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O Processo Pedagógico
Características do Processo Pedagógico
O Processo Pedagógico é um conjunto de actividades organizadas com vista o
alcance dos objectivos definidos para o desenvolvimento da personalidade tendo em
consideração as condições internas e externas existentes e aplicando os
conhecimentos sobre as regularidades.
No processo pedagógico encontramos o professor que desenvolve o
comportamento do educando com a tarefa de educar e s realiza por meio dos
métodos (procedimentos), formas de organização, material didáctico e
determinadas condições físicas e temporais.
A actividade de educar tem como objecto a aprendizagem do educando. O educador
orienta o processo de transmissão de conhecimentos. O educando, a quem se
destina os conhecimentos transmitidos pelo educador tem seus motivos, interesses,
objectivos, suas particularidades fisiológicas e psicológicas (conhecimentos,
carácter, capacidade, vontade, seu temperamento, e.t.c.).
A actividade principal do educando é aprender. A aprendizagem se realiza com base
nos meios, procedimentos, material didáctico e certas condições físicas e
temporais. A aprendizagem orienta-se com determinados objectivos e conteúdos
que aparecem nos programas de ensino e nos manuais.
O educador também possui suas características fisiológicas e psicológicas, seus
conhecimentos metodológicos e de cultura geral, da sua disciplina e de outras áreas
disciplinares, suas aptidões, experiências. O educador deve ter uma atitude positiva
em relação aos educandos, uma sensibilidade manifestada no amor pelo género
humano e de forma gera, da educação, da sua profissão.
Tipos de Aprendizagem
a) Aprendizagem Cognitiva / Ideativa: seu processamento predomina os
elementos de natureza intelectual, tais como a percepção, o raciocínio, a
memória, etc. Consiste na aprendizagem de conceitos.
b) Aprendizagem procedimental ou de Automatismos: refere-se a todo tipo de
aprendizagem adquirida através do aperfeiçoamento de hábitos e habilidades
psicomotoras.
c) Aprendizagem apreciativa ou afectiva (altitudinal): compreende atitudes de
valores sociais, traduzidos por gestos, preferências, simpatias, costumes, que
constituem princípios mais gerais da conduta humana. Este tipo de
aprendizagem possibilita a formação do carácter do aprendiz, o que se
expressa na sua maneira de agir, diante de diferentes situações.
Curvas de aprendizagem
Os efeitos da aprendizagem podem ser medidos em diferentes momentos,
traduzindo-se os resultados em forma de gráficos, facilmente inteligíveis – as
Curvas de aprendizagem.
As curvas originais da aprendizagem de cada indivíduo não são iguais as outras
obtidas de outros indivíduos em condições semelhantes. Entretanto, apesar de não
coincidirem exactamente são bastante parecidas, podendo-se traçar um gráfico das
tendências gerais. Em geral, as curvas indicam uma saída rápida, após os primeiros
exercícios, e mostram algumas paradas ou pequena tendência a descer (são os
platôs), para continuar em ascensão até atingir determinado limite, e se estabilizar
de novo.
Tipos de curvas
Curva A Regista a pronta adaptação do aprendiz e revela rápido progresso e
rendimento da aprendizagem.
Curva B - Indica oscilações de maior ou menor amplitude, representando-se a Fase
“crítica” da aprendizagem considerada.
Curva C - É chamada curva de aprendizagem negativamente acelerada. Apresenta
progresso inicial muito rápido, chamado (aceleração negativa) para diminuir
gradualmente, à medida que o progresso se encaminha. Quando mais se exercita,
menor é a soma de progressos. Isto ocorre: Quando o assunto aumenta de
dificuldades, à medida que o sujeito aprende;
Quando a motivação declina; Quando houver influência (interferência) de outras
aprendizagens que trabalha; Quando o assunto é fácil para quem aprende;
Quando se compõe de parte de dificuldade variável.
4. Curva D É chamada curva de aceleração positiva. Quanto mais se exercita, Maior
será a soma de aprendizagem realizada. Ocorre por motivos Inversos daqueles que
explicam as curvam convexas (aceleração negativa)
5. Curva E Curvas de esquecimento, retenção ou diminuição da aprendizagem.
Indicam uma perda inicial muito acentuada, continuando num crescente vagaroso
6. Curva F Cuja forma lembra as curvas de um “S”, resulta de combinações de
condições que determinam curvas de aceleração positiva e negativa.
Capacidades
As capacidades estão ligadas com a realização de algo. Por isso, as capacidades
são qualidades da personalidade que permitem ao indivíduo realizar uma actividade
com eficiência.
Também pode-se definir como conjunto de aptidões existentes no indivíduo.
A Capacidade de um indivíduo realizar uma actividade é produto socio-hiostórico
individual.
Capitulo IV
Desenvolvimento e Aprendizagem
Conceito de desenvolvimento
O desenvolvimento é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do
seu ciclo de vida. É um processo multidimensional que engloba os aspectos físicos
(crescimento), fisiológicos (maturação), psicológicos (cognitivos e afectivos),
sociais (socialização) e culturais (aquisição de patrões culturais e de pensamento,
isto é, valoras, normas e papeis).
O sector da Psicologia que estuda a dinâmica dos processos psíquicos e suas
manifestações nos diferentes estágios de desenvolvimento é a Psicologia de
Desenvolvimento.
Factores que influenciam o desenvolvimento humano
Vários factores indissociados e em permanente interacção afectam todos os
aspectos do desenvolvimento. São eles:
Hereditariedade- A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou
não desenvolver-se. A hereditariedade modela o que é exclusivamente a cada
pessoa. Nossos genes têm algo a dizer sobre uma capacidade de aprendizagem e
se somos ou não propensos a depressão. Existem pesquisas que comprovam os
aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a inteligência pode desenvolver-se
além do seu potencial dependendo das condições do meio.
Crescimento orgânico: - refere-se ao desenvolvimento nos seus aspectos físicos de
aumento das dimensões em especial, peso e altura. O amadurecimento da altura e a
estabilização do esqueleto permite ao indivíduo comportamentos e um domínio do
mundo que antes não existiam.
Maturação - Designa o processo fisiológico por meio do qual a hereditariedade actua
após o nascimento. Portanto, refere-se ao grau de prontidão funcional dos diversos
sistemas do organismo, nomeadamente do SN. É o que torna possível determinado
padrão de comportamento. Exemplo: A alfabetização das crianças depende da
maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo com as mãos é necessário um
desenvolvimento neurofisiológico que a criança de 1 ou 2 anos não tem.
Meio: o meio engloba todos os elementos externos que intervêm no
desenvolvimento de um indivíduo. O conjunto de influências e estimulações
ambientais altera os padrões de comportamento do indivíduo. Por exemplo se a
estimulação verbal for muito intensa, uma criança de 3 anos pode ter um repertório
verbal maior do que a média das crianças da sua idade, mas ao mesmo tempo, pode
não subir e descer com facilidade uma escada, porque esta situação pode não ter
feito parte da sua experiência. Desde o início da vida, o meio começa a actuar sobre
o novo ser. Exemplo: os bebés de mães toxicodependentes (em heroína e cocaína,
por exemplo) podem tornar-se dependentes da droga ainda no útero materno,
apresentando, ao nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietações, vómitos,
convulsões, insónias. A ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode
provocar sindroma alcoólica fetal: problemas de coordenação motora, anomalias
faciais, inteligência subnormal. Também mães que vivem numa crise emocional
grave, os movimentos do feto aumentam mais significativamente e os bebés podem
apresentar grande instabilidade e excesso de choro, durante a primeira infância.
O Modelo Walloniano
Wallon analisa o desenvolvimento humano numa perspectiva dialéctica e
sócio-emotiva, em interacção entre a natureza e a cultura. Procurando abranger o ser
humano na sua complexidade global, as delimitações dos estádios
afectivo-cognitivos, segundo Wallon, são menos rígidos.
Sumariamente temos os seguintes estádios:
1) Estádio Impulsivo e emocional (1o ano): inicialmente caracteriza-se pela
actividade impulsiva e reflexológica, que prepara o aparecimento do estádio
emotivo, onde predominam comportamentos afectivos que constituem o modo
dominante de relacionamento da criança com o meio envolvente, com a mãe e,
num sentido mais amplo, com o meio familiar.
2) Estádio Sensório- motor e projectivo (1o – 3o ano): a actividade do sujeito
começa a centrar-se em si mesmo, para depois incidir sobre os objectos ou as
pessoas, levando a exploração do mundo circundante e a imitação e
representação.
3) Estádio do personalismo (3o – 6o ano): a criança descobre-se a si mesma como
distinta dos outros, tomando consciência do seu próprio corpo. Considerando-se
o centro do mundo, usa inicialmente se estratégias agressivas e posteriormente
mais conciliadoras e insinuantes.
4) Estádio Categorial (6o – 11o ano): a criança sente-se mais pacificada
sócio-afectivamente, o que permite maior desenvolvimento cognitivo e
linguístico, surgindo o pensamento categorial que permite comparações,
distinções, maior capacidade de representação e um certo domínio de tempo que
permite programar-se e contemporizar (acomodar-se as circunstâncias).
5) Estádio da Puberdade e da Adolescência (11o – 16o ano): caracteriza-se pela
crise de um sentimento de instabilidade motivada fundamentalmente por
transformações somáticos e fisiológicas, pelo despertar de uma maior
consciência de si e pela entrada na dimensão social de um mundo mais
determinante: o da criança e o da idade adulta.
O Modelo Piageciano
No estudo do desenvolvimento humano, Piaget fixa-se particularmente, nos
processos cognitivos (do conhecimento) e procura encontrar um modelo capaz de
explicar a sua génese, a sua estrutura e as suas transformações.
Para Piaget, o ser humano relaciona-se com o meio onde se insere, adaptando-o a si
e adaptando-se a ele, através da assimilação (incorporação ou interiorização das
experiências aos esquemas de acção e aos esquemas operatórios existentes) e
acomodação (resposta de Conhecer as particularidades individuais dos seus
educandos e,o sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio), numa
interacção dinâmica constante de equilíbrios sucessivos e progressivos.
A vida psíquica desenvolve-se através da troca entre o sujeito e o meio, o
conhecimento advém das interacções sujeito / objecto. O comportamento do
indivíduo, a inteligência, resulta de uma construção progressiva do sujeito em
interacção com o meio.
∙ Assimilação: Organismo (sujeito) «««««««« meio
∙ Acomodação: Organismo (sujeito)»»»»» «»» meio
∙ Adaptação: Organismo (sujeito) «««««««« meio b»»»»»«»»
Esquemas de acção: estruturas perceptivo-motoras que podem reproduzir ou
generalizar.
Esquemas operatórios (conceptuais): são estruturas conceptuais marcadas pela
reversibilidade mental.
Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual faz-se desde as reacções reflexas
inatas até a fase adulta. Este processo desenvolve-se ao longo de 4 estádios:
Estádio Sensório-motor (0-2 anos): a inteligência centra-se na resolução de
problemas práticos ou de acção (procurar algo escondido, alcançar uma bola).
Trata-se de um período de construção do real através dos esquemas do objecto
permanente e outros.
Estádio Pré-operatório (2-7/8anos): tem início a reversibilidade. A criança já domina
a linguagem e se torna capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica,
representar objectos e imagens.
Estádio operatório concreto (operações concretas) - 7/8 -11/12 anos: a criança
adquire a transitividade (capacidade de dedução) e a conservação (permanência de
um objecto e das suas propriedades, para além de alteração das partes). As crianças
dominam noções lógicas e abstractas e são capazes de efectuar operações mentais
como matemáticas.
Estádio operatório formal ou do operações formais (11/12 –16 anos): surge o
pensamento hipotético-dedutivo. Quando as crianças se deparam com um problema,
são capazes de rever todas as formas possíveis de resolver, examinando
teoricamente de maneira a chegar a uma solução. -
De acordo com Piaget, os primeiros três estádios de desenvolvimento são
universais, mas nem todos adultos alcançam o estádio operatório formal. O
desenvolvimento deste tipo de pensamento esta dependente, em parte, do processo
de escolarização. Os adultos com educação limitada tentam a continuar em termos
concretos e reter largos traços de egocentrismo (a criança relaciona tudo consigo
mesmo e fecha-se do resto do mundo na medida em que atribui tudo as suas
capacidades), ou seja, é o entendimento pessoal que o mundo foi criado e pela
incapacidade de compreender as relações entre as coisas. A criança não
compreende o ponto de vista do outro porque se centra no seu ponto de vista. O
egocentrismo está presente em frases como: há vento porque estou com muito
calor, a noite vem quando é para ir a cama.
O Modelo Bruneriano
Bruner estuda o desenvolvimento na sua relação com a aprendizagem no processo
educativo e no quadro social de um determinado sistema de valores, de uma cultura
que passa através dos mecanismos da linguagem.
Numa perspectiva de desenvolvimento, Bruner é autor de três estádios:
∙ Estádio de representação activa: predomina a acção. A criança “representa” o
mundo circundante através da acção traduzida em respostas de natureza
sensório -motora como: andar, agarrar, tocar…A criança age sobre os objectos
ou situações que lhe são presentes.
∙ Estádio de representação Icónica: a criança representa o mundo circundante
através de imagens. Corresponde, em parte, ao período pré-operatório
piageciano.
A criança adquire a capacidade de representar os objectos ausentes, singulares e
concretos, na sua imagem.
∙ Estádio de representação simbólica: O sentido de representação simbólica
deve ser compreendido na relação com a linguagem. A linguagem só é
possível a partir de uma dimensão simbólica. A linguagem desenvolve-se
progressivamente no próprio processo de desenvolvimento. É a famosa
espiral de articulação de desenvolvimento e da aprendizagem passa pela
linguagem sem a qual não é possível compreender o processo de acção
educativa.
Algumas características que indicam as linhas de força do modelo Bruneriano de
desenvolvimento
O desenvolvimento intelectual caracteriza-se por uma crescente independência de
respostas em relação aos estímulos;
O desenvolvimento depende da evolução de um sistema de processamento de
informação e de armazenamento interno para descrever a realidade e da aquisição
de um sistema simbólico para representar, extrapolar, levantar novas hipóteses…
O desenvolvimento cognitivo envolve uma capacidade crescente de dizer a si próprio
e aos outros, por meio da linguagem, o que se faz e o que se fará.
Para que o desenvolvimento cognitivo se processe normalmente são necessárias
interacções sistemáticas entre educador e educando.
A linguagem é a chave do desenvolvimento cognitivo
O desenvolvimento humano só é compreensível no seu contexto sócio cultural.
Questões de Reflexão
1. Qual das teorias ou modelos é mais interessante e melhor se adapta ao estudo do
desenvolvimento humano?
2. Em que medida é que esses modelos, interessam no processo educativo?
Possíveis Respostas:
Ser mais ou menos interessante, adaptar-se melhor ou pior, depende do que se
quiser fazer com cada um desses modelos. Se analisar a génese, as transformações
e a estrutura dos processos cognitivos, o modelo piageciano pode ser o mais
interessante e adaptar-se melhor. Se se quiser analisar o desenvolvimento humano
numa perspectiva mais de maturação bio-psíquica e global e na interacção social,
talvez seja de adoptar o modelo Walloniano; se se quiser estudar o desenvolvimento
humano a partir da interacção dos impulsos das pulsões do Id e do seu controle pelo
Ego e pelo superego na formação e determinação da estrutura da personalidade do
sujeito, o modelo freudiano poderá trazer vantagens e; se quiser estudar
desenvolvimento humano no quadro da cultura, através de ferramentas da
linguagem, em busca do espírito humano e numa perspectiva educativa, o modelo
Bruneriano e a abordagem de Vigotsky será mais aconselhável e assim por diante.
De qualquer modo, embora os modelos sejam diferentes, são complementares.
No processo educativo as diferentes tarefas devem ser devidamente estruturadas e
programadas mas não podem esquecer a estrutura e as capacidades do sujeito num
determinado estádio de desenvolvimento.
Capitulo V
Teorias de Aprendizagem
A teoria provém de hipóteses, comprovadas total ou parcialmente e não de opiniões
pessoais, subjectivas. E para que a teoria seja útil, deverá modificar-se com o
progresso da ciência, permanecendo constantemente submetida à críticas de novos
factos e de novas relações verificadas. As teorias de aprendizagem constituem
explicações gerais que disciplinem o pensamento, quanto para a compreensão
teórica, quanto para a aplicação.
Algumas teorias de Aprendizagem
Nem todos os estudiosos têm o mesmo conceito de aprendizagem. Alguns
acentuam o aspecto externo de modificação do comportamento, outros destacam o
papel da construção pessoal, experiencial; uns preocupam-se mais com o processo
de aprendizagem e outros com o resultado desse processo.
Diferentes conceitos estão na base de diferentes teorias. As teorias de
aprendizagem podem classificar-se em:
1) Teorias Behavioristas ou do tipo Estímulo- Resposta
2) Teorias cognitivas
3) Teorias Humanistas.
1. Teorias Behavioristas
Por Behaviorismo entende-se um estudo científico, puramente objectivo, do
comportamento humano. Esta corrente de pensamento, entende a aprendizagem
como uma mudança no comportamento, que resulta da prática do fazer,
experimentador. Assim, o aprendido deve se expressar em comportamentos
observáveis, exteriorizáveis, passíveis de mensuração, e esses comportamentos
serão controlados pelas suas consequências.
1.1. Teoria conexionista da aprendizagem
A Teoria Conexionista ou Associacionista da aprendizagem, de Edward Lee
Thorndike, considera a aprendizagem consiste em estabelecer uma conexão, ao
nível do sistema nervoso, entre estímulo e reacção, conseguida após uma tentativa e
erros. No Associacionismo tradicional, a conexão se fazia entre ideias e no
Associacionismo moderno as conexões ou associações se fazem entre células
nervosas, pelo mecanismo das sinapses.
Com base em várias experiências, Thorndike enuncias as suas três leis da
Aprendizagem que giram a volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a
um esforço que é recompensado. São elas:
O Cognitivismo
Preocupado em entender o processo de conhecimento do mundo do homem, o
cognitivismo ou Construtivismo, envolve uma análise de processos mentais
superiores, com o acto de conhecer, com a cognição, interessa-se em analisar como
o ser humano conhece o mundo, os fenómenos da consciência.
O Cognitivismo também é conhecido por Construtivismo, na medida em que entende
que o conhecimento não nasce com o indivíduo, nem é dado pelo meio social, mas
construído pelo sujeito na interacção com o meio.
Preocupado com os aspectos cognitivos da aprendizagem, o cognitivismo defende
que a aprendizagem não resulta de associação do tipo Estímulo-Resposta, mas
consiste numa mudança na estrutura cognitiva do sujeito ou na maneira como ele
percebe, selecciona e organiza os objectos e os acontecimentos e lhes atribui
significado. Portanto, o cognitivismo está preocupado com o processo de
compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações no
plano da cognição.
Assim, a aprendizagem é o processo de organização e de integração do material na
estrutura cognitiva.
A aprendizagem situa-se em dois pólos: as experiências anteriores e aquilo que o
sujeito quer alcançar. A aprendizagem é considerada como actividade funcional,
criadora, exploradora.
A aprendizagem pressupõe uma mudança interior, resultante da experiência do
sujeito na sua interacção com o meio envolvente.
3. 1. Dewey e a pedagogia de projecto
John Dewey (1859-1952) é um pedagogo, psicólogo e filósofo americano, que
marcou a educação com ideias criativas e radicais, tecendo fortes críticas à escola
tradicional divorciada da vida. Foi o mentor do movimento progressista da “ escola
nova”. Dewey defendia que que a criança não é um adulto em miniatura, mas um ser
em desenvolvimento, em transformação. O autor é considerado o pioneiro da
pedagogia de projecto, da escola como comunidade educativa democrática do
aprender a aprender.
Educar, para Dewey, não é transmitir conhecimentos, mas levar a criança a
desenvolver as suas tendências naturais. Dewey pretendia centrar a aprendizagem
nos interesses da criança e fomentar uma investigação através da pedagogia de
projecto. Considerando que as crianças têm uma tendência natural para a pesquisa,
Dewey afirma que a pedagogia de projecto cria hábitos e fomenta a aquisição de
processos de pesquisa e de resolução de problemas.
3. 2. Bruner
Jerome Bruner define a aprendizagem como sendo um processo activo do sujeito
que aprende. O sujeito aprendente guarda e organiza a informação recebida. O
conhecimento se adquire através do levantamento de problemas, de hipóteses que
avançam e se verificam e de descobertas que se fazem. Depois de se adquirir o
conhecimento, este é organizado em categorias e relaciona-se com o conhecimento
antes adquirido.
Assim, o aluno vai construindo o seu conhecimento através do ensino por
descoberta, que pressupõe actividades de pesquisa, observação e exploração,
análise de problemas e resultados, integração de novos dados em conceitos
anteriormente adquiridos e princípios mais gerais, explicações causa e efeito ou
outras que ajudem a estabelecer relações. É um ensino que pressupõe, da parte do
professor, uma capacidade de lançar perguntas que despertam a curiosidade,
mantenha o interesse, provoquem e desenvolvem o pensamento, de forma geral,
uma aprendizagem activa.
O ensino, para Bruner, deve estar voltado para a compreensão das relações entre
factos e entre ideias, única forma de garantir a transferência do conteúdo aprendido
para novas situações.
A teoria de Bruner assenta em 4 princípios fundamentais:
O Primeiro princípio de Bruner: Motivação
∙ A motivação especifica as condições que predispõem um indivíduo para a
aprendizagem. Nos princípios de Bruner está implícita a crença de que quase
todas as crianças possuem uma “ vontade de aprender ” inerente, mas põe
relevo o reforço. Bruner acredita que o reforço ou recompensa externa, pode
ser importante para iniciar determinadas acções ou para assegurar que estas
sejam repetidas. O autor insiste, contudo que só através da motivação
intrínseca (curiosidade, competência, reciprocidade – necessidade de
trabalhar em cooperação com os outros) se sustem a vontade de aprender.
3.5 Piaget
Uma das principais contribuições de Jean Piaget constitui em demostrar a existência
de estruturas cognitivas, que são adquiridas durante o desenvolvimento
ontogenético, e a sua interpretação da aprendizagem é feita nessa perspectiva de
concepção geral do desenvolvimento.
A aprendizagem, para Piaget, é um processo normal, harmónico e progressivo, de
exploração, descoberta e organização mental, em busca de equilibração da
personalidade.
O modelo da equilibração constitui a formulação teórica realizada, no sentido de
tentar demonstrar como ocorrem mudanças no desenvolvimento do indivíduo,
propiciando-lhe a aprendizagem (a mudança ou aquisição de estruturas cognitivas.
A concepção construtivista de Piaget parte da tese de que o conhecimento não
depende apenas do sujeito, nem só do objecto. As estruturas da inteligência não são
apenas inatas, mas produto de uma construção contínua do sujeito agindo sobre o
meio. Piaget atribui ao indivíduo um papel activo do indivíduo na construção do
conhecimento e propõe a seguinte dialéctica:
Estruturas mentais Experiências, Segundo o seu o modelo biológico, o homem é
guiado pela busca de equilíbrio entre as necessidades biológicas fundamentais de
sobrevivência e as agressões colocadas pelo meio para a satisfação dessas
necessidades.
Nessa relação, a organização é o mecanismo que permite ao homem ter condutas
eficientes para atender às necessidades, isto é, a sua demanda de adaptação. A
adaptação envolve a Assimilação e acomodação. Portanto, o desenvolvimento
intelectual, segundo Piaget, resulta da construção de um equilíbrio progressivo entre
assimilação e acomodação, o que propicia o aparecimento de novas estruturas
mentais. A Assimilação consiste em integrar ou interiorizar a experiência do meio
ambiente onde está inserido, ou seja, acrescentar novos elementos a um conceito ou
esquema. A Acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação, a
resposta do sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, grau de
adaptação aos estímulos externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de
respostas mecânicas.
No processo de aprendizagem podem ser destacadas duas fases:
∙ De Assimilação: esta fase já poderá produzir um fenómeno de aprendizagem,
sob a forma de transferência de reacção, como ocorre no processo de
condicionamento, em que a reacção a um excitante incondicionado passa a
ser produzida por um excitante novo.
∙ De acomodação: corresponde ao processo de a aprendizagem sub a forma,
mais geral, de modificação do esquema de reacção propriamente dito, sob o
efeito de êxito. Portanto, graças a experiência, que se torna anterior diante de
uma situação posterior, é conseguida a satisfação da necessidade.
3.6. Vigotsky
Para Vigotski, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. Não há
como apreender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece os
significados que permitem pensar o mundo a nossa volta.
Vigotsky considera o desenvolvimento é um processo que se dá de fora para dentro.
É no PEA que ocorre a apropriação da cultura e consequente desenvolvimento do
indivíduo. A linguagem humana, sistema simbólico fundamental na mediação entre
sujeito e objecto de conhecimento, serve para o intercâmbio social e para a
formação de conceitos, compartilhados pelos usuários dessa linguagem. O
pensamento verbal não é uma forma de pensamento natural e inata, mas resulta de
um processo histórico-cultural, pois os conceitos são formados, são internalizados
através das relações culturais, no decorrer do desenvolvimento do indivíduo.
5. Movimento humanista
A perspectiva da junção de todos os elementos da consciência no acto de aprender
vai estar presente nas correntes teóricas chamadas Humanismo.
Surgido a partir dos trabalhos de Abraham Maslow, o humanismo se propôs a ser
uma terceira força, contrapondo-se a Behaviorismo e a Psicanálise.
Para o humanismo, há uma tendência natural do ser humano a aprender, a aumentar
os seus conhecimentos; contudo a aprendizagem somente se torna significativa
quando contribui para a auto-realização do sujeito.
Por ver o sujeito aprendiz como uma totalidade, entende o acto de aprender como
envolvimento não somente a cognição, mas também os aspectos afectivos e as
acções.
Taxionomia de Bloom
Objectivos Cognitivos
Os objectivos do domínio cognitivo estão relacionados com o conhecimento e
habilidades intelectuais dos alunos. O domínio cognitivo é que tem ocorrido a
maioria das actividades em desenvolvimento curricular e onde se encontra as mais
definições claras de objectivos em termos de comportamento do aluno. Este
domínio especifica uma sequência de seis níveis ou tempos:
Conhecimento (conhecimentos básicos ou essenciais): envolve a evocação de
informações, ideias, material ou fenómeno. O aluno irá reconhecer ou recordar
informações, ideias e, princípios ne formam em que foram aprendidos. Exemplo de
verbos: Escreva, liste, nomeie, diga, defina...
Compreensão: Refere-se a apreensão ou entendimento tal, que o indivíduo conheça
o que esta sendo comunicado, ou seja, consiste em captar o sentido diracto ou
significado de uma comunicação de um fenómeno e compreender a essência do
conteúdo através da transferência, interpretação. O aluno traduz, compreende ou
interpreta informação com base em conhecimento prévio. Exemplo de verbos:
Explique, Resuma, Parafraseie, Descreva, ilustre...
As perguntas requerem que o aluno pense em termos mais abrangente, que mostre
uma compreensão mais profunda e explique por suas próprias palavras. Ex: Explique
o significado de... Argumente porque...
Aplicação: uso de abstracções em situações particulares e concretas. As
abstracções podem apresentar-se sob a forma de ideias gerais, regras de
procedimentos, princípios técnicos, teorias que devem ser recordados e aplicados. O
aluno selecciona, transfere, e usa dados e princípios para completar um problema ou
tarefa. Exemplo de verbos: use, resolva, demonstre, aplique, construa...
Análise: desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou partes
constituintes.
A capacidade de analisar o material pode ser avaliada através da verificação se os
alunos conseguem identificar os pressupostos subjacentes a um argumento ou
debate através do pensamento crítico para permitir a separação de factos das
opiniões e comparar teorias. O aluno distingue, classifica, e relaciona pressupostos,
hipóteses, evidências ou estruturas de uma questão. Exemplo de verbos: analise,
categorize, compare, contraste, separe...
As perguntam são concebidas para pedir aos alunos que decomponham a matéria e
examinem as partes componentes. Ex: Em que se assemelham as teorias x e Y e em
que diferem?
Síntese: combinação de elementos e partes de modo a formar um todo. Isso envolve
o processo de trabalhar com peças, partes, elementos, dispondo-os e
combinando-os para que constituem um padrão ou estrutura que antes não estavam
claramente evidentes. Isto significa contribuir com algo de novo, reunir ideias para
construir uma nova teoria, ir além do conhecido, proporcionar novas formas de
compreender. O aluno cria, integra e combina ideias num produto, plano ou proposta,
novos para ele. Exemplo de verbos: crie, elabore, invente, desenvolva...
As perguntas devem levar o aluno para além do conhecimento presente. Ex:
Descreva as duas principais teorias, e mostre como é que podem ser combinadas.
Avaliação: Julgamento sobre o valor do material e dos métodos para os propósitos
determinados.
O princípio básico de avaliação deste nível consiste no desenvolvimento de
competências de avaliação crítica. As perguntas são concebidas para levar o aluno a
avaliar ideias de acordo com um conjunto explícito e detalhado de razões. O aluno
aprecia, avalia ou critica com base em padrões e critérios específicos. Exemplo de
verbos: julgue, critique, justifique, recomende.
Ex: Compare e contraste as teorias x e y de acordo com os seguintes princípio.
Escreva uma crítica cuidada de teorias x e y. Pormenorize os seus pontos fortes e
fracos. Justifique a sua conclusão.
2º Requisito: Condição
Este requisito indica com que materiais ou objectos trabalha o aluno e que prova se
lhe propõe, e especifica que auxiliar ou recursos podem utilizar ou lhe estão
vedados.
Exemplo: Consultando dicionário; Dispondo de uma bola; Com uma calculadora...
Conteúdos
Conteúdo é o que esta contido num campo de conhecimento. Envolve informações,
dados, factos, conceitos, princípios e generalizações. Acumuladas pela experiência
do homem, em relação a um âmbito ou sector da actividade humana. Portanto, o
conteúdo da aptrendizagem é os conhecimentos. Os conhecimentos são imagens
subjectivas de fenomenos e processos da realidade e existem em forma de
imaginações, noções e depoimentos sobre os fenómenos e processos. O
conhecimento de algo é o saber dum facto.
Classificação dos conhecimentos com base na Psicologia de Aprendizagem
Conhecimentos de factos: são informações sobre coisas, sobre suas qualidades e
relações. São conhecimentos sobre fenómenos e processos da natureza e da
sociedade e têm um significado fundamental para a acção do homem. Ex: O
professor ensina os alunos; este é o professor de matemática.
Conhecimentos de regularidades: são informações sobre relações causa-efeito entre
os factos, os fenómenos.
Conhecimentos de procedimentos: indicam os passos a seguir na realização de
actividades. São as informações que indicam como operar. Com base nos
conhecimentos de procedimentos faz-se desenvolver no indivíduo hábitos e
habilidades.
Ex: Como se acha o menor múltiplo comum; como se analisa uma frase, como se
manejam os instrumentos de desenho...
Conhecimentos de valores: são informações sobre os padrões relacionados com
todos os aspectos da vida incluindo o comportamento. A decisão, se algo é correcto
ou errado, se corresponde às necessidades sociais e pessoais, depende do saber
sobre os valores e significados políticos, morais... Os conhecimentos de valores
desenvolvem no indivíduo certos ideais, qualidades de comportamento, convicções.
Conhecimentos de normas: são informações sobre como se devem regular as
relações humanas, princípios morais, como se comportar. Estes conhecimentos têm
relação com a moral, a política de cada sociedade, a cultura e a tradição. Fazem com
que o indivíduo desenvolva qualidades de comportamento.
Na escola, em cada disciplina encontramos todos estes conhecimentos para o
desenvolvimento integral da criança. Os conhecimentos não existem isolados uns
dos uotros. Eles formam sistemas de conhecimentos porque os fenómenos e
processos na realidade existem sempre em conexão.
Numa outra classificação (classificação geral), os conhecimentos podem ser:
Conhecimentos científicos: são conhecimentos comprovados através da ciência, da
investigação. A tarefa do professor é levar o aluno a adquirir conhecimentos
científicos de tal forma a adquirir sistema de conhecimentos.
Conhecimentos empíricos: são conhecimentos que resultam das vivências pessoais.
Ex: O camponês por certos sinais pode chegar a conclusão que nesse ano haverá
seca ou chuva.
Os Conhecimentos empíricos servem de base para a formação de conhecimentos
científicos.
Os conhecimentos também podem ser classificados de acordo com os diferentes
campos de actividades:
1) Conhecimentos matemáticos
2) Conhecimentos económicos
3) Conhecimentos geográficos
4) Conhecimentos Pedagógicos
5) Conhecimentos Jurídicos, e.t.c.
Selecção de conteúdos
A selecção de conteúdos esta vinculada, directamente, a determinação de quais
conteúdos são considerados mais importantes e significativos para serem
escolhidos e trabalhados numa determinada realidade e época, em função dos
objectivos propostos.
Para isto, devemos estar atentos para escolher conteúdos que sejam:
∙ Os mais significativos dentro do campo do conhecimento;
∙ Os que despertam maior interesse nos estudantes;
∙ Os mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do aluno;
∙ Os mais úteis em relação a resolução que o aluno tenha de tomar;
∙ Os que podem ser aprendidos dentro das limitações de tempo e recursos
disponíveis.
Critérios de selecção de conteúdos validade Flexibilidade Significação Possibilidade
de Utilidade
Elaboração pessoal
Validade:
O critério de validade requer que os conteúdos seleccionados sejam dignos de
confiança e representativos. Exige que a estrutura essencial que caracteriza estes
conteúdos reflicta, tanto quanto possível, a utilização da disciplina da qual fazem
parte. A actualização é um aspecto a ser considerado. Os conteúdos nunca deveram
ser seleccionados como definitivos e imutáveis, isto porque a ciência revisa,
constantemente, suas conclusões, e o conhecimento aumenta em ritmo acelerado.
Flexibilidade:
O critério de flexibilidade diz respeito às alterações que se podem realizar em
relação aos conteúdos seleccionados para o trabalho a ser realizado. A escolha deve
ser feita de tal modo que possibilite a cada professor fazer modificações,
adaptações, renovações ou enriquecimentos, a fim de atender às necessidades
próprias da classe, de cada aluno, do próprio conteúdo e da realidade imediata.
Significação:
O critério significação está relacionado ao campo experiencial do aluno. Um
conteúdo terá significado para o aluno quando, além de despertar interesse, leva-o a
aprofundar o conhecimento por iniciativa própria.
Possibilidade de elaboração pessoal:
Refere-se à recepção, assimilação e transformação da informação pelo próprio
aluno. Implica manejo intelectual que os estudantes devem fazer do conteúdo
aprendido, a fim de favorecer as experiências pessoais.
Utilidade:
O critério de utilidade leva a atender directamente o problema do uso posterior do
conhecimento em situações novas. Na selecção de conteúdos, ele estará presente
quando se harmoniza os conteúdos seleccionados para o estudo, com as exigências
e características do meio em que vivem os alunos.
A formação de Noções
Como se adquire o conhecimento?
O conhecimento começa a partir das sensações (características isoladas dos
objectos) até chegar a noção / conceito (conhecimento conceptual).
A noção é produto de reflexo das qualidades gerais e essenciais dos objectos e
fenómenos da realidade. As características essenciais dos objectos e fenómenos
formam o conteúdo de uma noção. Portanto, a noção é um agrupamento dos
objectos em categorias ou classes.
Os conhecimentos começam com as sensações a partir das características isoladas
dos objectos. A actuação dos analisadores (órgãos dos sentidos) fazem surgir a
sensação.
As sensações são directas e produzem percepções também directas. As sensações
e percepções deixam sinais ao indivíduo, dão-nos conhecimentos sensoriais,
produzem imagens com certas características.
As imagens não são sensações nem percepções. Elas apresentam-se sob a forma
de esboço.
As imagens são plásticas e dão-nos algumas características mais ou menos gerais
do objecto.
Ex.:o desenho (imagem) de uma árvore não dá imagens mais ou menos gerais do
que a palavra árvore.
Na palavra árvore estamos perante as noções. As noções são abstractas e dão
características ou conhecimentos mais profundos dos objectos.
Sensações directas (concreto)
No ensino devemos partir do conhecimento sensorial para o conhecimento
conceptual.
A reunião mental ou agrupamento dos objectos faz-se na base das características
comuns, invariáveis, essenciais, relevantes ou principais.
Na definição de uma noção ignoram-se as características não comuns, não
essenciais, irrelevantes, secundárias.
As noções formam-se na base da generalização e abstracção.
Ao abstrair pomos de lado todas as qualidades não essenciais de um grupo de
objectos ou fenómeno e destacamos as essenciais.
A generalização reúne objectos ou fenómenos no concernente às características
comuns e essenciais em categorias.
As características essenciais abstraem-se das não essenciais através da análise e
síntese (por exemplo em forma de comparação) e generalizam-se como
características, que são comuns para um grupo de objectos.
Com base no conteúdo da noção podemos definir o número de objectos ou
indivíduos que fazem parte dessa noção, isto é, cada noção engloba um certo
número ou quantidade de objectos que se realiza com base no conteúdo.
Motivação
Motivo e Motivação
A palavra motivo significa aquilo que faz mover, actua como é uma condição interna
que leva o indivíduo a persistir num comportamento orientado para um objectivo. O
motivo é causa das acções. Em consequência, motivar significa provocar
movimento, actividade no indivíduo. Motivação será, portanto, o processo que
conduz tais condições.
A motivação é um processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o
impulsiona a agir mental ou fisicamente em função de algo. A motivação resulta no
interesse, concentração da atenção, actividade produtiva e eficiente da classe. A
falta de motivação conduz a problemas disciplinares, aborrecimento, fadiga e
aprendizagem pouco eficiente.
Só aprende quem quer aprender. Esta é a primeira lei da educação. Você pode,
talvez, ensinar uma pessoa contra sua vontade. Fazer isso, porém não é
aconselhável. A esse desejo de aprender os educadores e psicólogos chamam
motivação.
A motivação envolve duas coisas: (1) saber o que se deve aprender e (2) entender
por que tal aprendizagem é conveniente. Se houver esses dois elementos da
motivação, o processo da aprendizagem pode ter um bom início.
Para compreender o valor da motivação, reflicta sobre sua própria experiência.
Talvez tenha acompanhado um amigo a uma conferência na qual você não tivesse o
menor interesse, e, além disso, não visse nenhuma utilidade nem para si mesmo
nem para o seu trabalho. Você sentou-se, ouvindo atenciosamente, mas sem
entusiasmo e sem interesse. Ao reflectir sobre tal experiência, o que você acredita
que tenha mudado em seu comportamento em consequência desta experiência?
Provavelmente nada.
Confronte essa experiência com outra. Você tem uma oportunidade de progredir.
Isso significa elevação de status, melhor salário, melhores condições de trabalho. O
supervisor reúne um grupo de possíveis candidatos para este posto. Você é um
deles. A palestra começa. Desta vez você não tem nada de apático. Você ouve
atentamente. Captar cada palavra, reflectir sobre elas significam seu futuro. Em tal
situação não há dúvida quanto à sua motivação. Trata-se de uma palestra, como a
outra que você assistiu, mas que diferença de reacção / Você está motivado, não há
dúvida; está motivado porque quer aprender.
A maioria dos psicólogos acha que algum tipo de motivação seja talvez o único
elemento mais importante para uma aprendizagem eficiente. É o factor que
impulsiona para uma situação na qual outros factores do processo de aprendizagem
podem começar a operar e finalmente combinar-se para levar a eleito a
aprendizagem total.
Tipos de Atenção
Voluntária: forma-se de forma intencional para certos objectos.
Involuntária: é provocada por estímulos fortes do exterior ou do interior.
Distracção: surge quando o indivíduo não consegue a sua atenção para um objecto.
Há instabilidade da actividade psíquica que se manifesta em vários objectos, não se
concentrando num único objecto.
A concentração focaliza toda a intensidade de sua atenção numa situação
específica de aprendizagem. A motivação é claro, ajuda nesse processo de
focalização; mas a natureza altamente energética da concentração é fundamental.
Não confunda, por exemplo, o simples prestar atenção com a complexidade da
concentração. Fazer essa confusão é perder o sentido das coisas e deixar de
compreender o carácter singular da concentração.
Concentração produz resultados. Há bastante diferença, por exemplo, entre a
quantidade da aprendizagem que uma pessoa adquire num período de treinamento,
quando apenas presta atenção, e quando se concentra totalmente no que está sendo
apresentado pelo professor. Você está realmente aprendendo quando devota toda a
energia mental que possui, na aprendizagem, de um determinado assunto.
Infelizmente, a relação entre aprendizagem e atenção não é directamente
proporcional. Cinquenta por cento de atenção não resulta em 50 % de aprendizagem
e assim por diante. Aliás, a curva da aprendizagem desce na maior parte do período
de pouca atenção e sobe abruptamente nos limites máximos da concentração. Onde
a simples atenção cessa e começa a concentração, a curva sobe quase
verticalmente; a partir daí, quanto mais intensa a concentração, mais rápida e
eficiente a aprendizagem.
Na ausência de concentração, o material apresentado tende a fixar-se apenas
vagamente. A impressão pode ser suficientemente clara para a pessoa entender o
que está sendo visto ou ouvido, mas não suficientemente forte para causar
impressão vivida e duradoura.
Todos tivemos a experiência de ler uma página inteira, palavra por palavra, sem reter
o mínimo do que se leu. Essa condição resulta, com frequência, da falta de
concentração e ilustra a importância desse factor em todo o processo de
aprendizagem.
4. Organização
O propósito da aula, portanto, é ajudar o aluno a reunir as informações e os
procedimentos para compor a habilidade em um todo lógico e significativo. Quando a
aula consegue isso, ela alcançou muito no sentido de tornar a aprendizagem uma
experiência criadora e significativa.
Alguns fatos bem apresentados, um objetivo claramente delineado é melhor do que um
conjunto de informações confusas. A mera distribuição de conhecimento importa menos
do que a relação lógica do conhecimento com o todo organizado e completamente
integrado.
Tomar um conjunto de dados não-relacionados, observar uma situação complexa, ouvir
relatórios confusos e transformar esses elementos isolados, num quadro significativo é a
qualidade de um executivo ou de um bom professor. Assim com a qualidade de um bom
aluno reside na capacidade de tomar fatos e habilidades não-relacionados e convertê-los
em forma eficiente de trabalho. Tanto o executivo como o professor, ou o estudante,
todos empregam técnicas organizacionais como meio conveniente de resolver
problemas. A organização converte a matéria bruta da aprendizagem em forma
construtiva para se alcançar o objetivo educacional.
5. Compreensão
Compreensão significa, literalmente, reter na mente, isto é, apreender mentalmente
sentidos, significados, implicações e aplicações que tornam uma situação compreensível
para o aluno. Ver o que algo significa, apreender o seu significado, é o objetivo e a
8. Diferenças individuais
As diferenças individuais são de vária ordem. Alguns alunos bem dotados do que
outros possuem maior ou menor capacidade de memorizar, atenção e raciocínio,
força de vontade. Possuem essas qualidades de forma diferente, suas aquisições e
realizações na vida escolar variam, como também as técnicas de ensino.
Entre as diferenças existentes entre os indivíduos, as que interessam ao professor
são: desenvolvimento físico, desenvolvimento mental, motivações pessoais,
experiências anteriores, interesses, preferências e a capacidade geral de aprender.
O professor deve identificar os alunos com dificuldades de aprendizagem a fim de
prestar uma atenção especial. Sem prejudicar os alunos de nível mais elevado, é
preciso elevar o nível de instrução dos menos aptos.
Importância
- A memória é condiçào do progresso intelectual: não haveria evoluçào dos nossos
conhecimentos se à medida que os adquirissemos, os perdessemos;
- A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter
as palavras e o seu sentido;
- Permite aperfeiçoar os nossos actos;
- A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso
passsado e permite incorporar no “eu” o que se vai leccionando, para organização da
personalidade.
- Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. O esquecimento
é o fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o passado.
Factores do esquecimento:
Vastidão da matéria
Irrelevância do conteúdo
Falta de interesse
Doenças da memória
O tempo (as repetiçòes devem ser curtas): a primeira repetiçào deve ser na aula.
Cansaço
O papel do significado
A matéria fixa-se mais rapidamente quando o aluno compreende o conteúdo. Por
isso, o ensino deve ser compreensível.
Segundo Ebbinghauss quanto mais tem diminuir as repetições, maior é o
esquecimento. Portanto, o esquecimento é maipr logo o periodo após a seguir a
aprendizagem. Ele recomenda que é preciso começar cedo com as repetiçòes e os
exercícios. Mas as repetições devem ser bem estruturadas. Os exercícios fazem o
aluno entrar profundamente na matéria, servem quando bem orientados para
reforçar a auto-confiança dos alunos.
Também uma aula anterior activa seguida de uma aula menos activa os alunos não
fixa os conhecimentos. E uma actividade muito intensiva seguida de uma aula pode
haver dificuldades de retenção.
O Desenvolvimento Moral
O desenvolvimento psicológico moral diz respeito ao processo de progressiva
complexificação do raciocínio subjacente ao juizo sobre o bem / mal, justo / injusto.
Os teóricos de desenvolvimento moral enfatizam o de em que enfatiza o papel activo
do indivíduo no processo de produção de si próprio como sujeito moral e do seu
próprio desenvolvimento.
Anexo: O desenvolvimento do racicínio moral depende do desenvolvimento
interpessoal e do desenvolvimento cognitivo. Para atingir um determinado estádio
do desenvolvimento moral deve ocorrer a aquisição dos estádios correspondentes
do desenvolvimento interpessoal e cognitivo, os quais são condição necessária,
embora não suficiente, para que se verifique um determinado nível de complexidade
de funcionamento moral. O desenvolvimento moral influencia támbem o
desenvolvimento cognitivo no sentido de que o pensamento lógico se torna mais
crítico adquirindo um novo conteúdo e um significado mais lato perante a
capacidade progressiva de juízo moral.
Implicações Pedagógicas
O sistema de Kohlberg é, de muitas maneiras, uma crítica ao ensino tradicional. O
ensino devia incidir-se em cada indivíduo decidir os seus próximos valores a atingir.
A escola, como ambiente educativo tem, um papel decisivo no processo de
desenvolvimento, ora estimulando-o ora retardando-o ou estagnando-o. Se no
passado ela teve um impacto reduzido no desenvolvimento interpessoal e moral dos
alunos a nova realidade educativa impõe inquestionalmente objectivos de
desenvolvimento pessoal e social e torna-se necessário explicitar o curriculum
oculto da escola, as aprendizagens e as experiências que os alunos realizam ou não.
As escolas devem encorajar os valores determinados pelo indivíduo em vez dos
ditados pela sociedade.
Os professores devem ser um padrão de referência para as crianças, pois a
educação moral refere-se fundamentalmente ao desenvolvimento do carácter moral
dos alunos incutido pelos professores. A educacão moral deve ser ensinada
explicitamente na escola. As ciências morais devem ser ensinadas na literatura.
Assim, a disciplina e o desenvolvimento moral podem constituir parte integrante de
programas educacionais positivos. Podem introduzir-se nas aulas debates sobre
dilemas 4
Primeiro nível existe uma desordem total na crianca, aquilo k a crianca faz e normal,
o especialista de aprendizagem deve acompanhar as crianças fazendo correcoes
positivas, e a crianca vai aprendendo.
morais usando títulos de artigos de jornais, casos do dia-a-dia, questões morais
populares.
Como é que a moral se desenvolve?
Existe uma relação entre o desenvolvimento moral e a frmação do carácter
(qualidades ou manifestações exteriores do indivíduo que são constantes, estáveis,
duradoiras. Ex: um indivíduo agressivo.
O caracter resulta da avaliação de expetactivas que as pessoas têm com o sujeito.
Ex: a criaça que habitualmente leva porrada ela acha que é bom bater.
O princípio moral aquire-se através da educação cívica ou educação moral. A
educação moral pode existir como disciplina assim como nos diversos textos. A
educação moral também é feita por outras instituições como a Igreja.
Também tem a ver com a educação do caracter disciplinar. Um indivíduo
disciplinado será aquele que é obediente, obedece normas morais. Mas a obediência
pode ser só feita para evitar castigo, para agradar um grupo, conhecimento da causa
e o efeito das acções.
As obediência cega, sem conhecimento da causa-efeito é negativa. O preciso
desenvolver a consciência no aluno mostrando porque um determinado acto é
negativo. Os castigos corporais devem ser eliminados ou evitados na escola (no
ensino).
Como avaliar?
A elaboração dos questões pode variar quanto :
À actividade mental
À redacção
Quanto à actividade mental, a elaboração dos questões baseia-se na taxionomia de
Bloom no que diz respeito ao domínio cognitivo. Assim temos:
Quetões de Conhecimento (conhecimentos básicos ou essenciais): envolve a
evocação de informações, ideias, material ou fenómeno. O aluno irá reconhecer ou
recordar informações, ideias e, princípios ne forma em que foram aprendidos.
Exemplo de verbos: Escreva, liste, nomeie, diga, defina...
Quetões de Compreensão: Refere-se a apreensão ou entendimento tal, que o
indivíduo conheça o que esta sendo comunicado, ou seja, consiste em captar o
sentido diracto ou significado de uma comunicação de um fenómeno e compreender
a essência do conteúdo através da transferência, interpretação. O aluno traduz,
compreende ou interpreta informação com base em conhecimento prévio. Exemplo
de verbos: Explique, Resuma, Parafraseie, Descreva, ilustre...
As perguntas requerem que o aluno pense em termos mais abrangente, que mostre
uma compreensão mais profunda e explique por suas próprias palavras. Ex: Explique
o significado de... Argumente porque...
Quetões de Aplicação: uso de abstrações em situações particulares e concretas. As
abstrações podem apresentar-se sob a forma de ideias gerais, regras de
procedimentos, princípios técnicos, teorias que devem ser recordados e aplicados. O
aluno selecciona, transfere, e usa dados e princípios para completar um problema ou
tarefa. Exemplo de verbos: use, resolva, demonstre, aplique, construa...
Quetões de Análise: desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou
partes constituintes.
A capacodade de analisar o material pode ser avaliada através da verificação se os
alunos consequem identificar os pressupostos subjacentes a um argumento ou
debate através do pensamento crítico para permitir a separação de factos das
opiniões e comparar teorias. O aluno distingue, classifica, e relaciona pressupostos,
hipoóteses, evidências ou bestruturas de uma questão. Exemplo de verbos: analise,
categorize, compare, contraste, separe...
As perguntam são concebidas para pedir aos alunos que decomponham a matéria e
examinem as partes componentes. Ex: Em que se assemelham as teorias x e Y e em
que diferem?
Quetões de Síntese: combinação de elementos e partes de modo a formar um todo.
Isso envolve o processo de trabalhar com peças, partes, elementos, dispondo-os e
combinando-os para que costituam um padrão ou estrutura que antes não estava
claramente evidentes. Isto significa contribuir com algo de novo, reunir ideias para
constuir uma nova teoria, ir além do conhecido, proporcionar novas formas de
compreender. O aluno cria, integra e combina ideias num produto, plano ou proposta,
novos para ele. Exemplo de verbos: crie, elabore, invente, desenvolva...
As perguntas devem levar o aluno para além do conhecimento presente. Ex:
Descreva as duas principais teorias, e mostre como é que podem ser combinadas.
Quetões de Avaliação: Julgamento sobre o valor do material e dos métodos para os
propósitos determinados.
O princípio básico de avaliação deste nível consiste no desenvolvimento de
competências de avaliação crítica. As perguntas são concebidas para levar o aluno a
avaliar ideias de acordo com um conjunto explícito e detalhado de razões. O aluno
aprecia, avalia ou critica com base em padrões e critérios específicos. Exemplo de
verbos: julgue, critique, justifique, recomende.
Ex: Compare e contraste as teorias x e y de acordo com os seguintes princípio.
Escreva uma crítica cuidada de teorias x e y. Pormenorize os seus pontos fortes e
fracos. Justifique a sua conclusão.
Um teste deve manter equilíbrio de questões de diferentes níveis.
Quanto à redacção (tipos de provas para verificação da aprendizagem)
as questões podem ser objectivas e subjectivas.
Provas subjectivas: são aquelas que dão maior liberdade ao aluno na resposta.
Alguns tipos de questões subjectivas são os seguintes:
Enumere
Esboce
Diferencie
Compare
Explique
Discuta
Desenvolva
Sintetize
Avalie
Vantages:
, avaliar e criticar Relactivamente fáceis de serem organizadas
Podem ser rapidamente escritas no quadro de escrever
Não exigem grande número de questões
Possibilitam ao aluno organizar seu pensamento e apresentá-lo subjectivamente
Avaliam a capacidade de interpretardo aluno
Desvantagens:
Ressente-se de uma amostra adequada
Podem não ser ser representativas do rendimento do aluno
Valorizam mais a habilidade de redacção do que o conteúdo
A correção é difícil, reflecte a influência de factores pessoais do professor que a
corrige
Gastam muito tempo e energia do aluno e do professor
Provas objectivas: são aquelas que exigem questões inequívocas. Envolem
respostas muito curtas.
Sugestões gerais para a organização de testes objectivos
Os aspectos mais importantes da matéria devem constar no teste;
Deve-se evitar a dificuldade de leitura dos itens, a menos que a finalidade do teste
seja medir a capacidade de leitura ou vocabulário. Os itens do teste devem medir o
que o aluno sabe sobre o assunto;
Todos os itens do mesmo tipo devem ficar reunidos;
Todos os itens que tratam de um certo tópico devem ser reunidos;
Os itens do teste devem ser enunciados de modo a serem respondidos, mais pelo
conteúdo do que por sua forma;
Um iten não deve revelar pistas para outro e a capacidade para responder um certo
item não deve depender da capacidade de responder um que antecedeu;
As questões de ”algibeira” (descobrir armadilhas) devem ser evitadas
As respostas certas devem ocorrer numa ordem determinada pelo acaso;
As instruções devem ser completas e os exemplos claros
Tipos de Avaliação
curtos da matéria.
Avaliação somativa / sumativa: visa essencialmente atribuir uma nota ou
classificação no final de alguma actividade ou aprendizagem, servindo-se de testes,
de exames orais ou de outros processos. A avaliação sumativa incide sobre
segmentos ja vastos da matéria, selecciona pontos relevantes desses segmentos
para avaliação.
A Inteligência
Noção de Inteligência
Formas de Inteligência
Funções da Inteligência
Inteligêncioa geral e Específdica
Formas de Inteligência
Há duas formas principais formas principais de inteligência:
Inteligência prática: é uma funçào de adaptação, virada para a acção, é ela que dá
solução aos problemas que correspondem à satisfação das necessidades da vida; é
própria do homem prático, artesão e técnico que tem por fim construir instrumentos
e inventar todosn os meios necessários à acção. É uma inteligência virada a
actividade prática.
Inteligência teórica ou especulativa: leva o homem a pensar por meio de conceitos, a
investigar as razões, a julgar e a raciocinar. É própria do homem de ciência.
Funções da Inteligência
A inteligência desempenha três funçòes básicas: adaptação, compreensão e
invenção.
Adaptação: só é inteligente, quando é consciente e refletida. A adaptação inteligente
a uma situação supõe a compreensão de tal situação (outra função da inteligência).
Compreender é, tornar a realidade inteligível e racional, conhecer a sua razão de ser,
o seu sentido e significado.
A compreensão conduz à “ ideia ” capaz de resolver situações ou problema em
questão. A descoberta desta ideia chama-se invençào. A invenção esta ligada a
criação artística, aperfeiçoamento técnico, progresso científico ( descoberta de
teorias), novas formas que transforme o real.
Inteligência geral e Específica
Composição da Inteligência
Teorias Factoriais
- A teoria dos dois factores (teoria bifactorial)
Segundo esta teoria, existem dois factores que compo~em a inteligência (Factor G e
Factor S). O factor G existe em qualquer em qualquer actividade e o factor S requere
um raciocínio específico.
Inteligência geral: é o grau de eficiência que cada indivíduo possui para exercer as
funções de adaptação, compreensão e invenção.
Esta inteligência, que exprime o nível mental de cada indivbíduo, varia de homem
para homem e manifesta-se em todos os actos da vida. SPERMAN, seu mentor,
defende que existem dois poderes que caracterizam a inteligência geral: o de
aprender relações entre as coisas e o de descobrir coisas que entre si têm relação.
Inteligência Específica: é a aptidão particular do indivíduo para determinado assunto,
pelo qual manifesta maior propensão. Não há duas pessoas com inteligência iqual,
pois cada um revela aptidões diversas: uns têm mais aptidõers para criar, uotros
para criticar, outros para expor, uns revelam interesse pelos aspectos teóricos e
outros para problemas práticos e.tc. É esta inteligência específica que se procura
determinar, através de testes de aptidões, com vista à orientação escolar e
profissional.
Estes dois poderes estabelecem uma relação entre si. Quanto mais numerosas
forem as relações, maior será a inteligência geral (Factor G).
HOWARD GARDINER considera que existem sete tipos de inteliigência com regras de
funcionamento próprias e que actuam de forma independente, daí a designação de
Teoria das inteligências múltiplas:
Inteligência linguística: aptidão verbal, mais concretamente as subtilezas de
significado.
Inteligência lógico-matemática: aptidão para raciocinar.
Inteligência espacial: aptidão para reconhecer e desenhar relações espaciais.
Exemplo: um indivíduo que se orienta com mapa numa viajem até chegar.
Inteligência musical: aptidão para cantar, tocar um instrumento, compor música.
Inteligência corporal-cinestésica: aptidão para controlar os movimentos de forma
adequada e harmoniosa , como dança, fazer atletismo, manipular e usar utencílios e
objectos, e.t.c.
Inteligência interpessoal: aptidão para compreender e responder adequadamente
aos outros
Inteligência intrapessoal: aptidão para se compreender a si próprio.
Medidas da inteligência
Causas da estagnação
- Causas endogenas: desarmonia fissiológica, perturbações anatómico-fisiológicas
ou deficiência cerebrais (Ex imbecis, problemas com epilepsia).
Os problemas de origem endógena não objecto da Psicologia de Aprendizagem mas
sim da Psicopatologia.
Causas exogenas: refere-se a desarmonia do sistema de condições de
desenvolvimento externas
Em geral, os principais factores que contribuem para o destúrbio de aprendizagem
são as condições físicas (alteração de audição, alteração da visão), condições
psicológicas (alterações de percepção, tempo de reacção, capacidade e ritmo de
aprendizagem) e factores ambientais.
Pai/filhos
Os pais podem criar insegurança na família. Se houver mau relaciuonamento Entre
os pais podem provocar insegurança na família.
Entre filhos
Esta relacionada com o número de crianças na família. Isso pressup~!oes prestar
atenção a toidas as crianças. Família com um único filho, os pais prestam maior
atençao à ele, podendo exibir mimos exagerados e dificltaa o desenvolvimento
pleno da sua personalidade ou mesmo mpostrar dificuldade3s de aprendizagem.
Também pode originar desarmonia e comportamentos anómalos quando os pais
prestão muta ateção a um determinado filho.
A Escola
Há Escola pode Sobre exigir ou sob exigir. A sobre-exiugência pode provocar
estagnaçào. Ë necerssári a realização de testes diagnósticos para se orientar sobre
o nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos. Se não tivermos em conta o nível
de desenvolvimento cognitivo dos alunos colocando subexigência, pode-se criar
desinteresse nos alunos.
Condição Escolar
Esta relacionado com o desenvolvimento do grupoo da turma. O grupo de turma tem
que ter normas, tarefas para o seu desenvolvimento. Se há um grupo
desoirganizxado, o professor deve organizar. Uma direcção ou professoires com
muito anos na mesma escola, permite manter a tradição da escola e desenvolver
relações interpessoais com a coimunidade. Se todos anos aparecem professores
novos, a tradiçào da escola pode desaparecer.