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Escola Secundária Paulo Samuel Kankhomba

Categorias da Narrativa

Esmeralda Damião Manuel

Lichinga, 2022
Escola Secundária Paulo Samuel Kankhomba

Categorias da Narrativa

Trabalho de Carácter Avaliativo da Disciplina de Português,


Leccionada pelo professor:

Esmeralda Damião Manuel

Lichinga, 2022
Índice

1. Introdução ...................................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 4

1.1.2. Objectivos Específicos .............................................................................................. 4

1.2. Metodologia ................................................................................................................ 4

2. Categorias da Narrativa .................................................................................................. 5

2.1. Narratório .................................................................................................................... 7

2.2. Modos de Expressão Literária ...................................................................................... 7

2.3. A perspectiva narrativa ................................................................................................ 9

2.3.1. A perspectiva do narrador ........................................................................................ 9

2.3.2. A perspectiva do personagem ................................................................................ 10

2.3.3. A perspectiva do enredo (Pimentel) ....................................................................... 10

2.3.4. A perspectiva do leitor (Iser).................................................................................. 11

2.4. Discurso narrativo...................................................................................................... 11

2.4.1. Tipos de Discurso narrativo .................................................................................... 11

2.4.1.1. Discurso Directo .................................................................................................. 11

2.4.1.2. Discurso Indirecto ................................................................................................ 11

2.4.1.3. Discurso Indirecto Livre ...................................................................................... 12

2.5. Concordância entre o Sujeito e o Nome Predicativo do Sujeito .................................. 13

3. Conclusão ..................................................................................................................... 14

4. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 15


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1. Introdução

Em literatura, a narrativa é a conexão entre todos os elementos que compõem o enredo:


personagens, tempo, espaço e conflito. Na narrativa, o narrador exerce a função primordial de
“contação” da história. É ele quem direcciona o imaginário do leitor durante o processo de
composição da trama.

A narrativa provoca mudanças na forma como as pessoas compreendem a si próprias e aos


outros. Tomando-se distância do momento de sua produção, é possível, ao "ouvir" a si mesmo
ou ao "ler" seu escrito, que o produtor da narrativa seja capaz, inclusive, de ir teorizando a
própria experiência.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender as Categorias da Narrativa.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Contextualizar as Categorias da Narrativa;


 Explanar sobre as Perspectivas da Narrativa;
 Mencionar e Descrever os Discursos Narrativos;
 Realçar sobre a Concordância entre o Sujeito e o Nome Predicativo do Sujeito.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas.
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2. Categorias da Narrativa

Narrador

Presença
 Autodiegético - quando é personagem principal.
 Homodiegético - quando é personagem secundária.
 Heterodiegético - quando é uma personagem exterior à acção.
Ciência
 Omnisciente - quando sabe os pensamentos das personagens.
 Não omnisciente - quando desconhece os pensamentos das personagens.

Posição

 Subjectivo - quando apresenta comentários.


 Objectivo - quando narra a história sem dar a sua opinião.

Presença na acção

 Narrador presente ou participante - está presente na acção como personagem; no


discurso usa pronomes, determinantes e formas verbais da 1ª pessoa gramatical (eu,
nós, meu, nosso, encontrei, fiz).
 Narrador ausente ou não participante - não desempenha qualquer papel na acção,
narrando os acontecimentos sem neles intervir; no discurso usa pronomes,
determinantes e formas verbais da 3ª pessoa gramatical (ele, seus, eles, encontrou,
fez).
Acção

Relevo:

 Principal - constituída pelos acontecimentos principais.


 Secundária - constituída pelos acontecimentos menos relevantes.

Estrutura:

 Encadeamento - as sequências encontram-se ordenados cronologicamente.


 Encaixe - uma sequência é encaixada dentro de outra.
 Alternância - várias sequências vão sendo narradas alternadamente.
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Momentos:

 Situação inicial - introdução, onde se apresentam as personagens etc.


 Peripécias ou ponto culminante - desenrolar do enredo, conduzindo ao desenlace.
 Desenlace - conclusão.

Delimitação:

 Aberta - Quando não se conhece o desenlace da história


 Fechada - Quando Se Conhece O Desenlace ; Conhecendo-se o destino de todas as
personagens.
1. Narração - o narrador
2. Discrição - o narrador
3. Dialogo - as personagens

Personagens

Relevo:
 Principal - papel preponderante, no qual é o centro da acção.
 Secundária - papel de menor relevo, auxiliando a personagem principal.
 Figurantes - não intervêm directamente na acção, servem como uma "decoração".

Composição:

 Modelada ou redonda - comportamento altera-se ao longo da acção.


 Plana - mantém sempre o mesmo comportamento.
 Tipo - representa uma estrutura social ou um grupo.

Processo de caracterização:

 Directa
1. Auto-caracterização - feita pela própria personagem.
2. Heteró-caracterização - feita pelo narrador ou outra personagem.
 Indirecta - deduzida pelo leitor.
Tempo

 Cronológico - sucessão cronológica dos acontecimentos


 Histórico - corresponde a época ou ao momento em que decorre a acção.
 Psicológico - tempo vivido pela personagem, de acordo com o seu estado de espírito.
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 Do discurso - corresponde ao tempo em que a história é escrita.

Espaço

 Físico - lugar onde se desenrola a acção.


 Social - meio ambiente onde a acção decorre.
 Psicológico - refere-se ao interior das personagens.

2.1. Narratório

Entidade da narrativa a quem o narrador dirige o seu discurso. O narratário não deve ser
confundido com o leitor, quer este seja o leitor virtual, isto é, o tipo ideal de leitor que o
narrador tem em mente enquanto produtor do discurso, nem com o leitor ideal, isto é, o leitor
que compreende tudo o que o autor pretende dizer. “O narratário é uma entidade fictícia, um
‘ser de papel’ com existência puramente textual, dependendo directamente de outro ‘ser de
papel’” cf. Roland Barthes, (1966). O narratário é, assim, o simétrico do narrador e por este
posto em cena na diegese. Para Gerald Prince, o narratário revela-se em pronomes pessoais da
segunda pessoa a quem o narrador se dirige, por ex., o “you” a quem Huckleberry Finn dirige
a frase com que inicia o texto. Este crítico considera que o narratário, tal como o narrador, é
uma personagem da narrativa (ainda que algumas vezes apenas esteja presente no texto
de forma implícita), e que não deve ser confundido com entidades exteriores ao texto. Gérard
Genette em Discurso da Narrativa (1972), distingue dois tipos de narratário: o extradiegético e
o extradiegético, conforme ele pertence ou não à diegese.

2.2. Modos de Expressão Literária

Modos de representação e de expressão O texto narrativo pode apresentar várias modalidades


de discurso. O discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada, apresenta-se sob as
formas de: narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados no tempo e encadeados
de forma dinâmica, originando a acção (verbos de movimento e formas verbais do pretérito-
perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito); descrição - informações sobre as personagens, os
objectos, o tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da acção e vão desenhando os
cenários (verbos copulativos ou de ligação e formas verbais do pretérito imperfeito).

Descrição - Trata-se de uma representação ou exposição exacta e viva de um acontecimento,


ambiente, lugar ou personagem. Os segmentos descritivos constituem momentos de pausa no
avançar da acção.
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Narração - Confere dinamismo à acção e utiliza-se para contar factos ou acontecimentos,


fazendo avançar a acção.

Diálogo

Diálogo (em grego clássico: διάλογος diálogos) é a conversação entre duas ou mais pessoas.
Muitos acreditam erroneamente que "di" significaria "dois", e portanto a palavra se limitaria à
conversa entre duas pessoas. No entanto, a palavra, que vem do grego, é formada pelo prefixo
dia, que significa "por intermédio de", e por logos, que significa "palavra". Ou seja, "por meio
da palavra", designando "conversa" ou "conversação". Embora se desenvolva a partir de
pontos de vista diferentes, o verdadeiro diálogo supõe um clima de boa vontade e
compreensão recíproca. Como um género, os diálogos mais antigos remontam no Oriente
Médio e Ásia ao ano de 1433 no Japão, disputas sumérias preservadas em cópias a partir do
final do terceiro milénio a.C.

Monólogo

Monólogo é a forma do discurso em que o personagem extravasa de maneira razoavelmente


ordenada seus pensamentos e emoções, sem dirigir-se a um ouvinte específico. Pode ou não
ser um fluxo de consciência, dependendo do momento. Monólogo pode ser também um dito
popular, quando duas pessoas estão conversando, e uma só cita ela mesma em toda a
conversa.

No teatro, é comum que os atores rebusquem pensamentos profundos psicologicamente,


expondo ideias que podem até transparecer que há mais de um actor.

 Monólogos também são comuns em óperas, quando uma ária, recitação ou outra
secção cantada, tem uma função similar a um monólogo falado numa peça teatral.
 Monólogos também são comuns em discursos políticos
 Monólogos são habitualmente encontrados na literatura de ficção do século XX.
 Monólogos cómicos tornaram-se um elemento padrão em programas
de entretenimento no palco ou televisão.

Monólogo exterior

Quando o actor fala para outra pessoa que não está no palco ou para a audiência.

Monólogo interior
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É um discurso não pronunciado em que o narrador expõe questões de cunho introspectivo,


revelando motivações interiores. Pode ser directo ou indirecto, quando narrado em primeira
ou terceira pessoa, respectivamente. Ao contrário do monólogo interior, o solilóquio é um
discurso pronunciado, tendo assim a necessidade de ser mais bem estruturado e articulado que
o monólogo interior. Encontra-se intensamente presente na literatura de Clarice Lispector.\

Comentário - Permite dar conta, de uma forma reflectida, do assunto de um acontecimento


ou facto, assumindo uma posição sobre o assunto.

Reflexão - É um comentário no qual se procura fazer considerações atentas e ponderadas.

2.3. A perspectiva narrativa

A perspectiva narrativa é definida basicamente como um filtro , ou seja, uma selecção e


uma restrição da informação narrativa (Genette). Nenhum relato, por mais exaustivo que
seja, conta tudo de forma irrestrita; nem mesmo o mais omnisciente dos contadores de
histórias sabe tudo ou conta tudo o que sabe. Qualquer representação inteligível da acção
humana implica uma selecção e, portanto, um sistema de inclusões e exclusões, bem como
restrições que organizam todos os aspectos da história. As restrições ou limitações podem
ser espaciais, cognitivas, linguísticas, perceptivas, morais, ideológicas, etc., atribuíveis ao
narrador ou às personagens. Há quatro perspectivas básicas: a do narrador, a do
personagem, a do enredo e a do leitor (Iser, Pimentel).

2.3.1. A perspectiva do narrador

O narrador pode se posicionar diante do mundo por meio do discurso gnómico, mas também
pode afirmar sua perspectiva ao se posicionar diante de sua história, enfatizando seu
privilégio cognitivo sobre qualquer outro personagem, movendo-se no tempo e no espaço ad
libitum; ele também tem a liberdade de entrar na consciência de qualquer um de seus
personagens quando e como quiser em suma, ele é um narrador que impõe um mínimo de
restrições a si mesmo ao narrar, o tradicional narrador omnisciente que narra em foco zero ,
no estilo de Genette. Terminologia, que implica justamente uma narrativa sem foco definido.
No entanto, o narrador em terceira pessoa, mesmo quando é quem enuncia, pode abrir mão
de seus privilégios cognitivos e centrar sua história na consciência de algum personagem
narrativa em foco interno , segundo Genette; em outras palavras, ele pode não afirmar sua
perspectiva apesar de ser o orador do discurso. Ele então assumirá todas as limitações do
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personagem e só narrará a partir dessa perspectiva, como se não soubesse mais do que o
personagem sabe, nem pudesse perceber mais do que o personagem percebe. As formas
discursivas privilegiadas para a narração focalizada são o discursam indirecto livre e
a psiconarração.

2.3.2. A perspectiva do personagem

Considerando que um personagem é uma construção puramente discursiva, que não tem, em
outras palavras, outro ser senão o da linguagem, é imprescindível analisar sua fala como uma
das formas privilegiadas embora não a única de acessar seu ser. Assim como o narrador é
também um efeito do discurso, no melhor dos casos uma projecção enunciativa do autor, e
nunca o autor como tal, da mesma forma, um personagem não é uma pessoa e, portanto, não
pode ser tratado como tal - mesmo aqueles, migratórios de Balzac, que aparecem
ubíquamente em muitos romances.

A perspectiva de um personagem é então articulada nos dois modos básicos de enunciação


da história. Por um lado, a perspectiva da personagem é veiculada pelo discurso do narrador
a narração em foco interno, como vimos. Nesses casos, é importante fazer limites
discursivos, interpretar a origem da fala, se essas são as palavras que a personagem disse
originalmente ou são as que o narrador usa para descrever-narrar a personagem, e com que
graus de dissonância ou preconceito. Está descrevendo. Por outro lado, a perspectiva da
personagem é observada em seu próprio discurso directo em que o leitor pode detectar tanto
a presença de outros discursos (sociais, familiares, de classe, época etc.) de outras posturas
em relação ao mundo que a inflexão idiossincrática da fala do personagem assumirá como
sua, ou ele as assumirá em atitude rebelde ou irónica.

2.3.3. A perspectiva do enredo (Pimentel)

Em que sentido se poderia falar da perspectiva da trama? De acordo com a definição


elementar que foi dada do que é perspectiva, no tecido de uma história há uma selecção e
uma restrição. Da informação narrativa determinada por uma orientação temática e é isso
que nos permite postular uma perspectiva para o enredo. No entanto, à primeira vista,
postulá-la como uma perspectiva independente pareceria uma contradição, se considerarmos
que é o narrador que opera essa selecção, que está tramando sua história; portanto, sendo
responsável pela selecção, seria ele que necessariamente imprimiria sua própria perspectiva
sobre ela.
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2.3.4. A perspectiva do leitor (Iser)

Por fim, a perspectiva do leitor é crucial para integrar todas as outras. É no leitor que as
outras perspectivas convergem, mas é importante notar que isso acontece ao longo do tempo,
que essas outras perspectivam são activadas e combinadas em uma actividade constante de
interpretação reinterpretação, modificação, correcção, etc.

2.4. Discurso narrativo

O discurso do texto narrativo é a forma como a voz das personagens aparece na voz do
narrador. A depender do uso do discurso, a narrativa pode ser mais dinâmica ou mais estática,
mais natural ou mais forçada, mais interessante ou mais desinteressante e mais objectiva ou
mais subjectiva.

2.4.1. Tipos de Discurso narrativo

2.4.1.1. Discurso Directo

O discurso directo é a reprodução de maneira directa da fala das personagens ou seja, a


reprodução integral, literal e bloquial, introduzida por travessão. Nessa estrutura, as falas são
acompanhadas por um verbo declarativo, seguido de dois pontos e travessão.

Cada intervenção costuma compor-se de duas partes: a fala, isto é, as palavras pronunciadas
pelo falante, e o inciso, ou esclarecimentos do narrador, que vem sempre depois de travessão
ou vírgula e refere-se, geralmente, às reacções e aos sentimentos demonstrados pela
personagem. Exemplo:

Exemplo:

 "Por que veio tão tarde?", perguntou Sofia, logo que apareceu à porta do jardim.
 José Luís – recriminou-o a mulher -, seu pai está procurando uma solução, não se
esqueça.

2.4.1.2. Discurso Indirecto

O discurso indirecto é definido como o registo da fala da personagem sob influência por parte
do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja
entendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma a citar o nome de quem fez a
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fala ou fazer algum tipo de referência. Neste tipo de discurso narrativo o narrador interfere na
fala da personagem. Este conta aos leitores o que a personagem disse, no entanto o faz na 3ª
pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, e sim "traduzidas" na linguagem do
narrador. Também é sem travessão. No fundo são apenas a junção dos dois modos verbais. A
pessoa não pergunta verdadeiramente, é o narrador que faz a pergunta com o nome do
personagem. Não permite que as personagens se exprimam livremente,uma vez que as falas
da personagem são ditas pelo narrador. É caracterizado por não ser uma transcrição exata da
fala das personagens, ou seja, com a participação do narrador. Sendo encarado como mais
difícil e mais dinâmico dos discursos.

Exemplos:

 A mulher disse-lhe que não se esquecesse de que o pai dele estava procurando uma
solução.

2.4.1.3. Discurso Indirecto Livre

Discurso indirecto livre é uma modalidade de técnica mãe, resultante da mistura dos
discursos directo e indirecto, sendo um processo de grande efeito estilístico.

O discurso indirecto livre consiste numa mistura da fala do narrador com a fala da
personagem, ou seja, há construções do discurso directo e do indirecto combinado em um só
discurso. A fala da personagem não é precedida nem por verbo de elocução nem por travessão
ou aspas. Assim como no discurso directo, o indirecto livre apresenta orações exclamativas,
imperativas e interrogativas, além de interjeições. Os pronomes pessoais e as palavras que
indicam tempo e espaço são empregados como no discurso indirecto

As orações do discurso indirectos livres são, em regra, independentes, podendo ter ou não
verbos cultos de elocução (também chamados de verbos dicendi). Quando os possui, fica mais
nítido que a frase não é do narrador, mas do personagem. Em geral, ele ocorre com foco
narrativo em terceira pessoa, mas é possível o uso da primeira. Esse discurso é muito
empregado na narrativa moderna, pela fluência e ritmo que confere ao texto.
O leitor distingue a voz da personagem da voz do narrador pelo contexto ou pelas trocas dos
verbos.

Exemplo:
 Achava-se tão perturbado que nem acreditava naquela desgraça.
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2.5. Concordância entre o Sujeito e o Nome Predicativo do Sujeito

Nos elementos oracionais, devemos sempre considerar a articulação sintáctica que entre eles
se estabelece.

O nome predicativo do sujeito pode ser um nome ou uma expressão equivalente que se
associa a um verbo copulativo ou de ligação (ser, estar, ficar, continuar, parecer) para lhe
atribuir sentido, indicando um estado ou uma qualidade.

Em particular, atenta na concordância entre o sujeito e o nome predicativo do sujeito. O nome


predicativo do sujeito concorda com o sujeito em género e número. Ex. A rapariga estava
sentada.

Se o sujeito for composto e do mesmo género, o predicativo concordará no plural e no género


dos sujeitos. Ex: A rapariga e a mãe estavam insatisfeitas.

Se o sujeito for composto e apresentar géneros diferentes, o predicativo concordará no


masculino plural, preferencialmente. Ex: A rapariga e o pai estavam receosos.

Sendo o sujeito um pronome de tratamento, a concordância dependerá do sexo da pessoa a


que nos referimos. Ex: Vossa Excelência é muito bondoso(a).

Nas construções do tipo: É bom, É preciso, É necessário, É proibido, o nome predicativo do


sujeito ficará no masculino singular, não havendo artigo antes do sujeito.

Ex: Refrigerante é bom no calor.

 É preciso paciência.
 É necessário muita cautela.
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3. Conclusão

Findado o presente trabalho pude compreender de que A narrativa provoca mudanças na


forma como as pessoas compreendem a si próprias e aos outros. Tomando-se distância do
momento de sua produção, é possível, ao "ouvir" a si mesmo ou ao "ler" seu escrito, que o
produtor da narrativa seja capaz, inclusive, de ir teorizando a própria experiência. Este pode
ser um processo profundamente emancipatório em que o sujeito aprende a produzir sua
própria formação, auto-determinando a sua trajectória. E claro que esta possibilidade requer
algumas condições. E preciso que o sujeito esteja disposto a analisar criticamente a si próprio,
a separar olhares enviesadamente afectivos presentes na caminhada, a por em dúvida crenças
e preconceitos, enfim, a desconstruir seu processo histórico para melhor poder compreendê-
lo.
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4. Referências Bibliográficas

FERNÃO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe – Pré-universitário.
1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

DUROZOI Gérard e ROUSSEL André. (2005). Dicionário de filosofia. PAPIRUS. ISBN


978-85-308-0227-1. p. 135.

GENETTE, Gérard. (1972). Discurso da Narrativa. Gerald Prince: “Introduction to the


Theory of the Narratee”, in Essentials of the Theory of Fiction, ed. por Michael J. Hoffman e
Patrick D. Murphy (2ºed., 1996);

JEAN-MICHEL, Adam e REVAZ Françoise. (1991). A Análise da Narrativa. Reader-


Response Theory and Criticism in The John Hopkins Guide to Literary Theory & Criticism

NEVES, Orlando. (2012). Dicionário da origem das palavras. Leya; ISBN 978-989-555-
646-5. p. 129.

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