Orçamento colaborativo, a empresa precisa,
primeiramente, de um bom nível de responsabilidade e maturidade
dos gestores que participaram da elaboração e acompanhamento,
exigindo assim um maior investimento em treinamento e capacitação
dos mesmos.
Outro ponto importante é que sem uma ferramenta adequada de
Gestão Orçamentária, o processo envolvendo muitos gestores e
enormes quantidades de informações pode ser bastante desafiador.
E, por fim, é preciso tomar cuidado para o tiro não sair pela culatra e os
gestores defenderem mais os objetivos departamentais do que os os
objetivos globais da organização.
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 Uma boa dica é usar a Regra de Pareto:
Considerações Finais
quais são os 20% de ações dentro da Gestão
Empresarial que vão gerar 80% das melhorias
Como sabemos, na Gestão Empresarial
nos resultados para sua empresa?
não existe bala de prata! Cada uma das
Metodologias Orçamentárias abordadas neste
Além disso, vale lembrar que a maioria dos
e-book possui seus pontos fortes e fracos.
modelos e metodologias apresentados aqui
são complementares e não necessariamente
Portanto, na hora de decidir qual o modelo
se anulam. Por exemplo, ao utilizar o
mais adequado, o importante é ponderar as
Orçamento Colaborativo combinado ao
vantagens e desvantagens de cada um e
Orçamento Contínuo, ou unindo as vantagens
compreender o que faz mais sentido para a
do Orçamento Revisado com a visão holística
sua empresa, de acordo com o momento que a
do Orçamento Matricial, sua empresa pode
companhia está vivenciando.
obter um modelo híbrido bastante poderoso e
abrangente.
Alguns dos principais pontos a considerar para
tomar sua decisão são:
Agora é avaliar a melhor metodologia para sua
• Porte da empresa;
realidade e colocar a mão na massa!
• Estágio de maturidade da empresa (se
ela está começando ou se já está consolidada
no mercado);
• Ramo de atuação;
• Perfil dos funcionários;
• Planos de continuidade e crescimento.

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e Controladoria, onde sua empresa pode aplicar podemos auxiliar sua empresa com a adoção da
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