Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
em face da UNIÃO FEDERAL pessoa jurídica de Direito Público interno, que deverá ser citada
através da Procuradoria- Regional da União em São Paulo, com endereço na Avenida Paulista, nº
1.374 - 7º andar - Bela Vista - São Paulo - SP - Cep. 01310-937, com fundamento nas razões de fato
e de direito doravante aduzidas:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, o autor requer a Vossa Excelência, que se digne a conceder, com fundamento
no artigo 98 do CPC, o benefício da gratuidade da justiça, uma vez, que não pode dispor de
numerário para custeio das custas e ou encargos processuais sem que coloque em prejuízo o
sustento próprio e da sua família, porquanto sua fonte de renda se encontra momentaneamente
comprometida. (documento nº 2)
O autor percebe remuneração que é suficiente apenas para honrar seus compromissos
mensais e sua devida subsistência.
Como a questão não foi resolvida administrativamente, não lhe restou alternativa a não ser
ingressar com a presente ação e, para isso, requer que lhes sejam deferidos os benefícios da justiça
gratuita, pelos motivos já alinhavados e, ainda, por ser a única forma de lhes proporcionar o mais
2
amplo acesso ao poder judiciário, garantia essa que a Constituição Federal elegeu no inciso LXXIV,
do artigo 5º.
Ocorre que, desde o seu ingresso no serviço público, o autor está sendo prejudicado pelas
normas aplicáveis pela DPU para o instituto das progressões e promoções funcionais, haja vista a
utilização de dispositivos do Decreto Federal 84.669/1980 incompatíveis com os princípios
hierarquia das leis, da razoabilidade e da isonomia consagrados pela Constituição Federal de 1988.
(...)
(...)
(...)
(GRIFOS NOSSOS)
Assim, mesmo tendo o autor ingressado em XX/XX/XXXX nos quadros da DPU, a contagem
do período aquisitivo para a primeira progressão foi realizada nos moldes das previsões do referido
Decreto, desconsiderando ilegalmente todo o período laboral exercido desde o sua entrada no órgão,
tendo início apenas em Julho/Janeiro de 20XX e final em Julho/Janeiro de 20XX (conceito 1/2 –
12/18 meses), com efeitos financeiros somente em Março/Setembro de 20XX (vide fichas
financeiras anexas – documento nº 4).
Por outro lado, temos as previsões legais da Lei Federal nº 11.357/2006, que em seus artigos
5º e 6º também prescrevem que os requisitos e condições para a progressão funcional, nos
seguintes termos:
Talvez já prevendo uma possível inércia do Executivo, o próprio comando normativo do art.
72, §5º, da Lei Federal nº 11.357/2006, remete as promoções e progressões à disciplina do Decreto
nº 84.669/80. Vejamos:
“Art. 72, §5º: Enquanto não forem regulamentadas, as progressões e promoções dos
integrantes das Carreiras e dos Planos de Cargos estruturados por esta Lei, as
progressões funcionais e promoções dos titulares de cargos dos Planos de Cargos de
que tratam o parágrafo único do art. 1 o e os arts. 12, 42 e 55 desta Lei serão
concedidas observando-se o disposto no Decreto no 84.669, de 29 de abril de
1980. (Redação dada pela Lei nº 11.490, de 2007)”
Porque, o inciso I, do art. 6º, da Lei 11.357/2006, não estabelece uma data fixa como
critério para início da contagem do interstício das progressões e promoções funcionais, ao
contrário, de forma objetiva e simplificada, orienta pela observância do interstício mínimo de 1
(um) ano entre cada progressão.
Ademais, pela análise do teor do Decreto nº 84.669/1980, o que se extraí do seu texto é
um conjunto de dispositivos descompassados com os atuais planos de cargos e carreiras do
Executivo Federal e com os princípios da Hierarquia das Leis e da Razoabilidade consagrados pela
Constituição Federal de 1988, ao ultrapassar os limites de regulamentar. Os critérios e datas
selecionados pelo Decreto n.º 84.669/80 ferem claramente o princípio da isonomia.
Vejamos alguns julgados recentes que orientam pela NÃO aplicação dos arts. 10 e 19 do
Decreto nº 84.669/1980, dado esse regulamento afrontar o princípio constitucional da isonomia
ao estabelecer, sem qualquer tipo de critério, um mesmo marco temporal para início da
contagem do interstício de progressão e promoção funcional de servidores em situações
distintas de ingresso no serviço público.
EMENTA
O Decreto n. 84.669/80, ao impor uma data única para progressão funcional de todos
os servidores, sem análise do tempo de serviço de cada um, bem como datas restritas
para o início dos efeitos financeiros, acaba por violar o princípio da isonomia, por
estabelecer tratamento igual aos desiguais. Em outras palavras, o ato regulamentador
confere tratamento único a indivíduos que se encontram em situações diferentes,
quando na verdade deveria fixar a eficácia da progressão funcional com a observância
da situação individual de cada servidor.
O art. 5º do Decreto nº 2.565/98, ao impor uma data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, afronta o princípio da isonomia, desde que
confere tratamento único a indivíduos que se encontram em situações diferentes. A
eficácia da progressão funcional deve ser observada segundo a situação individual de
cada servidor. Uniformizado o entendimento de que os efeitos financeiros da
progressão funcional na carreira Policial Federal devem retroagir ao momento em que
tiverem sido completados os cinco anos ininterruptos de efetivo exercício" (TNU,
PEDILEF 05019994820094058500, JUIZ FEDERAL ROGÉRIO MOREIRA ALVES, DOU
6
28/10/2011)
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal - SJDF. Brasília - DF, 30/04/2014.
(...)
A toda evidência, para que esse critério privilegiasse o princípio da isonomia, o que
precisa fazer, seria necessário que todos os servidores tivessem iniciado o seu
exercício em uma mesma data, qual seja as referidas no artigo 10 transcrito, o que,
obviamente, não acontece. A adoção desse critério cria distorções e desigualdades,
ferindo direitos legalmente assegurados aos servidores. Por esse critério haverá um
período de atividade efetivamente exercida pelo servidor que não será contemplado.
Haveria a desconsideração de período trabalhado, a gerar desigualdades,
caracterizando uma ilegalidade, em afronta ao princípio da isonomia
constitucionalmente reconhecido (Artigo 5º, CF/1988).
Não vislumbro como considerar correto o critério que vem sendo adotado pelo INSS
para contagem do início do prazo para as promoções e progressões. A uma porque
padecem de regulamentação as alterações introduzidas pela lei 11.501/2007. A duas,
porque o Decreto nº 84.669/80 não pode ser utilizado neste aspecto para o fim de
estabelecer desigualdades, mediante utilização de data única para início da contagem
desse prazo, até porque é contraditório com o próprio artigo 7º, da lei 10.855/2004.
Em situação similar temos a dos policiais federais, inclusive, com manifestação recente
da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais , a qual entendeu pelo
afastamento da aplicação do Decreto nº 2.565/98 por violar o princípio da isonomia ao conferir
tratamento único a indivíduos que se encontram em situações diferentes.
POLICIAIS FEDERAIS
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL ORIGEM: SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE SERGIPE
PROCESSO Nº: 0501999-48.2009.4.05.8500
REQUERENTE: UNIÃO
REQUERIDO: MARIANA PARANHOS CALDERON RELATOR: Juiz Federal ROGERIO
MOREIRA ALVES
VOTO
“Art. 2º O ingresso nos cargos da Carreira Policial Federal far-se-á mediante concurso
público, exigido o 3º grau de escolaridade, sempre na segunda classe, observados os
requisitos fixados na legislação pertinente.
O art. 3º do decreto dispõe que a progressão na Carreira Policial Federal depende de dois
requisitos: avaliação de desempenho satisfatório e cinco anos ininterruptos de efetivo
exercício na classe em que o servidor estiver posicionado. Por outro lado, o art. 5º do
mesmo decreto prevê que os atos de progressão devem ser publicados no Diário Oficial
da União até o último dia do mês de janeiro, vigorando seus efeitos financeiros a partir
de 1º de março subsequente.
O art. 5º do decreto, ao impor uma data única para início dos efeitos financeiros da
progressão funcional, afronta o princípio da isonomia, desde que confere tratamento
único a indivíduos que se encontram em situações diferentes. A eficácia da progressão
funcional deve ser observada segundo a situação individual de cada servidor.
(...)
sucessivamente, até que chegue ao final da carreira. Recurso da parte autora provido para
julgar procedente o pedido inicial, declarando-se como marco inicial para contagem dos
interstícios das progressões e promoções funcionais dos integrantes da carreira de Policial
Rodoviário Federal a data de ingresso do servidor no órgão, observada a situação
individual de cada autor, servindo esta como parâmetro para os interstícios subseqüentes,
bem como para condenar a União no pagamento das diferenças remuneratórias
respectivas, observada a prescrição qüinqüenal. (...) (Processo 277397920114013,
ALEXANDRE VIDIGAL de OLIVEIRA, TR1 - 1ª Turma Recursal - DF, Diário Eletrônico
05/04/2013.)
Do exposto, pode-se concluir que o Judiciário tem reconhecido a ilegalidade dos parágrafos
1º e 2º do art. 10 e do art. 19 do Decreto 84.699/1980 diante de sua agressão ao princípio da
isonomia contido na Constituição Federal de 1988, afastando, por conseguinte, a sua aplicação para
diversos cargos e carreiras do Poder Executivo Federal, análogos a situação do autor.
Como se vê, o Decreto determina o início do interstício, para fins de progressão funcional,
para o início do mês de janeiro e julho, isto é, os servidores que tomaram posse do cargo nos
meses seguintes aos preceituados no decreto não aproveitam os 11 (onze) meses trabalhados
durante este período, ficam sem qualquer progressão e/ou promoção, estagnados em um único
padrão remuneratório e funcional durante quase dois anos. Não foi em vão que a Lei 11.357/2006
modificou tamanha injustiça!
No caso dos autos, o autor foi impedido de alcançar a progressão funcional, ao fim do 1º
ano de serviço público, porque o art. 10, do Decreto nº 84.669/80 impõe termo inicial para a
contagem do interstício os meses de janeiro e julho.
A despeito do artigo 10, caput, ser legal, haja vista que era a primeira progressão e, assim,
poderia o Executivo regulamentar, fixando uma data razoável (o Decreto é de 29/04/1980 e fixou o
início em 01/07/1980), as demais regras dos parágrafos 1º e 2º que compõem o referido artigo não
podem ser admitidas dentro do Princípio da Legalidade, sob pena de estar a permitir que o
Executivo inove o processo legislativo por meio de Decreto.
Fato semelhante ocorre com o artigo 19, em que o Decreto, de forma eminentemente
arbitrária, estabelece que os "efeitos" – entendamos início de recebimento no(a) novo(a)
padrão/classe – serão a partir de setembro e março.
Aceitar a legalidade de tais regras seria admitir o absurdo de o Executivo poder fixar o início
11
Com efeito, a não ser que a data de entrada em exercício do servidor ocorra no dia 1º de
janeiro ou em 1º de julho, estará ele condenado a um descompasso sempre existente, entre a data
em que completou o interstício necessário à promoção/progressão e a data em que, efetivamente,
terá esse direito implementado, o que poderá variar de dias a meses e até mesmo anos, caso do
autor. Nesse ínterim, o sujeito, ainda que efetivamente integrante do quadro ativo de servidores,
verá sua escala de progressão nitidamente congelada.
Além disso, sobredita estipulação fere o princípio constitucional da isonomia (artigo 5º,
caput, da Carta Magna), porquanto dispensa idêntico tratamento a indivíduos que não se
encontram em patamar de igualdade, criando indevida distorção ao não respeitar as condições
pessoais de cada servidor. A aplicação dos ditames do Decreto n.º 84.669/80 pode implicar a
necessidade de um servidor trabalhar período sobremaneira superior a outro servidor unicamente
pelo fato de preencher os critérios para a progressão funcional logo após a data em que a
Administração concede a progressão anterior.
Esse fato, inegavelmente, gera enormes prejuízos ao autor, haja vista a falta de pagamento
do valor correspondente ao nível superior da carreira que ele deveria ascender se a Ré considerasse
o período de atividade efetivamente cumprido pelo Requerente, conforme planilha em anexo.
(vide documento nº 5)
Esclareça-se que os cálculos dos valores devidos representam a diferença bruta entre a
remuneração efetivamente paga desde o ingresso da autora no quadro da DPU e a remuneração
devida levando em conta o formato da progressão pleiteada, já removidos os valores prescritos.
Os valores de referência para a composição da tabela são encontrados na planilha de histórico da
remuneração do PGPE baseada nos aumentos concedidos legalmente, durante o período, nos
anexos III e V-A da Lei Federal 11.357/2006 (documento n.º 6).
Desse modo, devem as progressões e promoções funcionais surtir efeitos a cada 12 meses,
contados a partir do exercício do autor no cargo com interstício que deve ser iniciado no dia seguinte
ao que o servidor completou 12 meses. O avanço na carreira deve adotar como paradigma a situação
particular de cada servidor, ou seja, a progressão funcional da parte autora há de ser realizada a
partir do momento em que implementou o interstício regulamentar, contado o primeiro interstício da
data de início de exercício no cargo e, assim, sucessivamente, até que chegue ao final da carreira.
Os pontos de discordância devem ser ajustados ao que prevê a Lei e a Constituição, pois o
decreto legislativo, como regulamento, não se pode contrapor ao texto legal que lhe dá validade,
como é o caso da Lei 8.112/90, tampouco contrariar princípios e regras constitucionais.
Tal ajustamento decorre da hierarquia das normas jurídicas, em que um ato regulamentar
não pode instituir disciplina contrária à norma hierarquicamente superior (Lei Federal, Constituição
da República), e deriva diretamente do que prevê o caput do artigo 37 da Constituição Federal, ao
arrolar a legalidade como princípio ao qual está adstrita a Administração Pública.
Sendo assim, diante deste contexto, é necessário fazer expressa referência à legislação
que tratou do assunto. A Lei nº 8.112/90, conforme já exposto, trouxe todos os elementos
necessários à movimentação funcional dos autores, prevendo, inclusive, o desenvolvimento sem
que fosse necessária a expedição de regulamento específico. Repetem-se, por oportunos, os
artigos aqui ressaltados:
“Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,
inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.“
Assim, os servidores abrangidos pelos artigos em comento deveriam ser remanejados para o
nível superior, sem que nenhuma condição disposta em Decreto pudesse impedir este acesso.
Assim, se a lei não excepciona, não pode o administrador fazê-lo, sob pena de ofensa ao
princípio da legalidade. Portanto, como não há qualquer disposição que proíba o acesso funcional
dos servidores aos níveis superiores na carreira em virtude de termo inicial para cumprimento de
interstício e, ao contrário, existe na lei dispositivo específico que determinada este
enquadramento, merece procedência a ação.
seja regulamentada. Dessa forma, até o advento de tal regulamentação, deve ser
aplicado o requisito temporal ainda vigente, qual seja, de 12 (doze) meses. (TRF4, AC
5002353-04.2014.404.7108, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Marga Inge Barth
Tessler, juntado aos autos em 09/09/2014).
Ora, Excelência, o Decreto é verdadeiro exemplo de restrições de direitos onde sequer a Lei
nº 8.112/90 prevê (o que constitui luzente ilegalidade). Enfim, não atendem aos pressupostos da
razoabilidade e proporcionalidade o decreto ora atacado.
Por fim, diga-se que o princípio da igualdade, no caso, também foi violado, pois foi imposta
15
Permitir tal situação configura verdadeira burla aos direitos sociais, posto que a DPU se
serve do trabalho dos servidores na sua integralidade, e quando estes têm direito à progressão, se
vale de interpretação que visa promover à desigualdade entre os servidores, pois beneficia a alguns
e priva outros dos mesmos direitos.
Desse modo, constada a ilegalidade de parte dos dispositivos do Decreto, pois ultrapassou
seu limite regulamentador para inovar legislativamente, cabe à Justiça, não o tendo feito o Executivo,
afastar sua aplicação e determinar o correto entendimento e execução das Normas. No caso em tela,
anular os efeitos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 10, assim como do artigo 19, todos do Decreto
84.669/1980 e determinar que seja feita, desde sempre, a correta aplicação das Leis.
CLASSE - PADRÃO
DATA DA CLASSE- PADRÃO
INTERSTÍCIO DEVIDA APÓS A
PROGRESSÃO ORIGINAL
PROGRESSÃO
17.08.2010 a
17.08.2011 A–I A – II
16.08.2011
16
17.08.2011 a
17.08.2012 A – II A – III
16.08.2012
17.08.2012 a
17.08.2013 A – III A – IV
16.08.2013
17.08.2013 a
17.08.2014 A – IV A–V
16.08.2014
17.08.2014 a
17.08.2015 A–V B–I
16.08.2015
17.08.2015 a
17.08.2016 B–I B – II
16.08.2016
Por derradeiro, importa ressaltar que não há o que se cogitar da incidência da Súmula nº 339
do STF porque, no presente caso, o Judiciário não está agindo como legislador positivo, mas apenas
buscando a aplicação do princípio da isonomia assegurado pela Constituição Federal de 1998 e
determinando a correta interpretação e aplicação das Leis pelo Executivo que não o vem fazendo.
De outra forma é dizer que a ação não propõe o aumento discricionário, pelo Judiciário, dos
vencimentos do autor, mas a classificação dele conforme previsão da legislação pátria.
O Poder Judiciário pode controlar a legalidade dos atos da Administração Pública, cabendo
ao Judiciário afastar qualquer conduta da Administração Pública que ilegalmente cause lesão aos
direitos subjetivos dos administrados. Percebe-se que no presente caso o que ocorre é controle
de legalidade, plenamente possível de ser exercido pelo Poder Judiciário.
Assim, também, não se deve argumentar que Poder Judiciário estaria determinando a
progressão funcional de servidores, pois no caso em tela há Lei, o que ocorre é que ela não está
sendo respeitada pelo Poder Executivo e, por isso, o Judiciário estará tão somente determinando a
obediência a lei.
Neste passo, em anexo, segue íntegra de recente julgado (10/05/2017) do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, Apelação Cível nº 5035236-03.2015.4.04.7000 (PR). (documento nº 7)
4. DOS PEDIDOS
FRENTE AO EXPOSTO, nos termos das legislações invocadas, o autor requer a Vossa Excelência o
seguinte:
a) Requer-se a concessão dos benefícios da justiça gratuita tendo em vista que o autor não
17
tem como suportar as despesas do processo judicial, sem o prejuízo de seu próprio sustento
e de sua família, nos termos da Lei n.º 1.060/50;
c) Tendo em vista que a matéria colocada para apreciação e análise do Douto Juízo Especial
Federal é exclusivamente de direito, portanto, opta o autor pela não realização de audiência
conciliatória – CPC 319, Inciso VII;
f) Requer-se que seja determinado por Vossa Excelência prazo para que a Ré traga aos autos
documento comprobatório de que a parte autora foi devidamente enquadrada na
Classe/Padrão a que faz jus. Em caso de descumprimento do prazo determinado, seja
fixada multa diária (obrigação de fazer);
Protesta e requer provar o alegado por todos os meios admitidos em juízo, atinentes à
espécie, como juntada posterior de documentos, perícias e tudo mais que se fizer necessário para
18
o esclarecimento da lide.
Atribui-se à causa o valor de R$ 16.526,51 (dezesseis mil quinhentos e vinte e seis reais e
cinquenta e um centavos).