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PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

MANDALAS – USO TERAPÊUTICO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


ao Instituto Humanitatis como requisito para
obtenção de certificado em Psicologia
Transpessoal.

Grupo Amaranthus - Phoenix


Vinhedo/SP – 2012
INSTITUTO HUMANITATIS

PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

Elzimar Scalise

Elisete Bissiato

Marta Santiciolli

Juliana Gameleira Curi

Adilson Yamashita Lopes

Joanete Mariano Rosa

MANDALA – USO TERAPÊUTICO

Vinhedo / SP

2012

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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus pelo chamado e acolhimento ao


curso de Psicologia Transpessoal e a oportunidade de
nos encontrarmos neste planeta Terra, para mais uma
vez termos a certeza de que “Nenhum de nós é tão
bom quanto todos nós juntos”.

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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
ÍNDICE

Introdução 4
O Uso de Mandalas na Psicologia Analítica 6
Arteterapia 9
Função do Terapeuta 10
A Psicologia Transpessoal e as Mandalas 11
O que são Mandalas? 12
Tipos de Mandalas 13
Como Usar as Mandalas 14
Para que servem as Mandalas 15
Elementos da Mandala 16
Mandalas – Uso Terapêutico 18
Mandala – Caminho para a Cura _______________________________ 19
Bases Terapêuticas 20
Função Terapêutica das Mandalas 23
Técnicas Terapêuticas das Mandalas 24
Atividade Proposta – Vivência com Mandalas _____________________ 26
Anexos:
Anexo I – Mandala Pessoal 28
Anexo II – Mandalas e os Chakras 29
Anexo III – O Uso de Mandalas no Budismo Tibetano _______________ 31
Anexo IV – Autoras:
Nise da Silveira 34
Celina Fioravanti 36
Considerações Finais 37
Referências Bibliográficas 39
Fontes da Internet 40
Capa – Mandala Talismânica Nome Amaranthus 41
Contra capa – Foto do Grupo Amaranthus 43

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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
MANDALA – USO TERAPÊUTICO

INTRODUÇÃO

“A expansão da consciência é a realização mais importante para toda a


humanidade, neste momento de nossa evolução. Se tomamos uma atitude
expansiva é porque queremos expandir a nossa consciência para percebermos
a totalidade das questões e dos assuntos que nos dizem respeito e nos
afetam... A atitude expansiva nos faz progredir e abraçar com desenvoltura
todas as possibilidades ao nosso alcance... Faça coisas que podem te dar
desenvoltura: dance, pinte, cante, escreva, faça o que expande seu contato
com a Alma”. (Sônia Café - O Livro das Atitudes II – pág.63)

E na busca do autoconhecimento, da expansão da consciência, fomos buscar


na pintura de Mandalas o contato com nossa Alma. Com nossa Essência
Divina.

A palavra MANDALA vem do sânscrito de origem hindu, e quer dizer "círculo


mágico”, um círculo de energia. Ela é constituída por desenhos geométricos -
basicamente círculos, quadrados e triângulos - que se entrelaçando uns aos
outros e/ou a imagens simbólicas formam um grande círculo contendo várias
imagens significativas. A Mandala é a expressão visual do retorno à Unidade
pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo - símbolo do
"espaço sagrado".

Este espaço então é preenchido com várias imagens representativas das mais
variadas ligações simbólicas, resultando numa representação gráfica da
relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde os tempos mais remotos
até os dias de hoje as Mandalas são usadas como focos de meditação, para
atrair abundância material e sorte nos negócios, para amenizar as dificuldades,
para captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas
em positivas.

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Este trabalho tem por objetivo o conhecimento da utilização da mandala como
uso terapêutico e, consequentemente, como instrumento de cura. Enfoca a
confecção e pinturas de mandalas como um recurso arteterapêutico que auxilia
o homem no processo de autoconhecimento, equilibrando as emoções,
proporcionando efeitos curativos no nível físico, mental e espiritual.

Jung descobriu o poder curativo dos símbolos e das imagens arquetípicas em


sua própria experiência e em sua clínica, ao atender seus clientes.
De acordo com Raíssa Cavalcanti, ele entendeu “... que o ego tem...
necessidades muito fortes de segurança, de estabilidade, de autoafirmação,
etc... provenientes dos sentimentos de fragilidade e de inferioridade...” e, que,
“... o ego cria o seu próprio mundo, mas é um mundo ameaçador, inseguro e
imperfeito, do qual precisa defender-se constantemente...” “As imagens
sagradas presentes nas mais diversas mitologias, constituem o patrimônio da
humanidade e estão armazenadas no inconsciente coletivo. Jung acreditava
que essas imagens fazem parte da alma do homem e possuem um grande
poder transformador e renovador...” (O Retorno do Sagrado – pág. 151).

“As Mandalas são desenhos mágicos, que exploram não somente a


criatividade como também auxiliam a organizar o interior de quem faz, com
dedicação e perseverança...”, ou seja, desenhar ou somente pintar uma
mandala, desenvolve nossa concentração além de prevenir o estresse,
permitindo assim uma maior organização da vida psíquica, trazendo
consequentemente maior harmonia, calma e equilíbrio para nossas atividades
diárias.

O trabalho com as mandalas, além de possibilitar o autoconhecimento e a


conquista da unidade interior e exterior, também nos ajuda a aumentar a
percepção e a intuição e nos traz a certeza de que “mexe” com nossas
emoções e com nosso inconsciente, fazendo com que sejamos mais criativos e
individualmente mais livres, uma vez que nos ajuda a entrar em sintonia com
nosso potencial interior aceitando e enriquecendo nosso imaginário.
Portanto, “... toda busca para compreender o caminho da espiritualidade, para
transcender o raciocínio lógico e deixar desabrochar o conhecimento intuitivo,
seja através da simbologia, da arte ou da religião, é uma tentativa de buscar a
cura e a perfeição. Dessa forma, a confecção de mandalas como um recurso
favorável na mudança da energia da psique e no equilíbrio das emoções...
pode levar ao encontro com os mistérios da alma e à busca do
autoconhecimento...” (Rosângela Pellosi de Freitas – Faculdade FIZO, SP – 2007).

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O USO DE MANDALAS NA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG

Carl Gustav Jung (1875-1961) psiquiatra suíço, e fundador da Psicologia


Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia
Complexa, quando conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte
de suas idéias. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud
rapidamente recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de
suas idéias. Corresponderam-se durante alguns anos, mas a parceria durou
pouco, pois Jung mostrava-se insatisfeito com algumas das posições de Freud,
especialmente a teoria da libido e sua relação com os traumas.

Dessa forma, a Psicologia Analítica foi desenvolvida com base na experiência


psiquiátrica de Jung, nos estudo de Freud e nas suas correspondências, no
amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e
do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a
compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes.

Mas ao contrário de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um


repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um
sistema, vivo em constante atividade, passado de geração em geração,
contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas
segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não
é composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais
de organização do psiquismo. Jung criou além de inconsciente coletivo, outros
conceitos, como Anima, Animus, Persona, Sombra, Self (ou Si-Mesmo),
Sincronicidade, e Individuação. Foi na Individuação que ele obteve ajuda
criando mandalas.

manda = essência + la = conteúdo,


ou seja, “o que contém a essência” o “o círculo da essência”.

Para Jung “A palavra sânscrita mandala significa “círculo” no sentido habitual


da palavra”. No âmbito dos costumes religiosos e da Psicologia, designa

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imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente,
ou dançadas.

A mandala, uma tradição oriental, foi introduzida na psicologia por C. G. Jung


através de suas pesquisas sobre seu simbolismo, o que também contribuiu
para torná-las acessíveis ao público em geral. Foi quando se identificou uma
relação entre o material espontâneo dos sonhos dos indivíduos que
atravessavam crises interiores e os estranhos símbolos encontrados nos
desenhos mandálicos.

O tema mandala é observado nas obras básicas e complementares de Jung.


Nesse sentido, ele recorreu à imagem da mandala para designar uma
representação simbólica da psique, cuja essência nos é desconhecida. Jung e
seus discípulos verificaram que as imagens são utilizadas para consolidar o ser
interior ou para favorecer a meditação em profundidade. Explicam que a
contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e ajudar a
reencontrar um sentido e ordem na vida. Verificaram que a mandala produz o
mesmo efeito quando aparece espontaneamente nos sonhos do homem
contemporâneo que ignora essas tradições religiosas orientais.

Jung verifica então, que a mandala possui dupla eficácia: conservar a ordem
psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu. Neste último
caso, exerce uma função estimulante e criadora.

Vários autores, entre eles Jung, Chevalier e Gheerbrant, Samuels, Shorter e


Plaut, oferecem-nos auxílio para a compreensão da conceituação da mandala,
que pode ser compreendida como círculo mágico, símbolo do centro, da meta e
do si-mesmo, enquanto totalidade psíquica, de centralização da personalidade
e produção de um centro novo nela.

Diz Jung:

"... as mandalas não provêm dos sonhos, mas da imaginação ativa... As


melhores e mais significativas são encontradas no âmbito do budismo
tibetano... Uma mandala deste tipo é assim chamada ´yantra´, de uso ritual,
instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo
psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro." (Jung, C. G., 2002, p. 352).
E prossegue dizendo: "Este centro não pensando como sendo o `eu´, mas se
assim se pode dizer, como o ´si mesmo´. Embora o centro represente, por um
lado, um ponto mais interior, a ele pertence também, por outro lado, uma
periferia ou área circundante, que contém tudo quanto pertence a si mesmo,
isto é, os pares de opostos, que constituem o todo da personalidade.”.

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E é nesse contexto que Jung, na obra citada, verifica que o centro,
primeiramente, pertence à consciência, depois, ao assim chamado
inconsciente pessoal e, finalmente, a um segmento de tamanho indefinido
chamado inconsciente coletivo, cujos arquétipos são comuns a toda
humanidade. Jung utilizou as mandalas como instrumento conceitual para
analisar e assentar as bases sobre as estruturas arquetípicas da psique
humana. Ele considerava que o comportamento humano se molda de acordo
com duas estruturas básicas da consciência: a individual e a coletiva. A
primeira se aprenderia durante a vida em particular; a segunda se herdaria de
geração em geração.

De outro lado, como fenômeno psicológico, aparece de maneira espontânea


em sonhos e em certos estados conflitivos e até psicóticos. A ocorrência
espontânea em indivíduos permite à investigação psicológica um estudo mais
aprofundado de seu sentido funcional.

Jung ainda sinaliza que a mandala pode aparecer em estados de dissociação


psíquica ou de desorientação. E que, quando existe um estado psíquico de
desorientação, devido à irrupção de conteúdos incompreensíveis do
inconsciente, observa-se tal imagem circular, a qual compensa a desordem e a
perturbação do estado psíquico: “Trata-se evidentemente, de uma ‘tentativa de
auto cura da natureza’” (Jung, 2002, p. 385).

Jung aplicou este método em sua própria vida e silenciou sobre o resultado de
suas pesquisas consigo mesmo e com seus pacientes durante treze anos e
pode constatar que é possível pintar quadros extremamente complexos, cujo
verdadeiro conteúdo nos é totalmente desconhecido. Afirma que enquanto se
pinta o quadro se desenvolve por ele mesmo, às vezes até contrariando a
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intenção consciente. Começou a utilizar o método da imaginação ativa, a partir
de 1916, mas só em 1928, em As relações entre o eu e o inconsciente, foi que
o delineou. Para provar que as mandalas surgem espontaneamente e não por
sua sugestão de sua própria fantasia, somente em 1929, pela primeira vez,
mencionou as mandalas em um comentário que chamou de O Segredo da Flor
de Ouro.

Por isto, a psicóloga Radmila Moacanin (1999, p. 30) explicita que: “Jung observou
que as mandalas surgem espontaneamente quando a psique está em processo
de reintegração, em seguida a momentos de desorientação psíquica, como
fator compensador da desordem. Portanto, Jung entende a mandala como uma
tentativa de auto cura, inconsciente, a partir de um impulso instintivo, no qual o
“molde rigoroso” imposto pela imagem circular com um ponto central compensa
a desordem do estado psíquico”. Conclui a autora que: “... a mandala é um
arquétipo da ordem, da integração e da plenitude psíquica, surgindo como
esforço natural de auto cura”.

Dentre os arquétipos, o mais importante é justamente aquele que Jung chamou


de Self ou Si Mesmo. O Self expressa à totalidade do homem e aparece sob
diferentes aspectos, um dos quais é a mandala. A propósito, recordemos, que
Jung adotou a expressão mandala para descrever desenhos circulares que
fazia com seus pacientes, associando a mandala com o Self, o centro da
personalidade como um todo. Neste contexto, a Arteterapeuta Suzanne F.
Fincher (1998, p. 26) afirma que Jung, em suas pesquisas, mostrava o impulso
natural para vivenciar o potencial humano e realizar o padrão da personalidade
genuína. Por essa razão, Jung chamava esse impulso natural de
“Individuação”.

ARTETERAPIA

.Arteterapia é o uso da arte como terapia, e consiste em um elemento


terapêutico que facilita o acesso a todos os sentidos do ser humano dentro de
diferentes níveis de consciência. Estimula a expressividade, espontaneidade,
comunicação e principalmente o trabalho com potencial humano de
criatividade. A Arteterapia propicia um canal de comunicação, claro e seguro
que possibilita identificar os sentimentos, os bloqueios, melhorar a autoestima,
resgatar confiança e ajudar nos processos de transformação das pessoas.

Tem finalidade curativa, ou seja, a energia psíquica transforma-se numa


imagem, que através de símbolos vai configurando-se e surgindo conteúdos
internos profundos. O principal objetivo da Arte Terapia é a criatividade e o
autoconhecimento e não o aprendizado técnico e a produção de obras de arte.
Através da compreensão profunda de si somada a uma abordagem criativa da
vida e por meio da combinação de várias atividades, a arte promoverá
mudanças internas e a superação de problemas, podendo levar ainda a um
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estado de equilíbrio natural, onde você olha para si e para o mundo,
construindo símbolos que libertam emoções e idéias.

Margaret Naumburg e sua irmã Florence Cane são consideradas as


precursoras da Arteterapia e da arte da educação como método de
psicoterapias e pedagogia. No Brasil, Nise da Silveira se embasou
teoricamente em Jung e trabalhou com oficinas expressivas, onde eram
tratados pacientes esquizofrênicos, proporcionando oportunidades de
expressarem seus desejos e emoções.

E, segundo Rosângela Pellosi de Freitas (Faculdade FIZO – SP, 2007), a Arteterapia


trabalha primordialmente com o fazer artístico – como desenhar, pintar
espontaneamente sem julgamentos – em toda sua abrangência, e cuja
expressão se dá através de imagens e símbolos. “(...) A pintura, o desenho e
toda expressão gráfica ou plástica, bem como a música, a dança, a expressão
corporal e dramática forma um instrumental valioso para o indivíduo
reorganizar sua ordem interna e, ao mesmo tempo reconstruir a realidade... (...)
Em escolas, a Arteterapia é empregada através do processo criativo, cujo
desenvolvimento trabalha o medo da expressão, do julgamento, ansiedade,
autoestima, segurança em grupo”.

Na Arteterapia não existe barreira quanto à faixa de idade ou sexo, podendo


atender crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, portadores de
deficiência e especiais em geral – individuais ou em grupo. Este trabalho
quando realizado, permite confirmar através de observação, estudo e pesquisa,
a eficácia do trabalho arteterapêutico, tendo como caminho de cura, a mandala,
que representa a unidade e totalidade a psique. Confirma-se o poder da
mandala, como símbolo e um recurso arteterapêutico eficaz na busca do
autoconhecimento e com a poderosa força de ser um instrumento curativo.

FUNÇÃO DO TERAPEUTA

O Arteterapeuta é um cuidador do outro que, com um olhar atento e observador


estabelece uma relação amorosa com o grupo ou o individuo, como também é
o facilitador que auxilia na escolha do material, acolhe e escuta as queixas da
pessoa, sem julgá-la. A ele cabe o papel de escutar, procurando não
interpretar e, interferir o menos possível; porém, sempre estimulando o
paciente a entrar em contato com a sua obra artística, pois ela é a
representação de seus conteúdos internos. O terapeuta deverá junto a seu
cliente, contextualizar o significado do símbolo, considerando os aspectos
dinâmicos pertinentes à singularidade de cada ser.
Em um ambiente seguro e acolhedor o Arteterapeuta convida o individuo a
entrar em contato com seus sentimentos, usando como ferramenta a arte e
suas diversas formas de expressão.

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De acordo com Marcia Tabone, “... é vital que o terapeuta esteja consciente de
seu próprio estágio de autotranscedência e tenha conhecimento experiencial
de todo o espectro da consciência para atuar e acompanhar como um guia o
processo psicoterapêutico que se desenrola. O que realmente define o
contexto transpessoal é a capacidade do terapeuta em comunicar, através de
suas atitudes, a confiança necessária para ajudar o cliente a explorar os
domínios transpessoais”.
O Arteterapeuta coloca à disposição o material e escolhe a técnica de acordo
com a necessidade de seu cliente, despertando as potencialidades que cada
um traz.

“O trabalho desenvolvido pelo Arteterapeuta é o de estimular o cliente a fazer,


observando durante a execução do trabalho, a linguagem verbal e corporal,
sem o compromisso com a estética. O fazer artístico abre um canal mais
intuitivo e perceptivo, amplia a consciência, transforma, pois no momento da
criação, permitindo que elementos assustadores da personalidade – medos e
angústias – sejam expressos no desenho, na pintura, na argila, na poesia, na
dança, na colagem, sendo essas, ações de libertação”. (Rosângela Pellosi de Freitas –
Faculdade FIZO, SP 2007).

A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL E AS MANDALAS

Mandalas são circunferências, algumas simples outras elaboradas, em cujo


interior existe um centro de onde tudo parte ou para onde tudo converge, que
expressa à totalidade do Universo e da alma humana. Na Psicologia, ela
representa a unidade e a totalidade da psique, abrangendo o consciente e o
inconsciente.

O estudo e interpretação de Mandala pedem um conhecimento aprofundado de


seu simbolismo “... cujas raízes perdem-se na trama secreta das primordiais
experiências filosófico-religiosas da gnose indo-tibetana, budista e hindu...”.
Todavia, vamos nos deter apenas em algumas premissas introdutórias
essenciais, para demonstrar como a finalidade terapêutica destes símbolos
representam, para a psicologia transpessoal, uma das vias mais eficazes de
desenvolvimento da consciência.

Mandala é simultaneamente uma forma eficaz de “interiorização gradual” e de


“harmonização” das estruturas conscientes e inconscientes, favorecendo –
através da visualização espontânea e em forma de desenho e cores – o aflorar
de vivências profundas, cuja elaboração pode permitir uma mais ampla
sabedoria da própria vivência individual. Como já observava Jung , a iniciação
ao Mandala representa uma experiência psicológica fundamental, difundida
não somente no oriente, mas também no ocidente.

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Jung publicou numerosos desenhos realizados por seus pacientes, cuja
estrutura geométrica é simétrica evocam também a linguagem harmoniosa da
cor, usada na técnica dos Mandalas orientais. O estudo a alquimia ocidental e
oriental, conjuntamente à sua amizade pessoal com o grande sinólogo Richard
Wilhelm, entre abriram-lhe os horizontes infinitos do I Ching, o livro das
Mutações, o antiquíssimo oráculo do saber, baseado na lei da harmonia dos
contrários. Estas pesquisas permitiram-lhe afirmar: “A união dos opostos, em
um nível mais alto da consciência... não é um fenômeno racional e muito
menos um ato de vontade, mas é um processo de desenvolvimento psíquico
que se exprime em símbolos”.

Desenhar ou colorir mandalas é uma maneira de trabalhar nosso universo


interior de forma criativa. É uma atividade que ajuda a reunir energias
dispersas e melhora a concentração, fazendo com que o individuo enxergue
com mais clareza seus processos interiores e desperte sua criatividade.
Entre alguns dos recursos técnicos que podem ser utilizados na Psicoterapia
Transpessoal, podemos citar os símbolos. Embora eles “... fazem parte do
instrumental das psicoterapias convencionais – como as abordagens
psicanalítica, analítica, gestáltica, existencial ou psicodramática – se
compreendidos... sob a perspectiva do que pode ser chamado de “potencial
ampliado”, seu uso pode facilitar as metas transpessoais...” (A Psicologia Transpessoal –
pag. 111 – cap.4 – Márcia Tabone).
Como a Psicologia Transpessoal visa buscar técnicas que ajudem o indivíduo a
“... transcender o ego e viver a plenitude do ser...” as mandalas, através de
várias técnicas, também auxiliam nesta busca, fazendo com que o indivíduo
obtenha o autoconhecimento e a cura de suas emoções.

De acordo com Rosângela Pellosi de Freitas, “durante a confecção de uma


mandala, o homem experimenta a sensação de beleza, harmonia, equilíbrio e
prazer... e como técnica arteterapêutica, a mandala harmoniza o interior do
indivíduo e ajuda na busca de paz interior. A mandala... tem a poderosa força
de ser um instrumento curativo nos níveis material e espiritual do homem”.

O QUE SÃO MANDALAS?

De acordo com Celina Fioravanti, “... uma mandala representa o universo. No


seu interior se abrigam as forças da natureza, representadas num simbolismo
perfeito. Cada mandala cria um campo de poder, um espaço sagrado, onde
essas energias se instalam”.
O ponto principal da mandala é o seu centro, ao redor do qual o desenho se
desenvolve. Também chamado de campo de desenvolvimento do desenho da
mandala, é fechado por uma linha contínua e circular, dividindo o espaço em
parte interior e parte exterior.

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O espaço interior, onde as formas se desenvolvem é chamado de sagrado;
aquilo que está fora desse espaço é chamado de profano. A linha circular que
fecha este espaço é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a
consciência (fora) e a inconsciência (dentro), entre e espírito e a matéria; ou
seja. A linha circular é uma fronteira.
O ponto central representa a essência da mandala, representa uma existência
superior. A fonte de toda criação, Deus. O círculo expressa a totalidade do
universo e da alma.

TIPOS DE MANDALAS

Podemos classificá-las em: espontâneas, racionais, origem, finalidade e


formação da mandala.

Espontâneas: são mandalas que nascem do inconsciente, sem uma


elaboração mental. Por exemplo, desenhar um simples ponto no papel e ao
redor dele criar formas livres. Existe um movimento crescente que estimula a
formação deste tipo de mandala, porque elas afloram do inconsciente
“mostrando”, para um terapeuta, o que acontece com o indivíduo que a faz.
Racionais: são mandalas criadas a partir de uma simbologia com finalidade
determinada. Como as mandalas pessoais, por exemplo, que através do nome
e data de nascimento são direcionadas para o autoconhecimento e
desenvolvimento pessoal do indivíduo. São elaboradas pela razão. Na maior
parte das vezes são montadas sem muita inspiração consciente.

Origem: dentro desta categoria elas costumam ser classificadas em orientais e


ocidentais.
No Oriente, a criação das mandalas quase sempre tem motivações religiosas e
fazem parte de um ritual, com a finalidade de movimentar as energias das
divindades. São as chamadas de “Yantras” e muitas vezes são traçadas no
chão com pós coloridos e outros elementos, como flores e incensos.
No Ocidente são criadas para uso arquitetônico e decorativo, servem mais para
enfeitar, e poucos têm noção de sua importância vibracional.

Finalidade: as mandalas são usadas de maneira sagrada e profana. Seu uso


sagrado é na construção de templos, como as rosáceas cristãs, que enfeitam
catedrais. Já o uso profano são as mandalas desenhadas em roupas, jóias,
logotipos, janelas e desenho dos pisos das casas.

Formação: nesta categoria, as mandalas são classificadas em: base numérica,


formas geométricas e cores. Sobre esses elementos falaremos posteriormente
explicando cada um deles.

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COMO USAR AS MANDALAS

Existem muitas maneiras de aproveitar a energia emanada pelas mandalas.


Entre elas podemos citar:

1)olhar as mandalas: uma mandala pede, em primeiro lugar, um contato


visual. Olhar para ela é a primeira maneira de receber suas emanações
positivas. É nesse momento que sua estrutura começa a agir em nosso interior
e gera as modificações energéticas para as quais ela está programada.

2)colorir mandalas: para colorir uma mandala com objetivo de receber


determinada vibração, é interessante conhecer um pouco sobre a influência
das cores. Mas, também é possível colorir de modo espontâneo, deixando que
as cores usadas sejam resultados de inspiração momentânea.
A prática de colorir mandalas é terapêutica e pode transformar estados
emocionais ou físicos negativos. A influência curativa da mandala atua sem
que se perceba; ela é resultado do campo de força criado pela mandala.

3)mandalas dinâmicas: são as chamadas mandalas em movimento,


encontradas muito na internet e em cd’s. É um sistema muito utilizado na
meditação com mandalas. Elas têm uma energia tão ativa quanto às outras,
mas têm também uma dinâmica de atuação mais acentuada. Segundo Celina
Fioravanti, “... suas vibrações agem mais prontamente e o trabalho interior é
acelerado...”.

4)mandalas em três dimensões: outra maneira de receber a energia das


mandalas é criar mandalas que saem do limite do papel. Para quem tem
habilidade manual e sabe trabalhar com madeira ou argila, por exemplo, essa é
uma boa opção para criar.

5)mandalas em rituais: essas mandalas fazem parte da tradição oriental, que


até hoje se utilizam das mesmas para fazer rituais. São desenhadas em um
espaço sagrado e fazem parte de um ritual para as divindades às quais estão
relacionadas. Como exemplo, podemos citar os círculos de pedra Stonehenge -
construído na planície de Salisbury, sul da Inglaterra - que, segundo
historiadores, acredita-se que era utilizado para estudos astronômicos, mágicos
ou religiosos.

NOTA: “Stone=pedra henge=eixo. Stonehenge: é um alinhamento megalítico


da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury,
no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra. É um círculo de pedras britânico,
e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como sua função, mas
acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos”
(www.wikpédia).

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PARA QUE SERVEM AS MANDALAS

A finalidade primeira de uma mandala é trazer “ordem ao caos interior” de uma


pessoa, uma vez que ela é utilizada como instrumento para o desenvolvimento
pessoal e espiritual com a finalidade de restabelecer a saúde interior e exterior.
Pode ser utilizada para cura emocional, que refletirá positivamente no estado
físico, trazendo mais saúde e vigor. É proporcionar o autoconhecimento e
equilibrar a saúde psíquica, ampliando a consciência, fazendo com que o
indivíduo encontre sua essência divina, seu Eu Superior.
Desde os tempos mais remotos até os dias atuais, as mandalas são usadas
como: focos de meditação, para atrair abundância material, para amenizar as
dificuldades, captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações
negativas em positivas.

Mas, ela também é utilizada na decoração de ambientes e na arquitetura.


Muitas vezes o Feng Shui indica a necessidade de uma mandala para
determinado fim de energização, uma vez que ela poder curar ambientes –
como o familiar e o de trabalho. Também pode ser utilizada para preparar um
espaço especial para meditar ou fazer sessões de cura, como massagem ou
reiki.
A catedral de Brasília, por exemplo, assim como outras catedrais, usa a
mandala para criar um ambiente sagrado e especial. Muitos templos usam a
geometria sagrada e a forma circular para fazerem suas construções e, assim,
formarem uma aura protetora e especial no lugar.

A mandala também trabalha os aspectos pessoais: físico, emocional e


energético. No aspecto físico, promove o bem estar, o relaxamento e previne o
estresse. No aspecto emocional, pode trabalhar conteúdos oriundos de
emoções antigas, atuais ou futuras, porque ela sinaliza as emoções que irão
surgir. No aspecto energético ela ativa, energiza e irradia, podendo harmonizar
ambientes físico ou pessoal carregados negativamente.

Na área da saúde, podem ser utilizadas para:-


-Psicologia: relaxamento, tranquilidade, centramento, concentração, harmonia,
criatividade, imaginação, lembrança e interpretação dos sonhos.

-Terapia Ocupacional e Fisioterapia: motricidade, coordenação motora,


relaxamento, concentração, criatividade e imaginação.

-Medicina: melhoramento de doenças causadas por tensão (enxaqueca, stress,


do coração, pressão alta, alcoolismo, asma, bronquite, etc.) ou por motricidade
(reumatismo, artrite).

-Esoterismo: meditação, contemplação, lembrança e interpretação dos sonhos


e vidas passadas, harmonia.
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
Para qualquer finalidade que se queira alcançar trabalhando com mandalas
tem que se desenvolver a perseverança, disciplina, persistência e a força de
vontade. Trabalhar com elas é uma forma carinhosa de abrir o coração para a
criatividade, a intuição e o amor.

ELEMENTOS DA MANDALA

Vamos falar agora, sobre cada um dos elementos que compõem uma mandala,
para saber qual é a sua influência no desenho e quais vibrações que cada um
emana.

Os números na mandala
Para um estudioso das mandalas, o conhecimento dos números é essencial.
Toda mandala é estruturada na divisão do espaço circular em setores.
A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes do
desenho. São eles que formam a base numérica de uma mandala.
Quem desenha uma mandala pode ou não ter consciência da divisão que usa,
mas depois de feita, ela passa a vibrar de acordo com sua base numérica,
tenha ela sido desenhada intencionalmente ou não.
Quando se usa uma mandala com fins terapêuticos, a base numérica dela
define o tipo de energia que ela distribui. Assim uma mandala com três
divisões, por exemplo, contém vibrações muito diferentes daquela com cinco
divisões.
O três é um número de comunicação que não fica limitado ao que já existe, ele
é criativo e gera crescimento. É um símbolo da busca espiritual e seu verbo é
criar.
Já o cinco está relacionado à leveza, fluidez, alegria. As mandalas com esta
base são possuidoras de uma vibração que acentua a necessidade de ser livre.

Formas geométricas
São as formas geométricas da mandala que, na maior parte das vezes, criam
as vibrações numéricas das mesmas. Então, uma mandala de vibração três
terá, muito provavelmente, um triângulo, e uma mandala com base quatro, um
quadrado. Mas isso não é regra. Outras formas não geométricas podem definir
a base numérica da mesma.
Como formas geométricas podemos citar: círculo, triângulo, quadrado,
pentágono, pentagrama, hexágono, estrela de seis pontas e os polígonos
estrelados.

Cores nas mandalas


As cores dentro da mandala têm uma função altamente estimulante e
terapêutica. São elas que modificam a alteração da mandala no plano físico e
também no plano mais sutil. O simbolismo das cores e seu poder vibratório cria
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uma força que define grande parte da atuação vibracional da mandala. Chega
a ser quase a metade de sua influência.
A cromoterapia através das mandalas tem excelente indicação. Ela permite
realizar a recomposição dos corpos mais sutis, o que é essencial numa terapia.
Todas as perdas de fluídos podem ser compensadas através do tratamento
com cores.
As cores são raios enviados de um plano superior, sua origem é divina.
É essencial conhecer as energias emanadas pelas cores para saber como elas
irão atuar numa mandala.

Cor vermelha: é estimulante e ativa. Afasta a depressão, tira o desânimo e


traz poder no plano material. É a cor das paixões, da sensualidade e da
sexualidade. Entretanto, em uma mandala ela precisa ser bem usada porque
em certos ambientes, pode trazer irritação ou impulsividade. O vermelho
providencia o acréscimo do elemento fogo no organismo.

Cor amarela: representa o Sol, a luz, a alegria. É uma cor ativadora e dinâmica
que age, acentuadamente, sobre os processos mentais, gerando aceleração e
mudanças nos pensamentos. O amarelo traz muitas idéias, afasta as idéias
fixas e aumenta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência, do estudo
e da criatividade. Quando aparece em uma mandala, deve ser bem observada
sua colocação, porque pode gerar instabilidade ou excessiva produção mental.
O amarelo providencia acréscimo de elemento ar no organismo.

Cor azul: sua influência é calmante e traz equilíbrio. Também traz paz,
harmonia e serenidade. Quando esta cor aparece em uma mandala, precisa
estar em harmonia com o conceito numérico para não ter sua atuação
enfraquecida por formas com as quais ela não combina. O azul providencia
acréscimo do elemento água no organismo.

Cor laranja: sua influência é restauradora e regeneradora. Traz recuperação


depois de um processo destrutivo e uma capacidade de refazer o que não está
certo. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora. Quando o laranja
aparece em uma mandala, sua energia deve ser usada para mudar situações,
pensamentos e ações desgastadas.

Cor verde: a influência do verde é calmante, corretiva e curadora. Melhora


qualquer estado físico negativo e cura o corpo. Da mesma maneira cura a alma
quanto está abatida. Quando uma mandala tem a cor verde, suas vibrações
são sempre curativas e, seja em que nível for, é benéfica para todos. O verde
providencia o acréscimo de elemento terra no organismo.

Índigo: a vibração do índigo é das mais poderosas; ela beneficia as pessoas


mais no campo das energias sutis do que na área da materialidade. Sua

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atuação é superior ao violeta. Ela estimula a intuição e a capacidade de
perdoar.
Não se usa o índigo quando há alguma limpeza orgânica, porque ela pode
ativar o processo, gerando uma crise intensa na eliminação.
O terapeuta usa o índigo para pacientes em crise espiritual ou emocional. Atua
bem em terapias para pessoas com desespero, obsessão, obstáculos, vivência
de perda afetiva, perseguição.

Lilás: sua influência é profundamente espiritual, mística e religiosa, atuando


sobre quem está espiritualmente desequilibrado, descrente e sem conexão
com as forças divinas. É uma cor capaz de desinfetar e esterilizar no plano
material e no plano mais sutil, evitando que energias indesejadas se instalem.
Quando uma mandala tem a cor lilás, ela limpa e isola os ambientes em que
está.

A partir do que foi estudado quanto aos elementos de uma mandala, podemos
concluir que: mandala é, na verdade, um campo de força no qual as
emanações da base numérica, das formas geométricas e das cores são
poderes vibracionais atuantes.

MANDALAS – USO TERAPÊUTICO

“O trabalho com mandalas auxilia o ser humano na sua busca interior. Este
trabalho explora a intuição e a criatividade, contribuindo para realizações
assertivas do que se almeja. Traz à tona a individualidade humana com total
consciência de si e do mundo.
Olhar para a vida dentro da mandala possibilita organizar, prospectar,
transcender e renovar pequenos atos que constroem a maior obra de arte: a
sua vida”. (Renascimento – Núcleo de Desenvolvimento Humano e Espiritual).

Através de uma mandala é possível despertar a intuição e direcionar a energia


mental para determinado objetivo harmonizando: intuição, vontade e razão,
estabelecendo assim, um caminho que alcance um maior nível de consciência.
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PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS
A contemplação de determinada mandala auxilia a desbloquear emoções e
sentimentos a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar
determinados tipos de energias.

O uso terapêutico das mandalas está quase sempre relacionado ao


desbloqueio e/ou ao despertar de sentimentos e sensações que temos
dificuldades para lidar ou manifestar exteriormente.
“O trabalho com mandalas reúne técnicas de psicologia analítica e Arteterapia,
com o objetivo de levar o indivíduo a detectar pontos em desequilíbrio em sua
organização psicofísica, alcançando uma maior integração da sua
personalidade... A contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e
ajudar a reencontrar um sentido e ordem de vida, sendo capaz de conservar a
ordem psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu,
exercendo uma função estimulante e criadora”. (www.belieyourself.worpress.com/mandalas)

“A expressão artística em forma de mandala ajuda o indivíduo na organização


e no fortalecimento da psique, além de facilitar o contato com a essência divina
e auxiliar na canalização de energias curativas. Traçar a maneira de ser com
lápis ou pincel, com as cores e formas, sobretudo mandalas, organiza
internamente o ser, levando-o a entrar em contato profundo com seus
sentimentos e a ter uma maior consciência de si e do mundo que o “cerca””.
(www.foxitsoftware.com)

“Joan Kellog, psicóloga e terapeuta artística americana, trabalhou em Maryland


(Maryland Psychiatric Research Center), nos USA, nos anos setenta, fazendo
terapia artística com pacientes terminais que seriam submetidos à terapia
psicodélica de pico. Ela começou a descobrir que estes pacientes produziam
mandalas espontaneamente. Começou a estudar as mandalas (cores, formas,
símbolos) e a comparar as várias mandalas com baterias de testes
psicológicos a que estes pacientes tinham se submetido. Desta forma, Joan
Kellog depois de alguns anos de muita pesquisa desenvolveu o teste da
mandala... deu continuidade aos estudos de mandalas de Jung e percebeu que
a mandala nos ajuda a recorrer a reservatórios inconscientes de forças que
possibilitam uma reorientação para o mundo exterior. Desenhar um círculo
talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e
psicológico que identificamos como nós mesmos. O círculo que desenhamos
contém – e até atrai – partes conflitantes de nossa natureza. Mas, mesmo
quando faz um conflito vir à tona, o ato de criar uma mandala produz uma
inegável descarga de tensão”. (www.foxitsoftware.com)

MANDALA – CAMINHO PARA A CURA

“O homem ao buscar uma relação harmônica com a natureza, deixa fluir


sentimentos como o perdão, desapego, liberação e amor nas suas relações, e
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abre as portas para o Sagrado, para a cura e, por conseguinte, fecha-se para o
desequilíbrio, a dor e o medo. Mesmo no enfrentamento de um mundo agitado
e apressado, como é o mundo dos homens desta época atual é possível
encontrar o Caminho da Cura... O poder da cura está dentro de nós. Se
buscarmos o silêncio, o estado de meditação, se procurarmos nos ouvir e
conseguirmos escutar nossa alma saberemos o que é preciso fazer para
deflagrar o processo de cura”. (Rosângela Pellosi de Freitas –FIZO, SP– 2007).

Diante disto, à confecção de mandalas torna-se um meio eficaz para se


conectar com o coração e assim, estabelecer um ponto de equilíbrio e um
vínculo com o Universo.
Jung declara que: “... A contemplação de uma mandala inspira a serenidade, o
sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem...”. Ele afirmava
também, que “... ao fazer uma mandala, o indivíduo trabalha a própria alma,
podendo vir a resolver os seus conflitos e ansiedades ao expressar, na forma
simbólica, suas questões internas...”, e Joan Kellog afirma que “... ao criar uma
mandala, gera-se um símbolo revelador acerca de quem o indivíduo é...”.

Na década de 40 Nise da Silveira, inconformada com as práticas psiquiátricas


utilizadas na época, criou uma seção de terapia ocupacional no Centro
Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro e, através da Arteterapia os resultados
positivos não demoraram a aparecer. Ela resolveu então, escrever para Jung,
enviando várias imagens produzidas por seus pacientes – “... imagens
inusitadas... símbolos que a intrigam... imagens... circulares ou próximas do
círculo... semelhantes... a representação de divindade em religiões orientais
(mandalas)...” – e obteve a resposta de que eram mesmo mandalas e “...
correspondiam ao potencial auto curativo da psique em oposição... ao estado
de confusão psíquica do ser, uma manifestação do inconsciente, para
compensar a situação caótica vivida por esses indivíduos”. (Rosângela Pellosi de Freitas
–FIZO, SP – 2007).

Ao criar, o indivíduo não precisa falar a respeito de sua vivência, traduzir os


pensamentos e as emoções em palavras. Ele tem mesmo que viver a
experiência e incorporá-la ao seu ser sensível, conhecê-la por dentro. Ao criar,
o artista modifica seu estado interno, interagindo com os materiais e vivências.

BASES TERAPÊUTICAS
Como acontece a cura?

“Sob o ponto de vista físico, a cura acontece quando uma função do corpo que
estava alterada é estabelecida. No entanto, para o espiritualista, a cura é vista
como um processo de reabilitação da energia menos densa do corpo e uma
correção na alma. Isto porque para o espiritualista a doença começa na alma, a
partir dali ela provoca alterações...” no campo energético, ““... para terminar
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aparecendo como sistemas orgânicos no corpo físico. É por essa razão que
quando se trabalha a cura integral, começa-se pelo atendimento da alma, para
depois atender à aura e finalmente o físico”. (Celina Fioravanti)

Como sabemos, a doença começa na alma. Ali ela atua com maior ou menor
intensidade por um bom período. Sabemos também que ninguém adoece
imediatamente porque é impaciente, por exemplo. São anos de impaciência e
irritação decorrente de uma maneira negativa de sentir as coisas, que acabam
por lesar o nosso corpo físico.
Sabemos também, que há a cura através de remédios alopáticos. Há a cura
através da cirurgia que trata um órgão lesado. Há a cura que é oferecida por
alguém que tem um dom nas mãos para afastar a dor e recuperar a energia.
Há a cura da alma, que acontece quando se corrige pensamentos, palavras e
atos. Enfim, são tantas as formas de cura justamente porque são muitos os
males do corpo e da alma.

Entre as formas de cura existentes, podemos destacar os fluídos de cura, que


possuem características próprias e aplicações específicas. Para cada um dos
três corpos – alma, aura e físico – existe um fluído de cura adequado. São eles:

Fluídos energéticos: são fluídos que possuem a capacidade de repor com


rapidez a energia material do corpo. Eles agem com certa rapidez para dar
uma melhoria orgânica, mas não curam efetivamente, porque as causas que
estão na alma e na aura não são atendidas por eles.
Entre os fluídos energéticos podemos destacar: a luz do Sol, a água do mar, de
fontes termais, da chuva e dos rios, o contato com a terra e a argila, os toques
físico, os alimentos.

Fluídos vibrantes: possuem a capacidade de reordenar o corpo vibracional ou


áurico, modificando sua estrutura. “Eles são muito conhecidos atualmente e
são cada vez mais usados com bons resultados pelos terapeutas holísticos e
tradicionais. Sempre se recomenda o uso de um fluído vibrante associado a um
fluído divino para também haver a correção da alma”.
Entre os fluídos vibrantes podemos citar: as mandalas, as cores e a
cromoterapia, os sons e a musicoterapia, os aromas e a aromaterapia, todo
tipo de prana, principalmente o que é absorvido pela respiração.

Fluídos divinos: possuem a qualidade mais sutil entre os diversos fluídos


curativos. São ativados pela força divina contida dentro de nós e isso é feito
pela mente humana que possui amor. São acessados por qualquer um que
tenha a intenção correta e estão à disposição de todos.
Entre os fluídos divinos citamos a oração, a água energizada ou fluidificada e a
imposição das mãos sobre o doente. A instrução espiritual e a modificação
interior são muito necessárias para ajudar e facilitar a atuação dos fluídos
divinos.
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Antes de estudarmos a aplicação terapêutica das mandalas é necessário
entender que espécie de energia elas contêm para a cura. E como vimos, as
mandalas estão inseridas nos fluídos vibrantes, com capacidade de agir
sobre a aura e o corpo físico, mas que elas precisam da ajuda de um fluído
divino para atuar com mais força. Portanto, as mandalas processam a cura
física, a cura energética e a cura espiritual.

Existem três categorias de fluídos de cura e, portanto, três corpos que


necessitam desses fluídos: o corpo físico, o corpo áurico ou vibracional e o
corpo espiritual ou alma.
Corpo físico: por suas características materiais, este corpo recebe ajuda
imediata de um fluído energético. No entanto, para que haja cura permanente,
deve-se também atender a aura e o espírito.

Corpo áurico: por suas características mais sutis, pode ser muito beneficiado
pela aplicação de um fluído vibrante, refletindo uma mudança imediata em suas
condições vibracionais.

Corpo espiritual: por suas características mais mentais que materiais ou sutis,
recebe um fluído divino e a ajuda de que precisa para se recuperar. Ao mudar
o corpo espiritual, o corpo físico e áurico melhora também.

Nota: a atuação dos fluídos sutis de cura acontecem por meio de trocas; ou
seja, a energia de qualidade inferior instalada em um corpo é trocada por
energia de qualidade superior. Mas também temos que entender que essa
troca só é possível quando há intervenção divina, quando queremos obter a
cura, quando acreditamos nela, quando a merecermos e quando respeitamos o
livre arbítrio. Não adianta recebermos os fluídos necessários à nossa cura, se
não mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e nossa maneira de ser.

Celina Fioravanti exemplifica: “... uma pessoa está afetada na alma pelos
fluídos venenosos da inveja. Ela busca ajuda na cromoterapia e recebe bons
fluídos, que aliviam os sintomas físicos presentes, pois retiram a má energia
acumulada pelo sentimento negativo da inveja e a trocam pela luz colorida.
Mas, se ao sair do tratamento a pessoa já volta a deixar que a inveja seja parte
de suas emoções ou pensamentos, muito em breve ela voltará ao estado
vibratório anterior e a troca que havia sido feita é anulada”.
Concluímos então que para acontecer à cura pelos fluídos é necessário ter: fé,
força de vontade, mérito e ajuda espiritual.

“É o curador que precisa estar atento a estes fatores para ajudar quem o
procura, orientando e apoiando as tentativas que o doente faz de
aprimoramento espiritual... À medida que o curador e o doente se aproximam,
é necessário mostrar a quem está mal, como à doença acontece e como
grande parte da responsabilidade pela cura depende dele. Só o doente pode
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mudar as vibrações da sua alma com rapidez, usando para isso uma alteração
em suas atitudes, bem como mantendo uma vigilância constante sobre suas
palavras e pensamentos.” (Celina Fioravanti).

FUNÇÃO TERAPÊUTICA DAS MANDALAS

De acordo com Celina Fioravanti: “Praticamente todas as correntes


terapêuticas podem incorporar o trabalho vibracional com mandalas. Desde a
medicina mais tradicional até as terapias inovadoras, todas as linhas de cura
física e mental recebem das mandalas um acréscimo substancial. Elas têm
uma energia positiva com propriedades curativas que surpreende a todos os
curadores”.

Celina relata que, em um dado momento de sua vida, estava em estado


depressivo e que encontrou na “atividade diária” de colorir mandalas um
excelente recurso terapêutico: “Aprendi a usar a energia das mandalas num
momento de vida muito especial, com que eu sentia que era necessário mudar
minhas vibrações... A rotina de colorir mandalas aos poucos me trouxe força
para criar novas estruturas dentro da minha vida, que me ajudaram a sair do
ponto onde estava. Com a continuidade, ocorreram alterações mais profundas
na minha energia e meus caminhos foram se tornando muito definidos.
Comecei então, a saber, o que queria fazer com os vários aspectos da minha
existência, principalmente com relação à necessidade interna de ser produtiva”.

Em seu trabalho, numa casa de apoio espiritual, quando encontrava alguém


com as energias desordenadas, Celina dava um desenho de mandala e pedia
para a pessoa que fizesse várias cópias e colorisse diariamente, por meia hora.
Segundo ela os resultados foram fantásticos. Ela entendeu então, que colorir
mandalas era algo que as pessoas faziam com prazer e que mantinham como
rotina terapêutica por tempo suficiente para se curarem.
Comprovou também que “... as mandalas provaram ser muito eficientes no
tratamento de depressão, síndrome do pânico, falta de ligação com Deus,
vícios e outras aflições da alma”.

Segundo Jung, “... a produção artística, em especial a mandala, se constitui


numa forma de estimular a concentração, a imaginação e a criatividade, o que
apresenta dupla eficácia: conservar a ordem psíquica ou restabelecê-la. Assim,
as imagens das mandalas são utilizadas para consolidar o eu interior e
favorecer a meditação em profundidade”.

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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS DAS MANDALAS

Desenho
Na história da humanidade, encontramos o desenho como uma das formas
mais observadas pelo homem para registrar suas emoções, sentimentos e
ações. Esta preferência é observada antes mesmo do início dos símbolos que
antecedem a escrita, indicando assim que a comunicação por meio do desenho
é uma forma de linguagem básica e universal.
A técnica do desenho da mandala pode ser aplicada a qualquer indivíduo, não
há limite de idade ou patologia, desde que haja uma mínima capacidade de
elaboração. Pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo. Está voltada
para o desenvolvimento da criatividade, atuando como um complemento na
formação dos indivíduos.
O desenho trabalha a coordenação motora, possibilitando uma reestruturação
interna, porque trabalha a percepção, o caminhar de um ponto até se
transformar em linhas.
“Para a Psicologia Analítica, essa forma de linguagem não verbal, pode ser útil
principalmente se pensarmos em desenho. Nesta abordagem utiliza-se de
vários meios para chegar à resolução do conflito e, o desenho pode dar ao
terapeuta uma visão da dinâmica inconsciente do paciente”. (Rosângela Pellosi de
Freitas – Faculdade FIZO – Uberlândia, MG – 2007).

De acordo com Carl G. Jung: “O desenho é uma busca de cura. Traz à luz
todos os elementos dispersos e também tenta ajuntá-los no vaso. A idéia de
receptáculo é arquetípica. É encontrada em toda a parte, sendo motivo central
de quadros inconscientes. É a idéia do círculo mágico desenhado em volta de
alguma coisa que deve ser impedida de fugir ou deve ser protegida”.

Pintura
“Pintar mandalas é mais do que um exercício estético. A escolha das cores fala
de quem pinta”. (www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm)
Uma boa aplicação terapêutica das mandalas é a técnica de colorir mandalas.
Esta técnica tem como objetivo de trabalhar o universo interior e desta forma, o
paciente tem a oportunidade de transformar as tensões e os medos em um
momento tranquilizante, fazendo a mente entrar em um estado de relaxamento.
A cor é sensação. Provoca a sensibilidade e a intuição e, traduz a emoção. Ela
permite ao indivíduo exercitar novas maneiras de olhar a si mesmo e a tudo
que o rodeia. A pintura é uma das técnicas onde as emoções e sentimentos
fluem com maior facilidade.
Há sempre uma programação das cores que o Arteterapeuta deve fazer
previamente, para que a terapia alcance os objetivos e fixe resultados. Assim,
quando for tratar do corpo físico, por exemplo, ele deve escolher uma cor de
acordo com o problema que vai ser tratado e depois da melhora, deve utilizar,
sempre, a cor azul para fixar os resultados obtidos.

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Mosaico
É uma técnica simples que exige organização e paciência, permitindo o uso de
diversos materiais, como sementes, conchinhas, madeira, emborrachado,
botões, azulejos, casca de ovos e outros. O mosaico é uma técnica para o
indivíduo colar, organizar e assim, os seus conteúdos internos se reestruturam,
por isso é indicado principalmente para quem tem dificuldade de juntar e
associar.
A Arteterapia entende que trabalhar com pedaços separados, dá oportunidade
ao indivíduo de poder juntar e construir um novo momento. A princípio provoca
uma desestruturação, portanto deve ter cuidado ao usá-la como técnica.

Colagem
A técnica de colagem pode ser feita com diversas texturas de papéis, tecidos e
outros. Ela permite a integração, a organização e é uma atividade que
estrutura. Colar é ligar uma coisa à outra; é estabelecer vínculo.
Simbolicamente o ato de recortar ou rasgar papéis e posteriormente reuni-los,
colá-los, recompondo-os, correspondem subjetivamente à vivência de cortes,
rupturas, reparação, reorganização e estruturação.
A colagem favorece a organização de estruturas pela junção e a articulação de
formas prontas. Ao separar papéis, gravuras, sementes, contas que estão
misturadas dá-se a oportunidade ao indivíduo de escolher, discernir e
reconhecer o que é dele e o que é de outro.

Meditação
Existem muitas técnicas diferentes de meditação e todas elas começam com
exercícios para concentrar a atenção em uma imagem mental, eliminado focos
de atenção. O estado de tranquilidade mental gerado pela meditação traz muita
harmonia e é relaxante, ajudando a reencontrar o verdadeiro equilíbrio físico e
emocional.
Na Terapia com mandalas, a meditação é uma constante uma vez que os
desenhos ajudam a estabilizar a mente e levam naturalmente ao estado de
meditação. Usar as mandalas para ensinar a dominar a mente é interessante,
porque os benefícios terapêuticos são muitos. Em todos os tipos de meditação
uma mandala pode ser usada, nem que seja apenas para ajudar na
concentração inicial.

Há dois tipos básicos de meditação: a estabilizadora e a analítica.

-meditação estabilizadora: o método utilizado para estabilizar a mente é


dirigir a atenção para um único ponto concentrando ali a mente, abandonando
todos os outros pensamentos através da observação daquilo que é focalizado.
Para isso uma mandala funciona perfeitamente, pois ela servirá como um foco
visual perfeito.

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-meditação analítica: neste método de meditação a mente se volta para o
interior e passa a fazer uma análise de vários conceitos sobre um assunto
determinado. É como se a mente estudasse todos os aspectos de uma
questão, não pensando em outra coisa. Com uma mandala, a meditação
analítica se volta aos símbolos e significados contidos na mandala, bem como
ao que ela desperta emocionalmente.

Para a prática terapêutica com as mandalas, devemos escolher as mandalas


que são mais facilitadoras para o nível de capacidade de domínio da mente.

ATIVIDADE PROPOSTA: VIVÊNCIA COM MANDALAS

Como vivência para o grupo optamos pela construção de mandala com o uso
de sementes (elemento terra).
A técnica de uso de sementes é simples e permite a interação e integração do
grupo, exigindo organização e paciência de cada elemento. É uma atividade
que estrutura, dando a oportunidade ao indivíduo de escolher, compor, dividir,
juntar e construir um novo momento.
O fato de colar as sementes na fabricação da mandala permite estruturar. Colar
é ligar uma coisa a outra. É estabelecer vínculo.
Ao separar as sementes que estão misturadas, dá-se a oportunidade ao
indivíduo de escolher, discernir e reconhecer o que é dele e o que é do outro.

Material utilizado:
-papel A1
-bastidor
-lápis de cor
-cola
-sementes variadas.

Atividade: todos sentados no chão, num grande círculo, formando uma


mandala humana, com o material à sua frente.

Como fazer a mandala:


Início: relaxamento com respiração e olhos fechados.

Facilitador fala:
Vamos agora fechar nossos olhos, e relaxar. Sentir nossa respiração. Sentir o
ar entrando pelas nossas narinas e percorrendo todo nosso corpo... e vamos

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pensar qual valor humano nós precisamos praticar mais? O que nos falta? O
que estamos mais precisando?

O Sai Baba promove no mundo uma educação de valores humanos baseados


na Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não violência. Mas nós podemos ir além e
subdividir esses valores em outros, como por exemplo: A Verdade, que gera a
honestidade e a sinceridade.

Nós vamos hoje fazer uma mandala de sementes, cujo elemento é a terra, e
ela mexe com nossas sensações. As sementes são as sementes da vida, dos
potenciais, das virtudes. E elas vão representar em nós isso tudo, essas
qualidades, esses dons, que nós estamos precisando exercitar mais.

Agora respire profundamente, e deixe que venha a sua tela mental a imagem
de uma mandala de sementes. Qual forma ela tem? Quais cores ela tem?

Abra seus olhos e faça sua mandala pessoal.

Após a construção da mandala, o facilitador sugere que façam duplas para


troca de experiência. Depois sugere que a experiência seja feita de forma
geral, ou seja, no grupo como um todo.

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ANEXOS
ANEXO I - MANDALA PESSOAL

A Mandala Pessoal servindo como foco de contemplação ou meditação ajuda a


canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado
físico, mental, emocional e espiritual já que as figuras e símbolos que entram
na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa.

A Mandala Pessoal é um ”retrato personalizado” extremamente útil como fonte


de concentração e inspiração para reequilibrar fluxos internos e externos, para
gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a
se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além
de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da vida e do
cosmo.

A contemplação ou meditação tendo como base a Mandala da Prosperidade,


por exemplo, facilita a concentração para focar e fixar a vibração da
abundância ajudando a canalizar nossos esforços para realizar nossas metas
materiais.
Mandalas direcionadas desenvolvidas especialmente para sintonizar
determinada frequência como a harmonia familiar, a abundância material, a
concentração, a força, a proteção, o poder, etc. podem ser instrumentos úteis
para canalização da energia mental harmonizando vontade, intuição e razão, a
fim de alcançar determinada meta.

A Mandala Pessoal funciona também como um talismã pessoal podendo atuar


como defesa e proteção, pois nela está contido toda a simbologia
representativa daquele determinado ser humano.

É elaborada através do nome e data de nascimento da pessoa, do signo que


nos informa a cor do fundo da mandala, dos Chakras e suas cores, do planeta,
do elemento, incorporando dessa forma, desenhos e figuras geométricas que
dizem respeito à pessoa.

Ela pode ser colocada em casa no setor da Espiritualidade indicado pelo Feng
Shui e a aplicação do Ba-guá.
É importante ressaltar que: “Só a determinação inquebrantável pode conduzir a
pessoa à Meta Suprema”. (Tamina Thor)

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ANEXO II - MANDALAS E OS CHAKRAS

“Na terapia há um tema muito importante que se relaciona com as Mandalas:


os chakras. Os dois assuntos estão intimamente ligados pelas formas e pelas
cores, pois um chakra é também uma Mandala”. (Celina Fioravanti)

Os chakras são centros de energia e é através deles que passam todas as


formas de vibração com as quais se tem contato. Há sete principais chakras no
corpo e o bem estar físico e espiritual de cada pessoa depende deles, uma vez
que são eles que regulam as energias que cada um recebe e emana. Quando
há equilíbrio de energia, um chakra gira no sentido horário e de forma contínua.
Mas, se há desequilíbrio, ele gira lentamente e às vezes chega a interromper
seu movimento. Há ocasiões que o chakra está tão desarmônico que gira no
sentido oposto ou se acelera.

Segundo Celina Fioravanti em seu curso “Técnicas Terapêuticas com


Mandalas – Volume V”, os chakras atuam nos níveis: físico, energético e
espiritual. Suas desordens interferem no bem estar orgânico, na energia sutil e
na alma. “Os orientais nos trouxeram o maravilhoso conhecimentos dos
chakras e eles também nos deram a forma deles como Mandala”, diz ela,
então, as mandalas representam o desenho tradicional dos chakras.

Em seu livro “Mandalas – Como Usar a Energia dos Desenhos Sagrados”,


Celina Fioravanti dedicou um capítulo especialmente às mandalas e seu
relacionamento com os chakras. Foram desenhadas sete mandalas e cada
uma delas está relacionada com um centro de energia (chakra). “Cada
mandala... tem uma programação que a prepara para atuar sobre um dos
centros de energia dos nossos corpos físico e sutil. A influência de uma
mandala estará, portanto, limitada ao centro de energia que lhe corresponde”.

Como ilustração, vamos discorrer sobre o 5º chakra com desenho de Vagner


Vargas.

5º CHAKRA – LARÍNGEO OU GARGANTA – VISUDHA

Este centro de energia é chamado de chakra da garganta. Sua denominação


oriental é Visudha. No corpo humano sua posição é na área da garganta. Está
ligado às glândulas tireóide e paratireoide.

Dons: entre as funções deste centro de energia, podemos citar tudo o que está
ligado à comunicação. A fala, o ouvir, a escrita, a maneira de se fazer entender
e de compreender os outros. A criatividade, a assimilação de vibrações
protetoras, a responsabilidade consigo e com os outros são também assuntos
relacionados com este chakra.

Reações Negativas: as desordens deste chakra acontecem quando a pessoa


se comunica mal, fala palavras pesadas, deixa de ouvir o que os outros têm
para falar, está sempre discutindo, fala demais, faz intrigas e fofocas, não
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guarda segredos. Há outras atitudes que também podem influir negativamente
sobre este chakra: assumir muitas responsabilidades, fugir ou adiar quando
precisa fazer escolhas, dominar outras pessoas, ceder com facilidade às
tentações que a vida oferece.

Corpo Físico: reflete as atitudes negativas que ferem o chakra, apresentando


alguns males. Os principais pontos atingidos no corpo são a garganta e os
ouvidos, resfriados e alergias constantes, doença na língua, na tireóide, nas
cordas vocais, na boca em geral.

Cromoterapia: para acalmar e ordenar: azul


para ativar: amarelo

Mantra: HAM Cor do Chakra: azul

MANDALA DO 5º CHAKRA – CHAKRA DA GARGANTA – VISUDHA. MANDALA ORIENTAL COMPLETA COM O


NOME DO CHAKRA NO CENTRO, DESENHADO COM LETRA EM SÂNSCRITO.

“Todas as mandalas podem ajudar a tratar os chakras, não apenas as


Mandalas Orientais que os representam. Qualquer Mandala, ao ser colorida
com a cor certa, produz efeitos sobre o chakra que está desordenado. Um
efeito adicional pode ser obtido em a Mandala colocada sobre o chakra, depois
de pronta.” (Celina Fioravanti).

“O uso do mantra acontece quando se faz a meditação com a Mandala oriental


do chakra e deve ser bem explicado, para que a emissão do som seja correta e
seja feita como parte da técnica de respiração, no momento da expiração”.
(Celina Fioravanti)

Resumindo as técnicas

1.Colorir qualquer Mandala com a cor indicada para harmonizar o chakra.


2.Colorir a Mandala Oriental relacionada com o chakra e sua cor
correspondente.
3.Meditar com a Mandala Oriental correspondente ao chakra.

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4.Colocar a Mandala Oriental do chakra, colorida, sobre o ponto físico
correspondente.

5.Emissão de mantra, como parte da respiração, durante a meditação com a


Mandala Oriental do chakra correspondente. Só com a vibração sonora o poder
energético da Mandala se torna ativa em toda sua potencialidade.

ANEXO III - O USO DE MANDALA NO BUDISMO TIBETANO

A palavra tibetana para “mandala”, dkyil-‘khor, significa literalmente “aquilo que


circunda um centro.” Um “centro” é, aqui, um significado e “aquilo que o
circunda” - mandala - é um símbolo redondo que representa o significado. No
entanto, nem todas as mandalas são redondas.
Há muitos tipos de mandalas, usadas para várias finalidades nas práticas
budistas do sutra e do tantra. Vamos agora examinar alguns deles.
Uma mandala externa (phyi’i dkyil-‘khor) é uma representação de um sistema
de mundo. É usada como uma oferta feita a um professor espiritual quando se
pede para dar um ensinamento, para conferir um conjunto de votos ou para
conferir um empoderamento tântrico (iniciação tântrica).
A mandala oferecida pode consistir de uma tigela de fundo achatado segurada
com o lado de baixo em cima, com três montes de grãos crus ou jóias,
colocadas umas sobre as outras sobre a sua superfície e contida dentro de
anéis concêntricos progressivamente menores. É coroada com um diadema
ornamental.

Jogo de mandalas tradicionais tibetanas

Alternativamente, a oferta da mandala pode ser feita com as mãos em mudra,


com os dedos entrelaçados numa determinada forma.

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Oferta de mandala feita com as mãos em mudra

Sua Santidade o XIV Dalai Lama disse frequentemente que também podemos
imaginar a mandala externa representando o planeta terra, o sistema solar, a
galáxia ou o universo, como a ciência moderna hoje os concebe. Não faz
diferença. O importante é que a oferta da mandala representa a voluntariedade
de dar tudo no universo para receber ensinamentos, votos ou
empoderamentos.
A oferta repetida de uma mandala externa constrói também a força positiva
requerida para irmos além do nosso nível de compreensão atual e
progredirmos para um nível mais profundo.
A base para rotular ou imputar (gdags-gzhi) o mundo simbólico da mandala
durante o ritual do empoderamento pode ser:

1)Uma mandala de tecido (ras-bris-kyi dkyil-‘khor), que é uma representação


bidimensional do palácio e do ambiente, um tanto como um plano arquitetural,
pintada numa peça de tecido ou de papel e colocada geralmente dentro de
uma moldura de madeira quadrada pintada e decorada, com lados abertos e
um telhado.

Mandala de Kalachakra pintada em tecido

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2)A mandala de areia pulverizada (rdul-phran-gyi dkyil-‘khor), que é uma
representação do palácio e do ambiente feita com areia colorida pulverizada e
colocada geralmente no mesmo tipo de moldura de madeira em que a mandala
de tecido é colocada.

Fazendo uma mandala de areia de Guhyasamaja

3)Uma mandala de estabilidade mental (bsam-gtan-gyi dkyil-‘khor), que é


manifesta a partir da concentração absorta (Ting-nge-‘dzin, sânsc. samadhi) do
mestre tântrico.

4)mandala tridimensional (blos-blangs), feita geralmente de madeira ou de


metal, que pode ser usada alternativamente.

Mandala 3D tradicional Kalachakra no Palácio de Potala


Palace, Lhasa, Tibete.

Os cinco elementos externos e corpóreos – terra, água, fogo, vento e espaço –


são representados frequentemente pelos discos-mandala simbólicos com as
formas e as cores determinadas pela convenção budista. Por exemplo, um
disco-mandala amarelo e quadrado representa o elemento terra.
No sistema Kalachakra, discos-mandala redondos simbólicos de quatro corpos
celestiais envolvidos em eclipses – a lua, o sol, Rahu e Kalagni (os nós, do

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norte e do sul, da lua) – representam quatro gotas de energia sutil dentro do
corpo sutil. Estas são as gotas-energia do estado acordado, do estado de
sonho, do estado de sono profundo e do quarto estado ou estado supremo.

ANEXO IV - AUTORAS

NISE DA SILVEIRA

Foi uma renomada médica psiquiatra brasileira e aluna de


Carl Jung, que dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente
contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o
confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e
lobotomia. Em seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no
Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, a Dra. Nise luta contra as técnicas
psiquiatricas que considera agressivas aos pacientes.

Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se


a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para o
trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos
médicos. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica
Ocupacional".

No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes


exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e
modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos
com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade,
revolucionando a Psiquiatria então praticada no país.

Em 1952, ela funda o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro,


um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos
produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição,
valorizando-os como documentos que abrem novas possibilidades para uma
compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico.

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Pioneira da psicologia junguiana no Brasil

Os estudos de Jung sobre mandalas atraíram a


atenção de Nise da Silveira para suas teorias sobre o inconsciente. Através do
conjunto de seu trabalho, introduziu e divulgou no Brasil a psicologia junguiana.

Interessada em seu estudo sobre os mandalas, tema recorrente nas pinturas


de seus pacientes, ela escreveu em 1954 a Carl Gustav Jung, iniciando uma
proveitosa troca de correspondência.

Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que
recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II
Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao
visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave
para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos.

Para Nise, a terapia ocupacional era uma psicoterapia não verbal, única e
apropriada à reabilitação de psicóticos. Ela ressaltava o alcance desta terapia
para além das formas convencionais de psicoterapia (verbais), ao constatar
que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser feita
inicialmente em nível não verbal.

A terapia ocupacional permitia a eles, segundo suas próprias palavras, "a


expressão de vivências não verbalizáveis que no psicótico estão fora do
alcance das elaborações da razão e da palavra". Nise não aceitava que os
esquizofrênicos tivessem embotamento afetivo, pois, acreditava que a Terapia
Ocupacional negava eloquentemente esta afirmação, pois, toda aquela
produção artística seria uma demonstração cabal da preservação da
afetividade nestes doentes, embora guardadas em seu íntimo, como que
protegida.

Dentro desta perspectiva, o psicótico não era apenas uma relação de sintomas
positivos e negativos, era preciso proporcionar ao paciente um ambiente onde
ele pudesse encontrar o suporte afetivo que o ajudasse a retornar ao mundo
externo. Temos aí o fundamento da psiquiatria de Nise e percebe-se
claramente seu pioneirismo no movimento da psiquiatria antiasilar.

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CELINA FIORAVANTI

Celina Fioravanti em vida foi escritora e taróloga.


Estudou na Universidade Federal do Paraná, onde se formou em Belas Artes e
fez Licenciatura em Desenho. Desde 1988 passou a dedicar-se exclusivamente
ao trabalho espiritualista. Hoje, sua obra literária é vasta, incluindo mais de 30
livros místicos, espíritas e de autoajuda, publicados em três países. Como
taróloga, possuiu nível de Grão Mestre, segundo os parâmetros internacionais.

Ela acreditava que cada pessoa é capaz de encontrar por si o caminho que a
levará a realizar sua evolução espiritual e que pode fazer isso sem seguir
qualquer espécie de guru. Sempre mostrou aos seus alunos como pensar
livremente, como respeitar as crenças alheias e como crescer na luz.

Considerava o Tarô uma ferramenta para ativar a intuição e deixar que o


inconsciente possa se expressar. A oração era a sua maior aliada. Usou as
Mandalas como terapia. Foi uma peregrina por fé. Buscou aprender na Antiga
Tradição Cabalista. Foi uma sacerdotisa lunar, mãe e esposa. Viveu para servir
e fez isso com paixão.

No dia 02 de abril de 2007, ela deixou este plano para continuar o seu trabalho
no mundo espiritual, sempre muito presente na vida de seus entes queridos.
Após a sua passagem, seus filhos tiveram a decisão de encerrar as suas
atividades de cursos à distância.

Porém, foram inúmeros os pedidos para que os trabalhos não cessassem.


Assim, em respeito aos seus alunos e a todos que desejam ter contato com os
estudos da Celina, seus filhos ainda mantém viva este elo com ela e com o seu
conhecimento, acumulado durante mais de 30 anos de estudos místicos e
religiosos. Atualmente este site é mantido por seu filho mais novo, Raphael e
sua nora, Claudia.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso terapêutico das mandalas está quase sempre relacionado ao


desbloqueio ou despertar de sentimentos e sensações que temos dificuldades
para lidar ou para manifestar exteriormente. É utilizada também para o
autoconhecimento e desenvolvimento pessoal; para promover cura e
harmonização de pessoas e ambientes. Servindo como foco de contemplação
ou meditação, ajuda a canalizar determinados tipos de energias a fim de
equilibrar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual, já que as figuras
e símbolos que entram na sua composição expressam e vibram as energias
específicas da pessoa.

Extremamente útil como fonte de concentração e inspiração, reequilibra fluxos


internos e externos, para gerar mais harmonia entre o consciente e o
inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com maior
compreensão sobre si mesma e a vida.

Foi Jung que introduziu o conceito de mandala na psicologia analítica como


imagens representantes do Si-mesmo, em outras palavras, reconheceu que
esses desenhos eram representações simbólicas da totalidade da psique. Jung
interpretou como uma expressão da psique e, em particular do Self. As
mandalas podem aparecer em sonhos ou em pinturas durante a análise
junguiana, ocorrendo mais provavelmente em estados de dissociação psíquica
ou de desorientação. Portanto, as mandalas podem expressar um potencial
para a totalidade, como procede nas tradições religiosas hinduísta e budista-
tibetana, podem ser empregadas como instrumento de concentração e como
um meio para unir a consciência individual com o centro da personalidade. Elas
também podem funcionar como proteção para indivíduos que estão
fragmentados, em que a ordem rigorosa da imagem circular compensa a
desordem e a perturbação do estado psíquico.

Jung afirmava que podemos lidar com as imagens do inconsciente que vemos
através dos sonhos, da meditação sobre elas e da interpretação delas, pois
isso nos auxilia a contatar o centro do ser – que ele chama de Self – onde está
a fonte da saúde psíquica, que é fundamental ao processo de individualização.

Portanto, Jung, estudando as mandalas e sua manifestação no mundo oriental


como instrumento de culto e de meditação, passou a desenhá-las.
Observando-as no mundo ocidental, descobriu o efeito de auto cura que elas
exerciam, inclusive em si mesmo. Em seguida, passou a utilizá-las como
método psicoterapêutico. E concluiu que esses círculos mágicos da tradição
cultural oriental, hinduísta ou budista, eram representações instintivas de um
símbolo universal desenhada desde os primórdios da humanidade.

Para Celina Fioravanti o conceito de Mandala é: Numa mandala, o espaço


interior, onde as formas se desenvolvem, é sagrado, aquilo que está fora desse
espaço é profano (...) a linha circular é a fronteira... o limite...” entre o sagrado e
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o profano. “ A mandala é um campo de força, no qual as emanações das
formas, da estrutura numérica e das cores são poderes vibracionais atuantes.
Então, o campo de força de uma mandala modifica a nossa energia em vários
níveis. Ele estimula a mente, equilibra as emoções e ativa processos físicos,
ajudando a restabelecer sua função.

Citaremos como exemplo de mandala A Mandala Pessoal, que é um ”retrato


personalizado” extremamente útil como fonte de concentração e inspiração
para reequilibrar fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o
consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com
uma maior compreensão sobre si mesma, além de sintonizá-la melhor com as
correntes construtivas e evolutivas da vida e do cosmo.

Podemos considerar a analise da Mandala Pessoal um espelho do nosso mais


profundo ser. Através desta analise descobrimos pontos da nossa
personalidade que até o presente momento não nos dávamos conta. Pontos
estes hora negativos, hora positivos, que precisam ser trabalhados para
alcançar o equilíbrio.

A analise da Mandala Pessoal vai nos dar as diretrizes perfeitas de como esses
pontos devem ser trabalhados, pois, é o próprio Eu interior quem está se
exteriorizando e nos demonstrando o caminho a seguir. É a forma mais segura
e funcional de autoconhecimento, pois a mesma é desenvolvida de dentro para
fora, por isso não há como cometer enganos ou ilusões uma vez que se trata
de símbolos arquetípicos na maioria das vezes desconhecido para quem os
desenha.

Tendo em mãos a analise da Mandala Pessoal pode-se dar inicio a um trabalho


completo visando o equilíbrio e a fluidez das energias em favor da pessoa
analisada já que temos conhecimento dos desejos mais profundos e
frustrações que incomodam e trazem limitações que acabam por afetar sua
vida afetiva, profissional, econômica e até mesmo a sua saúde.

As formas de trabalhar estas limitações, frustrações, traumas, etc., são as mais


variadas podendo ser desde a utilização de Mandalas criadas para equilibrar as
energias em questão como exercícios respiratórios, para equilíbrio dos centros
energéticos, conhecidos por Chackras, equilíbrio dos elementos, o uso de
cores adequadas, fragrâncias, Musicoterapia e mais uma infinidade de meios
que podem ser definidos de acordo com a necessidade de cada um

Como dissemos a Terapia com Mandalas é um dos muitos recursos técnicos


que a Psicologia Transpessoal pode utilizar para propiciar o autoconhecimento,
a cura das emoções e ajudar o paciente a alcançar outros níveis de
consciência, facilitando assim as metas transpessoais. “A mandala harmoniza o
interior do indivíduo e ajuda na busca de paz interior. A mandala... tem a
poderosa força de ser um instrumento curativo nos níveis material e espiritual
do homem”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHEVALIER, J; GHEERBRANT, A. Dicionários de símbolos. Rio de Janeiro:


José Olympio, 2001.

FINCHER, S.F. O autoconhecimento através das mandalas. São Paulo:


Pensamento, 1998.

JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2002.

MOACANIN, R. A Psicologia de Jung e o Budismo Tibetano. São Paulo: Cultrix,


Pensamento, 1999.

SAMUELS, A; SHORTER, B.; PLAUT, F. Dicionário crítico de análise


junguiana. Rio de Janeiro: Imago/Consultoria Editora, 1998.

VON FRANZ, M. L. Processo de individuação. In: JUNG, C.G. O Homem e


seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

FREITAS, ROSÂNGELA P. DE. Monografia: Mandala – Forma de


Autoconhecimento na Arteterapia / FIZO – Faculdade Integração Zona Oeste,
SP e ao Alquimy Art, SP.

FIORAVANTI, CELINA. Mandalas – A Religação da Alma com Deus Através


dos Desenhos Sagrados / ano 1994 – 5ª Edição – Editora Ground Ltda.

FIORAVANTI, CELINA. Técnicas Terapêuticas com Mandalas I, II, III, IV e V.

FIORAVANTI, CELINA. Mandalas – Como usar a Energia dos Desenhos


Sagrados /ano 2003 / Editora Pensamento Cultrix Ltda.

CAVALCANTI, RAÍSSA. O Retorno do Sagrado – A Reconciliação Entre


Ciência e Espiritualidade / Editora Cultrix Ltda / Ano 2000.

TABONE, MARCIA. A Psicologia Transpessoal – Introdução á nova visão da


Consciência em Psicologia e Educação / Editora Cultrix Ltda.

Dicionário Completo da Língua Portuguesa / Editora Melhoramentos / Ano


1994.

THOR, TAMINA. Tarô das Mandalas Talismânicas – Os Círculos Mágicos da


Sorte e do Poder / Ano 2001 / Pallas Editora e Distribuidora Ltda.

CAFÉ, SÔNIA. O Livro das Atitudes II / Ano 2007 / Editora Pensamento.

FILME - CRONEBERG, DAVID. Um método perigoso (An dangerous method).


EUA, Imagem Filmes, 2011.

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FONTES NA INTERNET

www.belieyourself.worpress.com/mandalas

www.foxitsoftware.com

www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm

www.wikipedia.org

www.nemdeusesnemastronautas.blogspot.com.br/2011/10/mandala-um-
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www.wikipedia.org/wiki/Psicologia_analitica

www.wikipedia.org/wiki/Carl_Gustav_Jung#Imagens_do_inconsciente

www.wikipedia.org/wiki/Mandala

www.mundodasmandalas.com/site/Artigos/Visualizar?

http://www.arthurvianna.page.tl/Mandalas.htm

http://www.psicologiaemsantana.com.br/terapia-com-a-mandala. page

WWW. mantraterapia.blogspot.com.br

www.berzinarchives.com/web/pt/archives/advanced/tantra

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CAPA - MANDALA TALISMÂNICA NOME AMARANTHUS

“Mandalas são desenhos sagrados, são símbolos ancestrais, são um campo


energético de muita força, que atuam dentro de nossa estrutura, independente da
sintonia que tenhamos com ela.” A força da mandala está em seu ponto central, onde
escrevo a primeira letra do nome. Outro elemento importante é a circunferência que
delimita a mandala, separando o espaço sagrado do profano.

Dentro da circunferência (espaço sagrado) é escrito o nome inteiro do grupo e os


desenhos correspondentes ao planeta, signo, elemento, etc... , com o objetivo de criar
um campo energético próprio e individual. Está formada então, a Mandala do Nome,
com o poder de atrair vibrações compatíveis com as de seus possuidores.

A mandala é um campo energético de muita força e nosso nome possui uma


sonoridade poderosa; juntos, formam um campo de energia de força acentuada,
facilitando os bons encontros da vida e a realização de nossas metas, afastando as
armadilhas que nos desviam do caminho.

Bom, a letra mais importante neste nome é a inicial, seguida da letra que mais se
repete. E a letra “A” indica que o grupo Amaranthus tem coragem, é independente e
interessado em pesquisas. Indica que tem muitas idéias e projetos. “A” é uma letra de
iniciativa e de autoconfiança. Ela se repete três vezes no nome conferindo dinamismo,
energia, intensidade e força de vontade ao grupo. Traz a oportunidade de novos
inícios e, indica que é tempo de aprender as lições de autoconfiança e de dobrar a
resolução do grupo de seguir adiante através dos próprios esforços.

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O grupo deverá aprender a buscar a harmonia tendo calma, paciência, entendimento,
compreensão e acima de tudo, amor. O grupo deverá também, praticar a
espiritualidade buscando sempre o autoconhecimento individual; ou seja, de cada
componente do grupo, através de cursos, leituras e práticas espirituais.

Quanto à mandala, ela representa:


Base quatro - foi definida pela quantidade de vezes que o número um aparece no
nome Amarathus (quatro vezes). Essa base estimula a realização, organização e
construção. Traz a capacidade de receber amparo, segurança afetiva e conquistas.
Aumenta a energia física e ajuda a buscar segurança e estabilidade na vida através da
disciplina, ordem e muito, mas muito trabalho..

Cor branca – centro da mandala. Foi escolhida por representar a proteção. Contribui
para a paz e conforto. Alivia a sensação de choque emocional. Ajuda a limpar e
aclarar emoções, pensamentos e o espírito.

Cor verde – foi escolhida por estimular a segurança, esperança e bons sentimentos.
No plano material, favorece a cura. No plano espiritual integra corpo e espírito. No
plano emocional traz o amor e a amizade. Também funciona como um isolante,
impedindo as perdas energéticas.

Cor vermelha – foi definida pela soma total da data de reorganização do grupo quanto
ao tema do trabalho (23/09/2012). Essa cor estimula as qualidades de: dinamismo,
coragem e liderança. Traz gosto pelo trabalho e disposição para viver. Estimula os
ideais e favorece a realização material.

Cor azul – foi escolhida por estimular a intuição e capacidade de perdoar. Limpa e
energiza o campo energético. Estimula também o falar e o ouvir. Ajuda a desenvolver
a paciência, harmonia e equilíbrio. Acalma, limpa e ajusta as energias.

Cor laranja – foi escolhida por estimular a alegria e restaurar o corpo. Também traz
iluminação e recarrega e estabiliza o campo vibracional. A influência do laranja é
restauradora e regeneradora. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora.
Geralmente, sua energia é usada para mudar pensamentos e ações desgastadas.

Cor dourada – foi escolhida por representar o sol, a abundância, o poder. É uma cor
excelente para revitalizar e equilibrar a mente. É a cor da luz e da prosperidade.

As flores – foram escolhidas por representarem a nossa ligação com Divino através
da natureza e, também, porque a Elzi escolheu o nome Primavera (depois ela decidiu
por Amaranthus) e primavera é a estação das flores.

Esta é a Mandala Talismânica do Nome AMARANTHUS e, para que haja um efeito


positivo em nossas vidas, é necessário que saibamos praticar a espiritualidade
respeitando o livre arbítrio e, mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes,
buscando assim nossa reforma íntima, mudando nosso foco e buscando soluções.

Devemos utilizá-la de forma consciente e, é imprescindível entender que “... só a


determinação inquebrantável...”, a boa vontade, a persistência, o equilíbrio e a
responsabilidade com discernimento é que pode conduzir-nos a nossas metas e
podermos assim, atingir nossos objetivos.

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CONTRA CAPA - FOTO DO GRUPO AMARANTHUS

Este grupo foi formado como subgrupo do Grupo Phoenix, e é composto por: Elzi, Liz
(Elisete), JÚ (Juliana), Adilson, Marta e JÔ (Joanete).

Namastê.

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