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Organização:

Centro de Formacao Técnico Profissional


CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL
Nampula
1

CURSO DE CURTA DURAÇÃO EM


METODOLOGIAS DE ENSINO

MÓDULO DE PLANIFICAÇÂO DO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM

2021
Edição Revista
1

Organização:
Centro de Formacao Técnico Profissional
Ficha Técnica

Título: Módulo de Planificação do Processo de Ensino e Aprendizagem

Propriedade: Universidade Rovuma

Autores: Prof. Doutor Adelino Inácio Assane; Mestre Amélia Ernesto Tocova e
Mestre Elsa Marisa E. S. Changa Macia.

Coordenação Geral: Profª Doutora Maria Luisa Lopes Chicote; Mestre Elsa E. S.
Marisa Changa; Mestre Dezena Vicente e Prof. Doutor Adelino Inácio Assane

Coordenação Técnica: Prof. Doutor Adelino Inácio Assane

1ª Edição – Revista e actualizada

Revisão: Prof. Doutor Adelino Inácio Assane; Profa. Doutora Ermelinda Lúcia
Atanasio Mapasse; Mestre Amélia Ernesto Tocova e Mestre Elsa Marisa E. S.
Changa Macia

Design e Produção Gráfica:

Tiragem: 120 exemplares

Ano: 2021

Moçambique – Nampula

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ÍNDICE
PREFÁCIO.............................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 5
UNIDADE 1: PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM (PEA)......6
1.1. Definição de Planificação..........................................................................................6
1.2. Importância da Planificação......................................................................................9
1.2. Objectivos da Planificação..........................................................................................10
1.3. Funções da Planificação.........................................................................................10
1.4. Características da planificação...............................................................................11
1.5. Classificação da Planificação..................................................................................12
UNIDADE II: PLANIFICAÇÃO DE ENSINO..........................................................................15
2.1. Plano do curso........................................................................................................15
2.2. Normas para a elaboração de um plano do curso..................................................16
2.2.1. Esquemas de planos do curso............................................................................17
2.3. Plano de unidade....................................................................................................20
2.3.1. Esquema de plano de unidades..........................................................................21
2.4. Actividade de consolidação.....................................................................................22
2.5. Planificação da aula................................................................................................23
2.5.1. Fases de Plano de Aulas.....................................................................................24
2.5.2. Características de um bom plano de aula...........................................................25
2.5.3. Elementos de um plano de Aula..........................................................................26
2.5.4. Relação entre os elementos da planificação.......................................................28
2.5.5. Esquemas de planos de aulas............................................................................29
UNIDADE III: DIRECÇÃO DE AULAS...................................................................................33
Bibliografia............................................................................................................................ 37
SOBRE OS AUTORES......................................................................................................... 38

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PREFÁCIO
Vivemos num período de mudanças profundas que iniciaram com a
revolução industrial no séc. XVIII e culminaram com as transformações demandadas
pela pandemia da COVID_19. Essas mudanças exigem rigorosos processos de
planificação do processo de ensino e aprendizagem em todas as suas fases.

Quando nos propusemos a realizar uma tarefa, raciocinamos de forma


metódica, buscando fórmulas que nos possibilitam a alcançar o que desejamos. Por
exemplo: Quando nos propomos a fazer uma série de compras: inicialmente,
determinamos quais os artigos que desejamos comprar; conforme o que
pretendemos, estabelecemos um guião que favorecerá essa realização. Nesta
segunda etapa, temos uma série de alternativas a decidir em relação a o que fazer e
como fazer para realizar essas compras. Posteriormente, realizamos a acção, isto é,
percorremos a lista pré-estabelecida e realizamos nossas compras. Após
verificarmos qual foi o resultado obtido, ou melhor, das compras desejadas,
verificamos o que realmente conseguimos adquirir. Aqui, ainda temos a
oportunidade de constatar se os meios adoptados foram os mais adequados ao que
desejávamos realizar.

Qualquer tarefa que se pretende realizar no contexto educativo, para que


seja feita conforme e de maneira lógica, é necessário que haja uma
preparação inicial que mostrará claramente as intenções ou objectivos que se
pretende alcançar na tal tarefa e os seus passos subsequentes. Esta preparação
envolve itens que juntos e relacionados uns com os outros farão com que se alcance
o desejado.

Os Autores

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INTRODUÇÃO
A intenção dos autores deste módulo não é estabelecer “receitas” sobre a
Planificação do Processo de Ensino e aprendizagem, mas é acima de tudo, sugerir
como os processos de ensino e aprendizagem devem ser organizados pelo
professor de modo que a aprendizagem do aluno ocorra sem grandes dificuldades.
A planificação do PEA, vista dessa forma, faz-se necessária por várias razões. O
professor precisa saber, para efectuar a sua actividade, o que, por que, a quem e
como ensinar.

Constituem objectivos deste módulo:

 Exercitar o processo de planificação do PEA;


 Caracterizar o processo de planificação do PEA;
 Construir um plano de aula
 Dirigir uma aula

Em termos estruturais, o módulo compreende três unidades:

Unidade I - Planificação do PEA - destacando a importância e a respectiva


dimensão.

Unidade II – Actividades práticas de planificação do PEA: elaboração de


planos de curso, de unidade e de aulas com base em diferentes modelos de plano.

Unidade III – Direcção da aula com enfoque na organização e simulação de


aulas, a partir dos planos elaborados na segunda unidade.

Nota: Cada uma das três unidades terminará com uma actividade de
consolidação.

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UNIDADE 1: PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E


APRENDIZAGEM (PEA)

Seja bem-vindo à Unidade I, sobre a Planificação no Processo de Ensino


Aprendizagem. Nesta unidade, falaremos essencialmente sobre o conceito da
Planificação, sua importância no Processo de Ensino Aprendizagem (PEA),
classificação e para terminar apresentaremos as funções e as características da
planificação.

Você já parou para pensar, por exemplo, o que significa planificação e que
importância desempenha na nossa vida quotidiana? Pois é, vamos agora falar sobre
isso e focalizando as nossas atenções para o processo de ensino e aprendizagem!

Lembrando que alguns conteúdos desta unidade, os seus formadores irão


recorrer a conhecimentos adquiridos em outros módulos.

Afinal, o que é a planificação do ensino? No fim desta unidade, estará em


condições de:

 Definir a planificação do ensino;


 Identificar a importância da planificação no PEA;
 Descrever os níveis/tipos de planificação, as funções e características da
Planificação.

1.1. Definição de Planificação

Quando pensamos no trabalho do professor, referimo-nos a uma actividade


consciente e sistemática onde no centro encontra-se a aprendizagem ou o trabalho
dos alunos sob a direcção desse professor. Assim, a planificação torna-se como o
elemento chave actividade do professor realizada na escola, particularmente na sala
de aula.

De forma geral podemos definir a planificação como previsão inteligente e


bem calculada de todas as etapas do trabalho, de modo a tornar a actividade
segura, económica e eficiente.

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Por isso, a planificação de ensino “é um meio para se programar as acções


docentes, mas á também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação”. (Libâneo,2013: 245). É um processo que tem por finalidade preparar um
conjunto de decisões, para atingir determinados objectivos. (Piletti, 2004)

Nesse caso, a planificação pode ser entendida como um processo que


permite a previsão de necessidades e racionalização de uso de meios materiais e
dos recursos humanos disponíveis de modo a alcançar objectivos concretos em
prazos determinados, etapas definidas a partir do conhecimento e avaliação
científica da situação concreta.

Na planificação, são determinados e concretizados os objectivos mais


importantes da formação e educação da personalidade, são apresentadas as
estruturas coordenadoras de objectivos e matéria, são prescritas as linhas
estratégicas para a organização do processo pedagógico. Podemos dessa formar
afirmar que “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao
sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização
pratica” (Bento 2003, pp.15-16).

Nessa perspectiva, NERICI (1991:72) concebe a planificação como a


previsão das actividades, suas fases e prioridades, bem como os recursos materiais
e humanos necessários para a realização de um empreendimento, visando à maior
eficiência e economia na efectivação do mesmo. Este processo exige:

 Tomada de decisões – realizando opções entre as várias possibilidades que


sempre uma situação apresenta,
 Organização de situações a serem executadas – com base em pré-requisitos
ou prioridades,
 Controle da execução das diversas situações -à medida que o
empreendimento for se realizando, a fim de prevenir distorções ou realizar
rectificações, sempre que necessário,
 Avaliação total do empreendimento levado a efeito – para que a presente
planificação ofereça dados que possam melhorar no futuro.

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Por outras palavras, a planificação serve para:

 Seleccionar objectivos específicos;


 Seleccionar actividades de aprendizagem a partir de esses objetivos;
 Organizar as actividades com vista a uma aprendizagem óptima;
 Seleccionar os procedimentos de avaliação para comprovar em que medida
se estão alcançar os objectivos antes definidos

Como se pode verificar, a planificação escolar compreende toda a actividade


de previsão futura, ou seja, antevê a acção que deverá ser realizada, buscando
alcançar os objectivos traçados.

É muito errado pensar que planificar é apenas uma acção de preencher


formulários ou fichas para o controlo administrativo, muito pelo contrário, é uma
actividade consciente de previsão das acções docentes, fundamentadas numa base
político-pedagógica.

A planificação é um elemento importante que


colabora com a prática pedagógica, porque permite ao
professor definir um conjunto de objectivos, conteúdos,
experiências de aprendizagem e a avaliação.

Zabalza (2000: 47), por sua vez, ressalta a planificação como um fenómeno
de planear, de algum modo as nossas actividades, desejos, aspirações e metas num
projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca
das razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo,
um plano para concretizar.

Nestes termos, podemos acrescentar que a planificação não pode ser


rígida/inflexível, mas sim flexível de modo a permitir que a prática do professor

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introduza elementos adicionais, altere o caminho desde que as necessidades e


interesses do momento assim o exigirem.

A planificação é um fio condutor que ajuda o


professor no seu dia-a-dia na sala de aula prevendo
um bom emprego das suas actividades e a eficácia
dos mesmos junto dos alunos.

A luz dessas ideias pode-se dizer que a necessidade de uma planificação


detalhada e ponderada da aula advém do facto de que seja qual for o contexto, o fim
ou o tipo de actividade em que nos encontramos envolvidos, a sua planificação
revela-se indispensável.

1.2. Importância da Planificação

Sabe-se que todas as pessoas, em especial os profissionais de educação


devem planificar as suas actividades. Entretanto, o processo de planificação reveste-
se de grande importância para as mais diversas áreas profissionais. De acordo com
PILETTI 2004:75 Há um conjunto de motivos que sustenta a importância de
planificar as actividades de ensino:

 Evita rotina e a improvisação;


 Contribui para a realização dos objectivos visados;
 Promove a eficiência do ensino;
 Garante maior segurança na direcção do ensino;
 Garante economia do tempo e energia.

Revela-se igualmente muito importante na actividade docente, por isso se os


professores fizerem “bons” planos estarão em melhores condições para dar “boas”
aulas.

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1.2. Objectivos da Planificação

Dentre vários objectivos da planificação de ensino destacam-se os


seguintes:

 Tornar o ensino mais eficiente;


 Tornar o ensino mais controlado;
 Proporcionar sequência e progressividade nos trabalhos escolares;
 Dar mais atenção aos aspectos essenciais da disciplina;
 Evitar improvisações que tanto confundem o educando;
 Propor trabalhos escolares adequados ao tempo disponível;
 Propor trabalhos escolares adequados às possibilidades dos educandos.

1.3. Funções da Planificação


De acordo com Zabalza, a planificação deve considerar responder a várias
questões, das quais destacamos: “o que pode influenciar a planificação?” (2003: 72)

Como é óbvio, a planificação constitui uma peça fundamental do sucesso


educativo uma vez que se baseia na reflexão e antecipação de todo o processo
educativo. Por isso, e segundo vários autores, ela desempenha as seguintes
funções:

 Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente;

 Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente por tornar possível


inter-relacionar, num plano, os elementos do PEA: os objectivos,
conteúdos, métodos e meios de ensino; os alunos e suas possibilidades e
a avaliação;

 Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em


relação aos progressos do campo de conhecimento;

 Facilitar a preparação das aulas: selecionando o material didáctico em


tempo hábil, evitando a rotina e a improvisação;

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 Contribuir para a concretização dos objectivos visados;

 Garantir maior segurança na direcção do ensino;

 Replanificar o trabalho frente a novas situações que aparecerem no


decorrer das aulas.

Conforme vimos, a planificação do ensino constitui um pilar decisivo do


sucesso da actividade docente uma vez que se baseia na reflexão e antecipação da
acção de todo o PEA. A dimensão da planificação do ensino pode ser encarada a
partir da grande variedade de actividades educacionais que são afectadas pelos
planos e decisões do professor.

Pense, portanto, na decisão do tempo de instrução atribuída aos alunos


individualmente ou em grupo, na constituição dos grupos de trabalho, na
organização de horários diários, semanais, trimestrais, na compensação das
interrupções alheias à sala de aulas. A planificação é realmente essencial, pois é a
partir dela que o professor tem um fio condutor das suas aulas.

1.4. Características da planificação


Existem características que fazem com que a planificação seja
efectivamente um instrumento da acção docente, ou seja, um guia de orientação: a
coerência, ordem sequencial, objectividade, flexibilidade.

NERVI, AIRES e KAPELUSZ apud ENRICONE et all (1985: 48), consideram


como características de um bom plano de ensino:

 COERÊNCIA – Quanto a coerência é essencial reter que se verifica na


relação entre as ideias e a prática, ou seja, entre os objectivos gerais, os
específicos, os conteúdos, os métodos e a avaliação. Com efeito, ao
estabelecermos objectivos específicos da matéria, devemos fazer
corresponder o conteúdo e métodos compatíveis. As actividades planificadas
devem manter perfeita coesão entre si, de modo que não se dispersem em

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distintas direcções, de sua unidade e correlação dependerá o alcance dos


objectivos propostos.

 SEQUÊNCIA – Ao seguir a ordem sequencial ou progressiva, a planificação


alcança os seus objectivos obedecendo vários passos lógicos. Embora, na
prática os passos podem ser invertidos, indicando claramente de que a nossa
previsão falhou. Deve existir uma linha interrupta que integre, gradualmente,
as distintas actividades, desde a primeira até a última, de modo que nada
fique jogado ao acaso.
 FLEXIBILIDADE – Como é evidente, a planificação deve ter flexibilidade uma
vez que o professor está constantemente a organizar e a reorganizar as
actividades. A realidade pedagógica está sempre em movimento e o plano
está sempre sujeito a alterações. Para dizer que não é possível fazer
previsões definitivas antes de colocar o plano em execução, porque este
obrigatoriamente irá passar por adaptações em função das situações
específicas de cada classe.

Ela consiste em permitir a inserção, durante a marcha, de temas ocasionais,


subtemas não previstos, formas de abordagem e questões que enriqueçam os
conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração – restrição ou supressão,
dos elementos previstos, de acordo com as necessidades e ou interesses dos
alunos.

 PRECISÃO e OBJECTIVIDADE – No que se refere a objectividade, destaca-


se a correspondência do plano com a realidade à que se vai aplicar. Há que
ter em conta que a realidade tem as suas limitações. Por exemplo, muitos
professores ficam lamentando dificuldades e acabam por se esquecer de que
as limitações e os condicionantes do trabalho docente podem ser superados
pela acção humana.

Os enunciados devem ser claros, precisos, objectivos e sintacticamente


impecáveis. As indicações não podem ser objecto de dupla interpretação; as
sugestões devem ser inequívocas.

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1.5. Classificação da Planificação


Como se sabe, planificar o que se vai fazer amanhã é muito diferente de
planificar o que se vai fazer durante um ano inteiro. Contudo, nas abordagens que
temos vindo a fazer ficou claro que ambas as planificações são importantes. Do
mesmo modo, as planificações para um dia específico são influenciadas pelo que
aconteceu anteriormente e, podem logicamente influenciar as planificações para os
dias e semanas que se seguem.

Tendo em conta o que foi anteriormente dito e de acordo com NERICI


(1991:73), no campo da educação existem os seguintes tipos de planificação:

Planificação educacional- é um processo continuo que se preocupa com o


para onde ir e quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a
situação presente e as possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da
educação atenda tanto às necessidades do desenvolvimento da educação e às de
desenvolvimento da sociedade e às do indivíduo.

A planificação educacional consiste na tomada de decisões sobre a


educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. Requer a proposição de
objectivos a longo prazo que definam uma política da educação. Refere-se à
planificação desenvolvida ao nível mais amplo, prevê a estruturação e o
funcionamento do sistema educacional como um todo. No contexto Moçambicano, é
realizada ao nível do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Por
exemplo, o SNE que sofreu algumas alterações.

Planificação curricular - é uma forma de colocar em acção a planificação


educacional, com a delimitação e estabelecimento dos objectivos dos diversos graus
de ensino. Esta planificação, para o caso de Moçambique, desenvolve-se ao nível
do MINEDH ou INDE, partindo dos objectivos expressos na planificação educacional
– trata se de programas curriculares e que a escola deve procurar adaptá-los à
realidade em que está inserida.

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Planificação de Ensino - consiste em traduzir em termos mais concretos e


operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a
alcançar objectivos educacionais propostos. Esta, deverá prever:

 Objectivos específicos ou instrucionais previstos a partir dos objectivos


educacionais,
 Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado
pelos objectivos;
 Procedimentos e recursos de ensino que estimulam as actividades de
aprendizagem;
 Procedimentos de avaliação que possibilitem, verificar, até que ponto os
objectivos foram alcançados.

Actividades de consolidação
Vimos nesta primeira aula a definição da planificação e o seu papel no
processo de ensino e aprendizagem. Certamente é uma das actividades que
realizamos no nosso quotidiano. Em grupo de 5 formandos discute o texto
sobre a necessidade de “planejamento” para a educação. De entre outras
questões toma em atenção as que aparecem no fim do texto.

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UNIDADE II: PLANIFICAÇÃO DE ENSINO

Quando estávamos a falar da classificação ou níveis de planificação,


apontamos a planificação educacional, planificação curricular e planificação de
ensino.

A planificação educacional feita em nível nacional, estadual ou municipal,


vem refletindo a política de educação adotada. Ele deve ser executado por toda a
equipe da instituição de ensino, abarcando a tomada de decisões no que diz
respeito aos objetivos a serem alcançados e a previsão de ações desenvolvidas pela
escola. Está relacionado à previsão por todos aqueles que participam do processo
pedagógico da escola;

A planificação curricular ou de curso integra o desenvolvimento dos


conteúdos programáticos, previstos nos diversos componentes curriculares a serem
desenvolvidos ao longo do curso;

A planificação de ensino envolve a especificação e a operacionalização do


plano curricular e prevê as ações que o professor irá realizar tendo em vista atingir
os objetivos educacionais estabelecidos, envolve a organização das atividades dos
estudantes e as suas experiências de aprendizagem.

2.1. Plano do curso


Para (NERICI, 1991:92) plano do curso é a previsão de um determinado
conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a serem alcançados por uma
turma ou curso, num determinado período

A principal vantagem da planificação de curso é de:

 dar oportunidade ao professor para adequar o programa à realidade da sua


turma;
 Permite a distribuição da matéria pelo número de aulas disponíveis;
 Permite uma melhor orientação da aprendizagem;

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 Possibilita ao professor avaliar previamente a profundidade com que vai tratar


cada assunto;
 Serve de base para as conclusões quanto à eficiência dos métodos utilizados;

A planificação de curso é denominada também plano de unidades didácticas


e contempla os seguintes componentes:

 Elementos preliminares;
 justificativa da disciplina em relação aos objectivos da escola;
 objectivos gerais e específicos;
 conteúdos (com a divisão temática de cada unidade);
 tempo provável e desenvolvimento metodológico.

Assim, a planificação do curso é a previsão de que melhor se possa fazer no


sector de um currículo, durante um período lectivo de duração variável, mas que
comumente é semestral ou anual.

2.2. Normas para a elaboração de um plano do curso


 Fazer uma sondagem inicial para conhecer o nível e as características dos
alunos;
 Estabelecer, após a sondagem, os objectivos da disciplina e os objectivos
gerais de cada um dos capítulos ou unidades;
 Adequar as actividades a serem desenvolvidas com os objectivos
estabelecidos e com o tempo disponível;
 Descrever de forma determinada os métodos, as técnicas e os recursos a
serem dotados;
 Prever as formas gerais de avaliação, bem como alguns critérios para o
desenvolvimento das actividades dos alunos.

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2.2.1. Esquemas de planos do curso


Plano A
Curso………Classe…..Turma….Turno…….Motivação do curso……………
Disciplina ou actividade…..Ano lectivo……Aulas semanais…Total de aulas……
Obj. Conteúdos Aulas Metod Meios de ensino Avaliação
Educacionais De Ensino
1. Unidade 1 Expositivo Teste
2. 1…… 3 Elaboração Simulação de Trabalhos
3. 2……… 6 conjunta
4. Unidade 2 Trabalho
1……….. 4 Independente
2………… 2

Fonte: (NERICI, 1991: 93)

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Plano B

Nome da Escola:

Classe:

Ano Lectivo

Nome do Professor

I. Competências:

II. Objectivos:

III. Conteúdos Programáticos

DAT UNIDADE ESTRATÉGIAS ACTIVIDADES


HORAS CONTEÚDOS
AS TEMÁTICA METODOLÓGICAS DO ESTUDO

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Plano C

Nome da Escola:

Classe:

Ano Lectivo

Nome do Professor
Sugestões metodológicas:
UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CARGA HORÁRIA
ESPECIFICOS BÁSICAS
1.
2.
3.

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2.3. Plano de unidade

Plano de unidade ou unidade de ensino é um instrumento de trabalho mais


pormenorizado que o plano de curso, e se desenvolve ao redor de um tema central
ou assunto significativo para o aluno.

É um esboço de propósitos, conteúdos, problemas, actividades e matérias


relacionados com dado assunto. É uma directriz geral da qual poderão ser
deduzidas as experiências particulares que forem mais proveitosas a uma
determinada turma.

O plano de unidade não substitui o plano de aula, mas serve como um rico
repositório de ideias, actividades e materiais que podem ser usados a fim de facilitar
a planificação para um determinado grupo de crianças.

Trata-se da especificação maior do que o plano de curso e inclui todos os


elementos acima referenciados. Em princípio, cada unidade deve ser planificada ao
final da que a antecede, pois esta, lhe servirá de base ou apoio, isto significa que as
unidades serão planificadas ou replanificadas ao longo do curso.

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2.3.1. Esquema de plano de unidades


CURSO………….Classe……….Turma…..Turno….Ano Lectivo……

Disciplina……..

Unidade Temática………Motivação…..Número de Aulas……

Objectivos Conteúdos No de Metodologia Meios Integração Avaliação Período Bibliografia básica


instrucionai Subunidades aulas
s

1. 1. 3 Métodos e Material Indicação do Procedimentos


6
2. 2. Técnicas Necessário procedimento a serem
4
3. 3. 2 para afixação ou utilizados para
15
Avaliação integração da avaliação
Recuperação aprendizagem
Ampliação da
aprendizagem

Fonte: NERICI (1991:96

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2.4. Actividade de consolidação

Suponha que foi convidado para fazer parte do corpo de professores de uma escola
particular. Uma das exigências para a sua admissão é apresentar um plano do
curso/disciplina. Esboce um plano de curso/disciplina, usando um livro do ensino
primário.

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2.5. Planificação da aula

A aula constitui a principal forma de organização do processo de ensino e


aprendizagem. Na aula se criam, se desenvolvem e se transformam as condiçoes
necessárias para que os alunos assimilem conhecimentos, habilidades, atitudes e
convicções para desenvolver capacidades cognitivas.

Plano de aula - Segundo NERICI (1991:97) a palavra aula vem do grego,


aulé, pátio em especial, pátio do palácio real, através do latim aula (ae), pátio. O
sentido de “sala onde se ministram lições” prende se ao significado antigo, através
da acepção de “recinto espaçoso, à maneira de pátio “.

O sentido moderno de aula deve ser o de alunos procurando o saber, ao


invés de recebê- lo. Pode se dizer que aula é um determinado período de tempo
vivido entre o professor e o aluno em que aquele orienta actividades deste, tendo em
vista levá-lo a alcançar certos objectivos determinados. O professor fornece o
material sobre o qual os alunos vão trabalhar, dá regras e indicações de trabalho e
os alunos realizam a aula, no lugar do professor.

Plano de aula é um instrumento de trabalho que especifica os


comportamentos esperados do aluno e os meios, conteúdos, procedimentos e
recursos- que serão utilizados para a sua realização, buscando sistematizar todas as
actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e aluno
interagem, numa dinâmica de ensino e aprendizagem.

Desse modo, o plano de aula é um elemento disciplinador de esforços. Sua


elaboração não cria obrigatoriedade de cumpri-lo fielmente, sem afastamento dele.
Pelo contrário, segundo as circunstâncias, o professor deve afastar se do plano para
aproveitar motivações espontâneas, a fim de dar outro rumo a aula e com mais
proveito para os alunos.

A planificação do professor é a principal determinante daquilo que é


ensinado nas escolas. O currículo, tal como é publicado, é transformado e adaptado
pelo processo de planificação através de acréscimos, supressões, interpretações e

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pelas decisões do professor sobre o ritmo, sequência, ênfase e adequação à


realidade.

2.5.1. Fases de Plano de Aulas


Para qualquer plano de aula obedece às seguintes fases:

A primeira parte de uma planificação de ensino/aula envolve o diagnóstico


da realidade. Nesse momento, o professor tendo por referência o seu envolvimento
com o espaço escolar e comunitário, deve perceber quais são as necessidades dos
estudantes, da comunidade e do próprio ambiente escolar. É no diagnóstico que se
fazem as seguintes perguntas: Para quem vou ensinar? Quem são os estudantes?
Quais as características (faixa etária, grau de maturidade, conhecimentos prévios,
habilidades adquiridas, contexto social em que vivem (alunos trabalhadores com
múltiplas jornadas de trabalho). Por que ensinar? Quais os objetivos da educação e
da escola? Do módulo ou da aula? Quais a competências a serem desenvolvidas? O
que ensinar? Qual o conteúdo requerido, selecionado? Como integrar conteúdos e
outras áreas do saber (temas transversais, interdisciplinaridade) Como ensinar?
Quais os recursos didáticos disponíveis? Outros podem ser providenciados/
construídos? Qual o período da aula (matutino, vespertino, noturno)? Como
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aproveitar os conhecimentos e experiências prévias? Quais estratégias utilizar?


Como verificar a aprendizagem? Como acompanhar o processo educativo? Quais os
critérios para definir o sistema de avaliação? Quais os métodos e tipos de
instrumentos de avaliação? Há coerência entre os métodos de avaliação e os
objetivos delineados? Consideram os resultados a serem alcançados?

A segunda parte o professor, atendendo ao diagnóstico, define os objetivos


para que se alcance a aprendizagem pretendida. Na fase da selecção dos
conteúdos o professor deverá relacionar o que ensinar e quando ensinar.

Na posse dos conteúdos anteriormente selecionados e considerando os


objetivos, o professor deverá apresentar os procedimentos pedagógicos a utilizar.
No momento da escolha dos recursos didáticos, o docente seleciona os recursos
(vídeo, computador, data show, etc.) que serão utilizados.

Ao passo da estruturação do plano de ensino, o professor especifica e


prevê a sua operacionalização, apresentando as ações e procedimentos que irá
realizar na sala de aula e os materiais que se pretende usar.

Na avaliação o professor estabelece as diversas formas como mensurará o


aprendizado dos estudantes. Isso pode ocorrer por intermédio de provas escritas e
orais ou envolver a experimentação. O feedback ou retroalimentação pode vir dos
estudantes, de outros professores, da comunidade ou mesmo ser oriundo da
sociedade em geral.

Quando o professor realiza uma autoavaliação e percebe que o caminho


seguido não alcançou o resultado pretendido, é fundamental que aconteça o
replanejamento. Por seu intermédio se reinicia o processo, procurando atender às
necessidades de aprendizagem dos estudantes.

2.5.2. Características de um bom plano de aula


Elaborar um bom plano de aula de ensino envolve:

 Apresentar os objetivos passíveis de serem executados;


 Utilizar recursos que favorecem a sua execução;
 Propor conteúdos que permitam alcançar os objetivos propostos;
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 Atribuir às actividades, tempo que permita o desenvolvimento e


aprendizagem dos conteúdos, em seus diversos níveis de
complexidade.

2.5.3. Elementos de um plano de Aula


Agora que já sabes o que é um plano de aulas, quais são as suas
principais características, certamente poderá se interrogar: que elementos compõem
um plano de aula? Então vamos a isso agora.

Estruturalmente o Plano de Aula é constituído por: Identificação/cabeçalho,


Objetivos, Conteúdos, Metodologias, Recursos e Avaliação.

Cabeçalho

É um espaço de apresentação, no qual se identifica a escola (nome da


instituição de ensino - também do centro e do departamento se for o caso), o
professor, a área do conhecimento, o tema ou assunto da aula, o nível de
escolarização em que a aula será aplicada, o período (matutino, vespertino, noturno)
e a carga horária (quantos minutos serão dedicados à aula);

Objectivos de Ensino

Os professores necessitam definir objetivos, isto é, prever desde o princípio


o que o estudante será capaz de realizar ao final do processo de ensino-
aprendizagem. Se não definir os objetivos, não poderá avaliar de maneira coerente
os frutos de sua actividade de ensino e será complexo seleccionar e voltar a planejar
estratégias de ensino mais ajustadas.

O primeiro passo na definição de objectivos, consiste na relação de uma


lista dos objetivos gerais, que apesar de possibilitar uma ideia concreta dos
resultados da aprendizagem a serem atingidos, não indica os pormenores
específicos que se desejam. Os objectivos gerais são amplos e devem ser
formulados em termos de metas de ensino. Por isso há necessidade de
elaborar objetivos específicos que se apresentam, em listas de
comportamentos observáveis, que no seu todo constituem a comprovação de que

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o objetivo geral foi atingido. O número dos objectivos a incluir na lista, deve
possibilitar que ela seja praticável.

Conteúdos

A seleção dos conteúdos a serem trabalhados na aula deve responder a


questão: Para alcançar os objetivos delineados quais conteúdos devem ser
trabalhados? Considere também os critérios abaixo: Vinculação aos objetivos;
Validade (aplicável à vida real); Significância (relação com experiências pessoais
dos sujeitos); Utilidade para os sujeitos (atender as necessidades e interesses dos
estudantes); Adequado à diversidade dos sujeitos; Adequado ao tempo da acção.

Metodologia

Corresponde aos caminhos/meios para atingir os objetivos. Para a seleção


das estratégias de ensino é preciso responder a questão: Que situações de
aprendizagem devo organizar para que o estudante atinja os objetivos
delineados?

Recursos didáticos

São os meios necessários à concretização da estratégia. Estão relacionados


aos métodos de ensino e estratégias a serem utilizadas. Devem ser previstos os
recursos materiais, físicos e humanos. Os recursos variam desde quadro branco,
pincel e apagador, projetor de slides, filmes, mapas, cartazes, a aplicativos e
softwares de última geração.

Avaliação

Trata da verificação do alcance dos objetivos e compreende: o processo de


avaliação, os critérios e os instrumentos necessários a esse propósito

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2.5.4. Relação entre os elementos da planificação


Os elementos necessários a ter em consideração no processo de
Planificação do ensino são: objectivos, conteúdos, métodos, recursos e avaliação, e
estes relacionam se entre si.

a) Relação entre objectivos e conteúdos

Os objectivos representam as metas desejáveis de serem alcançados os


propósitos do ensino. Eles felicitam-nos a prever sobre a realidade do comportamento
dos alunos num determinado conteúdo. Conhecendo os conteúdos, quais as actividades,
áreas de estudo mais apropriadas para adequar o ensino, possibilita-nos a efectivação dos
objectivos visados.

b) Relação entre Objectivos e Métodos

Toda a acção humana para ser levada a efeito, pressupõe a existência de


objectivos. E para que se alcance tais objectivos também se pressupõe a aplicação
adequada dos métodos. Por sua vez, os métodos permitem ao professor a utilizar
diferentes formas de organização das actividades de conhecimento dos alunos para
a facilitação e orientação da aprendizagem. É através dos quais que se alcançam
os objectivos previstos.

c) Relação entre Métodos e Conteúdos

Os métodos representam os recursos metodológicos de que se pode efectivar o


ensino, que os métodos e os conteúdos estejam de acordo e apropiciem o processo
de aprendizagem do aluno. Os conteúdos devem estar em articulação com as
experiências do aluno de forma ordenada e precisa. Sendo assim, os métodos a
empregar devem variar de modo a permitir que a aula não seja monótona e facilite a
aquisição do conhecimento.

Conclui-se que a relação entre os objectivos, conteúdos e métodos, isto é, uma não
funciona sem a presença da outra.

Trabalho Pratico
Qual é a importância dos métodos na concretização dos objectivos previstos no
processo de ensino aprendizagem?
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2.5.5. Esquemas de planos de aulas

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Legen
da: I+M = Introdução e Motivação; M+A = Mediação e Assimilação; D+C=Domínio e
Consolidação; C+A = Controle e Avaliação.
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UNIDADE III: DIRECÇÃO DE AULAS

Nesta unidade temática os formandos irão organizar e simular aulas com


base nos diferentes modelos de planos de aulas elaborados na unidade anterior,
contudo, este pode ser um dos modelos de estruturação do plano de aulas.

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Plano de aula N.º _____

Escola:_____
Objectivo geral
Professor: ____
 Conhecer a Planificação do processo de ensino e
Classe: __, Turma: ______ aprendizagem
Disciplina: Psicopedagogia
Data: _____
Objectivos específicos
Duração: ____
O aluno:
Tipo de aula: ______
Unidade Temática: ________  Explica a relação entre Métodos, Objectivos e Conteúdos
 Distingue a diferença entre Objectivos, Conteúdos e Métodos.
Tema: _________
Sumário: __________

Actividades
Tempo F.D.D Conteúdos Professor Aluno Métodos/ Meios
Técnicas Didácticos Obs.

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. Controla as . Confirma a Quadro de


presenças; presença; giz;
Expositivo/
. Entrega os cadernos . recebe o Pau de giz;
. Plano de aula Exposição
aos formandos, caderno;
Esferográfica
I+M . Relação entre
. Explica os . Presta atenção ;
objectivos,
20’ conteúdos e procedimentos da ao
Apagador;
métodos correcção dos esclarecimento
cadernos. sobre a Caderno.
correcção;
. Escreve o Sumário Livro de
do novo tema. . Escreve o tema turma.
novo

Tempo F.D.D Conteúdo Actividades Métodos/ Meios


Professor Aluno Técnicas Didácticos Obs.
. Relação entre
objectivos,
conteúdos e
métodos . Questiona sobre o . Responde o Elaboração Quadro de
novo tema da aula; questionário Conjunta/ giz; Pau de
colocado pelo Chuva de giz;
. Escreve as
professor; ideias
contribuições dos Apagador;
30’ M+A alunos no quadro. . Escuta a
explicação. Caderno
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. Explorando as . Anota o que lhe Esferográfica


ideias dos alunos, for importante. .
faz uma síntese.

. Dita os
. Relação entre apontamentos. . Passa os Elaboração Quadro de
objectivos, Coloca perguntas apontamentos; conjunta/ giz;
conteúdos e sobre a matéria . E coloca dúvidas Chuva de Giz;
métodos dada;
ideias
. esclarece as Caderno;
30’ D+C dúvidas dos
formandos Esferográfica
;
Apagador.
Quadro de
giz;
. Relação entre . Marca TPC ; . Passa o TPC Trabalho
objectivos, independen Giz;
10’ C+A . E explica os . Acompanha os
conteúdos e te
passos da sua passos da sua Caderno;
métodos
realização, realização.
Esferográfica
;
Apagador

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Bibliografia
Acordo Ortográfico 2009. Dicionário Editora da Língua Portuguesa 2010. Porto:
Porto Editora, 2010.

Alvarenga, Ivaldina Jesus Almada. (2011).A planificação docente e o sucesso do


processo ensino-aprendizagem Estudo na Escola Básica Amor de Deus;Cidade da
Praia, Santiago Cabo Verde.

ENRICONE, Délcia (coord). Planejamento de Ensino e Avaliação;10ͣed.SAGRA


Editora, Porto Alegre.1985

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


30. ed. São Paulo: Paz e Terra.
LIBANEO, José Carlos. Didáctica. Cortez Editora, Brasil.1996

LIBANEO, José Carlos. Didáctica; Cortez Editora, Brasil.2006

NERICI, Imídeo Giuseppe. Introdução à Didáctica Geral; 16ͣ ed. Atlas Editora, São
Paulo.1991

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral;23ͣ ed.Editora Ática. São Paulo.2004

PIMENTA, Maria de Lurdes (coord). Dimensões de Formação na Educação:


contributos para um manual de metodologia geral; Portugal.1999

Pimenta, S. G. (1996). Pedagogia, ciência da educação? São Paulo: Cortez.


QUINTAS, Helena Luísa Martins. Educação de Adulto: vida no currículo e currículo
na vida; A.N.Q.Editora, Portugal.2008

Tardif, M. (2000). Saberes profissionais dos professores e conhecimentos


universitários: Elementos para uma epistemologia da prática profissional dos
professores e suas consequências em relação à formação para o magistério.
Revista Brasileira de Educação, 13, 05-24.

Zabalza, M.A.(2001)Didáctica da Educação Infantil. Rio Tinto, Edições ASA.

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SOBRE OS AUTORES
Adelino Inácio Assane – Natural de Nampula, distrito de Muecate, onde frequentou
o Ensino primário. É Doutorado em Educação - Estudos do Cotidiano da Educação
Popular na Universidade Federal Fluminense em 2017. Possui graduação em
Pedagogia e Psicologia (2006) e Mestrado em Educação/Formação de Formadores
na Universidade Pedagógica - Moçambique (2012). Actualmente é Professor do
quadro da Universidade Rovuma Tem experiência na área de ensino no Ensino
Primário, no Magistério Primário e no Ensino Superior onde actua desde 2005. Tem
experiência na gestão e supervisão dos processos escolares e educacionais. Os
seus interesses de pesquisa estão relacionados com cotidiano escolar e educação;
currículo e formação de professores; currículo e cultura popular. Coordena o
GEPECE (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular e Cotidiano
Escolar).

Elsa Marisa Eduardo S. Changa Macia - natural de Tete, cidade onde frequentou
todo o ensino primário, o ensino secundário do 1º e 2º ciclos na Escola Secundária e
Pré Universitária de Tete. Possui o Bacharelato em Ensino do Português pela
Universidade Pedagógica de Nampula, Licenciatura em Ensino do Português na UP
– Nampula, e o Mestrado em Supervisão Pedagógica e Trabalho Docente pela
Universidade do Porto – Portugal. Tem experiência na área do Ensino Secundário,
Semi Presencial e no Ensino Superior. Actualmente, frequenta o curso de
Doutoramento em Ciências da Linguagem, Aplicadas ao Ensino de Línguas, na UP –
Maputo e lecciona, na UniRovuma - Nampula, as cadeiras de Língua Portuguesa,
Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa, Didáctica do Português II, IV, Morfo
sintaxe e Lexicologia do Prtuguês, Práticas Pedagógicas (Geral e II), MEIC/ TCC e
acompanha Estágio Pedagógico. A sua linha de pesquisa relaciona-se com as
abordagens de Ensino de Leitura, Formação de Professores e Supervisão
Pedagógica.

Amélia Ernesto Tocova - Natural de Nampula - Nacaroa, Mestre em Administracao


e Gestao Escolar, Bacharel e Licenciada em Educacao de Adultos, trabalhou como
professora (1999 a 2008) na Escola Primaria: de Nacacana, EPC de Liupo – Sede,

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EPC de Mutomote respectivamente e 9 anos na Universidade Pedagógica (2009 a


2018); Coordenadora do curso de Educação de Adultos 2012 a 2018; Participou no
programa aprender a ler e vamos ler como formadora dos gestores das escolas até
2018. Actualmente é docente da Universidade Rovuma – Nampula. Participou na
capacitação aos alfabetizadores, Directores das escolas e professores do curso
nocturno em metodologia de ensino de adultos como formadora. Participou na
capacitação dos professores do ensino básico sobre o novo currículo em 2004.

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