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PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
Elzimar Scalise
Elisete Bissiato
Marta Santiciolli
Vinhedo / SP
2012
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
AGRADECIMENTOS
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
ÍNDICE
Introdução 4
O Uso de Mandalas na Psicologia Analítica 6
Arteterapia 9
Função do Terapeuta 10
A Psicologia Transpessoal e as Mandalas 11
O que são Mandalas? 12
Tipos de Mandalas 13
Como Usar as Mandalas 14
Para que servem as Mandalas 15
Elementos da Mandala 16
Mandalas – Uso Terapêutico 18
Mandala – Caminho para a Cura _______________________________ 19
Bases Terapêuticas 20
Função Terapêutica das Mandalas 23
Técnicas Terapêuticas das Mandalas 24
Atividade Proposta – Vivência com Mandalas _____________________ 26
Anexos:
Anexo I – Mandala Pessoal 28
Anexo II – Mandalas e os Chakras 29
Anexo III – O Uso de Mandalas no Budismo Tibetano _______________ 31
Anexo IV – Autoras:
Nise da Silveira 34
Celina Fioravanti 36
Considerações Finais 37
Referências Bibliográficas 39
Fontes da Internet 40
Capa – Mandala Talismânica Nome Amaranthus 41
Contra capa – Foto do Grupo Amaranthus 43
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO
INTRODUÇÃO
Este espaço então é preenchido com várias imagens representativas das mais
variadas ligações simbólicas, resultando numa representação gráfica da
relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde os tempos mais remotos
até os dias de hoje as Mandalas são usadas como focos de meditação, para
atrair abundância material e sorte nos negócios, para amenizar as dificuldades,
para captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas
em positivas.
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Este trabalho tem por objetivo o conhecimento da utilização da mandala como
uso terapêutico e, consequentemente, como instrumento de cura. Enfoca a
confecção e pinturas de mandalas como um recurso arteterapêutico que auxilia
o homem no processo de autoconhecimento, equilibrando as emoções,
proporcionando efeitos curativos no nível físico, mental e espiritual.
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
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O USO DE MANDALAS NA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG
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imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente,
ou dançadas.
Jung verifica então, que a mandala possui dupla eficácia: conservar a ordem
psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu. Neste último
caso, exerce uma função estimulante e criadora.
Diz Jung:
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E é nesse contexto que Jung, na obra citada, verifica que o centro,
primeiramente, pertence à consciência, depois, ao assim chamado
inconsciente pessoal e, finalmente, a um segmento de tamanho indefinido
chamado inconsciente coletivo, cujos arquétipos são comuns a toda
humanidade. Jung utilizou as mandalas como instrumento conceitual para
analisar e assentar as bases sobre as estruturas arquetípicas da psique
humana. Ele considerava que o comportamento humano se molda de acordo
com duas estruturas básicas da consciência: a individual e a coletiva. A
primeira se aprenderia durante a vida em particular; a segunda se herdaria de
geração em geração.
Jung aplicou este método em sua própria vida e silenciou sobre o resultado de
suas pesquisas consigo mesmo e com seus pacientes durante treze anos e
pode constatar que é possível pintar quadros extremamente complexos, cujo
verdadeiro conteúdo nos é totalmente desconhecido. Afirma que enquanto se
pinta o quadro se desenvolve por ele mesmo, às vezes até contrariando a
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
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intenção consciente. Começou a utilizar o método da imaginação ativa, a partir
de 1916, mas só em 1928, em As relações entre o eu e o inconsciente, foi que
o delineou. Para provar que as mandalas surgem espontaneamente e não por
sua sugestão de sua própria fantasia, somente em 1929, pela primeira vez,
mencionou as mandalas em um comentário que chamou de O Segredo da Flor
de Ouro.
Por isto, a psicóloga Radmila Moacanin (1999, p. 30) explicita que: “Jung observou
que as mandalas surgem espontaneamente quando a psique está em processo
de reintegração, em seguida a momentos de desorientação psíquica, como
fator compensador da desordem. Portanto, Jung entende a mandala como uma
tentativa de auto cura, inconsciente, a partir de um impulso instintivo, no qual o
“molde rigoroso” imposto pela imagem circular com um ponto central compensa
a desordem do estado psíquico”. Conclui a autora que: “... a mandala é um
arquétipo da ordem, da integração e da plenitude psíquica, surgindo como
esforço natural de auto cura”.
ARTETERAPIA
FUNÇÃO DO TERAPEUTA
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De acordo com Marcia Tabone, “... é vital que o terapeuta esteja consciente de
seu próprio estágio de autotranscedência e tenha conhecimento experiencial
de todo o espectro da consciência para atuar e acompanhar como um guia o
processo psicoterapêutico que se desenrola. O que realmente define o
contexto transpessoal é a capacidade do terapeuta em comunicar, através de
suas atitudes, a confiança necessária para ajudar o cliente a explorar os
domínios transpessoais”.
O Arteterapeuta coloca à disposição o material e escolhe a técnica de acordo
com a necessidade de seu cliente, despertando as potencialidades que cada
um traz.
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Jung publicou numerosos desenhos realizados por seus pacientes, cuja
estrutura geométrica é simétrica evocam também a linguagem harmoniosa da
cor, usada na técnica dos Mandalas orientais. O estudo a alquimia ocidental e
oriental, conjuntamente à sua amizade pessoal com o grande sinólogo Richard
Wilhelm, entre abriram-lhe os horizontes infinitos do I Ching, o livro das
Mutações, o antiquíssimo oráculo do saber, baseado na lei da harmonia dos
contrários. Estas pesquisas permitiram-lhe afirmar: “A união dos opostos, em
um nível mais alto da consciência... não é um fenômeno racional e muito
menos um ato de vontade, mas é um processo de desenvolvimento psíquico
que se exprime em símbolos”.
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O espaço interior, onde as formas se desenvolvem é chamado de sagrado;
aquilo que está fora desse espaço é chamado de profano. A linha circular que
fecha este espaço é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a
consciência (fora) e a inconsciência (dentro), entre e espírito e a matéria; ou
seja. A linha circular é uma fronteira.
O ponto central representa a essência da mandala, representa uma existência
superior. A fonte de toda criação, Deus. O círculo expressa a totalidade do
universo e da alma.
TIPOS DE MANDALAS
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COMO USAR AS MANDALAS
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PARA QUE SERVEM AS MANDALAS
ELEMENTOS DA MANDALA
Vamos falar agora, sobre cada um dos elementos que compõem uma mandala,
para saber qual é a sua influência no desenho e quais vibrações que cada um
emana.
Os números na mandala
Para um estudioso das mandalas, o conhecimento dos números é essencial.
Toda mandala é estruturada na divisão do espaço circular em setores.
A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes do
desenho. São eles que formam a base numérica de uma mandala.
Quem desenha uma mandala pode ou não ter consciência da divisão que usa,
mas depois de feita, ela passa a vibrar de acordo com sua base numérica,
tenha ela sido desenhada intencionalmente ou não.
Quando se usa uma mandala com fins terapêuticos, a base numérica dela
define o tipo de energia que ela distribui. Assim uma mandala com três
divisões, por exemplo, contém vibrações muito diferentes daquela com cinco
divisões.
O três é um número de comunicação que não fica limitado ao que já existe, ele
é criativo e gera crescimento. É um símbolo da busca espiritual e seu verbo é
criar.
Já o cinco está relacionado à leveza, fluidez, alegria. As mandalas com esta
base são possuidoras de uma vibração que acentua a necessidade de ser livre.
Formas geométricas
São as formas geométricas da mandala que, na maior parte das vezes, criam
as vibrações numéricas das mesmas. Então, uma mandala de vibração três
terá, muito provavelmente, um triângulo, e uma mandala com base quatro, um
quadrado. Mas isso não é regra. Outras formas não geométricas podem definir
a base numérica da mesma.
Como formas geométricas podemos citar: círculo, triângulo, quadrado,
pentágono, pentagrama, hexágono, estrela de seis pontas e os polígonos
estrelados.
Cor amarela: representa o Sol, a luz, a alegria. É uma cor ativadora e dinâmica
que age, acentuadamente, sobre os processos mentais, gerando aceleração e
mudanças nos pensamentos. O amarelo traz muitas idéias, afasta as idéias
fixas e aumenta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência, do estudo
e da criatividade. Quando aparece em uma mandala, deve ser bem observada
sua colocação, porque pode gerar instabilidade ou excessiva produção mental.
O amarelo providencia acréscimo de elemento ar no organismo.
Cor azul: sua influência é calmante e traz equilíbrio. Também traz paz,
harmonia e serenidade. Quando esta cor aparece em uma mandala, precisa
estar em harmonia com o conceito numérico para não ter sua atuação
enfraquecida por formas com as quais ela não combina. O azul providencia
acréscimo do elemento água no organismo.
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
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atuação é superior ao violeta. Ela estimula a intuição e a capacidade de
perdoar.
Não se usa o índigo quando há alguma limpeza orgânica, porque ela pode
ativar o processo, gerando uma crise intensa na eliminação.
O terapeuta usa o índigo para pacientes em crise espiritual ou emocional. Atua
bem em terapias para pessoas com desespero, obsessão, obstáculos, vivência
de perda afetiva, perseguição.
A partir do que foi estudado quanto aos elementos de uma mandala, podemos
concluir que: mandala é, na verdade, um campo de força no qual as
emanações da base numérica, das formas geométricas e das cores são
poderes vibracionais atuantes.
“O trabalho com mandalas auxilia o ser humano na sua busca interior. Este
trabalho explora a intuição e a criatividade, contribuindo para realizações
assertivas do que se almeja. Traz à tona a individualidade humana com total
consciência de si e do mundo.
Olhar para a vida dentro da mandala possibilita organizar, prospectar,
transcender e renovar pequenos atos que constroem a maior obra de arte: a
sua vida”. (Renascimento – Núcleo de Desenvolvimento Humano e Espiritual).
BASES TERAPÊUTICAS
Como acontece a cura?
“Sob o ponto de vista físico, a cura acontece quando uma função do corpo que
estava alterada é estabelecida. No entanto, para o espiritualista, a cura é vista
como um processo de reabilitação da energia menos densa do corpo e uma
correção na alma. Isto porque para o espiritualista a doença começa na alma, a
partir dali ela provoca alterações...” no campo energético, ““... para terminar
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aparecendo como sistemas orgânicos no corpo físico. É por essa razão que
quando se trabalha a cura integral, começa-se pelo atendimento da alma, para
depois atender à aura e finalmente o físico”. (Celina Fioravanti)
Como sabemos, a doença começa na alma. Ali ela atua com maior ou menor
intensidade por um bom período. Sabemos também que ninguém adoece
imediatamente porque é impaciente, por exemplo. São anos de impaciência e
irritação decorrente de uma maneira negativa de sentir as coisas, que acabam
por lesar o nosso corpo físico.
Sabemos também, que há a cura através de remédios alopáticos. Há a cura
através da cirurgia que trata um órgão lesado. Há a cura que é oferecida por
alguém que tem um dom nas mãos para afastar a dor e recuperar a energia.
Há a cura da alma, que acontece quando se corrige pensamentos, palavras e
atos. Enfim, são tantas as formas de cura justamente porque são muitos os
males do corpo e da alma.
Corpo áurico: por suas características mais sutis, pode ser muito beneficiado
pela aplicação de um fluído vibrante, refletindo uma mudança imediata em suas
condições vibracionais.
Corpo espiritual: por suas características mais mentais que materiais ou sutis,
recebe um fluído divino e a ajuda de que precisa para se recuperar. Ao mudar
o corpo espiritual, o corpo físico e áurico melhora também.
Nota: a atuação dos fluídos sutis de cura acontecem por meio de trocas; ou
seja, a energia de qualidade inferior instalada em um corpo é trocada por
energia de qualidade superior. Mas também temos que entender que essa
troca só é possível quando há intervenção divina, quando queremos obter a
cura, quando acreditamos nela, quando a merecermos e quando respeitamos o
livre arbítrio. Não adianta recebermos os fluídos necessários à nossa cura, se
não mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e nossa maneira de ser.
Celina Fioravanti exemplifica: “... uma pessoa está afetada na alma pelos
fluídos venenosos da inveja. Ela busca ajuda na cromoterapia e recebe bons
fluídos, que aliviam os sintomas físicos presentes, pois retiram a má energia
acumulada pelo sentimento negativo da inveja e a trocam pela luz colorida.
Mas, se ao sair do tratamento a pessoa já volta a deixar que a inveja seja parte
de suas emoções ou pensamentos, muito em breve ela voltará ao estado
vibratório anterior e a troca que havia sido feita é anulada”.
Concluímos então que para acontecer à cura pelos fluídos é necessário ter: fé,
força de vontade, mérito e ajuda espiritual.
“É o curador que precisa estar atento a estes fatores para ajudar quem o
procura, orientando e apoiando as tentativas que o doente faz de
aprimoramento espiritual... À medida que o curador e o doente se aproximam,
é necessário mostrar a quem está mal, como à doença acontece e como
grande parte da responsabilidade pela cura depende dele. Só o doente pode
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
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mudar as vibrações da sua alma com rapidez, usando para isso uma alteração
em suas atitudes, bem como mantendo uma vigilância constante sobre suas
palavras e pensamentos.” (Celina Fioravanti).
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS DAS MANDALAS
Desenho
Na história da humanidade, encontramos o desenho como uma das formas
mais observadas pelo homem para registrar suas emoções, sentimentos e
ações. Esta preferência é observada antes mesmo do início dos símbolos que
antecedem a escrita, indicando assim que a comunicação por meio do desenho
é uma forma de linguagem básica e universal.
A técnica do desenho da mandala pode ser aplicada a qualquer indivíduo, não
há limite de idade ou patologia, desde que haja uma mínima capacidade de
elaboração. Pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo. Está voltada
para o desenvolvimento da criatividade, atuando como um complemento na
formação dos indivíduos.
O desenho trabalha a coordenação motora, possibilitando uma reestruturação
interna, porque trabalha a percepção, o caminhar de um ponto até se
transformar em linhas.
“Para a Psicologia Analítica, essa forma de linguagem não verbal, pode ser útil
principalmente se pensarmos em desenho. Nesta abordagem utiliza-se de
vários meios para chegar à resolução do conflito e, o desenho pode dar ao
terapeuta uma visão da dinâmica inconsciente do paciente”. (Rosângela Pellosi de
Freitas – Faculdade FIZO – Uberlândia, MG – 2007).
De acordo com Carl G. Jung: “O desenho é uma busca de cura. Traz à luz
todos os elementos dispersos e também tenta ajuntá-los no vaso. A idéia de
receptáculo é arquetípica. É encontrada em toda a parte, sendo motivo central
de quadros inconscientes. É a idéia do círculo mágico desenhado em volta de
alguma coisa que deve ser impedida de fugir ou deve ser protegida”.
Pintura
“Pintar mandalas é mais do que um exercício estético. A escolha das cores fala
de quem pinta”. (www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm)
Uma boa aplicação terapêutica das mandalas é a técnica de colorir mandalas.
Esta técnica tem como objetivo de trabalhar o universo interior e desta forma, o
paciente tem a oportunidade de transformar as tensões e os medos em um
momento tranquilizante, fazendo a mente entrar em um estado de relaxamento.
A cor é sensação. Provoca a sensibilidade e a intuição e, traduz a emoção. Ela
permite ao indivíduo exercitar novas maneiras de olhar a si mesmo e a tudo
que o rodeia. A pintura é uma das técnicas onde as emoções e sentimentos
fluem com maior facilidade.
Há sempre uma programação das cores que o Arteterapeuta deve fazer
previamente, para que a terapia alcance os objetivos e fixe resultados. Assim,
quando for tratar do corpo físico, por exemplo, ele deve escolher uma cor de
acordo com o problema que vai ser tratado e depois da melhora, deve utilizar,
sempre, a cor azul para fixar os resultados obtidos.
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Mosaico
É uma técnica simples que exige organização e paciência, permitindo o uso de
diversos materiais, como sementes, conchinhas, madeira, emborrachado,
botões, azulejos, casca de ovos e outros. O mosaico é uma técnica para o
indivíduo colar, organizar e assim, os seus conteúdos internos se reestruturam,
por isso é indicado principalmente para quem tem dificuldade de juntar e
associar.
A Arteterapia entende que trabalhar com pedaços separados, dá oportunidade
ao indivíduo de poder juntar e construir um novo momento. A princípio provoca
uma desestruturação, portanto deve ter cuidado ao usá-la como técnica.
Colagem
A técnica de colagem pode ser feita com diversas texturas de papéis, tecidos e
outros. Ela permite a integração, a organização e é uma atividade que
estrutura. Colar é ligar uma coisa à outra; é estabelecer vínculo.
Simbolicamente o ato de recortar ou rasgar papéis e posteriormente reuni-los,
colá-los, recompondo-os, correspondem subjetivamente à vivência de cortes,
rupturas, reparação, reorganização e estruturação.
A colagem favorece a organização de estruturas pela junção e a articulação de
formas prontas. Ao separar papéis, gravuras, sementes, contas que estão
misturadas dá-se a oportunidade ao indivíduo de escolher, discernir e
reconhecer o que é dele e o que é de outro.
Meditação
Existem muitas técnicas diferentes de meditação e todas elas começam com
exercícios para concentrar a atenção em uma imagem mental, eliminado focos
de atenção. O estado de tranquilidade mental gerado pela meditação traz muita
harmonia e é relaxante, ajudando a reencontrar o verdadeiro equilíbrio físico e
emocional.
Na Terapia com mandalas, a meditação é uma constante uma vez que os
desenhos ajudam a estabilizar a mente e levam naturalmente ao estado de
meditação. Usar as mandalas para ensinar a dominar a mente é interessante,
porque os benefícios terapêuticos são muitos. Em todos os tipos de meditação
uma mandala pode ser usada, nem que seja apenas para ajudar na
concentração inicial.
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-meditação analítica: neste método de meditação a mente se volta para o
interior e passa a fazer uma análise de vários conceitos sobre um assunto
determinado. É como se a mente estudasse todos os aspectos de uma
questão, não pensando em outra coisa. Com uma mandala, a meditação
analítica se volta aos símbolos e significados contidos na mandala, bem como
ao que ela desperta emocionalmente.
Como vivência para o grupo optamos pela construção de mandala com o uso
de sementes (elemento terra).
A técnica de uso de sementes é simples e permite a interação e integração do
grupo, exigindo organização e paciência de cada elemento. É uma atividade
que estrutura, dando a oportunidade ao indivíduo de escolher, compor, dividir,
juntar e construir um novo momento.
O fato de colar as sementes na fabricação da mandala permite estruturar. Colar
é ligar uma coisa a outra. É estabelecer vínculo.
Ao separar as sementes que estão misturadas, dá-se a oportunidade ao
indivíduo de escolher, discernir e reconhecer o que é dele e o que é do outro.
Material utilizado:
-papel A1
-bastidor
-lápis de cor
-cola
-sementes variadas.
Facilitador fala:
Vamos agora fechar nossos olhos, e relaxar. Sentir nossa respiração. Sentir o
ar entrando pelas nossas narinas e percorrendo todo nosso corpo... e vamos
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pensar qual valor humano nós precisamos praticar mais? O que nos falta? O
que estamos mais precisando?
Nós vamos hoje fazer uma mandala de sementes, cujo elemento é a terra, e
ela mexe com nossas sensações. As sementes são as sementes da vida, dos
potenciais, das virtudes. E elas vão representar em nós isso tudo, essas
qualidades, esses dons, que nós estamos precisando exercitar mais.
Agora respire profundamente, e deixe que venha a sua tela mental a imagem
de uma mandala de sementes. Qual forma ela tem? Quais cores ela tem?
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ANEXOS
ANEXO I - MANDALA PESSOAL
Ela pode ser colocada em casa no setor da Espiritualidade indicado pelo Feng
Shui e a aplicação do Ba-guá.
É importante ressaltar que: “Só a determinação inquebrantável pode conduzir a
pessoa à Meta Suprema”. (Tamina Thor)
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ANEXO II - MANDALAS E OS CHAKRAS
Dons: entre as funções deste centro de energia, podemos citar tudo o que está
ligado à comunicação. A fala, o ouvir, a escrita, a maneira de se fazer entender
e de compreender os outros. A criatividade, a assimilação de vibrações
protetoras, a responsabilidade consigo e com os outros são também assuntos
relacionados com este chakra.
Resumindo as técnicas
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4.Colocar a Mandala Oriental do chakra, colorida, sobre o ponto físico
correspondente.
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Oferta de mandala feita com as mãos em mudra
Sua Santidade o XIV Dalai Lama disse frequentemente que também podemos
imaginar a mandala externa representando o planeta terra, o sistema solar, a
galáxia ou o universo, como a ciência moderna hoje os concebe. Não faz
diferença. O importante é que a oferta da mandala representa a voluntariedade
de dar tudo no universo para receber ensinamentos, votos ou
empoderamentos.
A oferta repetida de uma mandala externa constrói também a força positiva
requerida para irmos além do nosso nível de compreensão atual e
progredirmos para um nível mais profundo.
A base para rotular ou imputar (gdags-gzhi) o mundo simbólico da mandala
durante o ritual do empoderamento pode ser:
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2)A mandala de areia pulverizada (rdul-phran-gyi dkyil-‘khor), que é uma
representação do palácio e do ambiente feita com areia colorida pulverizada e
colocada geralmente no mesmo tipo de moldura de madeira em que a mandala
de tecido é colocada.
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norte e do sul, da lua) – representam quatro gotas de energia sutil dentro do
corpo sutil. Estas são as gotas-energia do estado acordado, do estado de
sonho, do estado de sono profundo e do quarto estado ou estado supremo.
ANEXO IV - AUTORAS
NISE DA SILVEIRA
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Pioneira da psicologia junguiana no Brasil
Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que
recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II
Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao
visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave
para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos.
Para Nise, a terapia ocupacional era uma psicoterapia não verbal, única e
apropriada à reabilitação de psicóticos. Ela ressaltava o alcance desta terapia
para além das formas convencionais de psicoterapia (verbais), ao constatar
que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser feita
inicialmente em nível não verbal.
Dentro desta perspectiva, o psicótico não era apenas uma relação de sintomas
positivos e negativos, era preciso proporcionar ao paciente um ambiente onde
ele pudesse encontrar o suporte afetivo que o ajudasse a retornar ao mundo
externo. Temos aí o fundamento da psiquiatria de Nise e percebe-se
claramente seu pioneirismo no movimento da psiquiatria antiasilar.
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CELINA FIORAVANTI
Ela acreditava que cada pessoa é capaz de encontrar por si o caminho que a
levará a realizar sua evolução espiritual e que pode fazer isso sem seguir
qualquer espécie de guru. Sempre mostrou aos seus alunos como pensar
livremente, como respeitar as crenças alheias e como crescer na luz.
No dia 02 de abril de 2007, ela deixou este plano para continuar o seu trabalho
no mundo espiritual, sempre muito presente na vida de seus entes queridos.
Após a sua passagem, seus filhos tiveram a decisão de encerrar as suas
atividades de cursos à distância.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jung afirmava que podemos lidar com as imagens do inconsciente que vemos
através dos sonhos, da meditação sobre elas e da interpretação delas, pois
isso nos auxilia a contatar o centro do ser – que ele chama de Self – onde está
a fonte da saúde psíquica, que é fundamental ao processo de individualização.
A analise da Mandala Pessoal vai nos dar as diretrizes perfeitas de como esses
pontos devem ser trabalhados, pois, é o próprio Eu interior quem está se
exteriorizando e nos demonstrando o caminho a seguir. É a forma mais segura
e funcional de autoconhecimento, pois a mesma é desenvolvida de dentro para
fora, por isso não há como cometer enganos ou ilusões uma vez que se trata
de símbolos arquetípicos na maioria das vezes desconhecido para quem os
desenha.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FONTES NA INTERNET
www.belieyourself.worpress.com/mandalas
www.foxitsoftware.com
www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm
www.wikipedia.org
www.nemdeusesnemastronautas.blogspot.com.br/2011/10/mandala-um-
estudo-na-obra-de-c-g-jung
www.wikipedia.org/wiki/Psicologia_analitica
www.wikipedia.org/wiki/Carl_Gustav_Jung#Imagens_do_inconsciente
www.wikipedia.org/wiki/Mandala
www.mundodasmandalas.com/site/Artigos/Visualizar?
http://www.arthurvianna.page.tl/Mandalas.htm
http://www.psicologiaemsantana.com.br/terapia-com-a-mandala. page
WWW. mantraterapia.blogspot.com.br
www.berzinarchives.com/web/pt/archives/advanced/tantra
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CAPA - MANDALA TALISMÂNICA NOME AMARANTHUS
Bom, a letra mais importante neste nome é a inicial, seguida da letra que mais se
repete. E a letra “A” indica que o grupo Amaranthus tem coragem, é independente e
interessado em pesquisas. Indica que tem muitas idéias e projetos. “A” é uma letra de
iniciativa e de autoconfiança. Ela se repete três vezes no nome conferindo dinamismo,
energia, intensidade e força de vontade ao grupo. Traz a oportunidade de novos
inícios e, indica que é tempo de aprender as lições de autoconfiança e de dobrar a
resolução do grupo de seguir adiante através dos próprios esforços.
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
O grupo deverá aprender a buscar a harmonia tendo calma, paciência, entendimento,
compreensão e acima de tudo, amor. O grupo deverá também, praticar a
espiritualidade buscando sempre o autoconhecimento individual; ou seja, de cada
componente do grupo, através de cursos, leituras e práticas espirituais.
Cor branca – centro da mandala. Foi escolhida por representar a proteção. Contribui
para a paz e conforto. Alivia a sensação de choque emocional. Ajuda a limpar e
aclarar emoções, pensamentos e o espírito.
Cor verde – foi escolhida por estimular a segurança, esperança e bons sentimentos.
No plano material, favorece a cura. No plano espiritual integra corpo e espírito. No
plano emocional traz o amor e a amizade. Também funciona como um isolante,
impedindo as perdas energéticas.
Cor vermelha – foi definida pela soma total da data de reorganização do grupo quanto
ao tema do trabalho (23/09/2012). Essa cor estimula as qualidades de: dinamismo,
coragem e liderança. Traz gosto pelo trabalho e disposição para viver. Estimula os
ideais e favorece a realização material.
Cor azul – foi escolhida por estimular a intuição e capacidade de perdoar. Limpa e
energiza o campo energético. Estimula também o falar e o ouvir. Ajuda a desenvolver
a paciência, harmonia e equilíbrio. Acalma, limpa e ajusta as energias.
Cor laranja – foi escolhida por estimular a alegria e restaurar o corpo. Também traz
iluminação e recarrega e estabiliza o campo vibracional. A influência do laranja é
restauradora e regeneradora. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora.
Geralmente, sua energia é usada para mudar pensamentos e ações desgastadas.
Cor dourada – foi escolhida por representar o sol, a abundância, o poder. É uma cor
excelente para revitalizar e equilibrar a mente. É a cor da luz e da prosperidade.
As flores – foram escolhidas por representarem a nossa ligação com Divino através
da natureza e, também, porque a Elzi escolheu o nome Primavera (depois ela decidiu
por Amaranthus) e primavera é a estação das flores.
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CONTRA CAPA - FOTO DO GRUPO AMARANTHUS
Este grupo foi formado como subgrupo do Grupo Phoenix, e é composto por: Elzi, Liz
(Elisete), JÚ (Juliana), Adilson, Marta e JÔ (Joanete).
Namastê.
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