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SANTA CATARINA
Autos n
CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
Com relação ao cabimento, trata-se de decisão interlocutória a ser contrabatida e
reformada, razão pela qual é pertinente a interposição do recurso de agravo de
instrumento, previsto no 1.015, inc. XI, do Código de Processo Civil Sobre a
tempestividade, considerando-se que a intimação nos autos eletrônicos da ação que
tramita em primeiro grau de jurisdição efetuou-se numa segunda-feira (quatro dias
atrás, apenas), o prazo de 15 (quinze) dias para interposição do presente recurso
ainda não está encerrado, realizada a contagem nos moldes dos artigos 1.003, § 5º,
219 e 231, do Código de Processo Civil.
No caso dos autos, claramente percebe-se que houve afronta a esse último
dispositivo legal colacionado, até mesmo porque foi imposto à empresa agravante o
ônus de demonstrar que a parte agravada não sofreu danos extrapatrimoniais ou
morais. Ou seja, houve imposição da produção de prova de fato negativo, ou da
“prova diabólica”, à agravante, sendo-lhe impossível desincumbir-se de tal ônus,
simplesmente. Diante das razões expostas, pretende-se a reforma da decisão
interlocutória agravada, a fim de que seja excluída a imposição feita à parte
agravante, no sentido de que não lhe caberá mais, a partir da reforma da decisão,
ter de demonstrar que a parte agravada não sofreu danos morais.
DO EFEITO SUSPENSIVO
PEDIDOS
Posto isso, a empresa agravante Bela Musa pleiteia o conhecimento, pois cabível e
tempestivo, do presente recurso e o total provimento deste agravo de instrumento, e
ainda pretende o acolhimento dos seguintes pedidos:
1) Atribuição de Efeito Suspensivo. Tendo em vista a realização próxima da
audiência de instrução e julgamento, pugna-se pela atribuição de efeito
suspensivo ao presente agravo de instrumento, com fulcro no art. 1.019,
inciso I, do Código de Processo Civil, considerando-se o exposto no item 4 do
presente recurso;
2) Intimação. Requer-se a intimação da parte agravada, Gabriela, a fim de que
apresente resposta, se pretender, no prazo de 15 (quinze) dias, em harmonia
com o disposto no artigo 1.019, inciso II, do Código de Processo Civil;
3) Provimento. Pleiteia-se a reforma da decisão agravada, a fim de que não
conste mais na decisão interlocutória a imposição do ônus de produção de
prova de fato negativo, ou de “prova diabólica”, em face da agravante, não lhe
sendo imposto, noutras palavras, o ônus de demonstrar que a parte agravada
não sofreu danos extrapatrimoniais ou morais.