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DIASTÁSE ACADEMY

Aluna: Daiane dos Santos Nunes Silva

Resumo Modulo 1 – INTRODUÇÃO A DIÁSTASE

A diástase é a separação dos músculos reto abdominal na linha média dos tecidos
conjuntivos que os liga. Para melhor explicação, é observada um espaçamento entre
as duas paredes do reto abdominal esquerdo e direito, e este espaçamento fica
localizado na linha alba. Entretanto, nem todo espaçamento é precisa de tratamento
específico, ou seja, somente quando for maior que 2cm, nesse caso, conhecido como
diástase patológica. Quando for menor que 2cm é chamada de diástase fisiológica, ou
seja, natural, aquela que não traz prejuízo as funções da parede abdominal.

Existem quatro tipos de diástase: umbilical; infra umbilical; supra umbilical e total.
Apesar da diástase ser mais conhecido e identificada em mulheres após a gestação, é
comum encontrar homens e crianças com algum tipo.

No período gestacional o afastamento dos músculos reto abdominal é um


acontecimento fisiológico normal para melhor desenvolvimento e crescimento do feto
no útero, porém o enfraquecimento da parede abdominal faz com que a diástase
permanece após a gestação, o que normalmente voltaria sua função e posição normal
se músculos importantes como o transverso tivessem sido ativados e exercitados
anteriormente.

A diástase também pode acontecer com o sobrepeso e pode ocorrer tanto em homens
como em mulheres, pode acontecer também a partir de força excessiva através de
exercícios abdominais e também pode ser observado em crianças prematuras, nesse
caso, não teve tempo de maturação necessária para formação correta das funções,
entretanto, como a maturação, ou seja, no processo de desenvolvimento.
A diástase pode ser funcional ou afuncional, o que diferencia é que a diástase
funcional não forma cone, entretanto, há o espaçamento e aprofundamento. Já a
diástase afuncional além do espaço e aprofundamento, é visível o cone e a existência
da perda de função e nesse caso, a primeira meta é torna-la funcional, ou seja,
devolver a função e para isso, é provável que acontece aumento da profundidade ou
espaçamento, mas nesse caso, não há problema porque devolver a função é
prioridade.

Existem duas formas de avaliação, porém a mais precisa e confiável é através de


ultrassonografia de parede abdominal. A outra forma é através do toque. Em ambos
casos é importante avaliar a largura, a profundidade, o comprimento e a função. Após
identificada a estrutura da diástase, é importante iniciar o tratamento através de
exercícios específicos que trabalham músculos profundos e pouco trabalhados em
exercícios comuns como o transverso, diafragma, assoalho pélvico e multífidos.

Os exercícios são fundamentais não somente no tratamento da diástase, mas no


tratamento de sintomas/dores que surgem por causa do enfraquecimento dos
músculos que formam o núcleo, além do prejuízo estético e descompensação postural,
existem também casos de hérnia umbilical, incontinência urinária, distensão
abdominal, alteração das funções intestinais e perda da força do abdômen.

Contudo, há casos de diástase que somente os exercícios não são suficientes para o
fechamento da parede do reto abdominal, ou seja, é necessária a cirurgia de
abdominal plastia. Nesse caso, o cirurgião realiza a junção da fáscia anterior do reto
abdominal direito com o esquerdo, mantendo a linha alba integra. Porém, para
tratamento dos sintomas citados acima, a cirurgia é ineficiente e faz-se necessário
realização dos exercícios para fortalecimento.

Quanto aos exercícios existem duas técnicas aplicadas no tratamento que são o RAP
e o Hipopressivo. O RAP é a respiração de ativação profunda, no qual melhora a
estabilidade profunda dos músculos do assoalho pélvico, multífidos, diafragma e
transverso. Enquanto o Hipopressivo é um programa de treino postural e respiratório
baseado na técnica hipopressiva, cadeias miofasciais e neurodinâmica.
Por fim, no hipopressivo ocorre diminuição na pressão da cavidade abdominal torácica
e pélvica, enquanto no RAP ocorre o inverso, ou seja, aumento da pressão na
cavidade abdominal.

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