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GESTÃO
NEGÓCIOS
JOSÉ BANCALEIRO
ISABEL CARLA SILVA
VANESSA CRUZ
INÊS SIMÕES
INÊS REIS SANTOS
INÊS ALVES
MARIA PALHA
BY
Focus on Success www.galileu.pt
Olhar para dentro, para a cultura das nossas organizações, é o que propomos nesta
Game Changer #7.
Edição
GALILEU A Cultura Organizacional é o Bilhete de Identidade de uma organização: diz-nos
Colaboradores quem é, no que acredita, o que defende, como funciona e como, tendencialmente,
Constança Mascarenhas encara determinadas situações. Por tudo isto, efetuar mudanças de fundo na Cultura
Inês Alves
Inês Reis Santos Organizacional não é tarefa fácil… Sem a devida preparação e o envolvimento de
Inês Simões todos, uma mudança na Cultura Organizacional pode ser mal recebida pelos diversos
Isabel Carla Silva
stakeholders ou fazer com que pouco tempo depois tudo volte ao ponto inicial.
José Bancaleiro
Maria Palha
Marisa Oliveira É precisamente das mudanças na Cultura Organizacional (e do processo da mudança)
Pedro Tavares
Vanessa Cruz que falamos neste número - afinal de contas tem na sua mão a Game Changer!
Impressão e Acabamento
A3 | Artes Gráficas, Lda E há diversos objetivos que podem despoletar uma mudança na Cultura Organizacional:
melhorar o relacionamento entre os colaboradores, tornar as equipas mais produtivas
Propriedade
GALILEU
e empreendedoras, otimizar processos, atrair e reter talentos, alterar a perceção
do público sobre a Empresa, adotar medidas que respondem a preocupações dos
Tiragem
stakeholders (medidas sociais, ecológicas ou outras).
2000 exemplares
Periodicidade Mudar a Cultura Organizacional pode ser um enorme desafio. Mas se for bem
trimestral
pensado, planeado, comunicado e executado terá certamente um payoff proporcional.
Depósito Legal
412259/16
Pedro Tavares
Nº da Edição 07 Editor
4 JOSÉ BANCALEIRO
Cultura
e futebol
Escrevo sobre cultura organizacional em
pleno campeonato mundial de futebol de
2018, na Rússia. Por isso, nada melhor
do que começar com uma afirmação
(contestável, como todas) relacionada
com este tipo de competição. Há quem
diga (Dave Ulrich, por exemplo) que
“é o goleador que marca o golo, mas
é a equipa que ganha o jogo”! Eu,
concordando, acrescentaria que “é a
cultura que vence o campeonato”.
José Bancaleiro
Managing Partner
Stanton Chase International - Your Leadership Partner
A COMUNICAÇÃO
INTERNA
COMO MOTOR
FUNDAMENTAL
PARA A Isabel Carla Silva
Internal Communication Senior Manager
TRANSFORMAÇÃO
CULTURAL
O contexto atual
de mudança
CULTURA
ORGANIZACIONAL Vanessa Cruz
Training Manager
E LIDERANÇA
GALILEU
CAMINHAM
LADO A LADO?
A cultura organizacional foi, e continua Mas, afinal, o que um líder pode
a ser, um assunto bastante importante; fazer para manter a motivação da
porém nem todos os CEO’s e Líderes sua equipa e otimizar os resultados
reconhecem a sua importância no seio da organização?
da organização.
A cultura organizacional é criada pelas
Mais do que um conceito, a cultura orga- ações dos líderes. Se os princípios de-
nizacional deve ser praticada, refletindo monstram ser disfuncionais, a lideran-
o que é importante para a organização. ça é o caminho para ajudar a equipa a
Mais importante do que a missão, visão desaprender certas suposições cultu-
e valores estarem escritos num qualquer rais ineficientes e absorver novos pa-
local ou no site da empresa, é a reflexão radigmas. Por outro lado, sem a figura
do quanto cada um dos colaboradores de um líder que unifique a equipa, os
vive de acordo com o departamentos não
que está descrito. conseguem adaptar-
MAS, AFINAL, O QUE -se às mudanças ne-
A cultura de uma UM LÍDER PODE FAZER cessárias. Assim, os
organização é de- PARA MANTER A mesmos valores anti-
monstrada pelos MOTIVAÇÃO DA SUA quados continuam a
comportamentos e EQUIPA E OTIMIZAR persistir e a organiza-
atitudes que os co- OS RESULTADOS DA ção não se adapta às
laboradores viven- ORGANIZAÇÃO? novas condições es-
ciam, principalmen- tratégicas. Continuar
te os líderes. com os mesmos po-
sicionamentos diante de um mercado
Em qualquer área, a produtividade é que está em constante evolução é um
indissociável da motivação dos cola- erro fatal. Tempos tecnológicos, como
boradores. Por isso, a cultura organiza- estes, exigem fluidez nas informações,
cional e liderança devem-se preocupar agilidade nos processos e capacidade
em manter os colaboradores desafia- adaptativa. Essas são as características
dos e incentivados nas suas atividades essenciais que fazem uma boa liderança.
diárias. Parte de uma cultura organiza- O líder inovador deve se capaz de iden-
cional eficiente envolve uma liderança tificar desafios, ter insights da cultura
que exerça influência positiva sobre e dos pontos que exigem otimização.
toda a equipa e, por isso, o papel dos Mas não é fácil, porque para ter uma
líderes é essencial para a formação perceção das amplitudes possíveis, o
desta cultura. profissional, estando na posição de
gestor, tem de estar ciente das suas
Existem vários motivos que levam os próprias limitações e conhecer as limi-
líderes a querer transformar a cultura tações e talentos da sua equipa. Assim,
organizacional. Para que as mudanças mantendo abertos os canais de co-
na cultura organizacional funcionem, municação com os colaboradores, o
todos os elementos sujeitos à transfor- gestor identifica o que cada um deles
mação devem participar ativamente, necessita para se manter envolvido nas
pois desta forma as mudanças serão suas atividades.
acompanhadas de apoio e não de
resistência. A liderança é, de facto, o fator ace-
lerador de qualquer transformação
organizacional bem-sucedida.
Que desafios
para a
comunicação
de uma cultura
organizacional,
num mundo
digital? Inês Simões
Head of Corporate Communication and Brand
Grupo Ageas Portugal
espírito coeso
Organizações, nos dias de hoje, por
outro lado traz também perigos que
e orientado
outrora não existiam. Julgo que o
segredo de uma boa gestão comuni-
para o sucesso.
cacional está no equilíbrio e na dose
certa entre a intenção, a estratégia
e a sua materialização, através dos
diversos canais possíveis. E aqui reside Os Colaboradores valorizam quando
um eixo chave para o sucesso: a escolha são surpreendidos, mas sobretudo
dos canais certos, mediante os objeti- quando se conseguem identificar com
vos definidos, o propósito, os targets, o o projeto onde estão inseridos.
time to market. A comunicação digital
é, de facto, um facilitador: de forma O resultado de tudo isto determinará
global, pode ajudar a desenvolver uma a atitude e consistência de toda uma
cultura organizacional mais participativa, Organização perante os seus stakehol-
envolvente, colaborativa (é o caso da ders externos - Clientes, Parceiros e
utilização de redes sociais internas e das Mercado: uma organização que trans-
intranets com ferramentas de trabalho mite de forma sólida e coerente o seu
colaborativas); de forma mais tática e propósito e que transpira confiança,
estratégica, o digital pode assumir o através de cada contacto ou interação.
formato ideal para criar momentos
de comunicação diferenciadores, mais A evolução da Comunicação Digital
criativos e disruptivos, mesmo quando é, sem dúvida, uma oportunidade
os temas são, de certa forma, mais insti- ainda maior quando a Comunicação
tucionais (é o caso do recurso ao vídeo e Organizacional redescobriu (finalmen-
infografias, ou a plataformas interativas te) o seu papel nas culturas empresa-
e gamification). riais. De dia para dia, está a ocupar o
seu espaço, dando às empresas novas
Defendo, no entanto, que todas as valias que contribuem para os resulta-
tecnologias que temos disponíveis, e dos, para a performance e para o forta-
que são hoje essenciais, não devem lecimento da Cultura da Organização.
MATERIAL
NECESSÁRIO O jogo funciona melhor quando o tabuleiro se encontra
impresso em grande formato e afixado na parede.
Como tal, o ideal é dispor dos seguintes materiais:
NTOS
COMPORTAME
ES
E BLOQUEADOR
FACILITADORES Marcadores para flipchart
Post-it’s
de cores diferentes
Resultados
são os frutos da cultura, aquilo que vemos e que
Comportamentos
são o coração da cultura, ou seja, as ações
Olhe para a cultura positivas ou negativas dos colaboradores, das
quais irá resultar uma boa ou má colheita;
da sua organização
como se fosse
Facilitadores e Bloqueadores
um jardim: são os fertilizantes e as ervas daninhas,
ou seja, os elementos que fazem com
que a cultura dê ou não frutos.
3
Siga para os Resultados.
Com as perguntas-guia e, correspondendo a cada
Comportamento, associe um Resultado. Escreva-o,
cole o post-it junto do respetivo Comportamento
e com um marcador, desenhe uma linha que ligue
o Comportamento ao respetivo resultado.
RESULTADOS
COMPORTAMENTOS
FACILITADORES E BLOQUEADORES
RESULTADOS
RESULTADOS
Resultados tangíveis, expressos em termos de tempo e dinheiro
COMPORTAMENTOS
Comportamentos são específicos, concretos, tangíveis e observáveis.
FACILITADORES E BLOQUEADORES
Facilitadores facilitam comportamentos, bloqueadores bloqueiam comportamentos.
Alguns são formais e explícitos, como regras, incentivos e procedimentos.
Outros são informais e implícitos, como regras não escritas, hábitos e rotinas.
(re)alinhar a
comunicação e a
cultura organizacional
durante processos
de aquisição e Inês Reis Santos
Marketing GALILEU
fusão de empresas
Transformar a cultura Quando planeada e trabalhada de televisão corporativa, placard de
forma eficaz, a comunicação constitui avisos, grupo privado em redes sociais,
organizacional um dos maiores aliados à transforma- entre outros). Este plano deve fazer
em empresas que ção da cultura organizacional, tanto a passar informação verdadeira, clara,
nível interno como externo. adequada e atempada, de acordo com
atravessam processos a fase do processo de mudança pelo
de aquisição e fusão Apostar em comunicação qual a organização atravessa. As várias
interna para transformar funções e responsabilidades devem
é, na maioria dos estar claramente identificadas no plano
a cultura organizacional
casos, um requisito e a comunicação deve ser transversal a
toda a empresa, fomentando um bom
essencial. A mudança Inevitavelmente, durante um proces-
ambiente de trabalho aos colaborado-
so de aquisição e fusão de empresas,
que caracteriza estes dá-se uma fusão de culturas organiza- res. Este tipo de comunicação pode
processos requer cionais distintas. Um clima laboral favo- mesmo ser planificada, em determi-
rável irá permitir atenuar este choque nadas situações, de forma a assumir
que as organizações entre culturas e, posteriormente, a for- um caráter informal, que fomente o
adaptem algumas das mação de uma nova cultura e identi- diálogo e o relacionamento entre os
dade institucional. Esta transição, para colaboradores e, por inerência, a acei-
suas áreas-chave, para que seja bem-sucedida, necessita de tação da nova estrutura organizacional.
que se possam manter um tempo de adaptação e aceitação,
Rebranding enquanto
e crescer de forma uma vez que não deve ser imposta. A
estratégia de comunicação
comunicação interna pode ser a chave
sólida e sustentável. de sucesso de processos desta natu- da aquisição e fusão
reza, ao permitir gerir as mensagens organizacional
a comunicar aos colaboradores da or-
Uma dessas ganização de forma estrategicamente Uma vez estruturada e alinhada a co-
áreas-chave é a planeada. municação interna e sedimentada a
reestruturação organizacional, há que
comunicação. O plano de comunicação interna é pensar em comunicar este processo
uma ferramenta que permite definir de fusão aos vários stakeholders da
e implementar estratégias de comu- organização.
nicação entre a gestão de topo e os
colaboradores da organização, através
dos mais variados meios e canais de co-
municação internos (mailing list interna,
Há que começar por fazer uma Assim, há que olhar para o rebranding
análise profunda à cultura organiza- como um aliado da transformação da
cional existente. É necessário começar cultura organizacional. Por um lado,
por perceber de que forma os cola- o rebranding deve ser visto como
boradores olham para a organização. uma oportunidade que permite que
Essencialmente, é importante obter os coladores assimilem de forma mais
respostas sinceras por parte dos cola- natural e clara a nova cultura e que, por
boradores e garantir que os mesmos sua vez, se sintam mais motivados e
não se sentem, de alguma forma, predispostos a inovar. Por outro lado,
constrangidos nas respetivas respos- colaboradores motivados são colabo-
tas. Uma análise SWOT, que avalie radores satisfeitos, que vão falar da
as forças, fraquezas, oportunidades e organização ao exterior e fazer passar
ameaças relativamente à cultura or- a nova mensagem de forma natural,
ganizacional existente pode ser um entusiasmada e positiva, contribuindo
instrumento de avaliação muito útil. assim para reforçar toda a estratégia de
rebranding levada a cabo.
De seguida, torna-se crucial definir, de
forma clara, a nova cultura e iden-
tidade organizacional, com base na
nova missão e valores. Igualmente re-
levante será definir a nova mensagem
a comunicar, que deve estar alinhada
com a estratégia e cultura organiza-
cional. Porque a cultura e o ambien-
te de trabalho não se formam de um
momento para o outro, é importante
que a mensagem permita clarificar os
colaboradores quanto à importância
do papel de cada um na organização
e quais são as prioridades da mesma.
Porque a cultura não se cria de um
dia para o outro, é importante encon-
trar estratégias e oportunidades que
permitam colocar a missão e valores
em prática, de forma a que os cola-
boradores se sintam parte integrante
da organização e familiarizados com a
nova cultura. Uma atividade de team
building pode ser uma excelente opor-
tunidade para o efeito.
O papel da
responsabilidade
A VERTENTE EXTERNA
Na vertente externa, a organização
social corporativa
tem um olhar atento para com a
comunidade onde está inserida, es-
tabelecendo com ela uma relação
na transformação da
de interdependência. As comuni-
dades beneficiam da presença das
empresas fixadas no seu território,
cultura organizacional
que proporcionam aos seus habi-
tantes oportunidades de emprego,
benefícios e impostos. A relação da
empresa com a comunidade deve ser
sensível às consequências da forma
Inês Alves como atua: o ruído, a luz, a poluição
Técnica de Responsabilidade das águas, dos solos e do ambien-
Social Corporativa te, o transporte e a eliminação de
Quem são as organizações resíduos, sendo estes, muitas vezes,
e como se caracterizam fatores condicionantes para a fixação
das populações.
Cada organização possui características A empresa deve, também, estabe-
lecer laços solidários com a comuni-
únicas, que a tornam inconfundível. É
dade local, fazendo da sua presença
definida, em primeiro lugar, pelos seus uma mais-valia. É importante analisar
valores, missão e visão, que pautam os contextos sociais e económicos da
o seu comportamento para o exterior, comunidade, para que a interven-
constituindo o principal pilar da cons- ção seja multidimensional e, neste
trução de uma cultura organizacional. sentido, mais sustentável, com vista
Esta construção vai para além da missão, à criação de uma consciência social
visão e valores criados. As organizações generalizada.
são também compostas por outras ma- O trabalho em parceria é essencial
nifestações como, por exemplo, sím- para dar uma resposta coerente e
bolos, palavras, pessoas, gestos ou adequada às necessidades, proble-
imagens e atividades coletivas. São mas sociais e situações de exclusão,
rituais e características que completam
A responsabilidade que visa atingir objetivos comuns.
a organização e imprimem um ritmo e social e o seu papel Mas, para ser eficaz, é necessário
identidade, construindo modelos com- nas organizações que as atividades e o modo de agir
portamentais, muitas vezes promovidos estejam em consonância.
Com isto, as ações devem ser levadas
por pessoas de referência na organiza- A crescente pressão sobre as empresas,
a cabo, não de forma apenas assis-
ção, que constituem um exemplo de pelo impacto da sua ação na socie-
tencialista, garantindo o mínimo para
características com valor social para os dade, principalmente a nível social, a subsistência humana, mas indo um
que dela fazem parte. proporcionou o aparecimento de prá- pouco mais longe, ao contribuir para
Para além disso, a maior particula- ticas de responsabilidade social que uma sociedade mais consciente e
ridade de cada organização são os foram reconhecidas pela Comissão educada relativamente à utilização
colaboradores, pessoas com com- das Comunidades Europeias no “Livro dos recursos internos e ambientais
petências e vivências diferentes. As Verde”, em 2001. A responsabilida- disponíveis. Num plano macro, pre-
organizações são desafiadas, constan- de social, vista pela União Europeia, tende-se ainda despertar a consciên-
temente, a satisfazer as necessidades define que as empresas devem ter cia dos indivíduos e organizações
para a importância de exercer direitos
individuais de cada um, mediante a um conjunto de preocupações que
e deveres, tendo um papel ativo na
fase do ciclo de vida em que se encon- assumem, num plano ambiental e
sociedade.
tram. O sucesso da construção sólida e social, a sua ação relacionada com
constante passa também pela identifi- a comunidade, inserida na sua ati-
cação dos colaboradores com a forma vidade comercial, em conjunto com
de atuação da organização. as partes interessadas
Toda a estrutura tem pressupostos e de forma voluntária.
fundamentais estabelecidos, sendo Esta atitude socialmente
a cultura organizacional um proces- responsável das empresas
so em permanente construção, que pode ser trabalhada em
orienta o comportamento diário no duas vertentes: externa e
local de trabalho. interna.
Maria Palha
Senior Consultant designing Social Projects
Be Human Project Director
HUMANOS
OU RECURSOS
HUMANOS:
Por definição, o burnout é um esgotar de energias - mentais,
físicas e emocionais - e traduz-se em sintomas nestas três
áreas: físicos - dores físicas, problemas gastro intestinais,
insónias, aumento e/ou perda de apetite; mentais - perda
DE Q FEITOS?
problemas e/ou prespetiva; emocionais - irritabilidade, im-
paciência, hiper-reatividade e/ou apatia. O segredo deste
SOMOS
síndrome é que tem cura e pode ser prevenido. Conhecer
os sinais de alerta, em conjunto com a auto-observação,
permite que, individualmente, se consiga saber o que fazer,
em que momento e quando pedir a ajuda mais especializada.
Numa empresa, ter uma elevada percentagem de burnout
mostra que há uma degradação do bem-estar geral vivido
pelos colaboradores, facto que se irá notar ao nível do en-
tusiasmo, criatividade, socialização entre colegas, união de
equipas, tipo de conflitos entre as pessoas e até nos estilos
Portugal está entre os dez países de liderança e objetivos cumpridos. Se os números mostram
da OCDE onde se trabalha mais que passamos muitas horas no nosso local de trabalho, e se
horas por ano (é o quarto país da é lá que estamos a adoecer, é porque, de facto, não somos
mais “Recursos Humanos”. Não somos consumíveis, reuti-
União Europeia no ranking) com uma lizáveis e muito menos descartáveis. Somos uma espécie
média de horas que ronda as 1900/ com características únicas, com fragilidades que nos tornam
produtivos (ou não) e com vulnerabilidades. Somos Humanos.
ano. Quando descobri estes valores
percebi o que podia estar na base do É urgente humanizar os locais de trabalho e geri-los como o
recente aumento de pessoas que me que são: lugares onde humanos passam maior parte do seu
procuram em consultório por motivos tempo útil de vida. Muitas pessoas chegam a partilhar: “o
meu local de trabalho é o único sítio onde tenho vida social,
de burnout, devido ao trabalho. Mais onde me sinto parte de um grupo, onde vivo em comunidade,
tarde, descobri que cerca de 13% e de onde retiro meu sentido de vida.”
da população portuguesa sofre de Uma proposta da Associação Be Human: Criar uma cultura
burnout laboral neste momento. empresarial com caráter Humano
1 3
MARIA PALHA
@kids_behuman é o primeiro
projeto social da associação
O caráter é o que nos define e conta com a participação
como pessoas. É composto por de mais de 300 crianças do
valores. Os valores são princípios mundo inteiro, na criação de um
que orientam as nossas decisões e Em seguida, apresento alguns “kit de saúde emocional para
comportamentos/ações (face a nós valores e respetivas definições: Famílias”, a ser publicado em
mesmos, aos outros e ao mundo). livro e documentário em breve.
O maior benefício de reconhecer- Audácia: Vontade de continuar, Saiba mais sobre a Be Human
mos os nossos valores é que lhe independentemente dos desafios, e apoie esta associação em:
podemos recorrer quando nos ameaças ou dificuldades www.mariapalha.com
sentimos em crise, perdidos ou
esgotados. Por outro lado, uma Preserverança: Trabalhar arduamente
empresa com mais colaboradores para terminar o que se começou
com carater, vai fazer com que haja
Honestidade: Viver a vida de acordo
mais confiança e compreensão
com o que se acredita. Bem, na
entre as pessoas, logo mais
própria pele, de forma genuína
harmonia e, consequentemente,
2
mais produtividade. Entusiasmo: Abordar as coisas,
pessoas e situações com
energia e expontaneidade
dezembro
dezembro 2018 GAME
2018 GAMECHANGER
CHANGER
FAST-TRACK MBA
MARKETING, ESTRATÉGIA
& CRIATIVIDADE 162h
GABRIEL AUGUSTO ANA SOFIA VINHAS LUIS MADUREIRA GABRIEL AUGUSTO CRISTINA VERÍSSIMO PAULO CUNHA
Diretor Geral da FLAG Diretora de Comunicação CEO da Uberbrands Diretor Geral da FLAG Diretora de Marketing Gestor de Marketing Digita|
e Marca da EDP e Comunicação - Amorim Toyota Caetano Portugal, S.A.
Cork Composites
TERESA LAMEIRAS JOÃO NUNO PINTO JORGE COELHO JOSÉ PEDRO SILVA MÁRIO ALVES NELSON GOMES
Diretora de Marketing Diretor de Marketing Portugal Creative Director, Planner Marketing Brand Manager Brand Manager Still Senior Copywriter
e Comunicação da SEAT e Espanha da Sumol+Compal & Co-Founder da 5002 Special Beers and Sparkling Waters na CAETSU
Super Bock Group Super Bock Group Advertising Agency
JOÃO GOMES FILIPE MATA JOÃO VITÓRIA DIOGO PINHEIRO MARIA GARCÊS ANA LIMA
DE ALMEIDA Digital Account Director Creative Director Managing Partner Legendary Head of Publishing Senior Content Manager
BOSSiness & Chief Creative da iProspect da Mindshare People + Ideas @Wemystic no E-Konomista
Officer da Buzziness - Lisbon
Creative Consulters
DANIEL PALMA RICARDO PEREIRA VERA MAIA PEDRO MESQUITA BRUNO RENTE
Diretor Criativo na CEO da comOn Group Ecommerce Specialist Designer, Art Director, Executive Director
J. Walter Thompson Lisboa na Tudo sobre eCommerce Partner at This is Pacifica do Grupo Opal
WWW.GALILEU.PT/FTMBA_MEC
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Gam ima
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20 rço
ger
19
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Clien Ser v
te iço
Proc
essos
Foco no cliente, foco no produto ou serviço ou foco nos processos… A verdade é que existem várias áreas em
que se podem focar estes dois grandes aliados, com o objetivo de melhorar os resultados das organizações.
A oitava edição da GAME CHANGER irá focar-se nas áreas de Marketing e Vendas, enquanto aliados para potenciar os resultados,
através da partilha de casos reais e de opiniões por parte de profissionais de organizações que operam nos mais variados setores
de atividade em Portugal.