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(In)definições do Sujeito

Prof. Cícero Costa Villela


• Sujeito x Objeto

O que é • Sujeito x Eu
• Sujeito x Indivíduo
sujeito? • Sujeito x Consciência
• As definições modernas do sujeito partem da divisão
instituída pelo pensamento de Renè Descartes. A clássica
fórmula: “Penso, logo sou” vai ser o modelo da
modernidade.
• Isso implica uma relação entre pensamento, palavra e
mundo calcada pela pura vontade do sujeito, além de uma
concepção de linguagem que cola esses elementos sem
nenhum tipo de mediação. Já que o sujeito é o soberano
criador da realidade.
• O inconsciente não é simplesmente o não-consciente,
aquilo que está fora da consciência. “O inconsciente não é
uma espécie definida na realidade psíquica pelo círculo do
que não tem atributo (ou a virtude da consciência)”. O
A novidade do inconsciente consiste nos materiais reprimidos: “O
inconsciente não é perder a memória; é não se lembrar do
inconsciente que se sabe” (LACAN, 2001, p.333)

• A concepção do inconsciente desloca o sujeito moderno,


ao mostrar a presença de um isso que está para além da
vontade onisciente do sujeito.
• O aparecimento do pensamento linguístico
de Ferdinand de Saussure abre todo um
campo de estudo da linguagem que
desloca a relação entre linguagem e
mundo. Vai se compreender a linguagem
enquanto uma estrutura, isto é, um
O outro em mim sistema de relações que está para além
dos sujeitos, mas que se realiza neles.
Podemos dizer que a linguagem pensada
enquanto “um tesouro social na mente
dos falantes” é um dos elementos que
constituem o sujeito.
Saussure vai dizer que a linguagem é feita de pares
opositivos

Língua x Fala

O outro em Sincronia x Diacronia

mim
Paradigma x Sintagma

Sua definição de signo vai privilegiar os elementos do


sistema, já que cada signo assume seu valor em relação a
outro signo e não em relação ao mundo exterior.
Pensando nesses termos que Lacan vai
sustentar que o inconsciente se estrutura como
uma linguagem.

Ele desloca a relação Significado x Significante,


O outro em dando ênfase ao Significante, enquanto uma
forma material que recobre uma miríade de
mim significados.

O sujeito, nessa concepção, não é mais o


criador absoluto dos significados, mas é
produzido a partir da relação com o Outro, com
o simbólico, com a linguagem, a cultura etc.
• “Eu pequei AIDS”
• “Eu peguei AIDS”
• As duas consoantes são velares, diferenciando-se apenas
por um traço fonético mínimo. Q – consoante surda/ G –
consoante sonora

Um exemplo Nesse caso algo se diz no ato falho entre um traço linguístico
mínimo, esse algo fala para além das intenções do sujeito e
“vaza” do controle desse eu. Aqui o sujeito fala, ou, para usar
uma figura poética, algo fala por esse sujeito, pois antes de
dizer esse sujeito já está dito em outro lugar.
Obrigado

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