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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE BRAGANÇA

BIOLOGIA CELULAR
ANO LETIVO 2021/2022

Prática – RESISTÊNCIA GLOBULAR

Se os glóbulos vermelhos se suspendem numa solução salina


isotónica permaneceram intatos durante horas. Soluções
hipertónicas fazem com que as células percam água enquanto
soluções hipotónicas provocam o aumento do tamanho celular. Se as
soluções são muito diluídas, o volume celular aumenta tanto que
provoca a rotura da membrana, permitindo a saída do conteúdo
celular (hemólise). O grau de hipotonia em que se produz a
hemólise mede a resistência globular. Quando os glóbulos
vermelhos se rompem, liberam a hemoglobina, que é convertida em
bilirrubina e eliminada pela vesícula biliar ao sistema gastrointestinal.
A determinação da resistência globular tem interesse no
diagnóstico de certas anemias.
A rotura da membrana celular provoca a saída do conteúdo de
hemoglobina, pelo que podemos medir o grau de resistência dos
eritrócitos se quantificamos a quantidade de hemoglobina liberada
ao meio mediante técnicas espectrofotométricas.
MÉTODO
1. Colocam-se numa grade 10 tubos de ensaio com soluções de
NaCl de concentração decrescente:
Tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ml NaCl 9 7 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5

(1%)

ml H2O 1 3 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5

destilada

NaCl% 0,9 0,7 0,6 0,55 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,25
2. Agita-se cada tubo e coloca-se em cada um deles 0,05 ml de
sangue (1 gota).

3. Mistura-se sem violência, deixam-se os tubos em repouso


durante 15 minutos e examinam-se, passado esse tempo, para ver se
a hemólise teve lugar nalgum deles.

Se não houve hemólise os glóbulos vermelhos encontrar-se-ão


no fundo do tubo e a solução salina fica incolor. Se teve lugar um
certo grau de hemólise, vemos o depósito celular, mas a solução
salina estará tingida de vermelho, e com hemólise total, não se
observam células no fundo do tubo e o líquido é apreciavelmente
mais vermelho.

4. Para obter um resultado mais preciso da hemólise, devemos


centrifugar os tubos (10 minutos, 3000 r.p.m.).

5. Retiram-se os tubos.

6. Retira-se o sobrenadante com uma pipeta Pasteur e coloca-


se dentro de uma cuvete para espectrofotometria.

7. Realiza-se a leitura da concentração de pigmento num


espectrofotómetro a 510 nm. (LER O ANEXO I)

8. Transforma-se a leitura do espectrofotómetro em % de


hemólise, considerando que o tubo 10 corresponde a uma hemólise
de 100%.

RESULTADOS

Tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NaCl% 0,9 0,7 0,6 0,55 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,25

Leitura

% hemólise
Representar graficamente a curva de resistência globular, de
maneira que em abcissas figure a concentração de NaCl em % e em
ordenadas, a percentagem de hemólise.

QUESTÕES

1. Explique a forma da curva.


2. Porque realizamos a leitura da absorvância a 510nm?

3. Quais os valores de resistência globular máxima e mínima? São


valores que podemos considerar normais?

4. Quais os fatores que afetam à fragilidade dos glóbulos


vermelhos?
5. Que outros agentes provocam hemólise?

6. Indique o nome de algumas doenças que diminuem ou


aumentem a resistência globular.

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