O documento discute os conceitos de influência social, conformismo e obediência. Ele define cada um desses conceitos e analisa afirmações sobre eles, identificando quais são verdadeiras ou falsas. O documento discute como o tamanho do grupo, a unanimidade dentro do grupo e o contexto cultural afetam o grau de conformismo. Ele também analisa fatores que influenciam a obediência, como a visibilidade das consequências dos atos e a figura de autoridade.
O documento discute os conceitos de influência social, conformismo e obediência. Ele define cada um desses conceitos e analisa afirmações sobre eles, identificando quais são verdadeiras ou falsas. O documento discute como o tamanho do grupo, a unanimidade dentro do grupo e o contexto cultural afetam o grau de conformismo. Ele também analisa fatores que influenciam a obediência, como a visibilidade das consequências dos atos e a figura de autoridade.
O documento discute os conceitos de influência social, conformismo e obediência. Ele define cada um desses conceitos e analisa afirmações sobre eles, identificando quais são verdadeiras ou falsas. O documento discute como o tamanho do grupo, a unanimidade dentro do grupo e o contexto cultural afetam o grau de conformismo. Ele também analisa fatores que influenciam a obediência, como a visibilidade das consequências dos atos e a figura de autoridade.
TEMA3 - Processos fundamentais de influência social (Soluções)
Assinale a alternativa correta. Justifique a sua resposta.
1. A tendência dos indivíduos para aproximarem as suas atitudes e comportamentos das atitudes e comportamentos do grupo tem o nome de: A. Obediência. B. Normalização. C. Influência social. D. Conformismo. A normalização é uma pressão que reflete as normas partilhadas por um grupo e que permite ter expetativas a respeito do comportamento apropriado dos membros desse grupo em determinadas situações. A reciprocidade é uma norma com muita força em diversos grupos e culturas. A influência social é a capacidade de uma pessoa ou grupo mudar as atitudes e comportamentos de outras. As duas formas mais frequentes de exercício da influência social – uma menos formal do que a outra – são o conformismo e a obediência. A obediência é uma mudança de comportamento em resposta a ordens e instruções de alguém reconhecido como autoridade. É uma tendência para a submissão e o cumprimento de ordens ou instruções que emanam de alguém dotado de autoridade ou a quem ela é reconhecida. O conformismo é uma mudança de atitude ou de comportamento em que, publicamente ou por vezes em privado, cedemos à pressão para pensar e agir como os outros, sem contudo obedecermos a ordens explícitas ou implícitas. Assim sendo, a opção correta é a D. 2. Analise as afirmações que se seguem sobre o conformismo. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. É uma forma de influência social que resulta de exposição às opiniões e crenças da maioria dos membros de um grupo. 2. A razão por que há conformismo é o desejo de aceitação e de aprovação social. 3. O conformismo é um comportamento indesejável. A. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. B. 1 e 3 verdadeiras; 2 falsa. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 verdadeira; 2 e 3 falsas. O conformismo é uma mudança de atitude ou de comportamento em que, publicamente ou por vezes em privado, cedemos à pressão para pensar e agir como os outros, sem contudo obedecermos a ordens explícitas ou implícitas. Designa um ajustamento às normas do grupo ou ao seu modo de pensar e de agir. A afirmação 1 é verdadeira. A afirmação 2 é falsa porque redutora. Aponta-se uma das eventuais causas do conformismo, mas esquecem-se outras, como, por exemplo, a falta de autoconfiança e uma fraca autoestima. A afirmação 3 é falsa porque, se uma pessoa exibe conformidade, isso pode acontecer porque aceita juízos e avaliações relativamente corretos que os outros fazem sobre a realidade. Por outro lado, muitas vezes ajustamos o nosso comportamento para coincidir com o dos outros sem que isso seja pernicioso – rimos quando os outros riem, damos mais para a recolha dos fundos alimentares por vermos o carro cheio de produtos, etc. O conformismo só é totalmente indesejável se consistir na adesão completamente impensada e irrefletida a certas atitudes e comportamentos dos outros. 3. Analise as afirmações que se seguem sobre o conformismo. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. O conformismo tende a aumentar conforme aumenta a dimensão do grupo. 2. O conformismo não é afetado pela ausência de unanimidade dentro do grupo. 3. O conformismo não é afetado pelos contextos culturais em que os grupos se inserem. A. 1 verdadeira; 2 e 3 falsas. B. 1 e 3 verdadeiras; 2 falsa. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. A afirmação 1 é verdadeira porque estudos realizados mostram que com uma pessoa no grupo o grau de conformismo era de 3%. Com dois outros membros aumentava para 13%. Com três ou mais membros atingia 32%. Assim, em grupos cada vez maiores tanto maior será o conformismo. Contudo, a dimensão do grupo é menos influente do que a unanimidade reinante no seu seio. Quando alguém dá respostas ou tem comportamentos diferentes e opostos ao da maioria, o conformismo diminui claramente. Não é tanto o facto de se estar no meio de muita gente, mas o facto de estar só contra todos, por poucos que sejam, que predispõe para o conformismo. Assim, a afirmação 1, apesar das suas limitações, é verdadeira, e a afirmação 2 é falsa. A afirmação 3 é também falsa porque em sociedades coletivistas o índice de conformismo é mais acentuado do que em sociedades liberais que valorizam a liberdade individual. 4. Na experiência de Solomon Asch: A. A tarefa era demasiado ambígua para permitir ilações sólidas. B. O grau de conformismo dos participantes foi avassalador. C. O grau de conformismo dos participantes foi o expectável. D. O grau de conformismo dos participantes foi surpreendente. Só é correta a afirmação D porque a tarefa proposta era de formulação e resposta muito simples e evidente. Mesmo assim, o grau de conformismo atingiu os 37% e, por ter sido surpreendente, não foi o expectável. 37% não é avassalador, embora seja significativo. 5. Analise as afirmações que se seguem sobre a obediência. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. As pessoas tendem a obedecer a ordens de outros se reconhecerem que estas têm uma base legal e são moralmente corretas. 2. A educação que recebemos pode tornar-nos passivos perante a autoridade que nos dá ordens. 3. É tanto mais acentuada quanto menor a legitimidade que reconhecemos a quem dá ordens. A. 1 verdadeira; 2 e 3 falsas. B. 1 e 3 verdadeiras; 2 falsa. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. A afirmação 1 é falsa porque muitas vezes cumprimos ordens cuja imoralidade é evidente ou cuja moralidade é duvidosa. A afirmação 2 é verdadeira porque contínuos hábitos de obediência legitimam a autoridade aos olhos de quem obedece. A afirmação 3 é falsa porque a predisposição para a obediência é tanto maior quanto menos as pessoas se sentem responsáveis pelas suas ações. Ora, se isto vai a par da convicção de que quem ordena sabe o que faz e as consequências do que exige que se faça. 6. Analise as afirmações que se seguem sobre a obediência. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. A obediência é um defeito moral. 2. A obediência é uma virtude moral. 3. A obediência só acontece quando não nos sentimos responsáveis pelos atos que realizamos. A. 1, 2 e 3 falsas. B. 1 e 3 verdadeiras; 2 falsa. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. A obediência não é só um vício ou só uma virtude. Pode ser vista como ambas as coisas. Se alguém mata uma pessoa inocente porque outra a quem se reconhece autoridade lho ordena, a obediência é um defeito moral. Contudo, se alguém com autoridade legítima ordena que se mate um inimigo que ameaça a vida de muitos inocentes, então não parece ter cabimento censurar moralmente quem assim age. Assim, as afirmações 1 e 2 pecam por serem unilaterais e redutoras. A afirmação 3 também enferma do mesmo defeito porque o sentimento de desresponsabilização é um dos fatores do conformismo e não a condição necessária e suficiente. Deve ter-se em conta a pressão do grupo, a legitimidade e a proximidade da figura de autoridade, além, entre outros aspetos, da fraca autoestima e hábitos de educação de quem obedece. 7. Um dos fatores fundamentais que estão associados à obediência é o facto de as pessoas: A. Dirigirem as suas próprias ações e assumirem as consequências dos seus atos. B. Permitirem que outros dirijam as suas ações eximindo-se assim de qualquer responsabilidade pelo que delas resulta. C. Atribuírem infalibilidade a quem ordena. D. Obedecerem com alguma frequência ao longo das suas vidas. A afirmação A. não é correta porque é sinónimo de ação autónoma. O que se diz em C não é correto porque basta haver prestígio e legalidade de quem detém a autoridade. O que se afirma em C também é incorreto porque obedecemos com frequência, e não é isso que necessariamente atrofia o nosso sentido de responsabilidade e de avaliação da moralidade e legitimidade de certas ordens. 8. Analise as afirmações que se seguem sobre os fatores que condicionam a obediência. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. Obedecemos mais facilmente quando não temos de presenciar as consequências dos nossos atos. 2. Quem está disposto a cumprir ordens que não têm consequências assinaláveis cumprirá mais facilmente ordens difíceis de aceitar. 3. A figura de autoridade pode ter um efeito inibidor da nossa autonomia. A. 1, 2 e 3 falsas. B. 1, 2 e 3 verdadeiras. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. Quanto à afirmação 1, deve notar-se que na experiência de Milgram o facto de o aluno estar fora do alcance visual do professor enfraquecia a tendência para a empatia com o sofrimento alheio. Quanto à afirmação 2, note-se que todos os participantes começaram por administrar choques de fraca intensidade e mais de metade acabou a desferir choque de acentuada intensidade. Uma figura de autoridade pode, dependendo da autonomia da nossa consciência moral, fazer com que não nos sintamos responsáveis pelas nossas ações. As três afirmações são verdadeiras. 9. Analise as afirmações que comparam o conformismo e a obediência. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. A influência social é mais direta e explícita no caso da obediência. 2. Ambos os comportamentos podem ser explicados em parte pelo desejo de aprovação social e por fracos índices de autonomia. 3. Em ambos os casos, a credibilidade da fonte de influência exerce importante influência. A. 1, 2 e 3 falsas. B. 1, 2 e 3 verdadeiras. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. A afirmação 1 é verdadeira. Uma coisa é receber ordens para fazer algo e outra ser induzido a fazer algo. No caso do conformismo, trata-se de uma adaptação aos outros, de uma consonância com as suas atitudes e comportamentos. No caso da obediência, trata-se mais de uma submissão aos outros do que adaptação ou consonância. A afirmação 2 é verdadeira. Obediência e autoestima ou autoconfiança variam na razão inversa. As pessoas mais obedientes são as que têm um autoconceito mais negativo. A afirmação 3 é verdadeira. O prestígio e o estatuto da figura a cujas atitudes nos conformamos ou a cujas ordens obedecemos é um fator relevante. Muitas vezes, o prestígio é uma ponte para a formação de uma figura de autoridade. 10. Analise as afirmações que se seguem sobre os fatores que condicionam a obediência. Selecione, depois, a alternativa correta. 1. O compromisso gradual com ordens recebidas pode enredar-nos na teia da obediência. 2. Por vezes obedecemos porque nos sentimos lisongeados por participar num determinado projeto. 3. Obedecer a uma autoridade evita que a nossa consciência se confronte com as consequências do que fazemos. A. 1 e 2 verdadeiras; 3 falsa. B. 1, 2 e 3 verdadeiras. C. 1 e 2 falsas; 3 verdadeira. D. 1 e 3 falsas; 2 verdadeira. A afirmação 1 é verdadeira. Na experiência de Milgram, todos os participantes começaram por administrar choques de fraca intensidade e mais de metade acabou a desferir choque de acentuada intensidade. A afirmação 2, apesar de não poder ser universalizada com facilidade, é verdadeira. Na experiência de Milgram, era frequentemente lembrado aos hesitantes que participavam numa investigação científica importante. A afirmação 3 é falsa. A tendência do agente obediente para a desculpabilização não garante que não se sinta mal ou que não se questione sobre a moralidade do que faz.