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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU

CURSO DE PSICOLOGIA

ANDRESSA ADRIELI QUAGLIOTTO


ANDRESSA THAIZE GROSSL
BRUNA HAINOSZ RUCHINSKI
JOSÉ CARLOS TOMAZ DE ANDRADE

TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS

UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2020
ANDRESSA ADRIELI QUAGLIOTTO
ANDRESSA THAIZE GROSSL
BRUNA HAINOSZ RUCHINSKI
JOSÉ CARLOS TOMAZ DE ANDRADE

TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS

Trabalho realizado e apresentado ao curso de


Psicologia do Centro Universitário Vale do Iguaçu –
UNIGUAÇU, pelos alunos Andressa Adrieli Quagliotto,
Andressa Thaize Grossl, Bruna Hainosz Ruchinski e José
Carlos Tomaz de Andrade, como requisito para avaliação
e obtenção de nota parcial na disciplina de Habilidades
Sociais, ministrada pela professora Amália Beatriz Dias
Mascarenhas, no 2o bimestre do 4o período.

UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 5
2.1 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM HABILIDADES SOCIAIS ........................... 6
3 ATIVIDADES E VIVÊNCIAS – APERFEIÇOANDO O
COMPORTAMENTO ................................................................................................... 8
3.1 1º ENCONTRO – INTEGRAÇÃO ......................................................................... 8
3.2 2° ENCONTRO – QUESTIONAMENTO E ATIVIDADE LÚDICA ................. 11
3.3 3º ENCONTRO – QUESTIONÁRIO COM OS PAIS ......................................... 15
3.4 4º ENCONTRO – DESPEDIDA .......................................................................... 17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 19
ANEXO 1........................................................................................................................20
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 22
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho realizado pelos alunos do 4º período do curso de Psicologia do


Centro Universitário do Vale do Iguaçu, para a disciplina de Habilidades Sociais, tem como
objetivo trazer de maneira prática os treinamentos vistos e teorizados durantes as aulas
realizadas pela plataforma Google Meet, ministradas pela professora Amália Beatriz Dias
Mascarenhas.
Podemos definir Habilidades Sociais como a maestria em um contato sociável, a
aptidão em comunicação e vivência em sociedade de maneira a facilitar e melhorar a
convivência com outros ao seu redor, não existe um padrão ou regra para exercer essas
habilidades em sociedade, elas são adaptáveis para cada situação ou ambiente, são exercidas de
acordo com as circunstância em que o indivíduo se encontra e qual o seu objetivo. De acordo
com Caballo (2003, p. 03), “o comportamento considerado apropriado em uma situação pode
ser, obviamente, impróprio em outra. O indivíduo leva à situação, também suas próprias
atitudes, valores, crenças, capacidades cognitivas e um estilo único de interação.”
O Treinamento de Habilidades Sociais consiste em uma série de procedimentos
realizados em determinados grupos ou indivíduo, de acordo com uma determinada
situação/precisão com a finalidade de melhoria da convivência social de um indivíduo que tenha
algum tipo de impedimento para as exercer de forma mais clara e habitual, o treinamento é
realizado por um profissional que tenha as habilidades para desempenhá-las de forma hábil e
corretas afim de aprimorá-las (CABALLO, 2003).
Caballo (2003, p. 181) descreve que,
“o THS encontra-se entre as técnicas mais potentes e mais frequentemente
utilizadas para o tratamento dos problemas psicológicos, para a melhoria da
efetividade interpessoal e para a melhoria geral da qualidade de vida”. O THS pode
ser definido como ‘um enfoque geral da terapia dirigido a incrementar a competência
da atuação em situações críticas da vida’”.

A Habilidade Social aprimorada nesse trabalho acadêmico é a habilidade de Resolução


de Problemas com crianças de 5 (cinco) anos em creches públicas e no âmbito familiar. Essa
habilidade é definida como a capacidade de solucionar conflitos, sejam agressivos ou não, de
maneira a tentar achar um meio termo ou uma outra alternativa para uma desavença que pode
tanto estar acontecendo no momento atual, no passado ou que possa acontecer no futuro. Essa
habilidade é essencial para uma vivência em sociedade em que existem opiniões adversas, para
evitar problemas com outros indivíduos e haver um equilíbrio com aqueles ao redor. (DEL
PRETTE e DEL PRETTE, 2005). Ao trabalhar com crianças em convivência de outras crianças
em uma limitada sociedade, essa habilidade pode ser melhorada para que a mesma consiga ter
4

uma vida atual e jovem/adulta mais equilibrada e, ao ser trabalhada tanto no ambiente escolar
quanto no familiar, pode trazer melhorias para a convivência dos residentes da casa e dos
alunos.
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2 DESENVOLVIMENTO

O processo de aprendizagem de habilidades e aperfeiçoamento da competência social


devem ocorrer de forma natural, através de interações sociais vividas ao longo da vida de um
indivíduo. Essas habilidades e competência social desenvolvem-se e aperfeiçoam-se, na
infância e adolescência, com ajuda de práticas escolares e familiares e na interação com
diferentes colegas. Essas práticas, porém, podem ocorrer de serem desfavoráveis na vida da
criança, resultando em déficits dessas habilidades ou competência (DEL PRETTE e DEL
PRETTE, 2011).
A sociedade atual está em constante mudança, exigindo novas aprendizagens e
conhecimentos de crianças e adolescentes, que vivenciam diariamente pressões de diferentes
grupos, regras socais contraditórias dentro de ambientes escolar e familiar, convivência com
diferentes valores, realidades violentas etc. Ao encarar e lidar com estes desafios, a criança
necessita do desenvolvimento de um repertório de habilidades sociais cada vez mais elaborado,
o que preocupa pais, educadores, e profissionais de saúde, que buscam ainda mais a promoção
de qualidade de vida e prevenção de problemas na infância e adolescência (DEL PRETTE e
DEL PRETTE, 2005).
As habilidades sociais, citadas anteriormente, são definidas por Del Prette e Del Prette
(2005, p. 32) como “diferentes classes de comportamentos sociais do repertório de um
indivíduo, que contribuem para a competência social, favorecendo um relacionamento saudável
e produtivo com as demais pessoas.” Ainda nessa obra, Del Prette e Del Prette (2005, p. 32)
definem o desempenho social como “qualquer tipo de comportamento emitido na relação com
outras pessoas. Ele inclui tanto os desempenhos que favorecem como os que interferem na
qualidade dos relacionamentos.”
Ainda que existam fatores causadores de déficits em habilidades e competência social,
a superação destes é algo possível, e se dá por meio de serviços especializados no campo da
Terapia ou da Educação. Os serviços utilizados “envolvem alternativas de intervenção, em
termos de procedimentos, técnicas e programas, cuja eficácia é geralmente aferida por meio de
pesquisa de intervenção, sob delineamento experimental ou quase experimental.” (DEL
PRETTE e DEL PRETTE, 2011).
Com o desenvolvimento de procedimentos e estratégias, tornou-se possível a
estruturação de Treinamentos de Habilidades Sociais (DEL PRETTE e DEL PRETTE, 2011),
que foi definido por Del Prette e Del Prette (2010, pg. 128) como:
Um conjunto de atividades planejadas que estruturam processos de
aprendizagem, mediados e conduzidos por um terapeuta ou coordenador, visando a:
6

(a) ampliar a frequência e/ou melhorar a proficiência de habilidades sociais já


aprendidas, mas deficitárias; (b) ensinar habilidades sociais novas significativas; (c)
diminuir ou extinguir comportamentos concorrentes com tais habilidades.

2.1 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM HABILIDADES SOCIAIS

As habilidades sociais são as habilidades que auxiliam os indivíduos a expressarem suas


atitudes, sentimentos, desejos e vontades de forma apropriada em seu convívio familiar, social
e profissional. Essas habilidades não condizem com aspectos pessoais, ou seja, não condiz com
as características pessoais do sujeito, mas sim com as comportamentais, sendo assim elas
ajudam o indivíduo a se expressar de forma coerente sem causar desconforto aos demais quando
exposto a uma determinada situação. A habilidade social de solução de problemas é
compreendida como um desenvolvimento de atitudes que envolvem os aspectos cognitivos,
afetivos e comportamentais, ou seja, é uma habilidade a qual faz com que o indivíduo reconheça
seus próprios pensamentos, sentimentos e atitudes para que assim se necessário possam ser
modificados. (CABALLO, 2003).
As tribulações das crianças podem ser coisas bem simples, como por exemplo, decidir
qual jogo vão jogar, com qual brinquedo vão brincar, qual desenho irão assistir ou até mesmo
com quem vão conversar. Porém em algumas vezes podem ser também algo mais complicado,
como por exemplo, como lidar com brincadeiras inoportunas ou até mesmo como alcançar uma
popularidade entre seus colegas. A partir do momento em que a criança vai crescendo e se
desenvolvendo novos desafios e novos problemas irão surgir, e o esperado diante disso é que
com a ampliação do repertório de suas habilidades sociais ela possa enfrentar e resolver tais
conflitos sem que precise do auxílio de seus pais ou cuidadores, ou que apenas solicite a ajuda
de tais para as situações de extrema dificuldade para ela. Algumas tribulações podem acabar
gerando uma ansiedade na criança e então ao invés do enfrentamento acaba gerando a fuga, o
não enfrentamento imediato e de forma satisfatória diante de uma determinada situação pode
levar a criança a ter dificuldades no ajuste ao ambiente, situações, pessoas, entre outros. Por
outro lado, o confronto satisfatório diante de determinadas situações, estimula no exercício das
habilidades levando ao destaque a habilidade de soluções de problemas. (PRETTE, 2005;
PRETTE, 2005).
No começo os programas de solução de problemas foram realizados de forma
independente do treinamento de habilidades sociais, alguns desses programas incluíam como
parte do processo as habilidades de expressividade emocional e as habilidades de autocontrole.
Então entende-se que a habilidade social de solução de problemas está ligada às demais
7

habilidades sociais complementando as habilidades de empatia e assertividade, dessa forma,


gerando uma satisfação pessoal do indivíduo e garantindo a manutenção da qualidade de
relação. As habilidades de solução de problemas estão ligadas a uma capacidade da criança de
lidar com o estresse e com isso diminuindo a impulsividade, gerando uma melhora significativa
na sua aptidão na fase da adolescência. (PRETTE, 2005; PRETTE, 2005).
8

3 ATIVIDADES E VIVÊNCIAS – APERFEIÇOANDO O COMPORTAMENTO

Com o intuito de treinar a habilidade social de resolução de problemas com 10 (dez)


crianças de 5 (cinco) anos de idade, serão realizados o total de quatro encontros, envolvendo as
crianças e os pais destas, propondo melhorar as habilidades dentro dos ambientes escolar e
familiar.
Em todos os encontros – exceto no encontro com os pais – serão realizados, nos
primeiros dez minutos, um exercício de relaxamento, que buscará diminuir a ansiedade dos
participantes e facilitar a espontaneidade e interação entre eles. No primeiro encontro, após o
relaxamento, será realizado uma roleta de apresentação, que terá como objetivo o melhor
conhecimento do grupo e interação destes. Todas as reuniões seguirão uma metodologia
parecida, que consiste na interação entre os membros, conversas e questionamentos sobre a
habilidade de solução de problemas e atividades lúdicas educativas. O terceiro encontro será
realizado com os pais ou responsáveis das crianças, consistindo em questionamentos sobre as
crianças e seus modos de interação e estabelecimento de novas contingências.
O tempo de cada encontro terá, em média, 01h10 de duração, podendo também haver
pequenas variações, dependendo da atividade realizada. As reuniões serão conduzidas pelos
dirigentes, os quais devem planejar e guiar as atividades realizadas, organizando-as conforme
o tempo e a participação dos membros.
O treinamento terá como objetivo geral a melhoria do desempenho social e
comportamental do grupo, trabalhando e desenvolvendo nas crianças a habilidade de solução
de problemas interpessoais, buscando o aperfeiçoamento de relações tanto escolares como
familiares.

3.1 1º ENCONTRO – INTEGRAÇÃO

Nº / nome Tempo Objetivo Material Descrição


Vivência previsto
1 20 min Diminuir a Rádio/Música Relaxamento
Relaxamento ansiedade relaxante progressivo de
Jacobsen (veja
Anexo 1)
9

2 20 min Integração do - Dois círculos


Roleta de grupo concêntricos com
apresentação igual número de
participantes.
Desenvolvimento:
As pessoas do
círculo exterior
olham para
dentro, e as do
círculo interior
para fora, e giram
em sentidos
contrários. O
facilitador bate
palmas, os
círculos param e
as pessoas que
ficarem frente a
frente começam a
se apresentar, e
falam um pouco
de si. Depois de
algum tempo, o
facilitador baterá
palmas
novamente e os
círculos giram
novamente, até
que todos tenham
se apresentado.”
(Soler, 2006,
p.71).
10

3 20 min Promover a - Pergunta-se às


Questionamento reflexão das crianças o que
crianças sobre o elas entendem por
que é a “resolver os
“Resolução de próprios
Problemas”. problemas”. Pede-
se também um
exemplo, caso a
criança perceba
que já tenha
presenciado isso
anteriormente.
3.2 2° ENCONTRO – QUESTIONAMENTO E ATIVIDADE LÚDICA

O segundo encontro terá como objetivo geral a interação entre membros e a


compreensão e o aperfeiçoamento da habilidade social de solução de problemas. Após o
relaxamento, será realizado um questionamento sobre soluções de problemas, que buscará a
compreensão das crianças sobre a habilidade e, logo após, será realizado uma atividade lúdica,
que colocará em prática a habilidade treinada.

Nº / nome Tempo previsto Objetivo Material Descrição


Vivência
1 20 min Diminuir a Rádio/Música Relaxamento
Relaxamento ansiedade relaxante progressivo de
Jacobsen (veja
Anexo 1)
2 20 min Análise do - Forma-se um
Questionamento próprio círculo
comportamento envolvendo
diante de todos os
problemas membros
interpessoais. presentes. É
questionado às
crianças como
as mesmas agem
diante de
situações de
problemas e
conflitos
interpessoais,
esclarecendo a
elas o que
seriam
problemas e
conflitos
12

interpessoais,
dando exemplos
de situações
com pais ou
responsáveis,
amigos, colegas
e/ou
professores.
Sugere-se que,
caso achem
necessário,
deem exemplos
de conflitos já
vivenciados.
3 30 min Conversar com Mesa e São colocadas
Atividade pessoas de Cadeiras. uma mesa e duas
Lúdica autoridade; cadeiras em um
fazer pedidos; local afastado do
avaliar, aceitar grupo. Duas
ou recusar crianças são
justificativas e escolhidas para
pedidos, serem os
desenvolver “professores”,
persistência, que serão
aceita e recusar, direcionados a
lidar com sentar-se nas
críticas (DEL cadeiras postas.
PRETTE e DEL O restante do
PRETTE, grupo será
2005). separado em
quatro duplas,
cada dupla
deverá se dirigir
13

aos professores,
elaborando e
discutindo uma
justificativa,
pedindo para
que os
professores
deixem as
crianças irem ao
parquinho
durante o
intervalo. Os
alunos
escolhidos para
serem os
professorem
serão instruídos
no início da
atividade a
recusarem
pedidos que
apresentam
solicitações
feitas de forma
arrogante, em
tom de voz alto,
demonstrando
desprezo ou
coerção ou em
solicitações
apresentadas de
forma adulada,
pouco sinceras
14

ou com
apelações. Caso
os professores
decidam não
aceitar o pedido
da dupla, ambas
as crianças
ficarão dentro da
sala de aula
durante o
intervalo. Ao
final da
dinâmica, as
crianças
apresentarão ao
grupo a forma
como seus
respectivos
pedidos foram
feitos, e assim, o
orientador
poderá discutir
com as crianças
a importância de
habilidades
como fazer e
recusar pedidos,
conversar com
autoridades,
argumentar,
rejeitar e aceitar
críticas.
3.3 3º ENCONTRO – QUESTIONÁRIO COM OS PAIS

Este encontro será realizado com os pais das crianças que estão apresentando problemas
com solução de problemas interpessoais.

Nº / nome Tempo previsto Objetivo Material Descrição


Vivência
1 10 min Integração do - Esse momento
Apresentação grupo será usado para
que os pais e
responsáveis das
crianças se
apresentem com
nome e
sobrenome e
falem os nomes
dos seus filhos.
Ex. Olá meu
nome é
Fernando Silva e
eu sou pai da
Laura.
2 25 min Integração do - É neste
Pais falam sobre grupo momento onde
os filhos perguntamos
aos pais sobre as
queixas que tem
sobre os filhos e
quais fatores
contribuíram
como fatores
para
comportamentos
16

que são
considerados
inadequados
(BARROS p. 82,

2008).
3 25 min Integração do - É questionado as
Pais grupo relações
estabelecem vivenciadas
novas pelos filhos,
contingências uma análise
sobre o
comportamento
dos pais e da
criança
enquanto filho
diferenciando
quais
comportamentos
dos filhos
podem ser
considerados
adequados e
quais são
inadequados
(BARROS p. 82,
2008).
3.4 4º ENCONTRO – DESPEDIDA

Nº / nome Tempo Objetivo Material Descrição


Vivência previsto
1 20 min Diminuir a Rádio/Música Relaxamento
Relaxamento ansiedade relaxante progressivo de
Jacobsen (veja
Anexo 1)
2 20 min Nova análise do - Forma-se
Questionamento próprio novamente um
comportamento círculo
diante de envolvendo todos
problemas os membros
interpessoais. presentes. É
questionado às
crianças como as
mesmas agem
diante de
situações de
problemas e
conflitos
interpessoais
agora que tem um
conhecimento
mais amplo sobre
o assunto.
3 20 min Promover - Pergunta-se
Questionamento novamente a novamente às
reflexão das crianças o que
crianças sobre o elas entendem por
que é a “resolver os
“Resolução de próprios
Problemas” e problemas”. Pede-
concluir se elas se também um
18

aprenderam ou exemplo, caso a


não. criança que agora
tem uma melhor
visão sobre o
assunto e pode
perceber situações
em que isso já
aconteceu.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acredita-se que, através do presente treinamento, seja possível o desenvolvimento da


habilidade social de Resolução de Problemas no público-alvo, e o aperfeiçoamento do
comportamento dos mesmos (crianças de cinco anos em creches públicas e no âmbito familiar).
Ao decorrer do trabalho, pode-se alcançar a compreensão do o quão importante é para
uma criança ter a capacidade de administrar e resolver os próprios problemas, seja com os
amigos, nas brincadeiras, entre outros. Constata-se que a habilidade de solução de problemas
está relacionada com outras habilidades sociais, como empatia e assertividade, por exemplo.
Quando desenvolvidas, essas habilidades geram à criança um sentimento de satisfação pessoal,
e garantem qualidade nas suas relações. Elas estão ligadas a uma capacidade da criança de lidar
com o estresse, e dessa forma, diminuir a impulsividade, gerando uma melhora significativa na
sua aptidão, tendo também reflexos positivos futuramente na fase da adolescência.
Sem dúvidas, o desenvolvimento do treinamento que será realizado aprofundou nosso
entendimento da teoria, ampliando sua compreensão, e servindo como base para futuros
estudos.
20

ANEXO 1

RELAXAMENTO PROGRESSIVO DE JACOBSON

Não é preciso imaginação nem força de vontade.

Retirar acessórios que estirem prejudicando a circulação.

Quanto mais segura a pessoa estiver do benefício que pode obter, maior ganho terá
com esta técnica.

O que combate o estresse é: Uma boa estrutura psicológica formada pela


capacidade em desenvolver atividades que estimulam reações antagônicas ao
estresse. Qualquer resposta que seja incompatível com a ansiedade pode ser
utilizada para combatê-la. O relaxamento estimula um padrão de resposta oposto ao
padrão ativado por situações estressantes.

Contrair ativamente um grupo muscular por 5 segundos e em seguida deixa-lo relaxar


por 10 segundos.

1- Mãos e antebraço dominante: Aperta-se o punho


2- Bicepes dominante: Empurra-se o cotovelo contra o braço da cadeira.
3- Mãos e antebraço não dominante: Aperta-se o punho
4- Bicepes não dominante: Empurra-se o cotovelo contra o braço da cadeira.
5- Testa e couro cabeludo: Contrair as sobrancelhas
6- Olhos e nariz: Aperta-se os olhos fechados enrrugando o nariz.
7- Boca e mandíbula: Cerram-se os dentes com os lábios distendidos.
8- Pescoço: Dobra-se para frente até tocar o peito com o queixo, para trás, direita
e esquerda.
9- Ombros peitos e costas: Ergue-se os ombros para cima e para trás tentando
juntar as omoplatas.
10- Estômago: Encolhe-se contendo a respiração, e solta-se contendo a respiração.
11- Perna e coxa direita: Tentar subir a perna esticando os dedos sem tirar o
calcanhar do solo.
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12- Panturrilha e pé direito: Dobra-se o pé para cima sem tirar o calcanhar do solo.
13- Perna e coxa esquerda: Tentar subir a perna esticando os dedos sem tirar o
calcanhar do solo.
14- Panturrilha e pé esquerdo: Dobra-se o pé para cima sem tirar o calcanhar do solo.

Para aprofundar mais repete-se toda a sequência, desta vez sem a indução do tensionamento,
mas somente o relaxamento dos músculos, que já deverão estar, pelo menos parcialmente,
relaxados. (Adaptado de Abreu, http://www.marisapsicologa.com.br/relaxamento.html).
REFERÊNCIAS

BARROS, Sibely K. S. N. Treinamento de Habilidades Sociais Para Pais de Crianças


com Queixas Escolares. Orientador: Prof. Almir Del Prette. Dissertação Pós Acadêmica (Pós
Graduação em Educação Especial) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos -SP,
2008. p. 257

CABALLO, E. V. Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. SÃO


PAULO: 2003, 408 p.

DEL PRETTE, A, DEL PRETTE, Z. A. P: Habilidades Sociais e Análise do


Comportamento: Proximidade histórica e atualidades. Perspectivas em Análise do
Comportamento, 2010.

DEL PRETTE, A, DEL PRETTE, Z. A. P: Habilidades sociais: intervenções efetivas em


grupo. SÃO PAULO, 2011.

DEL PRETTE, D. P. A. Z; PRETTE, D. A. Psicologia das Habilidades Sociais na Infância:


Teoria e Prática. RIO DE JANEIRO, 2005, 280 p.

RODRIGUES, Marisa C.; DIAS, Jaqueline P.; FREITAS, Márcia F. R. L. Resolução de


Problemas Interpessoais: Promovendo o Desenvolvimento Sociocognitivo na Escola,
2010.

BARROS, Sibely K. S. N. Treinamento de Habilidades Sociais Para Pais de Crianças


com Queixas Escolares. Orientador: Prof. Almir Del Prette. Dissertação Pós Acadêmica (Pós
Graduação em Educação Especial) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos -SP,
2008. p. 257

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