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CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA

Educando para o pensar


(R)Evolução tecnológica: novas formas de ser e estar no mundo!
Data: ___/___/2021 - 3ª Série: ___ - Professora: Ana Catarina Melo
ALUNO(A): _________________________________________________
ATIVIDADE DE PORTUGUÊS - Lista 17

Língua Portuguesa – Análise Linguística e Literatura / Polifonia e dialogismo (parte II)


Para começar:

Linguagem: prática social – marcada pela heterogeneidade (todo discurso é atravessado por outros discursos).
Dialogismo: diálogo do discurso com o discurso do outro; diálogo do discurso com os outros discursos.
“O sentido de um texto não está, pois, jamais pronto, uma vez que ele se produz nas situações dialógicas ilimitadas
que constituem suas leituras possíveis” (Jacqueline Authier-Revuz).
A presença do outro no discurso também pertence à ordem do inconsciente (o sujeito não é dono do seu dizer. Nenhum
discurso é neutro).
Ademais, a construção do discurso, por ser sócio histórica, atravessa as enunciações do sujeito.
Não há discurso que não seja perpassado pela heterogeneidade, isto é, que não seja constituído por inúmeros outros
discursos ou já-ditos.

Para praticar:

Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/>. Acesso em: 26 mar. 2021.

Brincando com a entonação – música da linguagem (marcas do sujeito na oralidade) – representação cênica
da tirinha

Ênfase: energia da fala. Colocação correta da sílaba tônica ou de uma palavra-chave.


Ritmo: velocidade ou lentidão.
Articulação: dar clareza e nitidez às palavras.
Tom: mais agudo, mais grave.
Situação (preocupação, deboche, alegria, surpresa, tristeza, raiva, indiferença).

Para comprovar:

Vídeo: "Miss Feiura Nenhuma" de Jessier Quirino - Sr. Brasil observar entonação

https://www.youtube.com/watch?v=ZjBk4EQoXO8

Para citar o discurso alheio

A. Discurso direto: O discurso direto exime o enunciador citante de qualquer responsabilidade e caracteriza-se por
dissociar as duas situações: a do discurso citante e a do citado. O discurso direto se caracteriza por abrir espaço, no
texto, para uma outra voz, cujo discurso, ou ato de fala, é recortado e esse recorte é copiado na íntegra e integrado ao
discurso citante.

Ex.1: Contrapondo-se à admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, Cury (2005, p. 36) enfatiza: “A maioria dos
seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não consegue se encantar com o espetáculo da construção de
pensamentos que ocorre na psique humana”.
Ex.2:

Disponível em: <http://lounge.obviousmag.org/escritos_da_ansiedade/2014/10/tirinhas-e-charges-para-nos-tirar-a-


seriedade.html>. Acesso em: 27 mar. 2021.

B. Discurso indireto: O discurso indireto é uma condensação ou uma paráfrase do que foi proferido pelo enunciador
citado. A citação no discurso indireto, no entanto, não é feita da mesma forma que no discurso direto. No direto, o
discurso citado é copiado da mesma forma; no indireto, o discurso citado é apropriado pelo enunciador do discurso
citante e é apresentado sob a forma de uma oração subordinada substantiva objetiva, introduzida por um verbo de
dizer e pela conjunção QUE (ou SE) – o verbo também pode estar em forma nominal (oração reduzida).

Ex.1: Irene Knysak, diretora do laboratório de artrópodes do Instituto Butantan, afirmou que há cerca de 35 mil espécies
de aranha.
Ex.2: Bagno (1999) assegura ser muito comum os pais de alunos cobrarem dos professores o ensino tradicional de
gramática.

Convertendo discursos (direto – indireto e vice versa)

Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html>. Acesso em: 27 mar. 2021.

C. Discurso indireto livre: Bastante usado na literatura. Geralmente ocorre quando o texto é escrito em terceira
pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de
fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.

Ex.1: Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava
desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!

Ex.2: Na fazenda, os dias de Frederico eram sempre iguais. Alimentava os animais e regava as plantas. Ainda não
remendei a mangueira que furou ontem… Depois, Frederico colhia alguns alimentos e limpava o campo. Com este calor,
acho que vou é ficar sem fazer nada, deitado na rede.

Ex.3: Então Paula corria, corria o mais que podia para tentar resolver a situação. Logo a mim, logo a mim isso tinha de
acontecer! Ela não sabia se conseguiria chegar a tempo e resolver aquela confusão. Tomara que eu consiga!

D. Modalização em discurso segundo: A modalização em discurso segundo é muito parecida com o discurso indireto.
Ela não cita o texto da mesma forma que foi dita pela pessoa citada. Mas também não subordina, necessariamente,
essa fala ao discurso do enunciador do texto. Além disso, nessa forma de citação, o enunciador deixa claro que o que
ele está afirmando está baseado em outra pessoa. Por isso é comum o uso de expressões como: “segundo fulano”, “de
acordo com beltrano”, “baseado em tal pessoa”.
Ex. 1: Para a pesquisadora Maria Firmina dos Reis, do Instituto de Ciências da USP, as pichações em portas de banheiros
públicos revelam um lado escondido da psique humana.

Ex.2: De acordo com Bellenguer (1987, p. 29-33), o discurso falsificado desenvolve-se com o auxílio dos seguintes
meios: a fabulação, a simulação, a dissimulação, a polidez, a calúnia e o equívoco.

E. Ilha textual: Nesse modo de citar, o enunciador citante, recorrendo geralmente à modalização em discurso segundo
ou ao discurso indireto (formas de citação indireta), isola, entre aspas, um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utiliza
e menciona, emprega e cita. Tem-se, então, uma forma híbrida: mesmo, por exemplo, tratando-se globalmente de
discurso indireto, esse contém palavras atribuídas aos enunciadores citados.

Ex. 1: Segundo o porta-voz do planalto, o Brasil está mudando “de forma acelerada, aceleradíssima”.

Ex.2: Para Reboul (1989, p. 137), o problema não é descartar as figuras de linguagem, mas “conhecê-las e compreender
seu perigoso poder, para não ser vítima dele”.

Referências (você pode conferir)

https://docente.ifrn.edu.br/franciscoarruda/disciplinas/energias2av/modos-de-citacao-do-discurso-alheio

https://www.normaculta.com.br/discurso-indireto-livre/
https://docente.ifrn.edu.br › marcelmatias ›

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