Você está na página 1de 30

23/03/2021

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ADULTO E ENVELHECIMENTO

UNIDADE 02
Algumas elaborações sobre o tornar-se adulto.

PROFESSORA DRª MILENA OLIVEIRA DA SILVA

VIDA ADULTA
EMERGENTE
TRANSIÇÃO...
23/03/2021

Monteiro, S., Tavares, J., & Pereira, A. (2018). Adultez


emergente: na fronteira entre a adolescência e a adultez.
Revista@ mbienteeducação, 2(1), 129- 137.

Jeffrey Arnett: Idade Adulta


Emergente
• Defende que a entrada na idade adulta é realizada ao longo
deste período, entre a adolescência e a idade adulta. Esta fase
foi proposta devido à prolongada transição para a idade adulta
que se verifica nas sociedades industrializadas do Ocidente. Este
conceito é apresentado desde logo não como um período
universal mas como existente unicamente em culturas em que a
entrada nos papéis e responsabilidades de adulto são adiadas
para além dos anos teens, e, consequentemente, é
principalmente encontrada em países industrializados que
requeiram um alto nível educacional (Arnett, 2000).
23/03/2021

• Existem duas normas demográficas


bem estabelecidas na adolescência
e no início da fase adulta, sendo que
na fase de idade adulta emergente
existe sim diversidade demográfica e
heterogeneidade.

A partir de características demográficas é claramente


identificável, caracterizável e diferenciável o período
de adolescência e de fase adulta
Até aos 18 anos estão
primordialmente em casa
dos pais, estão
18 matriculados no ensino,
não estão casados nem
têm filhos.

Por volta dos 30 anos,


30 grande parte dos adultos
estão casados, tornaram-
se pais e não estão
matriculados em escolas
23/03/2021

• Nesta etapa existe uma relativa independência de


papeis sociais e expectativas normativas, sendo
definida pelo seu caráter mutável, dinâmico e fluído.
Constitui-se como um período de focalização intensiva
na preparação para a fase adulta, em que esta está
iminente e em que a pessoa está claramente em
transição. O que se torna normativo nesta fase é, sim, a
exploração de papéis, mas de modo diferente da que
ocorre na adolescência.

• Para Arnett (2000) existe um foco na questão da identidade na idade


adulta emergente, nas suas principais áreas de exploração, o amor,
trabalho e visão do mundo; e é nesta fase que o jovem experimenta
várias formas de estar na vida e gradualmente se aproxima de
decisões que perduram.
• O autor não nega que seja na adolescência que estas questões se
começam a colocar, mas defende que o desenrolar do processo
toma lugar principalmente na idade adulta emergente. Realça,
igualmente, o caráter exploratório desta fase, considerando que o
objetivo exploração não é apenas a preparação para papéis adultos
mas parte de obter uma amplitude de experiências de vida antes de
tomar responsabilidades duradouras e limitadoras de adulto.
23/03/2021

Exploração da identidade
A adultez emergente é a idade da exploração da identidade, na
medida em que, ao longo deste período, existe a exploração de
diversas possibilidades em áreas distintas, principalmente na vida
profissional e na vida afetiva. É neste processo de exploração de
possibilidades que o adulto emergente clarifica as suas identidades.

Numa fase em que são mais independentes dos seus pais, mas que
ainda não assumiram compromissos típicos da idade adulta (e.g.,
casamento, parentalidade), os adultos emergentes têm oportunidade
única para experimentar e viver diferentes possibilidades.

AUTOFOCUS
• A adultez emergente é também a idade do autofocus, no
sentido de que os adultos emergentes têm poucas obrigações e
deveres sociais, e poucos compromissos com os outros, o que
lhes permite grande autonomia na gestão das suas vidas.

• Desta forma, são relativamente livres para tomarem decisões


importantes acerca das suas vidas (ARNETT, 1998). De acordo
com Arnett (1998, 2004), o autofocus cumpre uma função
importante, a de autosuficiência, que ocupa um papel central
na visão que os adultos emergentes têm acerca do ser adulto.
23/03/2021

Sentimento “in-between”
O sentimento de ter atingido a idade adulta demora tempo a ser
alcançado, havendo um período substancial em que os indivíduos se
sentem “in-between”, como se estivessem a emergir na idade adulta,
embora ainda não se sintam completamente lá.

• Arnett sugere três critérios principais para se atingir a idade adulta:


• assumir responsabilidade em nome próprio,
• tomada de decisão independente
• independência financeira.

Instabilidade e Possibilidades
• As explorações próprias da adultez emergente tornam este período
excepcionalmente estimulante, mas também excepcionalmente
instável.

• A adultez emergente é também a idade das possibilidades. E o é de


duas formas distintas. A primeira relaciona-se com o otimismo e a
esperança no futuro, característicos deste período. A segunda tem a
ver com o fato de este período representar uma oportunidade crucial
para os jovens estabelecerem uma identidade independente, e
tomarem decisões acerca do tipo de pessoa que querem ser e do tipo
de vida que querem ter no futuro.
23/03/2021

Instabilidade e Possibilidades
• É também neste período de vida que os jovens têm
oportunidade de se distanciar das suas famílias de origem e
tentar construir os seus próprios caminhos, uma vez que até este
período (durante a infância e adolescência) são normalmente
os pais os grandes responsáveis pelas decisões importantes das
suas vidas.

• Apesar do otimismo aparente, que caracteriza o adulto


emergente em relação ao futuro, não podemos deixar de
salientar as dificuldades evidentes e inerentes a este período,
como a dificuldade do acesso ao mercado de trabalho ou a
dificuldade do acesso à habitação própria, que tornam este
período particularmente gerador de stress.

• De qualquer modo, os dados disponíveis demonstram que, muito


embora esta fase seja muitas vezes um tempo de instabilidade e
de crise de identidade, poucas vezes corresponde a um período
de desespero ou colapso.
23/03/2021

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ADULTO E ENVELHECIMENTO

VIDA ADULTA
JOVEM

Papalia, D. E. (2013). Desenvolvimento humano. Porto


Alegre: ArtMed. Cap. 13 – Desenvolvimento Físico e
Cognitivo no início da vida adulta e do Jovem Adulto

Papalia, D. E. (2013). Desenvolvimento humano. Porto


Alegre: ArtMed. Cap. 14 – Desenvolvimento Psicossocial
no início da vida adulta e do Jovem Adulto
23/03/2021

A.
A. FÍSICOS
COGNITIVOS

A. PSICOSSOCIAIS

QUANDO UMA PESSOA SE


TORNA ADULTA?
23/03/2021

Quando uma pessoa se torna


adulta?

Alguns marcadores: Idade Adulta Legal

• "a menoridade cessa aos 18 anos completos,


quando a pessoa fica habilitada à prática de
todos os atos da vida civil". (Código Civil 2002)

Quando uma pessoa se torna


adulta?

• Por definições sociológicas, as pessoas podem ser


consideradas adultas quando são responsáveis por si
mesmas ou escolheram uma carreira, casaram-se ou
estabelecem um relacionamento afetivo significativo
ou iniciaram uma família.
23/03/2021

Quando uma pessoa se torna


adulta?
• A maturidade psicológica depende de realizações como descobrir a
própria identidade, tornar-se independente dos pais, desenvolver
um sistema de valores e estabelecer relacionamentos.

• Alguns psicólogos sugerem que a entrada na vida adulta é marcada


não por critérios externos, mas por indicadores internos como o
sentimento de autonomia, autocontrole e responsabilidade pessoal
– ou seja, é mais um estado de espírito do que um evento isolado
(Shanahan, Porfeli e Mortimer,2005).

Quando uma pessoa se torna


adulta?
• Para a maioria das pessoas leigas, entretanto, três critérios
definem a idade adulta:

(1) aceitar a responsabilidade por si mesma,

(2) tomar decisões independentes

(3) tornar-se financeiramente independente (Arnett, 2006).


23/03/2021

Quando uma pessoa se torna


adulta?
• O início da vida adulta é um período de “poder fazer”. A maioria
das pessoas ficam sozinhas pela primeira vez, montando e
administrando casas e colocando-se à prova na faculdade ou no
trabalho.

• Todos os dias elas testam e ampliam suas habilidades físicas e


cognitivas ao encontrar o “mundo real” e resolverem ou
contornarem os problemas cotidianos.

As tomadas de decisões nessa fase ajudam


a determinar sua saúde, sua carreira e o
tipo de pessoa que desejam ser.
23/03/2021

ASPECTOS FÍSICOS

CONDIÇÕES DE SAÚDE

• Durante este período, a base para o funcionamento físico de


uma vida inteira continua a ser estabelecida. A saúde pode ser
influenciada pelos genes, mas fatores comportamentais – o que
os adultos jovens comem, se dormem o suficiente, se são
fisicamente ativos e se fumam, bebem ou usam drogas –
contribuem enormemente para a saúde e o bem-estar. Além
disso, esses fatores ambientais podem resultar em mudanças
epigenéticas na expressão de determinados genes que podem
ter consequências para a vida inteira (Dolinoy e Jirtle, 2008).
23/03/2021

TAXA DE MORTALIDADE
• As três principais causas de morte entre os jovens nas Américas são evitáveis.
Os homicídios são os “principais assassinos”, sendo responsáveis por 24% de
toda a mortalidade, seguidos pelas mortes no trânsito (20%) e pelo suicídio
(7%) (OPAS, 2019).

• Em 2016, um homem de 20 anos tinha 4,5 vezes mais chance de não


completar 25 anos do que uma mulher no mesmo grupo de idade. Este
fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas
externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população
masculina.

INFLUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS NA SAÚDE


E NA CONDIÇÃO FÍSICA
• A associação entre comportamento e saúde ilustra as
interrelações entre aspectos físicos, cognitivos e emocionais do
desenvolvimento. O que as pessoas sabem sobre saúde afeta o
que elas fazem, e o que elas fazem afeta como elas se sentem.

• Diversos fatores de estilo de vida que estão fortemente


associados a saúde e condição física: dieta e controle do peso,
atividade física, sono, tabagismo, uso de álcool e drogas e
estresse.
23/03/2021

Alimentação

Álcool,
Atividade
cigarro e
outras drogas Física

Sono Estresse
23/03/2021

Dieta e nutrição:
hábitos
alimentares
diretamente
ligados à
condição física do
adulto;

Obesidade: no
Brasil 1 a cada
cinco adultos são
obesos;

Transtornos
alimentares

Causas e
consequências?
23/03/2021

Álcool

Álcool e outras drogas


• A entrada na universidade é um período crítico, de vulnerabilidade para o início e a manutenção do uso
de álcool e outras drogas.

• Quase metade dos universitários (48,7%) relatou já ter consumido alguma substância psicoativa (exceto
álcool ou produtos do tabaco) pelo menos uma vez na vida, sendo que pouco mais de um terço deles
(35,8%) nos últimos 12 meses e cerca de um quarto (25,9%) nos últimos 30 dias.

• O uso de substâncias ilícitas (geral) é maior entre os universitários das regiões Sul e Sudeste, de
instituições privadas, da área de Humanas, do período noturno e por universitários com idade acima
dos 35 anos. Não foi observada a interferência de gênero sobre o uso geral de drogas.
23/03/2021

ESTRESSE:
As dinâmicas dessa fase de vida podem elevar a percepção do estresse;
Estresse pode levar a comportamentos de risco como beber e fumar;
Universitários estressados comem mais, dormem menos e pouco se exercitam;
Relacionamentos afetivos estáveis ajudam ne regulação do estresse.

SONO
Insônia aumenta entre o grupo de universitários;
A privação de sono afeta física, cognitiva e emocionalmente o sujeito e
pode ser comparável a ingestão de álcool;
Associado a depressão e diminuição da capacidade cognitiva.

TABAGISMO
No Brasil, ao longo dos últimos 25 anos, a percentagem de fumantes diminuiu
de 29% para 12% entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. Alta
de impostos, legislação e campanhas são estratégias de sucesso no país.
Jovens universitários são uma dos maiores grupos com aumento e presença do
tabagismo.

Casamento
Saúde Mental
•Alcoolismo
Apoio e
•Abuso de drogas
Integração Social
•Depressão

Comportamento
Influências Sexual
Nível
Socioeconômico Indiretas •aumento de
infecções
na Saúde sexualmente
transmissíveis
23/03/2021

ASPECTOS
COGNITIVOS

PERSPECTIVAS SOBRE A COGNIÇÃO ADULTA


• Os cientistas do desenvolvimento estudaram a cognição adulta de uma variedade de
perspectivas. Alguns investigadores buscam identificar capacidades cognitivas
características que surgem na idade adulta ou formas características nas quais os
adultos usam suas capacidades cognitivas em sucessivos estágios de vida. Outros se
concentram em aspectos da inteligência que existem durante toda a vida, mas que
tendem a vir para o primeiro plano na idade adulta. Uma teoria atual, que pode
aplicar-se tanto a crianças quanto a adultos, salienta o papel da emoção no
comportamento inteligente.
23/03/2021

Pensamento Reflexivo
• O pensamento reflexivo é uma forma complexa de cognição, definida originalmente
pelo filósofo e educador americano John Dewey (1910-1991) como “consideração
ativa, persistente e cuidadosa” das informações ou crenças levando em conta as
evidências que as sustentam e as conclusões a que elas levam. Pensadores reflexivos
questionam continuamente os fatos supostos, fazem inferências e conexões.

• Elaborando a partir do estágio operatório-formal de Piaget, os pensadores reflexivos


podem criar sistemas intelectuais complexos que conciliam ideias ou considerações
aparentemente conflitantes – por exemplo, reunindo várias teorias da física moderna
ou do desenvolvimento humano em uma única teoria geral que explica muitos tipos
diferentes de comportamento (Fischer e Pruyne, 2003).

Pensamento Reflexivo
• A capacidade para o pensamento reflexivo parece surgir entre as idades de 20 e 25
anos.

• Antes dessa fase, são as regiões corticais do cérebro que cuidam do pensamento de
nível superior totalmente mielinizado. Ao mesmo tempo, o cérebro está formando
novos neurônios, sinapses e conexões dendríticas. Um ambiente rico e estimulante
pode impulsionar o desenvolvimento de conexões corticais mais espessas e mais
densas. Embora quase todos os adultos desenvolvam a capacidade de se tornar
pensadores reflexivos, poucos obtêm uma ótima proficiência nessa habilidade, e um
número ainda menor sabe aplicá-la consistentemente a vários tipos de problemas.
Para muitos adultos, a educação universitária estimula o progresso rumo ao
pensamento reflexivo (Fischer e Pruyne, 2003).
23/03/2021

Pensamento Pós-formal
• Ele é caracterizado pela capacidade de lidar com inconsistência, contradição,
imperfeição e tolerância. É de certa forma tanto um estilo de personalidade
quanto um modo de pensar: as pessoas diferem no quanto se sentem confortáveis
com a incerteza. Este estágio superior da cognição adulta é chamado às vezes de
pensamento pós-formal, e geralmente começa no início da vida adulta, com
frequência pela exposição à educação superior (Labouvie-Vief, 2006).

• O pensamento pós-formal é flexível, aberto, adaptativo e individualista. Ele recorre


à intuição e à emoção, bem como à lógica, para ajudar as pessoas a lidarem
com um mundo aparentemente caótico. Ele aplica os frutos da experiência a
situações ambíguas.

Pensamento Pós-formal

• O pensamento pós-formal é relativista. Como o pensamento reflexivo, ele permite aos


adultos transcenderem um único sistema lógico (por exemplo, uma teoria particular
do desenvolvimento humano ou um sistema político estabelecido) e conciliar ou
escolher ideias ou demandas conflitantes (por exemplo, de dois parceiros afetivos),
cada uma das quais, a partir de sua perspectiva, pode ter uma afirmação de
verdade válida (Labouvie-Vief, 1990a, 1990b; Sinnott, 1996, 1998, 2003).

• Habilidade em: (a) mudar de marcha; (b) causalidade e soluções múltiplas; (c)
pragmatismo e (d) consciência de paradoxos.
23/03/2021

Modelo de Desenvolvimento Cognitivo para o


Ciclo de Vida
AQUISITIVO (infância e adolescência);

REALIZADOR (20-30 anos) – utilizar o conhecimento para atingir metas;

RESPONSÁVEL (30-60 anos) - utilizar o conhecimento para resolver problemas práticos associados à
responsabilidades com os outros;

EXECUTIVO (30/40-meia idade) – utilizar o conhecimento em sistemas sociais e relacionais


complexos;

REORGANIZATIVOS (meia idade-início da velhice) – energia intelectual voltada para propósitos


significativos;

REINTEGRATIVO (velhice) – concentrar-se no propósito do que fazem e tem significado;

CRIAÇÃO DE HERANÇA (velhice avançada) – criação de dispositivos voltados para criação de


biografia e legado.

Sternberg: Insigth e Conhecimento Prático

3 elementos da Conhecimento
inteligência: Tácito/Prático:
• E. Componencial • Gerenciamento de si
• E. Experencial mesmo
• E. Contextual • Gerenciamento de tarefas
• Gerenciamento dos outros
23/03/2021

Inteligência Emocional e Raciocínio Moral


• Inteligência Emocional: Capacidade de perceber, usar, entender e administrar, ou regular, as
emoções – nossas e dos outros – a fim de alcançar objetivos.

• A inteligência emocional permite que uma pessoa utilize as emoções para lidar mais
efetivamente com o ambiente social. Ela requer a consciência do tipo de comportamento
adequado em uma determinada situação.

• Na teoria de Kohlberg, o desenvolvimento moral das crianças e dos adolescentes


acompanha o amadurecimento cognitivo. Os jovens avançam no julgamento moral à
medida que superam o egocentrismo e se tornam capazes de utilizar o pensamento
abstrato. Na vida adulta, entretanto, os julgamentos morais se tornam mais complexos. O
avanço para o terceiro nível de raciocínio moral – a moralidade pós-convencional
totalmente baseada em princípios – é principalmente uma função da experiência. A maioria
das pessoas não atinge este nível até seus 20 anos

• A experiência pode levar os adultos a reavaliarem seus critérios em relação ao que é certo e
justo.
23/03/2021

ASPECTOS
PSICOSSOCIAIS

• O principal marco da idade adulta é que, ao contrário dos


adolescentes, limitados pelo ritmo da maturação biológica
e as restrições dos pais, os adultos podem escolher seus
próprios caminhos, que incluem carreira, casamento,
amigos, estilo de vida, etc.

• O início da idade adulta começa por volta dos vinte anos e


a maioria dos teóricos, cada um com sua visão, chegam a
mais ou menos a mesma conclusão: os adultos buscam
satisfazer dois impulsos que são o amor e a realização de
algo por si mesmo.
23/03/2021

Recentralização
• Processo subjacente à mudança para uma identidade adulta. É a
tarefa primária no início da vida adulta. É um processo de três
estágios no qual poder, responsabilidade e tomada de decisão
gradualmente passam da família de origem para o adulto jovem
independente.

• No estágio 1, o início da idade adulta emergente, o indivíduo ainda


está inserido na família de origem, mas as expectativas de
autoconfiança e autodirecionamento começam a aumentar.

Recentralização
• No estágio 2, durante a idade adulta emergente, o indivíduo
permanece conectado à família de origem (e pode ser
financeiramente dependente dela) mas não está mais inserido
nela. Envolvimentos temporários e exploratórios em uma
variedade de cursos universitários, empregos e relacionamentos
íntimos marcam esse estágio. Próximo do seu final, o indivíduo
está começando a assumir compromissos sérios e obtendo os
recursos para sustentá-los.

• No estágio 3, geralmente em torno dos 30 anos, o indivíduo entra


no período adulto jovem. Este estágio é marcado por
independência da família de origem (embora mantendo vínculos
estreitos com ela) e compromisso com uma carreira, com um
relacionamento amoroso e possivelmente com filhos.
23/03/2021

Teorias Normativas
• Entre as idades de 17 e 33 anos, um homem constrói sua primeira estrutura de
vida temporária. Ele sai da casa dos pais, talvez para ir para a universidade ou
para o serviço militar, e torna-se financeira e emocionalmente independente. Ele
escolhe uma profissão, talvez uma esposa, e forma um sonho sobre o que espera
alcançar no futuro. Em torno dos 30 anos, ele reavalia sua primeira estrutura de
vida. Ele então constitui uma família e estabelece metas (uma cátedra, por
exemplo, ou um certo nível de renda) e um prazo para alcançá-las (digamos, aos
40 anos). Ele fundamenta sua vida na família, na profissão e na comunidade. A
forma como ele lida com os problemas desta fase afetarão como ele suporta a
transição para a meia-idade.

Teorias Normativas

• Talvez a mensagem mais importante dos modelos do estágio


normativo é que desenvolvimento não é meramente chegar à
idade adulta. Quer as pessoas sigam ou não os padrões
específicos sugeridos por esses modelos, a pesquisa do estágio
normativo sustenta a ideia de que os seres humanos continuam
a mudar e a se desenvolver durante toda a vida.
23/03/2021

ERIK ERIKSON
• Erikson propõe distinguir oito idades na vida do ser humano,
defendendo a existência de uma sequência normativa de aquisições
psicossociais em cada etapa.

• O autor explicita que não conceitualiza todo o desenvolvimento como


uma série de crises, mas como uma sucessão de fases críticas, de
momentos decisivos, onde se joga o progresso ou a regressão, a
integração e a sujeição.

O 1º estágio – confiança/desconfiança (0 –
18 meses)

O 2º estágio – autonomia/dúvida e vergonha (18


meses – 3 anos)

O 3º estágio – iniciativa/culpa (3 anos- 6 anos)


O 4º estágio – indústria (produtividade) / inferioridade (6
anos- 12 anos)
O 5º estágio – identidade/confusão de identidade
(adolescência)

O 6º estágio – intimidade/isolamento (25 anos – 40 anos)

O 7º estágio – generatividade/estagnação (35 anos – 60


anos)

O 8º estágio – integridade/desespero (após os 60 anos)


23/03/2021

ERIK ERIKSON
• Especificamente quanto à Idade Adulta Jovem, o sexto estágio do
desenvolvimento psicossocial de Erikson é INTIMIDADE X ISOLAMENTO.

• Diz que o indivíduo anseia e dispõe-se a fundir a sua identidade com a


de outros, estando preparado para a intimidade. Tem a capacidade de
confiar a filiações e ser fiel a elas, mesmo que isso implique sacrifícios
e compromissos significativos.

ERIK ERIKSON
• É agora que se pode desenvolver a verdadeira genitalidade, a
mutualidade com um parceiro amado, com quem se pode e quer
partilhar uma confiança mútua e os ciclos de trabalho, procriação e
recreação.
• O reverso da intimidade é o distanciamento, a tendência a isolar-se e,
se necessário, a destruir as forças e pessoas que sente como
perigosas para si próprio e que parecem invadir indesejadamente as
relações íntimas. Assim, a crise evidenciada nesta fase é a que opõe a
intimidade ao isolamento.
23/03/2021

• Erikson considerava o desenvolvimento dos relacionamentos


íntimos a tarefa crucial no período adulto jovem. A necessidade de
estabelecer relacionamentos fortes, estáveis, estreitos e carinhosos
é um forte motivador do comportamento humano. As pessoas se
tornam íntimas – e permanecem íntimas – por meio de revelações
compartilhadas, receptividade às necessidades do outro e
aceitação e respeito mútuos.

• Erikson afirma que a formação de um sentido de identidade


seguro é necessária para o estabelecimento de relacionamentos
íntimos de alta qualidade.

ATIVIDADE:

• SINTETIZAR 3 ELEMENTOS DOS DOMÍNIOS FÍSICO, COGNITIVO E SOCIAL DO JOVEM ADULTO.

• REFLEXÃO: COMO ESSAS INFORMAÇÕES E NOÇÃO GERAL DA VIDA ADULTA JOVEM PODEM SER
ELEMENTOS QUE AUXILIARÃO NO SEU TRABALHO COMO PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA?
23/03/2021

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

Você também pode gostar