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Categorias da Narrativa
Lichinga, 2022
Escola Secundária Paulo Samuel Kankhomba
Categorias da Narrativa
Lichinga, 2022
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 4
3. Conclusão ..................................................................................................................... 14
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas.
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2. Categorias da Narrativa
Narrador
Presença
Autodiegético - quando é personagem principal.
Homodiegético - quando é personagem secundária.
Heterodiegético - quando é uma personagem exterior à acção.
Ciência
Omnisciente - quando sabe os pensamentos das personagens.
Não omnisciente - quando desconhece os pensamentos das personagens.
Posição
Presença na acção
Relevo:
Estrutura:
Momentos:
Delimitação:
Personagens
Relevo:
Principal - papel preponderante, no qual é o centro da acção.
Secundária - papel de menor relevo, auxiliando a personagem principal.
Figurantes - não intervêm directamente na acção, servem como uma "decoração".
Composição:
Processo de caracterização:
Directa
1. Auto-caracterização - feita pela própria personagem.
2. Heteró-caracterização - feita pelo narrador ou outra personagem.
Indirecta - deduzida pelo leitor.
Tempo
Espaço
2.1. Narratório
Entidade da narrativa a quem o narrador dirige o seu discurso. O narratário não deve ser
confundido com o leitor, quer este seja o leitor virtual, isto é, o tipo ideal de leitor que o
narrador tem em mente enquanto produtor do discurso, nem com o leitor ideal, isto é, o leitor
que compreende tudo o que o autor pretende dizer. “O narratário é uma entidade fictícia, um
‘ser de papel’ com existência puramente textual, dependendo directamente de outro ‘ser de
papel’” cf. Roland Barthes, (1966). O narratário é, assim, o simétrico do narrador e por este
posto em cena na diegese. Para Gerald Prince, o narratário revela-se em pronomes pessoais da
segunda pessoa a quem o narrador se dirige, por ex., o “you” a quem Huckleberry Finn dirige
a frase com que inicia o texto. Este crítico considera que o narratário, tal como o narrador, é
uma personagem da narrativa (ainda que algumas vezes apenas esteja presente no texto
de forma implícita), e que não deve ser confundido com entidades exteriores ao texto. Gérard
Genette em Discurso da Narrativa (1972), distingue dois tipos de narratário: o extradiegético e
o extradiegético, conforme ele pertence ou não à diegese.
Diálogo
Diálogo (em grego clássico: διάλογος diálogos) é a conversação entre duas ou mais pessoas.
Muitos acreditam erroneamente que "di" significaria "dois", e portanto a palavra se limitaria à
conversa entre duas pessoas. No entanto, a palavra, que vem do grego, é formada pelo prefixo
dia, que significa "por intermédio de", e por logos, que significa "palavra". Ou seja, "por meio
da palavra", designando "conversa" ou "conversação". Embora se desenvolva a partir de
pontos de vista diferentes, o verdadeiro diálogo supõe um clima de boa vontade e
compreensão recíproca. Como um género, os diálogos mais antigos remontam no Oriente
Médio e Ásia ao ano de 1433 no Japão, disputas sumérias preservadas em cópias a partir do
final do terceiro milénio a.C.
Monólogo
Monólogos também são comuns em óperas, quando uma ária, recitação ou outra
secção cantada, tem uma função similar a um monólogo falado numa peça teatral.
Monólogos também são comuns em discursos políticos
Monólogos são habitualmente encontrados na literatura de ficção do século XX.
Monólogos cómicos tornaram-se um elemento padrão em programas
de entretenimento no palco ou televisão.
Monólogo exterior
Quando o actor fala para outra pessoa que não está no palco ou para a audiência.
Monólogo interior
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O narrador pode se posicionar diante do mundo por meio do discurso gnómico, mas também
pode afirmar sua perspectiva ao se posicionar diante de sua história, enfatizando seu
privilégio cognitivo sobre qualquer outro personagem, movendo-se no tempo e no espaço ad
libitum; ele também tem a liberdade de entrar na consciência de qualquer um de seus
personagens quando e como quiser em suma, ele é um narrador que impõe um mínimo de
restrições a si mesmo ao narrar, o tradicional narrador omnisciente que narra em foco zero ,
no estilo de Genette. Terminologia, que implica justamente uma narrativa sem foco definido.
No entanto, o narrador em terceira pessoa, mesmo quando é quem enuncia, pode abrir mão
de seus privilégios cognitivos e centrar sua história na consciência de algum personagem
narrativa em foco interno , segundo Genette; em outras palavras, ele pode não afirmar sua
perspectiva apesar de ser o orador do discurso. Ele então assumirá todas as limitações do
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personagem e só narrará a partir dessa perspectiva, como se não soubesse mais do que o
personagem sabe, nem pudesse perceber mais do que o personagem percebe. As formas
discursivas privilegiadas para a narração focalizada são o discursam indirecto livre e
a psiconarração.
Considerando que um personagem é uma construção puramente discursiva, que não tem, em
outras palavras, outro ser senão o da linguagem, é imprescindível analisar sua fala como uma
das formas privilegiadas embora não a única de acessar seu ser. Assim como o narrador é
também um efeito do discurso, no melhor dos casos uma projecção enunciativa do autor, e
nunca o autor como tal, da mesma forma, um personagem não é uma pessoa e, portanto, não
pode ser tratado como tal - mesmo aqueles, migratórios de Balzac, que aparecem
ubíquamente em muitos romances.
Por fim, a perspectiva do leitor é crucial para integrar todas as outras. É no leitor que as
outras perspectivas convergem, mas é importante notar que isso acontece ao longo do tempo,
que essas outras perspectivam são activadas e combinadas em uma actividade constante de
interpretação reinterpretação, modificação, correcção, etc.
O discurso do texto narrativo é a forma como a voz das personagens aparece na voz do
narrador. A depender do uso do discurso, a narrativa pode ser mais dinâmica ou mais estática,
mais natural ou mais forçada, mais interessante ou mais desinteressante e mais objectiva ou
mais subjectiva.
Cada intervenção costuma compor-se de duas partes: a fala, isto é, as palavras pronunciadas
pelo falante, e o inciso, ou esclarecimentos do narrador, que vem sempre depois de travessão
ou vírgula e refere-se, geralmente, às reacções e aos sentimentos demonstrados pela
personagem. Exemplo:
Exemplo:
"Por que veio tão tarde?", perguntou Sofia, logo que apareceu à porta do jardim.
José Luís – recriminou-o a mulher -, seu pai está procurando uma solução, não se
esqueça.
O discurso indirecto é definido como o registo da fala da personagem sob influência por parte
do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja
entendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma a citar o nome de quem fez a
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fala ou fazer algum tipo de referência. Neste tipo de discurso narrativo o narrador interfere na
fala da personagem. Este conta aos leitores o que a personagem disse, no entanto o faz na 3ª
pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, e sim "traduzidas" na linguagem do
narrador. Também é sem travessão. No fundo são apenas a junção dos dois modos verbais. A
pessoa não pergunta verdadeiramente, é o narrador que faz a pergunta com o nome do
personagem. Não permite que as personagens se exprimam livremente,uma vez que as falas
da personagem são ditas pelo narrador. É caracterizado por não ser uma transcrição exata da
fala das personagens, ou seja, com a participação do narrador. Sendo encarado como mais
difícil e mais dinâmico dos discursos.
Exemplos:
A mulher disse-lhe que não se esquecesse de que o pai dele estava procurando uma
solução.
Discurso indirecto livre é uma modalidade de técnica mãe, resultante da mistura dos
discursos directo e indirecto, sendo um processo de grande efeito estilístico.
O discurso indirecto livre consiste numa mistura da fala do narrador com a fala da
personagem, ou seja, há construções do discurso directo e do indirecto combinado em um só
discurso. A fala da personagem não é precedida nem por verbo de elocução nem por travessão
ou aspas. Assim como no discurso directo, o indirecto livre apresenta orações exclamativas,
imperativas e interrogativas, além de interjeições. Os pronomes pessoais e as palavras que
indicam tempo e espaço são empregados como no discurso indirecto
As orações do discurso indirectos livres são, em regra, independentes, podendo ter ou não
verbos cultos de elocução (também chamados de verbos dicendi). Quando os possui, fica mais
nítido que a frase não é do narrador, mas do personagem. Em geral, ele ocorre com foco
narrativo em terceira pessoa, mas é possível o uso da primeira. Esse discurso é muito
empregado na narrativa moderna, pela fluência e ritmo que confere ao texto.
O leitor distingue a voz da personagem da voz do narrador pelo contexto ou pelas trocas dos
verbos.
Exemplo:
Achava-se tão perturbado que nem acreditava naquela desgraça.
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Nos elementos oracionais, devemos sempre considerar a articulação sintáctica que entre eles
se estabelece.
O nome predicativo do sujeito pode ser um nome ou uma expressão equivalente que se
associa a um verbo copulativo ou de ligação (ser, estar, ficar, continuar, parecer) para lhe
atribuir sentido, indicando um estado ou uma qualidade.
É preciso paciência.
É necessário muita cautela.
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3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
FERNÃO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe – Pré-universitário.
1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
NEVES, Orlando. (2012). Dicionário da origem das palavras. Leya; ISBN 978-989-555-
646-5. p. 129.