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TRABALHO DE NEUROPSICOLOGIA
Disciplina: Neuropsicologia
Professor: Antônio Malvar
Período: 7º
Alunos: André Migliori de Souza
Holdson Bullê - 61910004
Ivana Scheffler - 61820438
Marciel Souza - 61820350
Mirelle Santiago de Almeida - 61820259
Rogério Alves dos Santos - 61820447
Tatiane Vianna Longo da Cruz - 62110233
Belford Roxo
2021
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
DEFINIÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Memória Declarativa é a memória para fatos e eventos, reúne tudo que podemos
evocar por meio de palavras. Pode ser episódica quando envolve eventos datados, isto é,
relacionados ao tempo fixado em suas lembranças. E, será Semântica quando envolver o
significado das palavras ou quando envolver conceitos atemporais que de uma forma ou de
outra as palavras ganham sentidos, ampliando o seu significado.
AS FALHAS DA MEMÓRIA
A perda de memória de longo prazo pode ser temporária ou permanente e pode ser
causada por fatores emocionais ou patológicos. Tal fato possibilita a existência de casos não
tratáveis e tratáveis, segundo a Friedrich (2019), como quando causado pelo efeito de algum
medicamento, de uma alimentação que apresenta baixo índice de vitaminas do complexo B,
com ênfase na B6, B9 ou na B12, do consumo excessivo de drogas, de doenças relacionadas à
tireoide, aos rins, ao fígado, à ausência de oxigênio, ao AVC, à lesão cerebral, de tratamentos
de câncer, de tumores ou de infecções no cérebro e, também, de problemas emocionais e a
ansiedade.
Inicialmente, o estresse, a ansiedade causada por fortes emoções como a raiva, a ira,
grandes decepções, principalmente, eventos traumáticos podem causar a perda de memória.
Uma vez que, quando o cérebro associa alguma imagem, objeto ou situação ao perigo, ele foca
nisso, tornando o indivíduo hábil a lembrar até do motivo desses sentimentos intensos, mas não
de identificar algo além, mesmo ele tendo vivenciado a situação completa. Além disso, a
depressão pode causar sérios problemas de memória em adultos, crianças e idosos. Entretanto,
esses lapsos, em pessoas que detêm esse distúrbio, são de menor visibilidade do que em outras
doenças, evidenciando assim, que é urgente a necessidade do tratamento dos problemas
mentais.
Além disso, com o decorrer do tempo, mesmo isento de doenças, a capacidade de
aprender e a qualidade das recordações podem se degradar. Quando essa condição se acentua,
pode ser um caso de Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), o qual é um transtorno que tem por
consequência a perda de memória, todavia não impede a execução de atividades cotidianas.
Logo, pode ser um indício do começo de categorias de demência. Ademais, um dos principais
causadores dos lapsos de memória, especialmente, em idosos é a demência, designada pela
presença crônica de problemas cognitivos relacionados à memória, à fala e aos problemas
comportamentais. Cabe ainda especificar sobre o Alzheimer, uma doença que, de acordo com
FALCO et al.(2016) degrada progressivamente a memória de longo prazo, a qual a proteína,
beta amilóide, ao se acumular nos neurônios, formam placas amiloides, depósitos dessa
proteína, os quais viabilizam a degradação desses neurônios. Consequentemente, há um
desgaste progressivo da memória, e, também existem, problemas de orientação, de cálculo e da
execução de tarefas relacionadas ao cotidiano da pessoa, que podem também gerar sintomas de
depressão e hostilidade. Então, deixando, a pessoa que sofre com essa patologia plenamente
dependente de outros.
A memória de longo prazo está diretamente ligada a nossa identidade, ou seja, quem
nós somos. Perder a memória significa se perder. Perder os afetos, o que aprendemos e tudo
o que nos constitui como indivíduos, portanto, ela é uma das funções cognitivas mais
importantes da espécie humana.
Com base em suas pesquisas, pode-se perceber um número expressivo de pessoas que
foram condenadas nos tribunais em virtude de testemunhos que colocavam o suspeito na cena
do crime. Isto não significa que as testemunhas decidiram deliberadamente mentir em
desfavor do réu, mas que determinadas perguntas, ou sugestões, poderiam plantar memórias
falsas nas testemunhas, deixando claro que a reconstrução das lembranças é um processo
ativo e que sofre influencia do ambiente.
Todavia a memória, apesar de não ser infalível, tem um papel fundamental na
evolução humana através da aprendizagem, porém com o passar dos anos percebemos esta
função cognitiva cada vez mais imprecisa, isso se dá, pela redução dos números de
neurônios. Manter o cérebro ativo, através de atividades que estimulem a aprendizagem,
funciona como um freio, desacelerando os efeitos da velhice na memória.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Memória de longo prazo é uma função cognitiva muito importante, pois ela é a
capacidade de guardar dados de poucos dias há décadas. É com ela que sabemos como fazer
tarefas cotidianas como comer, se vestir, reconhecer pessoas que fazem parte de nossas vidas
e etc. Com a falha da memória de longo prazo não se consegue obter informações e com isso
se dificulta o processo de aprendizagem.
Doenças como o Alzheimer é um exemplo de falha nessa função. Todavia, não se
descobriu ao certo o motivo pelo qual o indivíduo perde a sua memória gradativamente.
Porém, muitos estudos feitos nos possibilitaram conhecer um pouco mais e descobrir algumas
formas de prevenir e controlar um pouco essa falta de memória, que é mais comum entre
pessoas na terceira idade.
Loftus e Bartlet são teóricos que falam sobre a memória. Loftus acredita que as
pessoas têm a capacidade de criar memórias distorcidas e acreditar como se fossem verídicas
e Bartlett acredita que a memória é uma reconstrução imaginativa, que se enquadra na
experiência passada de cada indivíduo.
Contudo, podemos ver que a Memória de longo prazo é uma função muito complexa,
e que difere de pessoa para pessoa a sua capacidade, entretanto, não é fácil de ser mensurada
enquanto a seus limites de armazenamento.
REFERÊNCIAS:
BADDELEY, Alan; ANDERSON, Michael; EYSENCK, Michael. Memória. Trad.:
Cornélia Stolting. Porto Alegre: Artmed.
SILVA, André do Eirado; et.al.. Memoria e Alteridade: O Problema das Falsas Lembranças.
In: Revista Mnemosine, v. 2, n.2, jan. 2006.
Autora: RELVAS,Marta Pires ,Fundamentos Biológicos da Educação, Wak Editoras, Rio
de Janeiro, 2005, Habilidades cognitivas: memória a longo prazo. Disponível em:
https://www.cognifit.com/br/habilidade-cognitiva/memoria-a-longo-prazo.
SIQUEIRA, Thomaz Décio Abdalla et al. Síndrome de Savant: compreendendo sua evolução
e tratamento através da literatura. In: BIUS – Boletim Informativo Unimotrisaúde em
Sociogerontologia. v. 12, n. 5. Manaus: Editorial Setembro, 2019.
FRIEDRICH, Maurício. Perda de memória: quais podem ser as causas? Porto Alegre, Maio,
2019. Disponível em: https://drmauriciofriedrich.com.br/perda-de-memoria/. Acesso em: 27
set. 2021.