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TREINAMENTO DAS
HABILIDADES
SOCIAIS
CONTEÚDO
• O que são habilidades sociais................................................................................................ ...............4
• A importância do treinamento das habilidades sociais....................................................................5
• O que é desempenho social..................................................................................................................6
• Como atingir a competência social......................................................................................................7
• Automonitoria..........................................................................................................................................8
• Treinamento de Habilidades Sociais........................................................................................... .........10
• Classes de habilidades sociais...............................................................................................................13
• Civilidade................................................................................................................... ...............................15
• Comunicação...........................................................................................................................................16
• Empatia...................................................................................................................... ...............................17
• Expressão de sentimento positivo......................................................................................................18
• Assertividade................................................................................................................ ...........................19
• Profissional...............................................................................................................................................20
• Anexos – treinamento de habilidades sociais para adultos............................................................21
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SOBRE A AUTORA
Talita Grippe Candido Pires – Psicóloga clinica com abordagem em Terapia Cognitivo Comportamental,
graduada pela Instituição Fundação Educacional de Fernandópolis – Faculdades Integradas de Fernandópolis, S.P. E
Pedagoga, graduada pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
É especialista em Neuropedagogia Aplicada à Educação Infantil pela Faculdade de Tecnologia Paulista e em
Aconselhamento Familiar pela Universidade Adventista de São Paulo (UNASP). Capacitada em Psicodiagnóstico e
Distúrbios de Aprendizagem e a Educação Inclusiva pelo Portal Educação.
Realiza atendimentos clínicos na cidade de Machado, MG, bem como consultoria escolar e orientação
vocacional/profissional e atua na rede municipal como pedagoga.
CRP 04/51195
Contatos:
Cel/Wats: (35)999632816
E-mail: talitapires.psico@gmail.com
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Caballo (2006) chama de Habilidades Sociais “… um conjunto de comportamentos emitidos por
um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou
direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais,
e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação enquanto minimizando a probabilidade
de futuros problemas“.
O QUE SÃO Quando interagimos com as pessoas, aumentamos nosso repertório de comportamentos e
HABILIDADES somos o que somos dependendo das nossas interações ao longo da vida, desde bebê. A
mudança de comportamento da pessoa irá depender muito de suas interações, pois o
comportamento é aprendido e dinâmico.
SOCIAIS? As habilidades sociais são aprendidas no ambiente que as pessoas se inserem, principalmente
durante a infância e adolescência. A maior parte dessa aprendizagem é feita com o outro, com
ênfase nas figuras parentais na primeira infância e o grupo de pares na adolescência, tendo
situações externas como reforçadoras, no sentido positivo ou negativo.
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PORQUE É IMPORTANTE O TREINAMENTO DE
HABILIDADES SOCIAIS
• As habilidades sociais devem ser treinadas e aprendidas para se ter um ambiente, quer seja
profissional, escolar, social ou familiar mais estável e amplo, pois os relacionamentos serão
consistentes.
• Quem tem as habilidades sociais bem desenvolvidas consegue distinguir as formas especificas
de atuação em cada ambiente e/ou situação e ter melhor domínio sob sua linguagem verbal e
não verbal – que também é de extrema importância. Dessa forma, a pessoa terá um
desempenho social efetivo.
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O QUE É DESEMPENHO SOCIAL?
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COMO ATINGIR A
COMPETÊNCIA SOCIAL?
Entende-se que a pessoa é competente socialmente quando seu
desempenho social atinge o objetivo da interação, mantem e melhora a
autoestima dos envolvidos e a qualidade da relação, contribui para o
equilíbrio do poder entre os interlocutores e respeita ou amplia os
direitos humanos nos envolvidos. Para tanto, é necessário a auto
monitoria do próprio comportamento. (observar, descrever, interpretar
e regular), a fim de o alterar e modular – autorregulação.
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AUTOMONITORIA
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AUTOMONITORIA
• Observar
• Descrever
• Interpretar
Auto regulação
• Regular
Mudança de comportamento
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O treinamento em Habilidade sociais irá auxiliar na escolha de
comportamentos que irão favorecer as interações.
TREINAMENTO PASSOS
DE
HABILIDADES
SOCIAIS – 1- Fazer uma avaliação através de observação e técnicas a fim de verificar qual ou quais
habilidades sociais a pessoa (ou grupo) precisa de treinamento. Essa avaliação pode ser feita
2- Após a análise e correção do (s) instrumento(s) aplicado (s) é o momento de levantar dados
para o desenvolvimento do THS. Através da indicação de quais habilidades sociais precisam ser
treinadas e acordo com a demanda do grupo ou de acordo com os resultados da pessoa (se no
caso for atendimento individual), é possível realizar um planejamento de treinamento.
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TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS
• Com os instrumentos de avaliação será possível verificar
quais habilidades sociais precisam ser treinadas.
Provavelmente não será preciso fazer treinamento de todas
em um único paciente ou grupo.
• Se a dificuldade da pessoa for um lugar específico ou com
pessoas especificas, incentivar a realização das tarefas no
lugar e com a pessoa em questão, pois é um DESAFIO! Ele
pode realizar todos no mesmo dia ou cada dia um.
• A cada habilidade a ser treinada, o terapeuta deve explicar
o que é tal habilidade, bem como enfatizar a
importância de se tronar competente socialmente,
ou seja, desenvolver habilidades sociais não somente para si,
mas para o bem do próximo e sucesso nas interações.
• É necessário sempre enfatizar a importância da
automonitoria, para que entenda e verifique no seu dia-a-
dia a necessidade de mudar algum comportamento
• Estão disponibilizados em anexo, materiais que dão suporte
à prática do THS. 11
TREINAMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS
O número de sessões varia de acordo com a quantidade de habilidades sociais que serão treinadas, mas
a sugestão é de 5 a 12 sessões (1 ou 2 para cada habilidade, dependendo da ocasião), de 50, em que
serão realizadas atividades das habilidades especificas que serão treinadas, sempre começando pela
menos complexa para o paciente até a mais complexa.
Depois dessa fase, combinar 2 sessões de igual tempo a cada quinze dias para monitoramento
(principalmente daquelas habilidades em que encontrou maior dificuldade). No final do último encontro
o(s) participante(s) faz uma avaliação do treinamento, respondendo ao *Questionário de avaliação- THS
(esse questionário é mais utilizado no caso de treinamento coletivo).
Uma semana após o último encontro será aplicado novamente o instrumento que foi aplicado no início,
a fim de verificar as mudanças de comportamentos nas suas interações e avaliar se o cliente atingiu a
competência social.
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CLASSE DE HABILIDADES SOCIAIS – ADULTOS
3- Empatia: É a habilidade
2- Comunicação: A comunicação não é emocional que se implica de forma
1- Civilidade: É a habilidade que diz composta apenas pelo que falamos e fundamental na esfera social.
respeito às interações curtas e ouvimos. Grande parte do que emitimos Constitui a essência da manutenção
podem ser comparadas com gatilhos aos outros são sinais não verbais.A de boas relações interpessoais. De
comunicação não verbal envolve o olhar e o acordo com o dicionário é a
educacionais, como: cumprimentos, contato visual, o sorriso, a expressão facial,
capacidade de agradecer e dizer por a gestualidade, a postura corporal, os
capacidade de compreender outra
favor. Estas habilidades capacitam o movimentos com a cabeça, o contato físico pessoa. A empatia é a chave de
indivíduo saber adequar os e a distância que mantemos de nossos todas as virtudes. É a base emocional
comportamentos civis, básicos e interlocutores. Muitas vezes, emitimos esses da conduta moral, favorecedora das
elaborados, de acordo com os sinais naturalmente, sem perceber. Assim, relações humanas, da habilidade para
pode acontecer de você falar uma coisa e identificar e validar os sentimentos
contextos culturais e situacionais. seu corpo sinalizar outra para as pessoas
Elas podem ser entendidas como a que te cercam, comprometendo
das pessoas que nos rodeiam. É ela
expressão comportamental das significativamente a sua capacidade de se que nos permite compreender as
regras mínimas de relacionamento expressar. Modular os comportamentos não situações e as influências que tem
aceitas e/ou valorizadas em uma verbais é importante, sendo que a melhor nas nossas formas de se comportar.
determinada subcultura, além de dica que eu poderia dar é que você seja Quando estamos preocupados com
verdadeiro consigo mesmo em relação ao o bem-estar do outro,
expressarem cortesia durante a que faz e fala. Pessoas com altas habilidades
interação. sociais sabem a importância de ser honesto,
consequentemente teremos atitudes
já que, assim, o corpo não as trai. mais honestas, sensíveis e coerentes
com os demais.
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CLASSE DE HABILIDADES SOCIAIS – ADULTOS
4- Expressão de sentimento positivo: é a expressão daquilo que sente de bom pelos
outros, pelas situações e momentos. Demonstrar o quanto gostou de algo, o quanto gosta de
alguém, ser solidário, demonstrar afeto sem receios. É importante expressar sentimentos, pois
isso significa que há autoconhecimento e boa capacidade em lidar com as emoções.
6- Profissional: é ter características necessárias no trabalho e/ou atividade que exerce, tais
como liderar um grupo, falar em público, mediar conflitos, encontrar soluções, bem como, ter
bom relacionamento interpessoal.
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CIVILIDADE
Atividades que podem ser realizadas:
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COMUNICAÇÃO
Atividades que podem ser realizadas:
Tarefa de casa:
Da mesma forma que na habilidade anterior.
Lançar desafios para a próxima semana. 16
EMPATIA
Atividades que podem ser realizadas:
18
ASSERTIVIDADE
Atividades que podem ser realizadas:
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ANEXO I
Entrevista inicial
1- Você costuma usar com frequência locuções como por favor, obrigada,
desculpa...? Usa normalmente, em excesso ou raramente?
2- Tem facilidade em agradecer e fazer elogios?
3- Costuma cumprimentar a todos ou aqueles que conhece? Geralmente
tem a iniciativa de cumprimentar ou esperar pelo gesto do outro?
4- Como é para você iniciar uma conversa e mantê-la por um tempo mínimo?
Costuma fazer isso ou espera a ação dos outros?
5- Quando alguém faz algo bom ou ruim, você dá algum retorno sobre o que
achou da atitude? Costuma pedir a opinião dos outros sobre aquilo que
faz?
6- Você é capaz de identificar seus próprios sentimentos? E dos outros?
7- Quando alguém lhe conta algo ruim, ela consegue perceber sua
compreensão e preocupação?
8- Você se considera capaz de assumir a perspectiva do outro e conseguir
orientar e/ou acolher de maneira positiva?
9- Faz amizade facilmente? Geralmente toma a iniciativa de fazer novos
amigos ou espera do outro?
10- Você se considera alguém solidário? Porque?
11- Gosta de dar e receber carinho? O que é mais fácil ou prefere (dar ou
receber)?
12- Consegue expressar seus sentimentos (positivos ou negativos) de forma
clara às pessoas?
13- Consegue manifestar sua opinião em publico e/ou para pessoas em
especial?
14- É capaz de expressar acordo ou desacordo em determinadas situações?
(discussões, debates em sala, conversas aleatórias)
15- Como você lida com criticas? Geralmente aceita, discute, explica...?
16- Geralmente o que faz quando se sente com raiva ou desagrado? Costuma
calar-se e “apagar o assunto”, calar-se e retomar em outro momento, ou
fala ainda que seja ofensivo, pois precisa resolver o assunto?
17- Quando alguém faz algo que não gosta, você pede que pare ou mude seu
comportamento? De que forma faz isso?
18- Quando precisa pedir ou dar alguma ordem a subordinados, como
comunica? E quando precisa recusar algum pedido?
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19- Quando percebe que precisa terminar um relacionamento (amoroso),
consegue fazer com facilidade ou prefere continuar e esperar a atitude do
outro?
20- No trabalho (ou escola) geralmente costuma coordenar/liderar grupos?
21- Quando acontece uma situação no ambiente de trabalho, você costuma
mediar conflitos? E quando é uma situação familiar ou de amizade?
22- Tem dificuldades em tomar decisões? Em qualquer situação ou em
alguma específica?
23- Quais suas maiores dificuldades ao lidar com as pessoas?
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ANEXO II
Avaliação comportamental das habilidades sociais
Componentes paralinguisticos
Volume da voz
Entonação
Timbre
Fluência
Velocidade da fala
Clareza
Tempo da fala
Componentes verbais
Conteúdo
Humor
Atenção pessoal
Perguntas
Respostas a perguntas
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ANEXO III
MODELO A-P-S-C
Esse modelo é muito utilizado nas terapias cognitivas comportamentais. Parte do
principio de que o ambiente influencia a forma que interpreto os pensamentos, que
consequentemente traz um sentimento, que culmina no comportamento.
É interessante trabalhar com o paciente esse modelo, pois é uma forma didática dele
entender tal processo e conseguir modificar suas crenças e pensamentos automáticos,
a fim de modelar seu comportamento. Inicialmente pode ser oferecido um exemplo
qualquer a ele e depois é o momento de pedir para que ele faça o esquema, com alguma
situação real da sua vida. Primeiro é feito um esquema do que realmente aconteceu
com relação aos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Em seguida é realizado
um novo esquema, onde o paciente reflete melhor na sua forma de pensar, verifica a
validade desses pensamentos e vê outras possibilidades de interpretar, alterando assim
seus sentimentos e consequentemente seu comportamento também. Esse exercício
pode ser realizado várias vezes conforme a necessidade abordando diferentes
situações. Pode também ser passado como tarefa de casa, pois é importante que o
paciente aprenda a fazer esse esquema de forma que ao se habituar com o mesmo o
fará de forma automática, sem precisar de papel e caneta e terá melhores resultados
em situações conflitantes.
Esquema inicial:
A P S C
Ambiente: peça Pensamento: peça Sentimento: peça Comportamento:
para relatar uma que fale como que fale como se peça que conte o
situação que interpretou tal sentiu naquela que fez quando se
aconteceu com ele situação, o que situação, quais sentiu dessa forma
recentemente ou pensou a respeito emoções teve, EX: chorei o dia
aquela que mais do que aconteceu. quanto tempo todo, não quis mais
lhe perturba EX: será que ela durou, qual foi a sair de casa, deletei
EX: Estava está com raiva de intensidade... ela como amiga nas
passando na rua e mim porque não fui EX: muita raiva, redes sociais, liguei
ao cumprimentar na casa dela tristeza, pedindo
uma pessoa que aquele dia? Acho melancolia, desculpas...
conheço, a mesma que ela está brava solidão, foi
não respondeu comigo, acho que devastador, foi por
ela não gosta de pouco tempo...
mim, eu sou chata
mesmo, ninguém
gosta de ficar perto
de mim, eu não
consigo fazer
amizades, as
pessoas não
gostam de mim...
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ANEXO IV
Análise funcional
A análise é uma técnica comportamental, que é realizada a fim de entender o
que reforça o comportamento, proporcionando assim, um autoconhecimento e
autocontrole. Para Skiner (pai do Behaviorismo), o comportamento é uma
contingência tríplice, sendo assim, ele é uma resposta. Porém, existem coisas
que acontecem antes das respostas e depois, que são as consequências. A
análise funcional irá verificar a probabilidade de uma resposta repetir-se por meio
da manipulação das consequências dessa resposta.
Dessa forma a Análise funcional é realizada da seguinte forma:
Antecedentes Resposta Consequências
Aumentam a O que é visível, vemos o Pode ocorrer como:
probabilidade da indivíduo fazer -Reforço positivo
resposta (quando aumenta a
ocorrência do
comportamento e traz
sentimentos de alegria,
prazer e satisfação,
-Reforço negativo
(quando aumenta a
ocorrência do
comportamento, porém
traz sentimentos de
alivio
- Punição (quando
diminui ou mantem a
ocorrência do
comportamento e traz
sentimentos de
ansiedade, raiva, baixo
autoestima, ttristeza...)
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para Maria lembrar sobre o ultimo problema de comportamento de Pedrinho em
casa e Maria relata o dia em que Pedrinho chegou da escola e cortou todo o sofá
da sala de visitas. A psicóloga pede para Maria contar em detalhes todo esse dia
de Pedrinho. Pedrinho acordou cedo, por volta das 06:00 foi para a escola as
07:00 e só saiu as 16:00 quando Maria o buscou. Segundo Maria todos os dias
Pedrinho volta muito cansado da escola, mas ela evita que Pedrinho venha a
dormir, para que o mesmo possa dormir na hora certa em casa, por volta das
20:00. Nesse dia, Pedrinho já entrou no carro resmungando e muito nervoso.
Maria ignorou o comportamento do filho até em sua casa. Quando desceram do
carro Pedrinho pediu para brincar na garagem, mas Maria pediu que ele fosse
tirar sua roupa primeiro e depois comesse. Pedrinho não obedeceu a mãe e
Maria nervosa e muito cansada de seu dia, deu uma chinelada no bumbum de
Pedrinho, que chorou muito alto e irritado e continuou a ficar parado na garagem.
Maria ficou nervosa e decidiu deixar Pedrinho chorando na garagem e foi para
dentro da casa tirar sua roupa e começar a preparar o jantar e lavar a louça do
café da manhã. Pedrinho parou de chorar e ficou chamando sua mãe que
continuou a ignorá-lo. Pedrinho foi para a sala e ficou brincando com os controles
remotos da televisão. Maria ouviu o que Pedrinho estava fazendo e pediu para
ele parar de mexer nos controles e r para o quarto trocar de roupa. Pedrinho
continuou na sala mexendo nas coisas e disse para sua mãe que não ia. Maria
decidiu que não ia se estressar com o filho e continuou com os afazeres
domésticos. Pedrinho ficou quieto e Maria ficou aliviada que o filho havia ficado
quietinho, mas depois acabou estranhando tanto silencio para um menino tão
ativo e foi verificar o que estava acontecendo. Ao chegar na sala Maria viu o
Pedrinho com a sua tesoura fazendo furos no sofá e cortando o tecido. Maria
ficou muito nervosa na hora porque o sofá era novo e ainda com parcelas no
crediário e pegou Pedrinho pelo braço e deu vários tapas em seu bumbum. Além
disso, Maria gritava com Pedrinho que isso não poderia ter acontecido, que ele
é um menino desobediente, que faz tudo errado e que preferia não ter tido ele.
Maria começou a chorar de tão frustrada que se sentiu e Pedrinho foi chorar
também no seu quarto. Passado o evento Maria se sentiu muito triste e culpada
com seu comportamento. Pedrinho ficou um pouco quieto no quarto chorando,
depois pegou seus brinquedos e espalhou todos eles pelo quarto e ficou
chutando a porta do seu armário. Maria se sentindo culpada foi até o quarto e
abraçou o filho e o ajudou a trocar a roupa, levou ele para a cozinha e lhe deu
um prato de comida. Pedrinho ficou quietinho e obediente. Depois de comerem
os dois foram assistir televisão e Pedrinho dormiu no sofá, mesmo sendo fora do
seu horário de dormir. Maria o deixou dormir.
Maria trabalha como vendedora em uma loja do centro da cidade e seu marido
Jorge, trabalha em uma fábrica de peças de carro em uma linha de montagem.
A avó do Pedrinho, Dona. Lourdes, também trabalha, em uma confecção como
costureira. Quando Pedrinho chegou da escola, eles ainda não estavam em
casa.
Análise funcional do comportamento de Pedrinho cortar o sofá:
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Antecedentes Resposta Consequências
Criança: sono, fome, Reforço positivo:
brincar com o controle, atenção. Dormir fora do
passou longo período na horário (para o filho),
escola, cansado, mãe auxilia a trocar de
Mãe: cansada, nervosa roupa, mãe abraça
com devido a situação Reforço negativo:
do filho, descaso com a Cortar o sofá (se tristeza da mãe, deixar o
situação do filho, referindo a uma filho dormir fora do
punição com o chinelo, criança) horário, sentimento de
falta de paciência, falta culpa da mãe, espalhar
de atenção, coloca os brinquedos no quarto
rótulos na criança – e chutar a porta do
desobediente, faz tudo armário
errado, birrento. Punição: apanhar,
chorar, gritar, os
brinquedos espalhados
e chutes na porta do
armário (para a mãe)
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ANEXO V
Inventário Assertivo
Alberti & Emmons (obtido através do site do Espaço Comportamental)
As questões seguintes serão úteis para verificar sei grau de assertividade. Seja
sincero em suas respostas, no sentido de responder como você se comporta
deveras e não como pensa que seria o melhor ou mais adequado
comportamento. Tudo que você tem a fazer é marcar, na coluna à direita, o
número que melhor descreve a frequência do seu comportamento, em cada
situação. Para algumas questões, o mínimo de asserção está no 0 e o máximo
está no 4; o valor intermediário é 2, mas pode ser um pouco menos (1) ou um
pouco mais (3). Veja mais explicitamente a escala abaixo:
ESCALA:
0 = não ou nunca
1 = um pouco ou às vezes
2 = média
3 = muitas vezes
4 = quase sempre ou inteiramente
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16 Se alguém fica chutando ou empurrando sua 1 2 3 4
cadeira no cinema ou em uma conferência você
pede à pessoa para parar?
17 Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com 1 2 3 4
quem está falando?
18 Em um bom restaurante, quando a comida não está 1 2 3 4
bem feita ou bem servida, você pede ao garçom
para corrigir a situação?
19 Quando você descobre que a mercadoria está 1 2 3 4
defeituosa, você a devolve ou pede que seja
substituída?
20 Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou 1 2 3 4
xingando?
21 Você tenta passar despercebido, como uma parte 1 2 3 4
da decoração ou da mobília, em situações sociais?
22 Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça 1 2 3 4
consertos, ajustes ou substituições que são da
responsabilidade dele?
23 Você geralmente toma a frente e decide pelos 1 2 3 4
outros?
24 Você é capaz de expressar abertamente amor e 1 2 3 4
afeição?
25 Você consegue pedir aos amigos ajuda ou 1 2 3 4
pequenos favores?
26 Você acha que sempre tem a resposta certa? 1 2 3 4
27 Quando você diverge de alguém que você respeita, 1 2 3 4
tem coragem de defender seu ponto de vista?
28 Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis 1 2 3 4
feitos por amigos?
29 Você tem dificuldade de elogiar alguém? 1 2 3 4
30 Se você fica incomodado quando fumam perto de 1 2 3 4
você, você tem coragem de dizer isso ?
31 Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os 1 2 3 4
outros a fazer o que você quer ?
32 Você termina as frases dos outros por eles? 1 2 3 4
33 Você se envolve em lutas físicas com outros, 1 2 3 4
especialmente com estranhos?
34 Nas refeições familiares, você controla a conversa? 1 2 3 4
35 Quando você é apresentado a alguém, você é o 1 2 3 4
primeiro a entabular conversa?
PONTUAÇÃO FREQUENCIA %
Assertividade
Inassertividade
Agressividade
100
Inventário Assertivo – Avaliação das Respostas
1) Quando uma pessoa se mostra bastante injusta, você lhe diz isso (assertivo).
2) Você acha difícil tomar decisões (inassertivo).
3) Você critica publicamente as opiniões, comportamento e idéias dos outros
(agressivo).
4) Você protesta em voz alta quando tomam seu lugar na fila (agressivo).
5) Você geralmente evita as pessoas ou situações por medo (inassertivo).
6) Você geralmente confia no seu próprio julgamento (assertivo).
7) Você insiste que seu(sua) esposo(a) ou colega de quarto faça sua parte no
serviço da casa (assertivo).
8) Você é propenso a perder o controle (agressivo).
9) Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”, mesmo se a
mercadoria não lhe interessa (inassertivo).
10) Quando uma pessoa chega depois de você e é atendida primeiro, você
denuncia a situação (assertivo).
11) Você reluta em falar numa discussão ou debate (inassertivo).
12) Se uma pessoa tomou dinheiro emprestado (ou livro, roupa, coisa de valor)
e demora a devolver, você lhe lembra
disso (assertivo).
13) Você insiste em um argumento depois que a outra pessoa já se cansou da
discussão (agressivo).
14) Você geralmente expressa seus sentimentos (assertivo).
15) Você se perturba se alguém fica olhando você trabalhar (inassertivo).
16) Se alguém fica chutando ou empurrando sua cadeira no cinema ou em uma
conferência, você pede à pessoa para
parar (assertivo).
17) Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem está falando
(inassertivo).
18) Em um bom restaurante, quando a comida não está bem feita ou bem
servida, você pede ao garçom para corrigir a
situação (assertivo).
19) Quando você descobre que a mercadoria está defeituosa, você a devolve
ou pede que seja substituída (assertivo).
20) Você demonstra sua raiva dizendo obscenidade ou xingando (agressivo).
21) Você tenta passar despercebido, como uma parte da decoração ou da
mobília, em situações sociais (inassertivo).
22) Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça consertos, ajustes ou
substituições que são da responsabilidade
dele (assertivo).
23) Você geralmente toma a frente e decide pelos outros (agressivo).
24) Você é capaz de expressar abertamente amor e afeição (assertivo).
25) Você consegue pedir aos amigos ajuda ou pequenos favores (assertivo).
26) Você acha que sempre tem a resposta certa (agressivo).
101
27) Quando você diverge de alguém que você respeita, tem coragem de
defender seu ponto de vista (assertivo).
28) Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por amigos
(assertivo).
29) Você tem dificuldade de elogiar alguém (inassertivo).
30) Se você fica incomodado quando fumam perto de você, você tem coragem
de dizer isso (assertivo).
31) Você grita ou usa técnicas absurdas para obrigar os outros a fazer o que
você quer (agressivo).
32) Você termina as frases dos outros por eles (agressivo).
33) Você se envolve em lutas físicas com outros, especialmente com estranhos
(agressivo).
34) Nas refeições familiares, você controla a conversa (agressivo).
35) Quando você é apresentado a alguém, você é o primeiro a entabular
conversa (assertivo).
102
ANEXO VI
EXEMPLOS DE CASOS – Trabalhando os comportamentos: assertivo, não
assertivo e agressivo
“Jantando fora“
O Sr. e a Sra. A estão num restaurante de preços moderados. O Sr. A pediu um
bife especial, mas quando foi servido percebeu que estava muito bem passado,
ao contrário do que ele havia pedido. Seu comportamento é:
Não Assertivo: O Sr. A resmunga para a mulher a respeito do bife “queimado”
e diz que não volta mais neste restaurante. Ele não diz nada ao garçom e
responde “tudo legal” à sua pergunta “está tudo bem?” A sua noite e seu jantar
são altamente insatisfatórios é ele se sente culpado por não ter tomado urna
atitude. A autoestima do Sr. A e a admiração da Sra. A por ele são diminuídas
pela experiência.
Agressivo: O Sr. A chama o garçom à mesa e é injusto e grosseiro com ele por
não ter atendido bem. A sua atitude ridiculariza o garçom e constrange a Sra. A.
Ele pede e recebe outro bife mais de acordo com o que queria. Ele se sente
controlando a situação, mas o embaraço da Sra. A cria atrito entre eles e estraga
a noite. O garçom fica humilhado, zangado e sem jeito o resto da noite.
Assertivo: O Sr. A chama o garçom à sua mesa, lembra-lhe que pediu um bife
especial, mostra-lhe o bife bem passado, pede-lhe polida, mas firmemente que
o troque por um mal passado como ele havia pedido. O garçom pede desculpas
pelo erro e rapidamente o atende. O casal aprecia o jantar e o Sr. A se sente
satisfeito consigo mesmo. O garçom se sente feliz com o freguês satisfeito e o
serviço adequado.
“Emprestando Alguma coisa”
Helen é uma universitária atraente, brilhante e excelente estudante, amada pelos
professores e colegas. Ela mora numa república com seis moças, dividindo seu
quarto com duas. Todas as moças namoram regularmente. Uma noite, enquanto
as colegas de quarto de Helen se preparavam para encontrar os namorados
(Helen planeja uma noite tranquila elaborando um trabalho escolar), Maria diz
que vai sair com um cara muito legal e espera dar uma boa impressão. Ela
pergunta a Helen se pode usar um colar novo e caro que Helen acabou de
ganhar de seu irmão que presta serviço militar na Marinha. Helen e seu irmão
são muito amigos e o colar significa muito para ela. Sua resposta é:
Não-Assertiva: Ela “engole em seco” seu medo de o colar ser perdido ou
danificado, e seu sentimento de que seu significado especial o tornava muito
importante para ser emprestado e diz: “Claro“. Ela se desvaloriza, reforça Maria
por fazer um pedido excessivo e se preocupa toda à noite (o que traz pouca
contribuição para o trabalho escolar).
103
Agressiva: Helen mostra indignação pelo pedido da amiga, diz-lhe
“absolutamente não” e começa a censurá-la severamente por atrever-se a fazer
uma pergunta “tão cretina”. Ela humilha, Maria e faz papel ridículo. Mais tarde se
sente incomodada e com sentimento de culpa, o que interfere no seu estudo.
Maria se sente ferida e estes sentimentos manifestam-se mais tarde, estragando
o seu encontro, pois não consegue se divertir, o que intriga e desencoraja o
rapaz. Daí em diante o relacionamento de Helen com Maria passa a ser bastante
tenso.
Assertiva: Ela fala do significado do colar e, gentil, mas firmemente, diz que
aquele pedido não pode ser atendido, pois a joia é muito pessoal. Mais tarde ela
se sente bem por ter sido sincera consigo mesma e Maria, reconhecendo a
validade da resposta de Helen, faz grande sucesso com o rapaz, sendo ela
também mais honesta e franca com ele.
“A Gorducha”
O Sr. e Sra. B estão casados há nove anos e recentemente vêm tendo problemas
conjugais, porque ele insiste em que ela está muito gorda e precisa emagrecer.
Ele volta ao assunto constantemente, dizendo-lhe que ela não é mais a mesma
mulher com quem se casou (que tinha 50 Kg), que este excesso de peso lhe faz
mal para a saúde, que ela é um mau exemplo para as crianças, etc. Além disso,
ele a goza, dizendo que ela está uma bola, olha apaixonadamente para as moças
magras, comentando sobre o quanto são atraentes, e faz referências à sua má
aparência na frente dos amigos. Nos últimos três meses o Sr. B tem se
comportado desta maneira e a Sra. B já está terrivelmente contrariada. Ela tem
tentado perder peso nestes três meses, mas sem muito sucesso. Seguindo a
onda recente de críticas do Sr. B, a Sra. B é:
Não-Assertiva: Ela pede desculpas por seu excesso de peso, às vezes se
desculpa sem convicção, outras simplesmente aceita calada as críticas do
marido. Interiormente ela sente raiva do marido pela sua “encheção” e culpa-se
pelo excesso de peso. Sua ansiedade torna mais difícil para ela perder peso, e
a briga continua.
Agressiva: A Sra. B faz frequentes comentários, dizendo que seu marido
também não vale grande coisa. Ela menciona o fato de que à noite ele cai no
sono no sofá é um péssimo parceiro sexual e não lhe dá atenção suficiente.
Estas coisas não têm nada a ver com o problema, mas a Sra. B. continua. Ela
queixa-se de que ele a humilha na frente das crianças e amigos mais chegados
e age como um “velho sem vergonha” pelo modo que olha as mocas atraentes.
Na sua raiva ela só consegue ferir o Sr. B e construir uma barreira entre eles,
defendendo-se com o contra-ataque.
Assertiva: A Sra. B. procura o marido numa hora em que ele está sozinho e não
será interrompido, então lhe diz que sente que ele está certo com relação à sua
necessidade de perder peso, mas que não gosta da sua maneira de colocar o
problema. Diz que está fazendo o melhor que pode e que está sendo duro perder
peso e manter o regime. Ele compreende a ineficácia de ficar repisando o
104
assunto e decidem trabalhar juntos num plano no qual ele vai reforçá-la
sistematicamente por seus esforços em perder peso.
“O Menino do Vizinho”
O Sr. e Sra. E têm um filho de dois anos e uma filha de dois meses.
Recentemente, por diversas noites, o filho do vizinho, de 17 anos, tem ficado em
seu carro, ao lado da casa, ouvindo som altíssimo. Ele começa exatamente na
hora em que as duas crianças do casal E se recolhem para dormir, exatamente
ao lado da casa onde o rapaz ouve as músicas. A música alta acorda as crianças
toda noite e é impossível para os pais fazê-las dormir, enquanto a música
continua. O casal E está incomodado e decide ser:
Não-Assertivo: O Sr. e Sra. E levam as crianças para seu quarto, do outro lado
da casa, esperam até que a música cesse, por volta de 1 hora da madrugada,
então transferem as crianças para o quarto Comportamento Assertivo 13 delas.
E vão dormir muito depois do horário de costume. Eles continuam a maldizer o
rapaz em silêncio, e breve se desligam dos vizinhos.
Agressivo: O casal E chama a polícia e reclama que “um desses jovens
selvagens” da casa ao lado está incomodando. Exigem que a polícia “faça seu
papel” e pare com o barulho de uma vez. A polícia fala com o rapaz e com seus
pais, que ficam muito chateados e com raiva pelo embaraço da visita da polícia.
Eles reprovam o fato de o casal E ter chamado a polícia antes de conversar com
eles e resolvem evitar qualquer relacionamento com eles.
Assertivo: O casal vai à casa do rapaz e diz a ele que sua música está mantendo
as crianças acordadas à noite. Procura, junto com o rapaz, encontrar uma
solução para o caso, que não perturbe o sono das crianças. O rapaz
relutantemente concorda em abaixar o volume à noite, mas aprecia a atitude
cooperativa do casal E. Todos se sentem bem com os resultados.
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Não-Assertivo: Sente-se completamente só, com remorso e com pena de si
mesmo. Começa a beber e finalmente toma coragem - suficiente para chamar
sua mulher na casa dos pais dela. No telefone, implora perdão, pede a ela que
volte e promete mudar.
Agressivo: Marcos fica furioso com o comportamento de sua mulher e sai para
procurá-la. Ele a agarra violentamente pelo braço e exige que ela volte para o lar
ao qual ela pertence. Diz-lhe que ela é sua mulher e tem que fazer o que ele diz.
Ela briga e resiste, seus pais intervêm e chamam a polícia.
Assertivo: Marcos liga para sua mulher e diz-lhe que percebe que foi tudo
basicamente por culpa dele, mas que gostaria de mudar. Fala da sua boa
vontade em marcar uma consulta com um psicólogo e espera que ela participe
com ele.
“O Derrotado”
Russel é um rapaz de 22 anos que trabalha numa fábrica de plástico. Mora
sozinho num quarto alugado. Nos últimos quatorze meses ele não tem se
encontrado com nenhuma garota. Deixou a escola depois de uma série de coisas
que o desagradaram - não estava indo bem nas provas, brigas com os colegas
nos alojamentos de estudantes. Esteve preso duas vezes por causa de bebidas.
Ontem recebeu urna carta de sua mãe perguntando como estavam as coisas e
Comportamento Assertivo 14 principalmente falando dos sucessos de seu irmão.
Hoje seu chefe o repreendeu asperamente e, de certa forma, injustamente, por
um erro que, de fato, era da responsabilidade do próprio chefe: Além disso, uma
secretária do seu serviço não aceitou um convite que ele lhe havia feito para
jantar. Quando ele chegou ao seu apartamento naquela tarde, sentindo-se
particularmente deprimido e desgastado, seu locador o encontrou na porta e
começou com uma conversa sobre “estes beberrões” e com um aviso (uma
semana antes do prazo) de que devia pagar o aluguel no vencimento. A resposta
de Russel é:
Não-Assertiva: Ele toma sobre si toda a carga do locador, somada a uma culpa
que sente e uma depressão, agora aumentada. Sente-se completamente
desamparado. Fica admirado de como seu irmão pode ser tão bem sucedido e
ele tão desastrado. A rejeição da secretária e a crítica do chefe reforçam sua
convicção de que não presta para nada. Concluindo que o mundo ficaria melhor
sem ele, pega o pequeno revólver que tem no quarto e começa a carregá-lo, com
o propósito de se suicidar.
Agressiva: O locador acrescentou a gota d'água no copo de Russel. Ele fica
furioso e empurra o locador para fora de seu quarto. Lá, sozinho, resolve “pegar”
as pessoas que têm feito sua vida tão miserável ultimamente: o chefe, a
secretária, o locador, e possivelmente outros também. Pega seu revólver e
começa a carregá-lo com o firme propósito de sair à noite e matar as pessoas
que o feriram.
Assertiva: Russel responde firmemente ao locador, dizendo que sempre pagou
aluguel em dia e que ainda falta uma semana para o vencimento. Lembra ao
106
locador que há uma barra da escada quebrada e que o conserto já deveria ter
sido feito há mais tempo. Na manhã seguinte, após pensar um pouco sobre sua
vida, procura uma clínica psicológica para ajudá-lo. No trabalho procura o
supervisor e calmamente lhe explica as circunstâncias de erro. Embora
procurando se defender, o supervisor reconhece o seu erro e pede desculpas
por seu comportamento agressivo.
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ANEXO VII
TÉCINICA A.C.A.L.M.E.-S.E.
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ANEXO VIII
Dinâmica Abrigo Subterrâneo
Como podemos perceber, as opções apresentadas nos colocam numa saia justa
entre ter que escolher quem vai e que fica fora do abrigo. Por isso mesmo é que
a dinâmica do abrigo subterrâneo se apresenta como um poderoso meio de
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avaliar como reagimos sobre pressão, à forma como analisamos as situações e
tomamos nossas decisões.
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ANEXO IX
Dinâmicas para desenvolvimento de lideranças
Dinâmica do nó humano
Com pelo menos 10 participantes e um mediador, esta dinâmica é um ótimo
exercício para desenvolver a liderança, bem como a comunicação, afetividade e
criatividade, além de proporcionar um momento de diversão aos participantes. O
mediador deve pedir para que todos deem as mãos e formem um círculo,
decorando quem está à sua direita e à esquerda. Em seguida, os participantes
devem soltar as mãos, fechar os olhos e caminhar pela sala por segundos, até
que o mediador as mande parar novamente.
Ao abrir os olhos novamente, cada um deve localizar as pessoas que estavam
ao seu lado e, sem sair do lugar, tentar dar as mãos novamente. O resultado
será um verdadeiro nó humano, que deve ser desfeito ainda com as mãos
unidas. É permitido que o mediador interfira, apenas com um número limitado de
vezes e com o consenso do grupo. A ideia passada pela atividade é de que todos
os problemas vivenciados no ambiente de trabalho devem ser resolvidos com a
cooperação de todos, que devem ser estar sempre unidos na busca por soluções
criativas. Durante o processo, alguns líderes vão se sobressair naturalmente,
tentando organizar o conjunto para que todos ajam de forma coesa em prol do
objetivo final.
Sociograma
O objetivo é descobrir os líderes positivos e negativos de um determinado grupo,
além de identificar pessoas nas quais o grupo confia. Dê um pedaço de papel e
uma caneta para cada participante e oriente-os a responder as seguintes
questões:
1- Se você fosse para uma ilha deserta e tivesse que passar muito tempo
nela, quem você levaria do grupo?
2- Se você fosse montar uma festa e tivesse que escolher os participantes
dela, quem você escolheria?
3- Se você fosse sorteado para fazer uma grande viagem e só pudesse levar
três pessoas do grupo, quem você levaria?
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Os participantes da dinâmica devem ser orientados a responder cada pergunta
em, no máximo, 60 segundos (cronometrados por você ou outro coordenador da
dinâmica).
Com os resultados, é possível interpretar as relações interpessoais no
trabalho, de forma a criar melhores estratégias de relacionamento.
113
Essa dinâmica é importante para que você avalie a capacidade de julgamento
de cada um, se há algum método na hora de eles avaliarem a situação, como
eles percebem os acontecimentos, coisas desse tipo.
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ANEXO X
TABELA PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS
CLASSE REQUISITOS DESEMPENHO
Comunicação Iniciar, manter e encerrar
conversação
Dar feedback
Pedir feedback
Gratificar
Elogiar
Civilidade Cumprimentar
Apresentar-se
Despedir-se
Locuções (por favor, licença...)
Empatia Reconhecer/inferir sentimentos
Demonstrar compreensão
Assumir perspectiva
Expressar apoio e/ou ajuda
Expressão de Fazer amizades
sentimento positivo Expressar solidariedade
Compartilhar amor
Assertividade Manifestar opinião
Concordar e discordar
Desculpar-se
Lidar com criticas
Expressar raiva e desagrado
Fazer, aceitar e recusar
pedidos
Pedir mudança de
comportamento
Estabelecer e encerrar
relacionamentos amorosos
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ANEXO XI
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO – THS
(Geralmente realizado quando é um treinamento coletivo)
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