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Matemática Comercial
e Financeira II
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2
Conceitos
Classificação
Prazos, Valor dos termos e Periodicidade
Vencimento dos termos
Rendas Imediatas
Rendas Antecipadas
Rendas Diferidas
Exercícios
Tabela price
INTRODUÇÃO
De uma forma simplificada, podemos dizer que a Matemática Financeira, é o ramo da Matemática
Aplicada que estuda o comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira busca quantificar
as transações que ocorrem no universo financeiro levando em conta a variável tempo, ou seja o valor
monetário no tempo. As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira, são: a
taxa de juros, o capital e o tempo.
Nesta apostila estudaremos instrumentos mais avançados da Matemática Financeira, como: aplicações
financeiras, operações financeiras, rendimentos e séries de pagamentos. É indispensável o domínio do
conteúdo explanado em Matemática Comercial e Financeira I para otimizar o aprendizado de Matemática
comercial e Financeira II.
As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário
(CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento
Toda aplicação financeira está sujeita a riscos. Para reduzi-los, deve-se procurar informações sobre o tipo
de aplicação, sobre a instituição financeira e sobre as variáveis econômicas que podem influenciar o
resultado esperado. Geralmente os rendimentos são maiores nas aplicações de maior risco. Algumas
aplicações são parcialmente garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC.
O CDB é um título de crédito e o RDB é um recibo. Ambos são emitidos pelos bancos comerciais e
representativos de depósitos a prazo feitos pelo cliente.
Taxa é um índice numérico relativo cobrado sobre um capital para a realização de alguma operação
financeira.
Segundo José Dutra Vieira Sobrinho, "No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e
executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de juros principalmente no que se refere
às taxas nominal, efetiva e real. O desconhecimento generalizado desses conceitos tem dificultado o
fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento entre as partes. Dentro dos programas
dos diversos cursos de Matemática Financeira existe uma verdadeira 'poluição' de taxas de juros."
Não importando se a capitalização é simples ou composta, existem três tipos principais de taxas:
Taxa Nominal:
A taxa Nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com
aquele a que a taxa está referida.
Exemplos:
1500% ao ano com capitalização mensal.
480% ao semestre com capitalização mensal.
600% ao ano com capitalização trimestral.
Taxa Efetiva:
A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele
a que a taxa está referida.
Exemplos:
520% ao mês com capitalização mensal.
650% ao semestre com capitalização semestral.
1200% ao ano com capitalização anual.
Taxa Real:
Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Conexão entre as taxas real, efetiva e de inflação: A taxa Real não é a diferença entre a taxa efetiva e a
taxa da inflação. Na realidade, existe uma ligação íntima entre as três taxas, dadas por:
Exemplo:
Se a taxa de inflação mensal foi de 30% e um valor aplicado no início do mês produziu um rendimento
global de 32,6% sobre o valor aplicado, então o resultado é igual a 1,326 sobre cada 1 unidade monetária
aplicada. Assim, a variação real no final deste mês, será definida por:
vreal = 1 + ireal
Temos que:
ireal = 2%
Taxa Proporcional: duas taxas são denominadas proporcionais quando existe entre elas a mesma relação
verificada para os períodos de tempo a que se referem.
i1 = t1
i2 t2
Onde:
i= juros
t= tempo
Taxa Equivalente :duas taxas são equivalentes se fizerem com que um mesmo capital produza o mesmo
montante no fim do mesmo prazo de aplicação.
Taxas equivalentes são aquelas obtidas por diferentes processos de capitalização de um mesmo Principal
p para obter um mesmo montante S.
Consideraremos ia uma taxa ao ano e ip uma taxa ao período p, sendo que este período poderá ser: 1
semestre, 1 quadrimestre, 1 trimestre, 1 mês, 1 quinzena, 1 dia ou outro que se deseje. Deve ficar claro
que tomamos 1 ano como o período integral e que o número de vezes que cada período parcial ocorre em
1 ano é indicado por Np.
1 + ia = (1+ip)Np
Onde:
ia taxa anual
ip taxa ao período
Np número de vezes em 1 ano
OBS: No regime de juros simples, duas taxas equivalentes também são proporcionais!
Em alguns casos podemos ter situações em que diversos capitais são aplicados, em épocas diferentes, a
uma mesma taxa de juros, desejando-se determinar os rendimentos produzidos ao fim de um certo
período. Em outras situações, podemos ter o mesmo capital aplicado a diferentes taxas de juros, ou ainda,
diversos capitais aplicados a diversas taxas por períodos distintos de tempo.
Capital Médio (juros de diversos Capitais): é o mesmo valor de diversos capitais aplicados a taxas
diferentes por prazos diferentes que produzem a mesma quantia de juros.
Cmd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn
i1 n1 + i2 n2 + i3 n3 + ... + in nn
Taxa Média : é a taxa à qual a soma de diversos capitais deve ser aplicada, durante um certo período de
tempo, para produzir juros iguais à soma dos juros que seriam produzidos por diversos capitais.
Taxamd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn
C1 n1 + C2 n2+ C3 n3 + ... + Cn nn
Prazo Médio: é o período de tempo que a soma de diversos capitais deve ser aplicado, a uma certa taxa
de juros, para produzir juros iguais aos que seriam obtidos pelos diversos capitais.
Prazomd = C1 i1 n1 + C2 i2 n2 + C3 i3 n3 + ... + Cn in nn
C1 i1 + C2 i2+ C3 i3 + ... + Cn in
EXERCÍCIOS
1) Se uma pessoa possuía numa caderneta de poupança o valor de R$ 785.890,45 no dia 30/04/93 e a
taxa da inflação desde esta data até 30/05/93 foi de 35,64% então, que valor ele terá em sua conta
no dia 30/05/93?
2) A aplicação de R$1.000,00 à taxa de 10% ao mês durante 3 meses equivale a que aplicação com a
taxa de 33,1% ao trimestre?
3) Qual será a taxa efetiva que equivale à taxa de 12% a.a capitalizada mês a mês?
5) Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente à taxa composta de 10% a.m?
6) Calcule o montante que resultará de um capital de R$ 4.000,00, no final de 1 ano, aplicado com
juros de 27% a.a com capitalização trimestral.
O Fluxo de Caixa Diário mostra-se como uma ferramenta de fundamental importância no planejamento e
no controle financeiro. Dizemos que o fluxo de caixa é o volante financeiro da empresa. Por isso tem
como um de seus objetivos determinar os rumos a serem seguidos pelos gestores e pelas empresas.
Tomando por base os gestores de empresas pequenas, a implementação do Fluxo de Caixa fica mais
sacrificante. Pois, estas empresas, a maioria, não dispõem de sistemas integrados de informações (ERP).
Cabe então ao profissional contábil a missão de fazer a integração entre o gestor e a informação.
O Fluxo de Caixa Diário representa, de fato, uma ferramenta útil no processo de gestão da liquidez da
empresa. O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como
as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das
disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa.
Fluxo de Caixa é um gráfico contendo informações sobre Entradas e Saídas de capital, realizadas em
determinados períodos. O fluxo de caixa pode ser apresentado na forma de uma linha horizontal (linha de
tempo) com os valores indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma tabela com estas mesmas
indicações.
A entrada de dinheiro para um caixa em um sistema bancário poderá ser indicada por uma seta para baixo
enquanto que o indivíduo que pagou a conta deverá colocar uma seta para cima. A inversão das setas é
uma coisa comum e pode ser realizada sem problema.
Veja a seguir uma situação onde o fluxo de caixa é representado pelo gráfico de setas.
Consideremos uma situação em que foi feito um depósito inicial de R$5.000,00 em uma conta que rende
juros de 4% ao ano, compostos mensalmente e que se continue a depositar mensalmente valores de
R$1.000,00 durante os 5 meses seguintes. No 6º. mês quer-se conhecer o Valor Futuro da reunião destes
depósitos.
Para obter o Valor Futuro deste capital depositado em vários meses, usamos o fluxo de caixa e conceitos
matemáticos para calcular o valor resultante ou montante acumulado.
Fluxo de caixa é um objeto matemático que pode ser representado graficamente com o objetivo de
facilitar o estudo e os efeitos da análise de uma certa aplicação, que pode ser um investimento,
empréstimo, financiamento, etc. Normalmente, um fluxo de caixa contém Entradas e Saídas de capital,
marcadas na linha de tempo com início no instante t=0.
0 1 2 3 ... n-1 n
S1 S2 S3 ... Sn-1 Sn
Este gráfico representa um empréstimo bancário realizado por uma pessoa de forma que ela restituirá este
empréstimo em n parcelas iguais nos meses seguintes. Observamos que Eo é o valor que entrou no caixa
da pessoa (o caixa ficou positivo) e S1, S2, ..., Sn serão os valores das parcelas que sairão do caixa da
pessoa (negativas).
No Fluxo de Caixa do banco, as setas têm os sentidos mudados em relação ao sentidos das setas do Fluxo
de Caixa da Pessoa. Assim:
0 1 2 3 ... n-1 n
So
O fato de cada seta indicar para cima (positivo) ou para baixo (negativo), é assumido por convenção, e o
Fluxo de Caixa dependerá de quem recebe ou paga o Capital num certo instante, sendo que:
OBS: Nesta apostila, o ponto principal é a construção de Fluxos de Caixa na forma gráfica.
Abaixo seguem alguns exemplos importantes onde é possível aplicarmos o fluxo de caixa na forma
gráfica. Tais situações são muito comuns nas operações financeiras.
1. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará R$11.000,00 daqui há um mês.
Fluxo de Caixa 01
10.000
0 1
11.000
2. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará em duas parcelas iguais e seguidas
de R$6.000,00 a partir do próximo mês.
Fluxo de Caixa 02
10.000
0 1 2
6.000 6.000
Fluxo de Caixa 03
10.000
0 1 2
5.500 6.500
4. Uma pessoa fez um empréstimo de R$10.000,00 hoje e pagará R$ 1.000,00 em 15 parcelas iguais
a partir do mês seguinte.
Fluxo de Caixa 04
10.000
0 1 2 ... 14 15
5. Uma pessoa comprou um carro por R$16.000,00 hoje e pagará em 24 parcelas de R$ 876,54 a
partir do mês seguinte.
Fluxo de Caixa 05
16.000
0 1 2 ... 23 24
6. Uma pessoa comprou um carro por R$16.000,00 hoje e pagará o mesmo em 24 parcelas de R$
840,00 a partir de hoje.
Fluxo de Caixa 06
16.000
0 1 2 ... 23
7. Uma pessoa comprou um carro por R$12.000,00 hoje e pagará em 20 parcelas variáveis que
começam com R$ 500,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela paga
a partir do mês seguinte.
Fluxo de Caixa 07
12.000
0 1 2 ... 19 20
8. Uma pessoa comprou um carro por R$12.000,00 hoje e pagará em 20 parcelas variáveis que
começam com R$ 500,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela paga
já no momento inicial.
Fluxo de Caixa 08
12.000
0 1 2 ... 18 19
Fluxo de Caixa 09
VP=A
FINANÇAS – Matemática Comercial e Financeira II 12
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
0 1 2 ... n-1 n
R R R R R
Solução matemática
Ou
Veja agora exemplos de fluxo de caixa representados graficamente e resolvidos através da solução
matemática também.
10. Uma pessoa financia um objeto em 5 parcelas iguais e seguidas de R$1.000,00 a partir do próximo
mês. Se a taxa bancária de juros é de 7% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste objeto?
Fluxo de Caixa 10
VP
0 1 2 3 4 5
Solução matemática:
11. Uma pessoa financia um objeto em n parcelas iguais e seguidas de R unidades monetárias a partir
deste mês. Se a taxa bancária de juros é de i% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste objeto?
Fluxo de Caixa 11
VP=A
0 1 2 ... n-1
R R R R R
Solução matemática:
12. Considere o problema do item 10 e uma nova alternativa. Refinanciar a compra do objeto que
custa o Valor Presente (obtido no Fluxo de Caixa 10) em 4 parcelas iguais e seguidas a partir do
mês inicial. Considere a mesma taxa bancária de juros. Qual deverá ser o valor de cada nova
parcela R? Qual será o percentual de aumento da prestação em relação à prestação anterior, com
esta nova alternativa?
Fluxo de Caixa 12
4.100,20
0 1 2 3
R? R? R? R?
Solução matemática:
CÂMBIO
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra
moeda.
A taxa de câmbio pode ser definida em termos diretos (ao incerto) ou em termos indiretos (ao certo). A
taxa de câmbio está definida em termos diretos quando exprime o preço de uma unidade monetária
estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional (exemplo: a taxa de câmbio USD/EUR está
definida de forma direca para os habitantes da zona euro; ou está definida de forma indireta para os
habitantes dos EUA).
A taxa de câmbio está definida de forma indireta quando exprime o preço de uma unidade monetária de
moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira (exemplo: taxa de câmbio EUR/USD está
definida em termos indiretos para os habitantes da zona euro, pois exprime o preço de 1 unidade
monetária nacional, o euro, em unidades monetárias de moeda estrangeira, o dólar).
A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda
e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo
Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um
importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda
estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).
Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere
ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase
invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a
moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de
unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em
outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra.
Existe uma variedade bastante ampla de diferentes arranjos de câmbio adotados pelos países ao longo da
história. Todos esses arranjos podem ser agrupados em dois segmentos básicos: regimes cambiais fixos ou
flutuantes. A diferença básica entre esses dois regimes é que, enquanto no caso dos câmbios fixos a taxa
de câmbio é definida pelas autoridades monetárias nacionais, em câmbios flutuantes essa mesma taxa é
formada no mercado cambial através dos movimentos de oferta e demanda por ativos em moeda
estrangeira.
Flutuação o valor da taxa de câmbio no mercado se alterará à medida que haja mudança em outras
variáveis que influenciam a demanda e a oferta de divisas. A demanda por divisas é afetada, além da taxa
de câmbio, pelas seguintes variáveis.
(1) Nível do Produto Interno (Y) - é de se esperar que, quanto maior Y, maior será a demanda por
(2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe) - coeteris paribus, caso Pi aumente, o preço real
das importações em moeda nacional diminuirá e, portanto as importações e a demanda por divisas
serão incentivadas; caso Pe aumente, o preço real das importações em moeda nacional se elevará
e, portanto as importações e a demanda por divisas serão desestimuladas;
(3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie) - coeteris paribus, caso Ii, se eleve, haverá um incentivo à
entrada líquida de capitais no País, pois ela se tornou mais atrativa que a externa, logo a oferta de
divisas no país aumenta, com uma demanda constante; caso contrário, se Ie aumentar, ocorrerá
um estímulo á saída líquida de capitais para o exterior, já que ela está mais alta que a interna logo
a oferta de divisas diminui, com uma demanda constante.
Agentes – Podem ser autorizados a operar no mercado: bancos comerciais, bancos múltiplos,
bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades corretoras de câmbio ou de títulos e valores mobiliários,
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, agências de turismo e aos meios de
hospedagem de turismo;
principalmente nos momentos de dificuldades enfrentadas pelo País na área externa. Embora já tenham
ocorridas muitas adaptações no sistema originalmente implantado, a estrutura básica e os seus princípios
de funcionamento ainda são os mesmos, após 25 anos de existência.
Nos últimos anos, as novas condições da economia brasileira no cenário internacional permitiram a
implementação de um processo contínuo de liberalização e simplificação das regras e procedimentos
relacionados ao mercado de câmbio, tendo sido promovidos importantes aperfeiçoamentos na estrutura
regulatória do mercado brasileiro.
O que se busca com o projeto é modernizar também o Sisbacen/Câmbio, considerando novos conceitos,
novas tecnologias atualmente existentes, o cenário econômico atual e as necessidades do Banco Central e
do mercado como um todo. Será uma oportunidade de se compatibilizar o processo de simplificação e
racionalização de regras com o sistema informatizado empregado na captação das informações relativas
às operações de câmbio, por meio da modernização e ajustes do sistema atual. O processo de registro das
operações de câmbio no Banco Central será mais simples e eficiente, com reflexo esperado na redução de
custos administrativos e operacionais da administração pública, dos bancos, das corretoras e de seus
clientes.
O novo sistema compreenderá as operações de câmbio negociadas diariamente nos mercados primário
(exportações, importações e transferências financeiras) e interbancário, sendo implementada a sistemática
de troca de mensagens entre os sistemas do Banco Central e das instituições financeiras.
O desenvolvimento do novo sistema Câmbio exige que o Banco Central e os agentes do mercado
trabalhem simultaneamente e de forma coordenada, sendo importante o comprometimento dos
participantes desde o início do projeto.
Objetivos:
Características:
Utilização voluntária
Inexistência de contrato de câmbio
Inexistência de mudanças na documentação de comércio exterior, exceto em relação ao
registro de exportação, registro este que deverá ser feito em reais
TABELA DE MOEDAS
EXERCÍCIOS
1. Comente a seguinte afirmação: O Fluxo de Caixa Diário mostra-se como uma ferramenta de
fundamental importância no planejamento e no controle financeiro.
a. Uma pessoa fez um empréstimo de R$20.000,00 hoje e pagará R$21.000,00 daqui há um mês.
b. Uma pessoa fez um empréstimo de R$30.000,00 hoje e pagará em duas parcelas iguais e
seguidas de R$16.000,00 a partir do próximo mês.
c. Uma pessoa fez um empréstimo de R$40.000,00 hoje e pagará R$20.500,00 em 30 dias e
R$20.500,00 em 60 dias.
d. Uma pessoa fez um empréstimo de R$15.000,00 hoje e pagará R$ 1.500,00 em 15 parcelas
iguais a partir do mês seguinte.
e. Uma pessoa comprou um carro por R$36.000,00 hoje e pagará em 36 parcelas de R$ 1.085,00
a partir do mês seguinte.
f. Uma pessoa comprou um carro por R$60.000,00 hoje e pagará o mesmo em 48 parcelas de R$
1.500,00 a partir de hoje.
g. Uma pessoa comprou um carro por R$52.000,00 hoje e pagará em 55 parcelas variáveis que
começam com R$ 900,00 e vão aumentando R$200,00 a cada mês, sendo a primeira parcela
paga a partir do mês seguinte.
h. Uma pessoa comprou um carro por R$72.000,00 hoje e pagará em 75 parcelas variáveis que
começam com R$ 900,00 e vão aumentando R$100,00 a cada mês, sendo a primeira parcela
paga já no momento inicial.
i. Uma pessoa financia uma jóia em 8 parcelas iguais e seguidas de R$1.500,00 a partir do
próximo mês. Se a taxa bancária de juros é de 5% ao mês, qual é o Valor Presente (VP) desta
jóia?
a. Taxa de Câmbio.
b. Mercado de câmbio.
c. Flutuação o valor da taxa de câmbio.
d. Projeto de modernização do sistema câmbio.
e. Sistema de pagamentos em moeda local.
4. Você já conhecia alguma moeda estrangeira da lista do Banco Central? Qual? Imaginava que havia
mais ou menos moedas estrangeiras?
RENDAS CERTAS
CONCEITOS
Montante da Renda: quando a renda for destinada à formação de um capital, este capital será denominado
de Montante da Renda.
Valor Atual da Renda:se o objetivo da renda for o pagamento de uma dívida, o valor da dívida será
designada por Valor Atual da Renda.
Graficamente, temos:
S
0 1 2 3 4
|
R R R
0 1 2 3
|
R R R
CLASSIFICAÇÃO
Nas Rendas Certas, o número de termos, seus vencimentos e respectivos valores podem ser previamente
calculados.
As rendas aleatórias são aquelas em que pelo menos um dos elementos da renda (número de termos,
vencimentos, valores) não pode ser previamente estabelecido.
Temporárias - são as rendas em que o número de termos é finito e a renda tem um termo final.
Ex.: venda de um carro financiado em 15 parcelas;
Não – Periódicas – são aquelas em que a freqüência entre os pagamentos não é constante.
Ex.: venda de um bem a prazo, com pagamento de uma parcela no ato, a 2ª com 30 dias e 3ª com
50 dias.
Rendas imediatas – (ou postecipadas) - quando os pagamentos ocorrem no fim de cada período
(convenção de fim de período do fluxo de caixa)
Rendas diferidas – quando o pagamento (ou recebimento) dos termos passa a ocorrer após
determinado período de tempo (prazo de carência)
1. RENDAS IMEDIATAS
Valor Atual de uma Renda Imediata : o valor atual (ou presente) de uma renda equivale ao valor de uma
dívida (empréstimo, valor à vista de um bem) que será pago em prestações.
1 2 3 4 ..... n
Renda imediata : 0
R R R R R
P = R x ( 1 + i )n - 1
i x ( 1 + i )n
Onde:
P = Capital
R = Renda ou Prestação
i = Taxa de juros
n = Períodos
Montante de Rendas Imediatas : O montante de uma renda imediata corresponde à soma dos depósitos
(termos) individuais, durante n períodos, a uma taxa i de juros.
Devemos lembrar que o valor presente da série de n termos da renda, no instante zero, deve ser
equivalente ao montante S no instante zero.
S = R x ( 1 + i )n - 1
i
Onde:
S = Montante
R = Renda ou Prestação
i = Taxa de juros
n = Períodos
2. RENDAS ANTECIPADAS
Valor Atual de uma Renda Antecipada: Nas rendas imediatas, o primeiro pagamento ocorre no final
do primeiro período e dos demais no final dos respectivos períodos. Nas Rendas antecipadas, o 1º
pagamento ocorre no instante zero e os demais pagamentos ocorrem no início de cada período.
1 2 3 4 ..... n
Renda imediata 0
R R R R R
1 2 3 n
Renda ANTECIPADA 0
R R R R R
Comparando-se os diagramas de renda imediata com o de renda antecipada, a única diferença é que o
primeiro termo, na renda imediata, ocorre no fim do 1º período, enquanto na antecipada, o 1º pagamento
ocorre no instante zero.
Para “empurrar” o 1º termo para o final do instante 1 ( e os demais para o final dos respectivos períodos),
basta que multipliquemos a série de pagamentos por ( 1 + i )n , “deslocando” o gráfico para a
direita por um período. Como resultado desta “transformação”, a série de pagamentos antecipados passa
a ser uma renda postecipada.
Portanto, para encontrarmos o valor das rendas antecipadas, basta dividirmos o valor encontrado para as
rendas imediatas por ( 1 + i ) .
R antecipada = R imediata / ( 1 + i )
Montante de Rendas Antecipadas : A exemplo dos valores atuais de rendas imediatas e antecipadas, o
montante de uma renda antecipada irá diferir do montante de uma renda imediata (ou postecipada) no
tocante à ocorrência do 1º depósito.
Portanto, para encontrarmos o valor do montante antecipado, basta dividirmos o valor encontrado para o
montante imediato por ( 1 + i ) .
S antecipada = S imediata / ( 1 + i )
3. RENDAS DIFERIDAS
Valor Atual de Rendas Diferidas : As rendas diferidas são aquelas em que os pagamentos ou depósitos
passam a ocorrer após um certo prazo, prazo este denominado prazo ou período de carência.
O cálculo do valor atual de uma renda diferida pode ser decomposto em 2 etapas:
2ª etapa: cálculo do valor presente, na data zero, do valor obtido no final do período de carência.
P = 1 x Rx ( 1 + i )n - 1
( 1 + i )n i x ( 1 + i )n
Valor Atual de Rendas Perpétuas Imediatas : Rendas Perpétuas são aquelas em que o número de termos é
infinito. O valor atual de uma renda perpétua imediata é dado pela fórmula:
P = R / i
Onde:
P = Valor do Capital
R = Renda ou pagamento
I = taxa de juros
Valor Atual de Rendas Perpétuas antecipadas : Para calcular o valor atual de rendas perpétuas antecipadas,
basta adicionar o termo que ocorreu no instante zero à fórmula das rendas perpétuas imediatas. Assim,
temos:
P = R + R/i
EXERCÍCIOS
3. Um apartamento é vendido à vista por R$ 100.000, mas pode ser vendido a prazo em 19
prestações mensais, iguais, vencendo a 1ª no ato da compra. Sabendo que a taxa de juros é de 2%
a.m., qual o valor da Prestação ?
4. Quanto devo depositar mensalmente num fundo de investimento que paga 4 % a m., para que, no
fim de 10 meses, não ocorrendo nenhum resgate, possa dispor de R$ 150000, supondo o 1º
depósito na data zero, e o total de 10 depósitos ?
5. Qual o valor atual de uma renda de R$ 1.000 de 3 termos mensais, com 2 meses de carência, à
taxa de 6 % a m. ?
6. Durante 10 anos um investidor pretende depositar mensalmente uma certa quantia para, após o
término dos depósitos, ter uma renda perpétua de R$ 2.000 por mês. Considere a convenção de
fim de período e juros de 1 % a m.
7. Uma pessoa pretende se aposentar e “viver de juros”. Quanto deve ter depositado para receber
R$ 2.000 mensalmente, sabendo que o investimento feito paga juros de 1 % a. m.. Considerar
série infinita de pagamentos antecipados.
TABELA PRICE
Tabela Price é um método usado em amortização de empréstimo, caracterizado por prestações iguais e
desenvolvido em 1771 pelo reverendo presbiteriano Richard Price (filósofo).
O método de amortização baseado nas tabelas de Richard Price, na realidade foi idealizado pelo seu autor
para pensões e aposentadorias. No entanto, foi a partir da 2ª revolução industrial que sua metodologia de
cálculo foi aproveitada para cálculos de amortização de empréstimo.
A principal característica da tabela Price, ou Sistema Francês de Amortização, são as prestações iguais.
Este método foi denominado de tabelas de juro composto pelo seu autor Richard Price em sua obra
"Observations on Reversionary Payments".
O SISTEMA PRICE
Como as prestações são iguais e consecutivas, durante um certo número de períodos, tais pagamentos
podem ser calculados da seguinte maneira:
P = R x ( 1 + i )n - 1
i x ( 1 + i )n
A principal característica do sistema price é a de que o mutuário é obrigado a devolver os juros mais o
principal em prestações periódicas e constantes.
Estamos, portanto, diante de três problemas para construir a planilha financeira: como obter o valor das
prestações, o valor dos juros e o valor da amortização em cada prestação.
Partindo do pressuposto de que a prestação é a soma do valor da amortização e dos juros, temos as três
relações a seguir:
(1 + i)n - 1
P= Va
i (1 + i)n
O valor dos juros é obtido pela multiplicação da taxa de juros unitária (i) do período (n) pelo saldo
devedor (SD) do período anterior (n-1).
J = SDn-1 x I
O valor da amortização é obtido pela diferença entre o valor da prestação e o valor dos juros.
A=P–J
O saldo devedor do período é obtido pela subtração da amortização do período (n) do saldo devedor do
período anterior (n-1).
SDn = SDn-1 - An
EXEMPLO:
Suponha que você queira adquirir um veículo, cujo preço à vista é de R$ 20.441,07, em 12 prestações
trimestrais. A financeira propõe uma taxa de juros de 40% ao ano, com capitalização trimestral. Você não
dá entrada. Nessas condições, após calcular o valor de cada prestação, podemos montar a planilha
financeira.
(1 + i)n - 1
P= Va
i (1 + i)n
P = R$ 20.441,07 / 6,813692
P = R$ 3.000,00
EXERCÍCIOS
1. Uma empresa recebe um financiamento para pagar por meio de uma anuidade postecipada
constituída por vinte prestações semestrais iguais no valor de R$ 200.000,00 cada. Imediatamente
após o pagamento da décima prestação, por estar em dificuldades financeiras, a empresa consegue
com o financiador uma redução da taxa de juros de 15% para 12% ao semestre e um aumento no
prazo restante da anuidade de dez para quinze semestres. Calcule o valor mais próximo da nova
prestação do financiamento.
2. Tomando um empréstimo de R$ 30.000,00 para ser pago em 48 parcelas mensais, com juros de
1% ao mês, calcule o valor de cada prestação no sistema price.
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Soma
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Noções Básicas de Matemática Comercial e Financeira. Castanheira, Nelson Pereira. Editora Ibpex.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!