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CONSTRUÇÕES METÁLICAS
Disciplina
45 horas/aula
Horário: 3ª feira 20:50 às 22:30h
sábado 8:50 às 10:30h (datas específicas)
Presença exigida 75% da carga horária
(34 horas/aula)
Avaliações:
4 provas (25 pontos cada prova):
(15/12, 02/02, 09/03, 13/04)
Suplementar 16/04
Exame especial 20/04
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Conteúdo
Aços estruturais;
Propriedades físicas e geométricas de perfis estruturais;
Ações e segurança das estruturas;
Dimensionamento de elementos submetidos a tração e à compressão
centradas;
Dimensionamento de barras submetidas a flexão simples (resistência
ao momento fletor);
Dimensionamento de barras sujeitas forças cortantes (resistência da
alma);
Dimensionamento de barras à flexão reta composta (interação
força normal e momento fletor);
Verificação das flechas segundo a norma ANT NBR-8800;
Fundamentos de estruturas mistas aço e concreto.
Bibliografia
NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios
FAKURY, R. H., SILVA, A. L. R. C., CALDAS, R. B.,
“Dimensionamento básico de elementos estruturais de
aço e mistos de aço e concreto ”. UFMG, Belo
Horizonte, versão 4, parte 1, 2011.
Pfeil, W., Pfeil, M. Estruturas de Aço – Dimensionamento
prático segundo a NBR 8800:2008
Notas de aula e materiais disponibilizados no sistema
acadêmico
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
Ensaios de tração: comportamento dos aços sob
tensão normal
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Fase Elástica
– Corresponde ao trecho reto da origem até o material
atingir a tensão fy, chamada de resistência ao escoamento.
– O material obedece à lei de Hooke (as tensões σ são
proporcionais às deformações ε:
σ=Eε
– E = constante, módulo de elasticidade, modulo de Young
ou ainda módulo de deformação longitudinal
– E = tangente do ângulo de inclinação β do trecho reto.
– E = 200000 MPa
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Fase elástica
– Deformação atinge valores da ordem de 0.12% a 0.20%
– O descarregamento ocorre segundo o mesmo caminho do
carregamento, apenas com sentido inverso.
– A deformação desaparece totalmente.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Fase plástica
– Corresponde ao trecho do diagrama em que o material fica
com tensão constante, igual a fy, enquanto a deformação
aumenta consideravelmente, atingindo valores entre 1,4%
e 2,1%.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Fase de Encruamento
– Após o escoamento, o material sofre um revigoramento, que recebe a
denominação de encruamento ou endurecimento.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Compressão
– caso o corpo de prova fosse submetido à compressão, as resistências
teriam aproximadamente os mesmos valores absolutos do ensaio de
tracão
– Ao invés do aumento de comprimento, da estricção e do rompimento,
ocorreriam redução do comprimento, aumento da área da secão
transversal e esmagamento por compressão, respectivamente.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Cisalhamento
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Tensão de Cisalhamento
– Submetendo-se um corpo de prova à tensão de cisalhamento, obtém-
se um diagrama tensào-deformação similar àquele relacionado às
tensões normais de tracão.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
– A resistência ao escoamento por cisalhamento, fvy, obtida no
diagrama, varia entre a ½ e 5/8 da resistência ao escoamento à tensão
normal (fy).
– Teoricamente à:
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Massa específica
ρ = 7850 kg/m3
• Peso específico
γ = 77 kN/m3
• Dilatação térmica
α = 12 x 10-6°C-1
AÇOS ESTRUTURAIS
Os aços estruturais usados no Brasil, em função da
composição química, são classificados em aços-carbono e
aços de baixa liga e alta resistência mecânica. Esses aços
podem possuir resistência à corrosão atmosférica normal ou
superior à normal, sendo neste último caso denominados
aços resistentes à corrosão atmosférica.
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AÇOS ESTRUTURAIS
Todos os aços supracitados possuem diagramas tensão-
deformação com patamar de escoamento
TIPOS DE AÇO
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AÇOS ESTRUTURAIS
Aços carbono
São os tipos mais usuais, sendo que o aumento de
resistência é obtido com o carbono (entre 0,15% e
0,29% ) e com a adição de manganês (porcentagem
máxima de 1,5%).
Teor de carbono aumenta a resistência e a dureza
(reduz a ductilidade).
aços de média resistência mecânica, apresentam
resistência ao escoamento mínima entre 230 MPa e
380 MPa e resistência à ruptura mínima entre 310
MPa e 480 MPa.
Aços mais usados: ASTM A36, A570.
AÇOS ESTRUTURAIS
Aços de baixa liga
São aços-carbono com adição de alguns elementos de liga
(silício, nióbio,cromo, cobre, níquel, manganês, titânio....)
sendo que estes elementos provocam um aumento da
resistência do aço, tanto mecânica (ASTM A572) com à
corrosão atmosférica (ASTM A588).
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AÇOS ESTRUTURAIS
Aços Patináveis ou Aclimáveis
Apresentam como principal característica a resistência à
corrosão atmosférica, muito superior ao do aço-carbono
convencional, conseguida pela adição de pequenas
quantidade de elementos de liga.
AÇOS ESTRUTURAIS
Aços Patináveis ou Aclimáveis
O tempo necessário para a formação da pátina varia em
função do tipo de atmosfera a que o aço está exposto,
sendo em geral de 18 meses a 3 anos.
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Aços estruturais de
especificação ASTM
((American Society for Testing
and Materials) permitidos
pela NBR 8800
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PERFIS ESTRUTURAIS
• Os perfis estruturais utilizados na construção
metálica podem ser classificados segundo o
modo de obtenção em:
– perfis laminados;
– perfis tubulares;
– perfis soldados;
– perfis formados a frio.
PERFIS LAMINADOS
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PERFIS LAMINADOS
•Os perfis laminados são aqueles obtidos por
meio de um processo de transformação mecânica
de metais, chamado de laminação, cujos
objetivos principais são:
PERFIS LAMINADOS
• Laminação: modificar continuamente, a frio
ou a quente, a seção transversal de um
produto metálico pela sua passagem entre
dois cilindros.
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PERFIS LAMINADOS
• Chapas
– Grossas (>5mm) em forma de placas
– Finas (<=5mm) placas ou bobinas
PERFIS LAMINADOS
• Perfis de seção
aberta
– perfil I de faces
inclinadas,
– perfil I e H de faces
paralelas,
– perfil U e
cantoneira de abas
iguais
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PERFIS LAMINADOS
PERFIS LAMINADOS
• Perfis I de faces inclinadas
– Alturas entre 76,2 mm (3") e 152,4 mm (6").
– largura das mesas entre 66% e 35% da altura.
– A cada altura de perfil, tem-se mais de uma seçâo
transversal distinta, em função da variação da
espessura da alma e da largura das mesas.
– Apropriado para uso sob solicitação de flexão simples
em relação ao eixo x. Sua resistência à flexão em
relação ao eixo y é reduzida
– É especificado por meio de seu símbolo (I), seguido da
altura (d) em milímetros e da massa por unidade de
comprimento (kg/m) (exemplo: l 127 x 14,8).
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PERFIS LAMINADOS
• Perfis U
– com alturas entre 25,4 mm (l") e 152,4 mm (6")
– A cada altura de perfil, tem-se mais de uma seçâo
transversal distinta, em função da variação da espessura
da alma e da largura das mesas.
– Empregado quando a solicitação, de qualquer tipo, é
pequena, como por exemplo, nos pilares de estruturas
pouco carregadas, em componentes de treliças, em terças
e travessas de tapamento e em degraus e longarinas de
escadas.
– É especificado por meio de seu símbolo (U), seguido da
altura (d) em milímetros e da massa por unidade de
comprimento (kg/m) (exemplo: U 152 x 12,2).
PERFIS LAMINADOS
• Cantoneiras
– abas iguais com largura variando entre 12,7 mm (1/2")
e 127 mm (5V).
– São perfis relativamente menos pesados, usados
principalmente como componentes de treliça e como
elementos de contraventamento, situações em que a
solicitação predominante é de tração ou compressão
axial.
– Especificação se faz pelo seu símbolo (L), seguido pelo
comprimento das abas (a) e pela espessura (t), em
milímetros (exemplo: L 76 x 6,4).
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PERFIS LAMINADOS
• Perfis I de faces paralelas
– os perfis I são mais apropriados para uso sob
solicitação de flexão simples em relação ao eixo x, já
que sua resistência à flexão em relação ao eixo y é
relativamente pequena.
– Possui alturas variando entre 152 mm e 360 mm
– Especificados pela letra W (de "wide" - antigamente
WF.de "wide flange" - quando derivado de padrão
americano) ou letras HP (quando derivado de padrão
europeu) seguidas da altra (d) em milímetros e da
massa por unidade de comprimento (kg/m) (exemplo:
W 200 x 46.1; HP 250 x 85);
PERFIS LAMINADOS
• Perfis H de faces paralelas
– os perfis H são mais apropriados para trabalhar como
barras comprimidas, especialmente como pilares
– possuem a largura das abas próxima da altura da
seçào transversal e boa resistência à flexão também
em relação ao eixo y
– são fabricados com alturas variando entre 150 mm e
610 mm
– especificados pela letra W (são derivados de padrão
americano) seguida da altura (d) em milímetros e da
massa por unidade de comprimento (kg/m) (exemplo:
W 310 x 38,7).
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PERFIS LAMINADOS
• Barras
– barras redondas com diâmetro entre 6,35 mm a 88,9
mm
– empregadas como tirantes ou como elementos de
contraventamento, situações em que a solicitação
atuante é de tração axial.
– Barras com outras formas de seção transversal, como
as chatas e as quadradas são também fabricadas, mas
como possuem uso estrutural bastante restrito,
– Produção principalmente em aço ASTM A36.
– Especificação: símbolo ϕ seguido do diâmetro em
mm (ϕ50,8)
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PERFIS SOLDADOS
• Perfis soldados por arco elétrico
– obtidos por meio de ligação contínua, por solda
elétrica, de dois ou mais perfis laminados,
– mais comuns são do tipo I ou H duplamente
simétricos, constituídos por três chapas cortadas
nas dimensões apropriadas.
– NBR 5884 de 2005 (Perfil I Estrutural de Aço
Soldado por Arco Elétrico) fixa os requisitos para
sua fabricação e que também fornece tabelas de
dimensões usuais.
PERFIS SOLDADOS
• Perfis soldados por arco elétrico
– Geralmente são usados perfis soldados por arco
elétrico quando se necessita de perfis mais
resistentes que os perfis laminados disponíveis, ou
então para se ter uma forma especial de seção
transversal por exigências estruturais ou
arquitetônicas.
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PERFIS SOLDADOS
• Perfis da USIMINAS MECÂNICA (UMSA)
– série CS (coluna soldada):
• perfis do tipo H duplamente simétricos,
• apropriados para serem usados em barras
predominantemente comprimidas axialmente como é o
caso dos pilares.
• largura das mesas é sempre igual à altura da seção da
transversal
• altura varia de 350 mm a 600 mm;
PERFIS SOLDADOS
• Perfis da USIMINAS MECÂNICA (UMSA)
– série VS (viga soldada):
• perfis do tipo I duplamente simétricos,
• apropriados para serem usados em barras predominantemente
fletidas como vigas.
• Altura = 2 x a 4x a largura das mesas
• altura varia de 500mm a 1000 mm;
– série CVS (coluna-viga soldada):
• perfis intermediários entre I e H duplamente simétricos,
• Para barras submetidas a esforçoes combinados de flexçao e
compressão axial como pilares de pórticos submetidos a ação
vertical e lateral
• Altura = 1x a 1,5x a largura das mesas
• altura varia de 300mm a 600 mm;
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PERFIS SOLDADOS
• Perfis da USIMINAS MECÂNICA (UMSA)
– série VMS (viga soldada mista):
• perfis do tipo I monosimétricos (mesas com mesma largura mas
espessuras diferentes)
• apropriados para barras predominantemente fletidas com tensão
na mesa de menor área inferior àquela da mesa de maior área
como vigas.
• Altura = 1x a 3x a largura das mesas
• altura varia de 400mm a 995 mm;
PERFIS SOLDADOS
• Perfis soldados por árco elétrico
– Os perfis do tipo I ou H devem ser especificados por meio do
símbolo (CS, VS, CVS ou VSM no caso dos perfis padronizados
ou, por exemplo, PS no caso de um outro perfil), seguido da
altura, em milímetros e da massa por unidade de comprimento
(kg/m) (exemplos: CS 500 x 253, VS 400 x 49, CVS 350 x 98, VSM
600 x 100, PS 500 x 147).
– outra forma de especificar,é colocar o símbolo I ou H
precedendo as dimensões, em milímetro, na seguinte
sequência: altura x largura da mesa superior x largura da mesa
inferior x espessura da mesa superior x espessura da mesa
inferior x espessura da alma (exemplo: I 500 x 300 x 200 xl6 x
12,5 x 8).
– Se as duas mesas forem iguais, basta colocar altura x largura das
mesas x espessura das mesas x espessura da alma (exemplo: I
500x300x16x8).
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PERFIS SOLDADOS
• Perfis soldados por árco elétrico
PERFIS SOLDADOS
Perfis soldados por Eletrofusão
• constituídos por chapas ligadas por eletrofusão à alta
frequência, em um processo contínuo e automático de
grande produtividade, que pode chegar a 30 metros de perfil
por minuto.
• A ligação por eletrofusão se baseia no uso de uma corrente
elétrica com alta frequência (400000 Hz), que flui pela
superfície metálica, gerando uma potência de alta densidade
concentrada, permitindo unir peças em grande velocidade
com baixo consumo de calor.
• A norma brasileira NB R 15279 de 2005 (Perfis Estruturais de
Aço Soldados por Alta Frequência (Eletrofusão) - Perfis I, H e
T) estabelece os requisitos necessários para a fabricação
desses perfis e fornece tabelas usuais para os mesmos.
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PERFIS SOLDADOS
• Perfis da USIMINAS MECÂNICA (UMSA)
– série CE:
• perfis do tipo H duplamente simétricos,
• apropriados para serem usados em barras
predominantemente comprimidas axialmente.
• A largura das mesas é sempre igual à altura da seção da
transversal, que varia de 100 mm a 300 mm;
– Série VE:
• perfis do tipo I duplamente simétricos,
• apropriados para serem usados em barras
predominantemente fletidas.
• A altura varia de 150 mm a 500 mm e fica entre 1,5x e 2x a
largura das mesas;
PERFIS SOLDADOS
• Perfis da USIMINAS MECÂNICA (UMSA)
– série CVE:
• perfis intermediários entre o I e o H duplamente simétricos,
• apropriados para serem usados em barras submetidas a
esforços combinados de flexão e compressão axial
• A altura varia de 200mm a 300 mm e fica entre 1,5x a
largura das mesas;
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BIBLIOGRAFIA
• FAKURY, R. H., SILVA, A. L. R. C., CALDAS, R. B.,
“Dimensionamento básico de elementos
estruturais de aço e mistos de aço e concreto
”. UFMG, Belo Horizonte, versão 4, parte 1,
2011.
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