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Escola Estadual de

Educação Profissional - EEEP


Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Finanças

Matemática Comercial
e Financeira II
Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Francisco José Pinheiro

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora de Desenvolvimento da Escola


Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Thereza Maria de Castro Paes Barreto
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2

CAPÍTULO I – APLICAÇÕES FINANCEIRAS.................................................. 3

Cálculo de saldos e de taxas

CAPÍTULO II – OPERAÇÕES FINANCEIRAS ................................................ 8

Fluxo diário de caixa


Câmbio

CAPÍTULO III – RENDIMENTOS ..................................................................... 24

Conceitos
Classificação
Prazos, Valor dos termos e Periodicidade
Vencimento dos termos
Rendas Imediatas
Rendas Antecipadas
Rendas Diferidas
Exercícios

CAPÍTULO VI – SÉRIES DE PAGAMENTOS .................................................. 30

Tabela price

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 35

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INTRODUÇÃO

De uma forma simplificada, podemos dizer que a Matemática Financeira, é o ramo da Matemática
Aplicada que estuda o comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira busca quantificar
as transações que ocorrem no universo financeiro levando em conta a variável tempo, ou seja o valor
monetário no tempo. As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira, são: a
taxa de juros, o capital e o tempo.

Nesta apostila estudaremos instrumentos mais avançados da Matemática Financeira, como: aplicações
financeiras, operações financeiras, rendimentos e séries de pagamentos. É indispensável o domínio do
conteúdo explanado em Matemática Comercial e Financeira I para otimizar o aprendizado de Matemática
comercial e Financeira II.

Bom curso a todos!

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CAPÍTULO I – APLICAÇÕES FINANCEIRAS

As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário
(CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento

Toda aplicação financeira está sujeita a riscos. Para reduzi-los, deve-se procurar informações sobre o tipo
de aplicação, sobre a instituição financeira e sobre as variáveis econômicas que podem influenciar o
resultado esperado. Geralmente os rendimentos são maiores nas aplicações de maior risco. Algumas
aplicações são parcialmente garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC.

O CDB é um título de crédito e o RDB é um recibo. Ambos são emitidos pelos bancos comerciais e
representativos de depósitos a prazo feitos pelo cliente.

Cálculo de saldos e taxas

Taxa é um índice numérico relativo cobrado sobre um capital para a realização de alguma operação
financeira.

Segundo José Dutra Vieira Sobrinho, "No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e
executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de juros principalmente no que se refere
às taxas nominal, efetiva e real. O desconhecimento generalizado desses conceitos tem dificultado o
fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento entre as partes. Dentro dos programas
dos diversos cursos de Matemática Financeira existe uma verdadeira 'poluição' de taxas de juros."

Não importando se a capitalização é simples ou composta, existem três tipos principais de taxas:

Taxa Nominal:

A taxa Nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com
aquele a que a taxa está referida.

Exemplos:
1500% ao ano com capitalização mensal.
480% ao semestre com capitalização mensal.
600% ao ano com capitalização trimestral.

Taxa Efetiva:

A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele
a que a taxa está referida.

Exemplos:
520% ao mês com capitalização mensal.
650% ao semestre com capitalização semestral.
1200% ao ano com capitalização anual.

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Taxa Real:

Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.

Conexão entre as taxas real, efetiva e de inflação: A taxa Real não é a diferença entre a taxa efetiva e a
taxa da inflação. Na realidade, existe uma ligação íntima entre as três taxas, dadas por:

1+iefetiva = (1+ireal) (1+iinflação)

Exemplo:

Se a taxa de inflação mensal foi de 30% e um valor aplicado no início do mês produziu um rendimento
global de 32,6% sobre o valor aplicado, então o resultado é igual a 1,326 sobre cada 1 unidade monetária
aplicada. Assim, a variação real no final deste mês, será definida por:

vreal = 1 + ireal

Podendo ser calculada por:

vreal = resultado / (1 + iinflação)

Temos que:

vreal = 1,326 / 1,3 = 1,02

O que significa que a taxa real no período, foi de:

ireal = 2%

Taxa Proporcional: duas taxas são denominadas proporcionais quando existe entre elas a mesma relação
verificada para os períodos de tempo a que se referem.

i1 = t1

i2 t2

Onde:

i= juros
t= tempo

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Taxa Equivalente :duas taxas são equivalentes se fizerem com que um mesmo capital produza o mesmo
montante no fim do mesmo prazo de aplicação.

Cálculos de taxas equivalentes:

Taxas equivalentes são aquelas obtidas por diferentes processos de capitalização de um mesmo Principal
p para obter um mesmo montante S.

Consideraremos ia uma taxa ao ano e ip uma taxa ao período p, sendo que este período poderá ser: 1
semestre, 1 quadrimestre, 1 trimestre, 1 mês, 1 quinzena, 1 dia ou outro que se deseje. Deve ficar claro
que tomamos 1 ano como o período integral e que o número de vezes que cada período parcial ocorre em
1 ano é indicado por Np.

Exemplo: 1 ano = 2 semestres = 3 quadrimestres = 4 trimestres = 12 meses = 24 quinzenas = 360 dias.

A fórmula básica que fornece a equivalência entre duas taxas é:

1 + ia = (1+ip)Np

Onde:

ia taxa anual
ip taxa ao período
Np número de vezes em 1 ano

Situações possíveis com taxas equivalentes:

Fórmula Taxa Período Número de vezes


1+ia = (1+isem)2 isem semestre 2
1+ia = (1+iquad)3 iquad quadrimestre 3
1+ia = (1+itrim)4 itrim trimestre 4
1+ia = (1+imes)12 imes mês 12
1+ia = (1+iquinz)24 iquinz quinzena 24
1+ia = (1+isemana)24 isemana semana 52
1+ia = (1+idias)365 idias dia 365

OBS: No regime de juros simples, duas taxas equivalentes também são proporcionais!

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Capital, Taxa e Prazo Médios

Em alguns casos podemos ter situações em que diversos capitais são aplicados, em épocas diferentes, a
uma mesma taxa de juros, desejando-se determinar os rendimentos produzidos ao fim de um certo
período. Em outras situações, podemos ter o mesmo capital aplicado a diferentes taxas de juros, ou ainda,
diversos capitais aplicados a diversas taxas por períodos distintos de tempo.

Capital Médio (juros de diversos Capitais): é o mesmo valor de diversos capitais aplicados a taxas
diferentes por prazos diferentes que produzem a mesma quantia de juros.

Cmd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn

i1 n1 + i2 n2 + i3 n3 + ... + in nn

Taxa Média : é a taxa à qual a soma de diversos capitais deve ser aplicada, durante um certo período de
tempo, para produzir juros iguais à soma dos juros que seriam produzidos por diversos capitais.

Taxamd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn

C1 n1 + C2 n2+ C3 n3 + ... + Cn nn

Prazo Médio: é o período de tempo que a soma de diversos capitais deve ser aplicado, a uma certa taxa
de juros, para produzir juros iguais aos que seriam obtidos pelos diversos capitais.

Prazomd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn

C1 i1 + C2 i2+ C3 i3 + ... + Cn in

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EXERCÍCIOS

1) Se uma pessoa possuía numa caderneta de poupança o valor de R$ 785.890,45 no dia 30/04/93 e a
taxa da inflação desde esta data até 30/05/93 foi de 35,64% então, que valor ele terá em sua conta
no dia 30/05/93?

2) A aplicação de R$1.000,00 à taxa de 10% ao mês durante 3 meses equivale a que aplicação com a
taxa de 33,1% ao trimestre?

3) Qual será a taxa efetiva que equivale à taxa de 12% a.a capitalizada mês a mês?

4) Qual é a taxa mensal efetiva que equivale à taxa de 12% a.a?

5) Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente à taxa composta de 10% a.m?

6) Calcule o montante que resultará de um capital de R$ 4.000,00, no final de 1 ano, aplicado com
juros de 27% a.a com capitalização trimestral.

7) Qual a taxa anual equivalente a 6% a.t?

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CAPÍTULO II – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

FLUXO DIÁRIO DE CAIXA

O Fluxo de Caixa Diário mostra-se como uma ferramenta de fundamental importância no planejamento e
no controle financeiro. Dizemos que o fluxo de caixa é o volante financeiro da empresa. Por isso tem
como um de seus objetivos determinar os rumos a serem seguidos pelos gestores e pelas empresas.

Tomando por base os gestores de empresas pequenas, a implementação do Fluxo de Caixa fica mais
sacrificante. Pois, estas empresas, a maioria, não dispõem de sistemas integrados de informações (ERP).
Cabe então ao profissional contábil a missão de fazer a integração entre o gestor e a informação.

O Fluxo de Caixa Diário representa, de fato, uma ferramenta útil no processo de gestão da liquidez da
empresa. O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como
as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das
disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa.

Fluxo de Caixa é um gráfico contendo informações sobre Entradas e Saídas de capital, realizadas em
determinados períodos. O fluxo de caixa pode ser apresentado na forma de uma linha horizontal (linha de
tempo) com os valores indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma tabela com estas mesmas
indicações.
A entrada de dinheiro para um caixa em um sistema bancário poderá ser indicada por uma seta para baixo
enquanto que o indivíduo que pagou a conta deverá colocar uma seta para cima. A inversão das setas é
uma coisa comum e pode ser realizada sem problema.
Veja a seguir uma situação onde o fluxo de caixa é representado pelo gráfico de setas.
Consideremos uma situação em que foi feito um depósito inicial de R$5.000,00 em uma conta que rende
juros de 4% ao ano, compostos mensalmente e que se continue a depositar mensalmente valores de
R$1.000,00 durante os 5 meses seguintes. No 6º. mês quer-se conhecer o Valor Futuro da reunião destes
depósitos.

Para obter o Valor Futuro deste capital depositado em vários meses, usamos o fluxo de caixa e conceitos
matemáticos para calcular o valor resultante ou montante acumulado.

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Fluxo de caixa é um objeto matemático que pode ser representado graficamente com o objetivo de
facilitar o estudo e os efeitos da análise de uma certa aplicação, que pode ser um investimento,
empréstimo, financiamento, etc. Normalmente, um fluxo de caixa contém Entradas e Saídas de capital,
marcadas na linha de tempo com início no instante t=0.

Um típico exemplo é o gráfico:

Fluxo de Caixa da pessoa


Eo

0 1 2 3 ... n-1 n

S1 S2 S3 ... Sn-1 Sn
Este gráfico representa um empréstimo bancário realizado por uma pessoa de forma que ela restituirá este
empréstimo em n parcelas iguais nos meses seguintes. Observamos que Eo é o valor que entrou no caixa
da pessoa (o caixa ficou positivo) e S1, S2, ..., Sn serão os valores das parcelas que sairão do caixa da
pessoa (negativas).

No Fluxo de Caixa do banco, as setas têm os sentidos mudados em relação ao sentidos das setas do Fluxo
de Caixa da Pessoa. Assim:

Fluxo de Caixa do banco


E1 E2 E3 ... En-1 En

0 1 2 3 ... n-1 n

So

O fato de cada seta indicar para cima (positivo) ou para baixo (negativo), é assumido por convenção, e o
Fluxo de Caixa dependerá de quem recebe ou paga o Capital num certo instante, sendo que:

1. t=0 indica o dia atual;


2. Ek é a Entrada de capital num momento k;
3. Sk é a Saída de capital num momento k.

OBS: Nesta apostila, o ponto principal é a construção de Fluxos de Caixa na forma gráfica.

Abaixo seguem alguns exemplos importantes onde é possível aplicarmos o fluxo de caixa na forma
gráfica. Tais situações são muito comuns nas operações financeiras.

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1. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará R$11.000,00 daqui há um mês.

Fluxo de Caixa 01
10.000

0 1

11.000

2. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará em duas parcelas iguais e seguidas
de R$6.000,00 a partir do próximo mês.

Fluxo de Caixa 02
10.000

0 1 2

6.000 6.000

3. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará R$ 5.500,00 em 30 dias e


R$6.500,00 em 60 dias.

Fluxo de Caixa 03
10.000

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0 1 2

5.500 6.500

4. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará R$ 1.000,00 em 15 parcelas iguais
a partir do mês seguinte.

Fluxo de Caixa 04
10.000

0 1 2 ... 14 15

1.000 1.000 1.000 1.000 1.000

5. Uma pessoa comprou um carro por R$16.000,00 hoje e pagará em 24 parcelas de R$ 876,54 a
partir do mês seguinte.

Fluxo de Caixa 05
16.000

0 1 2 ... 23 24

876,54 876,54 876,54 876,54 876,54

6. Uma pessoa comprou um carro por R$16.000,00 hoje e pagará o mesmo em 24 parcelas de R$
840,00 a partir de hoje.

Fluxo de Caixa 06

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16.000

0 1 2 ... 23

840,00 840,00 840,00 840,00 840,00

7. Uma pessoa comprou um carro por R$12.000,00 hoje e pagará em 20 parcelas variáveis que
começam com R$ 500,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela paga
a partir do mês seguinte.

Fluxo de Caixa 07
12.000

0 1 2 ... 19 20

500 600 ... 2.300 2.400

8. Uma pessoa comprou um carro por R$12.000,00 hoje e pagará em 20 parcelas variáveis que
começam com R$ 500,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela paga
já no momento inicial.

Fluxo de Caixa 08
12.000

0 1 2 ... 18 19

500 600 700 ... 2.300 2.400


9. Uma pessoa financia um objeto em n parcelas iguais e seguidas de R unidades monetárias a partir
do próximo mês. Se a taxa bancária de juros é de i% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste
objeto?

Fluxo de Caixa 09
VP=A
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0 1 2 ... n-1 n

R R R R R

Solução matemática

A = R/(1+i) + R/(1+i)2 + R/(1+i)3 +...+ R/(1+i)n

Ou

Veja agora exemplos de fluxo de caixa representados graficamente e resolvidos através da solução
matemática também.

10. Uma pessoa financia um objeto em 5 parcelas iguais e seguidas de R$1.000,00 a partir do próximo
mês. Se a taxa bancária de juros é de 7% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste objeto?

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Fluxo de Caixa 10
VP

0 1 2 3 4 5

1.000 1.000 1.000 1.000 1.000

Solução matemática:

Como i=7%=0,07; R=1000 e n=5,

então pela Fórmula do item anterior, temos que:

11. Uma pessoa financia um objeto em n parcelas iguais e seguidas de R unidades monetárias a partir
deste mês. Se a taxa bancária de juros é de i% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste objeto?

Fluxo de Caixa 11
VP=A

0 1 2 ... n-1

R R R R R

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Solução matemática:

A=R+R/(1+i)+R/(1+i)2+R/(1+i)3 +...+ R/(1+i)n-1

que também pode ser escrito na forma:

12. Considere o problema do item 10 e uma nova alternativa. Refinanciar a compra do objeto que
custa o Valor Presente (obtido no Fluxo de Caixa 10) em 4 parcelas iguais e seguidas a partir do
mês inicial. Considere a mesma taxa bancária de juros. Qual deverá ser o valor de cada nova
parcela R? Qual será o percentual de aumento da prestação em relação à prestação anterior, com
esta nova alternativa?

Fluxo de Caixa 12
4.100,20

0 1 2 3

R? R? R? R?

Solução matemática:

Como i=7%=0,07; VP=4.100,20 e n=4,

então pela Fórmula do ítem anterior, temos que:

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CÂMBIO

Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra
moeda.

A taxa de câmbio pode ser definida em termos diretos (ao incerto) ou em termos indiretos (ao certo). A
taxa de câmbio está definida em termos diretos quando exprime o preço de uma unidade monetária
estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional (exemplo: a taxa de câmbio USD/EUR está
definida de forma direca para os habitantes da zona euro; ou está definida de forma indireta para os
habitantes dos EUA).

A taxa de câmbio está definida de forma indireta quando exprime o preço de uma unidade monetária de
moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira (exemplo: taxa de câmbio EUR/USD está
definida em termos indiretos para os habitantes da zona euro, pois exprime o preço de 1 unidade
monetária nacional, o euro, em unidades monetárias de moeda estrangeira, o dólar).

A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda
e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo
Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um
importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda
estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).

Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere
ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase
invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a
moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de
unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em
outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra.

Existe uma variedade bastante ampla de diferentes arranjos de câmbio adotados pelos países ao longo da
história. Todos esses arranjos podem ser agrupados em dois segmentos básicos: regimes cambiais fixos ou
flutuantes. A diferença básica entre esses dois regimes é que, enquanto no caso dos câmbios fixos a taxa
de câmbio é definida pelas autoridades monetárias nacionais, em câmbios flutuantes essa mesma taxa é
formada no mercado cambial através dos movimentos de oferta e demanda por ativos em moeda
estrangeira.

É importante conhecer o conceito de mercado de câmbio e relembrar o de Política Cambial também


ligados ao câmbio: Mercado de Câmbio_ É o ambiente (físico ou virtual, pois as trocas de moeda podem
ser feitas também por meio eletrônico, sem a presença física dos participantes) onde se realiza as
operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil (bancos, corretoras,
distribuidoras, agências de turismo etc.) e entre esses e seus clientes. Política cambial È o conjunto de
medidas e ações do governo que influem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.

Flutuação o valor da taxa de câmbio no mercado se alterará à medida que haja mudança em outras
variáveis que influenciam a demanda e a oferta de divisas. A demanda por divisas é afetada, além da taxa
de câmbio, pelas seguintes variáveis.

(1) Nível do Produto Interno (Y) - é de se esperar que, quanto maior Y, maior será a demanda por

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importações do País e, portanto, a demanda por moeda estrangeira;

(2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe) - coeteris paribus, caso Pi aumente, o preço real
das importações em moeda nacional diminuirá e, portanto as importações e a demanda por divisas
serão incentivadas; caso Pe aumente, o preço real das importações em moeda nacional se elevará
e, portanto as importações e a demanda por divisas serão desestimuladas;

(3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie) - coeteris paribus, caso Ii, se eleve, haverá um incentivo à
entrada líquida de capitais no País, pois ela se tornou mais atrativa que a externa, logo a oferta de
divisas no país aumenta, com uma demanda constante; caso contrário, se Ie aumentar, ocorrerá
um estímulo á saída líquida de capitais para o exterior, já que ela está mais alta que a interna logo
a oferta de divisas diminui, com uma demanda constante.

(4) Produto Interno Bruto (PIB)

INSTITUIÇÕES QUE ATUAM NO MERCADO DE CÂMBIO

 Mercado de câmbio – Regido pelo Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais


(RMCCI), instituído pela Circular nº 3.280, de 09 de março de 2005, abrange as compras e vendas
de moedas estrangeiras, as transferências internacionais em reais, a compra e venda de ouro
instrumento cambial, os capitais brasileiros no exterior e os capitais estrangeiros no Brasil;

 Agentes – Podem ser autorizados a operar no mercado: bancos comerciais, bancos múltiplos,
bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades corretoras de câmbio ou de títulos e valores mobiliários,
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, agências de turismo e aos meios de
hospedagem de turismo;

 Instituições habilitadas a intermediar operações de câmbio – Aquelas que atuam no mercado


apenas registrando operação de câmbio de um cliente, tornando-a disponível para um banco
autorizado.

 Bancos autorizados no Mercado Interbancário COM CLEARING – São instituições bancárias


autorizadas, no mercado interbancário automático, que registram suas operações com a
participação da Câmara de Compensação (Clearing).

 Bancos autorizados no Mercado Interbancário SEM CLEARING - São instituições bancárias


autorizadas, no mercado interbancário automático, que registram suas operações sem a
participação da Câmara de Compensação (Clearing).

O PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA CÂMBIO

O Sisbacen/Câmbio, instituído em 1985, foi um marco na automatização do Sistema Financeiro Nacional,


possibilitando ao Banco Central a captação das informações referentes ao mercado de câmbio de forma
tempestiva, o que foi fundamental para o adequado gerenciamento e efetividade da política cambial,

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principalmente nos momentos de dificuldades enfrentadas pelo País na área externa. Embora já tenham
ocorridas muitas adaptações no sistema originalmente implantado, a estrutura básica e os seus princípios
de funcionamento ainda são os mesmos, após 25 anos de existência.

Nos últimos anos, as novas condições da economia brasileira no cenário internacional permitiram a
implementação de um processo contínuo de liberalização e simplificação das regras e procedimentos
relacionados ao mercado de câmbio, tendo sido promovidos importantes aperfeiçoamentos na estrutura
regulatória do mercado brasileiro.

O que se busca com o projeto é modernizar também o Sisbacen/Câmbio, considerando novos conceitos,
novas tecnologias atualmente existentes, o cenário econômico atual e as necessidades do Banco Central e
do mercado como um todo. Será uma oportunidade de se compatibilizar o processo de simplificação e
racionalização de regras com o sistema informatizado empregado na captação das informações relativas
às operações de câmbio, por meio da modernização e ajustes do sistema atual. O processo de registro das
operações de câmbio no Banco Central será mais simples e eficiente, com reflexo esperado na redução de
custos administrativos e operacionais da administração pública, dos bancos, das corretoras e de seus
clientes.

O novo sistema compreenderá as operações de câmbio negociadas diariamente nos mercados primário
(exportações, importações e transferências financeiras) e interbancário, sendo implementada a sistemática
de troca de mensagens entre os sistemas do Banco Central e das instituições financeiras.

O desenvolvimento do novo sistema Câmbio exige que o Banco Central e os agentes do mercado
trabalhem simultaneamente e de forma coordenada, sendo importante o comprometimento dos
participantes desde o início do projeto.

SISTEMA DE PAGAMENTOS EM MOEDA LOCAL – SML

O SML é um sistema de pagamentos destinado a operações comerciais que permite aos


importadores e exportadores brasileiros e argentinos a realização de pagamentos e recebimentos
em suas respectivas moedas.

Objetivos:

 Aumentar o nível de acesso dos pequenos e médios agentes


 Possibilitar o comércio exterior em moedas locais
 Aprofundar o mercado Real / Peso Argentino
 Reduzir custos de transações

Características:

 Utilização voluntária
 Inexistência de contrato de câmbio
 Inexistência de mudanças na documentação de comércio exterior, exceto em relação ao
registro de exportação, registro este que deverá ser feito em reais

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 Integração ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e aos sistemas de pagamentos


dos países integrantes do SML

Responsáveis pela execução:

 Bancos Centrais dos respectivos países


 Instituições Financeiras participantes do sistema

TABELA DE MOEDAS

Código Nome Símbolo País Tipo Data Exclusão


Ptax

5 AFEGANE/AFEGANIST AFA AFEGANISTAO A


785 RANDE/AFRICA SUL ZAR AFRICA DO SUL A
490 LEK/ALBANIA, REP ALL ALBANIA, REPUBLICA DA A
610 MARCO ALEMAO DEM ALEMANHA A 02/01/2002
690 PESETA/ANDORA ADP ANDORRA A 27/02/2004
635 KWANZA/ANGOLA AOA ANGOLA A
325 FLORIM/ANT. HOLAN ANG ANTILHAS HOLANDESAS A
820 RIAL/ARAB SAUDITA SAR ARABIA SAUDITA A
95 DINAR ARGELINO DZD ARGELIA A
10 AUSTRAL ARG ARGENTINA A 16/12/2009
705 PESO ARGENTINO $(ARG) ARGENTINA A 03/11/1986
706 PESO/ARGENTINA ARS ARGENTINA A
275 DRAM/ARMENIA REP AMD ARMENIA, REPUBLICA DA A
328 FLORIM/ARUBA AWG ARUBA A
150 DOLAR AUSTRALIANO AUD AUSTRALIA B
940 XELIM AUSTRIACO ATS AUSTRIA A 02/01/2002
607 MANAT/ARZEBAIJAO AZM AZERBAIJAO, REPUBLICA DO A
155 DOLAR/BAHAMAS BSD BAHAMAS, ILHAS A
105 DINAR/BAHREIN BHD BAHREIN, ILHAS A
905 TACA/BANGLADESH BDT BANGLADESH A
175 DOLAR/BARBADOS BBD BARBADOS A
829 RUBLO/BELARUS BYB BELARUS, REPUBLICA DA A
360 FRANCO BELGA/BELG BEF BELGICA A 02/01/2002
180 DOLAR/BELIZE BZD BELIZE A
160 DOLAR/BERMUDAS BMD BERMUDAS A
710 PESO BOLIVIANO $B BOLIVIA, ESTADO PLURINACI A 20/09/1993
30 BOLIVIANO/BOLIVIA BOB BOLIVIA, ESTADO PLURINACI A
612 MARCO CONV/BOSNIA BAM BOSNIA-HERZEGOVINA (REPUB A
755 PULA/BOTSWANA BWP BOTSUANA B
80 CRUZEIRO CR$ BRASIL A 04/08/1998
79 CRUZADO CZ$ BRASIL A 03/08/1998
78 CRUZADO NOVO NCZ$ BRASIL A 03/08/1998
83 CRUZEIRO CR$ BRASIL A 31/07/1993
790 REAL/BRASIL R$ BRASIL A
185 DOLAR/BRUNEI BND BRUNEI A
510 LEV/BULGARIA, REP BGN BULGARIA, REPUBLICA DA A
365 FRANCO/BURUNDI BIF BURUNDI A
665 NGULTRUM/BUTAO BTN BUTAO A
295 ESCUDO/CABO VERDE CVE CABO VERDE, REPUBLICA DE A
825 RIEL/CAMBOJA KHR CAMBOJA A
165 DOLAR CANADENSE CAD CANADA A
800 RIAL/CATAR QAR CATAR A
190 DOLAR/CAYMAN KYD CAYMAN, ILHAS B
913 TENGE/CASAQISTAO KZT CAZAQUISTAO, REPUBLICA DO A
715 PESO/CHILE CLP CHILE A
916 UNID FOMENTO CHIL CLF CHILE A
795 IUAN RENMIMBI/CHI CNY CHINA, REPUBLICA POPULAR A
520 LIBRA CIP/CHIPRE CYP CHIPRE A 03/03/2009
195 DOLAR/CINGAPURA SGD CINGAPURA A

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 19


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

720 PESO/COLOMBIA COP COLOMBIA A


368 FRANCO/COMORES KMF COMORES, ILHAS A
971 NOVO ZAIRE/ZAIRE ZRN CONGO, REPUBLICA DEMOCRAT A 30/10/1998
363 FRANCO CONGOLES CDF CONGO, REPUBLICA DEMOCRAT A
925 WON/COREIA NORTE KPW COREIA (DO NORTE), REP.PO A
930 WON/COREIA SUL KRW COREIA (DO SUL), REPUBLIC A
995 BUA BUA COSTA DO MARFIM B 17/12/2009
996 FUA FUA COSTA DO MARFIM B 17/12/2009
40 COLON/COSTA RICA CRC COSTA RICA A
100 DINAR/KWAIT KWD COVEITE A
779 KUNA/CROACIA HRK CROACIA (REPUBLICA DA) A
725 PESO/CUBA CUP CUBA A
55 COROA DINAM/DINAM DKK DINAMARCA A
390 FRANCO/DJIBUTI DJF DJIBUTI A
535 LIBRA/EGITO EGP EGITO A
45 COLON/EL SALVADOR SVC EL SALVADOR A
145 DIRHAM/EMIR.ARABE AED EMIRADOS ARABES UNIDOS A
895 SUCRE/EQUADOR ECS EQUADOR A
625 NAKFA/ERITREIA ERN ERITREIA A
58 COROA ESLOVACA SKK ESLOVACA, REPUBLICA A 03/03/2009
914 TOLAR/ESLOVENIA SIT ESLOVENIA, REPUBLICA DA A 03/03/2009
700 PESETA ESPANHOLA ESP ESPANHA A 02/01/2002
220 DOLAR DOS EUA USD ESTADOS UNIDOS A
57 COROA/ESTONIA EEK ESTONIA, REPUBLICA DA A
9 BIRR/ETIOPIA ETB ETIOPIA A
545 LIBRA/FALKLAND FKP FALKLAND (ILHAS MALVINAS) B
200 DOLAR/FIJI FJD FIJI B
735 PESO/FILIPINAS PHP FILIPINAS A
615 MARCO FINLANDES FMK FINLANDIA A 02/01/2002
640 NOVO DOLAR/TAIWAN TWD FORMOSA (TAIWAN) A
395 FRANCO FRANCES FRF FRANCA A 02/01/2002
90 DALASI/GAMBIA GMD GAMBIA A
35 CEDI/GANA GHC GANA A
482 LARI/GEORGIA GEL GEORGIA, REPUBLICA DA A
530 LIBRA/GIBRALTAR GIP GIBRALTAR B
270 DRACMA/GRECIA GRD GRECIA A 02/01/2002
770 QUETZAL/GUATEMALA GTQ GUATEMALA A
170 DOLAR DA GUIANA GYD GUIANA A
398 FRANCO/GUINE GNF GUINE A
738 PESO/GUINE BISSAU GWP GUINE-BISSAU A
440 GOURDE/HAITI HTG HAITI A
495 LEMPIRA/HONDURAS HNL HONDURAS A
205 DOLAR/HONG-KONG HKD HONG KONG A
345 FORINT/HUNGRIA HUF HUNGRIA, REPUBLICA DA A
810 RIAL/IEMEN YER IEMEN A
860 RUPIA/INDIA INR INDIA A
865 RUPIA/INDONESIA IDR INDONESIA A
815 RIAL/IRAN, REP IRR IRA, REPUBLICA ISLAMICA D A
115 DINAR/IRAQUE IQD IRAQUE A
550 LIBRA/IRLANDA IEP IRLANDA B 02/01/2002
60 COROA ISLND/ISLAN ISK ISLANDIA A
880 SHEKEL/ISRAEL ILS ISRAEL A
595 LIRA ITALIANA ITL ITALIA A 02/01/2002
230 DOLAR/JAMAICA JMD JAMAICA A
470 IENE JPY JAPAO A
125 DINAR/JORDANIA JOD JORDANIA A
780 QUIPE/LAOS, REP LAK LAOS, REP.POP.DEMOCR.DO A
603 LOTI/LESOTO LSL LESOTO A
485 LAT/LETONIA, REP LVL LETONIA, REPUBLICA DA A
560 LIBRA/LIBANO LBP LIBANO A
235 DOLAR/LIBERIA LRD LIBERIA A
130 DINAR/LIBIA LYD LIBIA A
601 LITA/LITUANIA LTL LITUANIA, REPUBLICA DA A
400 FRANCO/LUXEMBURGO LUF LUXEMBURGO A 02/01/2002
685 PATACA/MACAU MOP MACAU A
132 DINAR/MACEDONIA MKD MACEDONIA, ANT.REP.IUGOSL A
406 ARIARY MADAGASCAR MGA MADAGASCAR A
405 FRANCO MALGAXE MA MGF MADAGASCAR A 14/06/2010

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 20


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

240 DOLAR MALAIO M$ MALASIA A 24/04/1986


828 RINGGIT/MALASIA MYR MALASIA A
760 QUACHA/MALAVI MWK MALAVI A
870 RUFIA/MALDIVAS MVR MALDIVAS A
565 LIRA/MALTA MTL MALTA B 03/03/2009
139 DIRHAM/MARROCOS MAD MARROCOS A
840 RUPIA/MAURICIO MUR MAURICIO A
740 PESO MEXICANO MEX$ MEXICO A 31/05/1993
741 PESO/MEXICO MXN MEXICO A
775 QUIATE/BIRMANIA MMK MIANMAR (BIRMANIA) A
620 METICAL/MOCAMBIQ MZM MOCAMBIQUE A
622 NOVA METICAL/MOCA MZN MOCAMBIQUE A
503 LEU/MOLDAVIA, REP MDL MOLDAVIA, REPUBLICA DA A
915 TUGRIK/MONGOLIA MNT MONGOLIA A
173 DÓLAR DA NAMÍBIA NAD NAMIBIA A
845 RUPIA/NEPAL NPR NEPAL A
51 CORDOBA OURO NIO NICARAGUA A
630 NAIRA/NIGERIA NGN NIGERIA A
65 COROA NORUE/NORUE NOK NORUEGA A
245 DOLAR/NOVA ZELAND NZD NOVA ZELANDIA B
805 RIAL/OMA OMR OMA A
335 FLORIM HOLANDES NLG PAISES BAIXOS (HOLANDA) A 02/01/2002
20 BALBOA/PANAMA PAB PANAMA A
778 KINA/PAPUA N GUIN PGK PAPUA NOVA GUINE B
875 RUPIA/PAQUISTAO PKR PAQUISTAO A
450 GUARANI/PARAGUAI PYG PARAGUAI A
480 INTI PERUANO I PERU A 01/02/1991
890 SOL PERUANO S/. PERU A 26/04/1988
660 NOVO SOL/PERU PEN PERU A
380 FRANCO COL FRANC XPF POLINESIA FRANCESA A
975 ZLOTY/POLONIA PLN POLONIA, REPUBLICA DA A
315 ESCUDO PORTUGUES ESC PORTUGAL A 02/01/2002
950 XELIM/QUENIA KES QUENIA A
892 SOM QUIRGUISTAO SOM QUIRGUIZ, REPUBLICA A
540 LIBRA ESTERLINA GBP REINO UNIDO B
730 PESO/REP. DOMINIC DOP REPUBLICA DOMINICANA A
505 LEU/ROMENIA ROL ROMENIA A 17/12/2009
506 NOVO LEU/ROMENIA RON ROMENIA A
420 FRANCO/RUANDA RWF RUANDA A
830 RUBLO/RUSSIA RUB RUSSIA, FEDERACAO DA A
250 DOLAR/IL SALOMAO SBD SALOMAO, ILHAS A
910 TALA WS$ SAMOA B 27/07/1988
911 TALA/SAMOA OC WST SAMOA A
570 LIBRA/STA HELENA SHP SANTA HELENA B
148 DOBRA/S.TOME/PRIN STD SAO TOME E PRINCIPE, ILHA A
500 LEONE/SERRA LEOA SLL SERRA LEOA A
133 DINAR SERVIO/SERV CSD SERVIA A
850 RUPIA/SEYCHELES SCR SEYCHELLES A
575 LIBRA/SIRIA, REP SYP SIRIA, REPUBLICA ARABE DA A
960 XELIM/SOMALIA SOS SOMALIA A
855 RUPIA/SRI LANKA LKR SRI LANKA A
585 LILANGENI/SUAZIL SZL SUAZILANDIA A
134 DINAR/SUDAO SDD SUDAO A
580 LIBRA SUDANESA LSD SUDAO B 21/05/1996
70 COROA SUECA/SUECI SEK SUECIA A
425 FRANCO SUICO CHF SUICA A
330 FLORIM/SURINAME SRG SURINAME A 06/09/2005
255 DOLAR/SURINAME SRD SURINAME A
333 DOLAR/SURINAME SRD SURINAME A 06/09/2005
835 RUBLO/TADJIQUISTA TJR TADJIQUISTAO, REPUBLICA D A
15 BATH/TAILANDIA THB TAILANDIA A
946 XELIM/TANZANIA TZS TANZANIA, REP.UNIDA DA A
945 XELIM DA TANZANIA T SH TANZANIA, REP.UNIDA DA A 25/11/1999
75 COROA TCHECA CZK TCHECA, REPUBLICA A
320 ESCUDO/TIMOR LEST TPE TIMOR LESTE A
680 PAANGA/TONGA TOP TONGA B
210 DOLAR/TRIN. TOBAG TTD TRINIDAD E TOBAGO A
135 DINAR/TUNISIA TND TUNISIA A

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 21


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608 NOVO MANAT TURCOM TMT TURCOMENISTAO, REPUBLICA A


600 LIRA/TURQUIA TRL TURQUIA A 17/12/2009
642 NOVA LIRA/TURQUIA TRY TURQUIA A
460 HYVNIA/UCRANIA UAH UCRANIA A
955 XELIM/UGANDA UGX UGANDA A
745 PESO/URUGUAIO UYU URUGUAI A
893 SOM/UZBEQUISTAO UZS UZBEQUISTAO, REPUBLICA DO A
920 VATU/VANUATU VUV VANUATU A
25 BOLIVAR/VENZUELA VEB VENEZUELA A 17/12/2009
26 BOLIVAR FORTE/VEN VEF VENEZUELA A
260 DONGUE/VIETNAN VND VIETNA A
765 QUACHA/ZAMBIA ZMK ZAMBIA A
217 DOLAR/ZIMBABUE ZWD ZIMBABUE A
Fonte: Banco Central
Moedas do Tipo "A":
- Para calcular o valor equivalente em US$ (dólar americano), divida o montante na moeda consultada pela respectiva paridade.
- Para obter o valor em R$ (reais), multiplique o montante na moeda consultada pela respectiva taxa.
Moedas do tipo "B":
- Para calcular o valor equivalente em US$ (dólar americano), multiplique o montante na moeda consultada pela respectiva paridade.
- Para obter o valor em R$ (reais), multiplique o montante na moeda consultada pela respectiva taxa

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 22


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EXERCÍCIOS

1. Comente a seguinte afirmação: O Fluxo de Caixa Diário mostra-se como uma ferramenta de
fundamental importância no planejamento e no controle financeiro.

2. Calcule o fluxo d caixa das situações abaixo:

a. Uma pessoa fez um empréstimo de R$20.000,00 hoje e pagará R$21.000,00 daqui há um mês.
b. Uma pessoa fez um empréstimo de R$30.000,00 hoje e pagará em duas parcelas iguais e
seguidas de R$16.000,00 a partir do próximo mês.
c. Uma pessoa fez um empréstimo de R$40.000,00 hoje e pagará R$20.500,00 em 30 dias e
R$20.500,00 em 60 dias.
d. Uma pessoa fez um empréstimo de R$15.000,00 hoje e pagará R$ 1.500,00 em 15 parcelas
iguais a partir do mês seguinte.
e. Uma pessoa comprou um carro por R$36.000,00 hoje e pagará em 36 parcelas de R$ 1.085,00
a partir do mês seguinte.
f. Uma pessoa comprou um carro por R$60.000,00 hoje e pagará o mesmo em 48 parcelas de R$
1.500,00 a partir de hoje.
g. Uma pessoa comprou um carro por R$52.000,00 hoje e pagará em 55 parcelas variáveis que
começam com R$ 900,00 e vão aumentando R$200,00 a cada mês, sendo a primeira parcela
paga a partir do mês seguinte.
h. Uma pessoa comprou um carro por R$72.000,00 hoje e pagará em 75 parcelas variáveis que
começam com R$ 900,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela
paga já no momento inicial.
i. Uma pessoa financia uma jóia em 8 parcelas iguais e seguidas de R$1.500,00 a partir do
próximo mês. Se a taxa bancária de juros é de 5% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) desta
jóia?

3. Explique com suas palavras:

a. Taxa de Câmbio.
b. Mercado de câmbio.
c. Flutuação o valor da taxa de câmbio.
d. Projeto de modernização do sistema câmbio.
e. Sistema de pagamentos em moeda local.

4. Você já conhecia alguma moeda estrangeira da lista do Banco Central? Qual? Imaginava que havia
mais ou menos moedas estrangeiras?

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 23


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CAPÍTULO III – RENDIMENTOS

RENDAS CERTAS

CONCEITOS

Denomina-se Renda o conjunto de 2 ou mais pagamentos, ocorridos em épocas distintas, objetivando a


formação de um capital ou o pagamento de uma dívida.

Termos são os pagamentos (prestações ou depósitos) são os termos da Renda.

Montante da Renda: quando a renda for destinada à formação de um capital, este capital será denominado
de Montante da Renda.

Valor Atual da Renda:se o objetivo da renda for o pagamento de uma dívida, o valor da dívida será
designada por Valor Atual da Renda.

Graficamente, temos:
S

0 1 2 3 4
|
R R R

Onde: S = Montante de uma Renda com 3 termos (depósitos)

0 1 2 3
|
R R R

Onde: P = Valor Atual ou presente de uma Renda com 3 termos (Pagamentos)

CLASSIFICAÇÃO

As Rendas podem ser classificadas em função de:

Possibilidade de se estabelecer previamente o número de termos de uma renda, seus vencimentos e


respectivos valores.

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 24


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Nas Rendas Certas, o número de termos, seus vencimentos e respectivos valores podem ser previamente
calculados.

Ex.: as prestações necessárias para pagar uma compra a prazo.

As rendas aleatórias são aquelas em que pelo menos um dos elementos da renda (número de termos,
vencimentos, valores) não pode ser previamente estabelecido.

Ex.: pagamento de uma pensão vitalícia.

DURAÇÃO, PERIODICIDADE E VALORES DOS TERMOS

Por este critério as rendas podem ser classificadas em:

 Temporárias - são as rendas em que o número de termos é finito e a renda tem um termo final.
Ex.: venda de um carro financiado em 15 parcelas;

 Perpétuas – são as rendas em que o número de termos é infinito.


Ex.: direitos autorais

 Periódicas – são aquelas em que a freqüência entre pagamentos é constante.


Ex.: Aluguéis mensais;

 Não – Periódicas – são aquelas em que a freqüência entre os pagamentos não é constante.
Ex.: venda de um bem a prazo, com pagamento de uma parcela no ato, a 2ª com 30 dias e 3ª com
50 dias.

 Constantes - são aquelas em que todos os pagamentos são de um mesmo valor


Ex.: financiamento de um veículo em 5 parcelas mensais, iguais e consecutivas;

 Variáveis – são aquelas em que os pagamentos não são do mesmo valor.


Ex.: parcelas de um consórcio.

VENCIMENTO DOS TERMOS

Quanto ao vencimento dos termos as Rendas podem se classificar em:

 Rendas imediatas – (ou postecipadas) - quando os pagamentos ocorrem no fim de cada período
(convenção de fim de período do fluxo de caixa)

 Rendas antecipadas - quando os pagamentos ocorrem no início de cada período;

 Rendas diferidas – quando o pagamento (ou recebimento) dos termos passa a ocorrer após
determinado período de tempo (prazo de carência)

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 25


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1. RENDAS IMEDIATAS

Valor Atual de uma Renda Imediata : o valor atual (ou presente) de uma renda equivale ao valor de uma
dívida (empréstimo, valor à vista de um bem) que será pago em prestações.

1 2 3 4 ..... n
Renda imediata : 0
R R R R R

P = R x ( 1 + i )n - 1
i x ( 1 + i )n

Onde:

P = Capital
R = Renda ou Prestação
i = Taxa de juros
n = Períodos

Montante de Rendas Imediatas : O montante de uma renda imediata corresponde à soma dos depósitos
(termos) individuais, durante n períodos, a uma taxa i de juros.

Devemos lembrar que o valor presente da série de n termos da renda, no instante zero, deve ser
equivalente ao montante S no instante zero.

S = R x ( 1 + i )n - 1
i

Onde:

S = Montante
R = Renda ou Prestação
i = Taxa de juros
n = Períodos

2. RENDAS ANTECIPADAS

Valor Atual de uma Renda Antecipada: Nas rendas imediatas, o primeiro pagamento ocorre no final
do primeiro período e dos demais no final dos respectivos períodos. Nas Rendas antecipadas, o 1º
pagamento ocorre no instante zero e os demais pagamentos ocorrem no início de cada período.

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 26


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1 2 3 4 ..... n
Renda imediata  0
R R R R R

1 2 3 n
Renda ANTECIPADA  0
R R R R R

Comparando-se os diagramas de renda imediata com o de renda antecipada, a única diferença é que o
primeiro termo, na renda imediata, ocorre no fim do 1º período, enquanto na antecipada, o 1º pagamento
ocorre no instante zero.

Caso o 1º pagamento da série antecipada ocorresse no final do 1º período, automaticamente a série


antecipada seria transformada em imediata (postecipada).

Para “empurrar” o 1º termo para o final do instante 1 ( e os demais para o final dos respectivos períodos),
basta que multipliquemos a série de pagamentos por ( 1 + i )n , “deslocando” o gráfico para a
direita por um período. Como resultado desta “transformação”, a série de pagamentos antecipados passa
a ser uma renda postecipada.

Portanto, para encontrarmos o valor das rendas antecipadas, basta dividirmos o valor encontrado para as
rendas imediatas por ( 1 + i ) .

R antecipada = R imediata / ( 1 + i )

Montante de Rendas Antecipadas : A exemplo dos valores atuais de rendas imediatas e antecipadas, o
montante de uma renda antecipada irá diferir do montante de uma renda imediata (ou postecipada) no
tocante à ocorrência do 1º depósito.

Portanto, para encontrarmos o valor do montante antecipado, basta dividirmos o valor encontrado para o
montante imediato por ( 1 + i ) .

S antecipada = S imediata / ( 1 + i )

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 27


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3. RENDAS DIFERIDAS

Valor Atual de Rendas Diferidas : As rendas diferidas são aquelas em que os pagamentos ou depósitos
passam a ocorrer após um certo prazo, prazo este denominado prazo ou período de carência.

P renda de 5 termos, c/ 3 períodos de


Carência.
0 1 2 3 4 5 6 7 8

O cálculo do valor atual de uma renda diferida pode ser decomposto em 2 etapas:

1ª etapa: cálculo do valor presente da renda até o final do período de carência;

2ª etapa: cálculo do valor presente, na data zero, do valor obtido no final do período de carência.

P = 1 x Rx ( 1 + i )n - 1
( 1 + i )n i x ( 1 + i )n

período de carência cálculo da renda após a carência

Valor Atual de Rendas Perpétuas Imediatas : Rendas Perpétuas são aquelas em que o número de termos é
infinito. O valor atual de uma renda perpétua imediata é dado pela fórmula:

P = R / i

Onde:

P = Valor do Capital
R = Renda ou pagamento
I = taxa de juros

Valor Atual de Rendas Perpétuas antecipadas : Para calcular o valor atual de rendas perpétuas antecipadas,
basta adicionar o termo que ocorreu no instante zero à fórmula das rendas perpétuas imediatas. Assim,
temos:

P = R + R/i

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 28


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EXERCÍCIOS

1. Qual o valor da prestação mensal de um financiamento de R$ 250.000, em 5 parcelas, à uma taxa


de 5 % a.m. ?

2. Se quisermos ter R$ 2.000,000 daqui a 12 meses, quanto deveremos depositar mensalmente


sabendo que a taxa de juros é de 15 % a.m. ?

3. Um apartamento é vendido à vista por R$ 100.000, mas pode ser vendido a prazo em 19
prestações mensais, iguais, vencendo a 1ª no ato da compra. Sabendo que a taxa de juros é de 2%
a.m., qual o valor da Prestação ?

4. Quanto devo depositar mensalmente num fundo de investimento que paga 4 % a m., para que, no
fim de 10 meses, não ocorrendo nenhum resgate, possa dispor de R$ 150000, supondo o 1º
depósito na data zero, e o total de 10 depósitos ?

5. Qual o valor atual de uma renda de R$ 1.000 de 3 termos mensais, com 2 meses de carência, à
taxa de 6 % a m. ?

6. Durante 10 anos um investidor pretende depositar mensalmente uma certa quantia para, após o
término dos depósitos, ter uma renda perpétua de R$ 2.000 por mês. Considere a convenção de
fim de período e juros de 1 % a m.

7. Uma pessoa pretende se aposentar e “viver de juros”. Quanto deve ter depositado para receber
R$ 2.000 mensalmente, sabendo que o investimento feito paga juros de 1 % a. m.. Considerar
série infinita de pagamentos antecipados.

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 29


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CAPÍTULO VI – SÉRIES DE PAGAMENTOS

TABELA PRICE

Tabela Price é um método usado em amortização de empréstimo, caracterizado por prestações iguais e
desenvolvido em 1771 pelo reverendo presbiteriano Richard Price (filósofo).

O método de amortização baseado nas tabelas de Richard Price, na realidade foi idealizado pelo seu autor
para pensões e aposentadorias. No entanto, foi a partir da 2ª revolução industrial que sua metodologia de
cálculo foi aproveitada para cálculos de amortização de empréstimo.
A principal característica da tabela Price, ou Sistema Francês de Amortização, são as prestações iguais.
Este método foi denominado de tabelas de juro composto pelo seu autor Richard Price em sua obra
"Observations on Reversionary Payments".

O SISTEMA PRICE

O processo de cálculo da tabela price é iterativo.

O empréstimo é amortizado em prestações iguais e consecutivas, a partir do momento em que começam


as amortizações

Como as prestações são iguais e consecutivas, durante um certo número de períodos, tais pagamentos
podem ser calculados da seguinte maneira:

P = R x ( 1 + i )n - 1

i x ( 1 + i )n

A principal característica do sistema price é a de que o mutuário é obrigado a devolver os juros mais o
principal em prestações periódicas e constantes.

Estamos, portanto, diante de três problemas para construir a planilha financeira: como obter o valor das
prestações, o valor dos juros e o valor da amortização em cada prestação.

Partindo do pressuposto de que a prestação é a soma do valor da amortização e dos juros, temos as três
relações a seguir:

P=A+J A=P–J J=P–A

A prestação pode ser calculada pela aplicação da fórmula seguinte:

(1 + i)n - 1
P= Va 
i (1 + i)n

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 30


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O valor dos juros é obtido pela multiplicação da taxa de juros unitária (i) do período (n) pelo saldo
devedor (SD) do período anterior (n-1).

J = SDn-1 x I

O valor da amortização é obtido pela diferença entre o valor da prestação e o valor dos juros.

A=P–J

O saldo devedor do período é obtido pela subtração da amortização do período (n) do saldo devedor do
período anterior (n-1).

SDn = SDn-1 - An

EXEMPLO:

Suponha que você queira adquirir um veículo, cujo preço à vista é de R$ 20.441,07, em 12 prestações
trimestrais. A financeira propõe uma taxa de juros de 40% ao ano, com capitalização trimestral. Você não
dá entrada. Nessas condições, após calcular o valor de cada prestação, podemos montar a planilha
financeira.

(1 + i)n - 1
P= Va 
i (1 + i)n

Procurando na tabela o valor de an¬ i , com n = 12 e i = 10%, encontramos o valor:

6,813692. Dessa forma, o valor de P será:

P = R$ 20.441,07 / 6,813692

P = R$ 3.000,00

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 31


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Planilha financeira do sistema de amortização Francês ou Price. I = 10% a. t.

Saldo devedor Amortização


n Juros (J) Prestação (P) m
(SD) (A)
0 20441,07 0 0 0 12
1 19485,18 955,89 2044,11 3.000,00 11
2 18433,71 1051,47 1948,53 3.000,00 10
3 17277,09 1156,62 1843,38 3.000,00 9
4 16004,80 1272,29 1727,71 3.000,00 8
5 14605,29 1399,51 1600,49 3.000,00 7
6 13065,82 1539,47 1460,53 3.000,00 6
7 11372,41 1693,41 1306,59 3.000,00 5
8 9509,66 1862,75 1137,25 3.000,00 4
9 7460,63 2049,03 950,97 3.000,00 3
10 5206,70 2253,93 746,07 3.000,00 2
11 2727,37 2479,33 520,67 3.000,00 1
12 0,10 2727,26 272,74 3.000,00 0

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 32


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

EXERCÍCIOS

1. Uma empresa recebe um financiamento para pagar por meio de uma anuidade postecipada
constituída por vinte prestações semestrais iguais no valor de R$ 200.000,00 cada. Imediatamente
após o pagamento da décima prestação, por estar em dificuldades financeiras, a empresa consegue
com o financiador uma redução da taxa de juros de 15% para 12% ao semestre e um aumento no
prazo restante da anuidade de dez para quinze semestres. Calcule o valor mais próximo da nova
prestação do financiamento.

2. Tomando um empréstimo de R$ 30.000,00 para ser pago em 48 parcelas mensais, com juros de
1% ao mês, calcule o valor de cada prestação no sistema price.

Mês Juros Amortização Saldo Devedor Cálculo para próximo mês


0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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45
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47
48
Soma

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Matemática Financeira e Comercial. Rodrigues, Marcelo; Minello, Roberto. Editora Ferreira.

Matemática Comercial & Financeira. Parente, Eduardo Afonso de M. Editora FTD.

Noções Básicas de Matemática Comercial e Financeira. Castanheira, Nelson Pereira. Editora Ibpex.

Matemática para Concursos - Matemática Comercial e Financeira - Raciocínio Lógico e Quantitativo


Nascimento, Sebastião Vieira do. Editora Ciência Moderna.

FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 35


Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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