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E. E.

ADELAIDE PATROCÍNIO DOS SANTOS – ORENTAÇÃO DE ESTUDOS - 2019

PRÁTICAS E VIVÊNCIAS - Antônio Carlos Gomes da Costa

Jacques Delors, coordenador do importante relatório “Educação, Um Tesouro a Descobrir” sobre o futuro da
educação, produzido para a UNESCO, coloca como eixo da educação requerida pelos novos tempos o
desenvolvimento de quatro aprendizagens básicas:

• Aprender a Ser: competência pessoal envolvendo aspectos como identidade, autoconceito, autoestima,
autoconfiança, projeto de vida e autorealização;
• Aprender a Conviver: competência social, desenvolvendo dimensões como integração, sociabilidade, ética,
cidadania, solidariedade no processo educativo;
• Aprender a Fazer: competência produtiva, através do desenvolvimento das habilidades básicas, específicas e de
gestão requeridas pelo mundo do trabalho;
• Aprender a Aprender: competência cognitiva, relacionada à capacidade das pessoas de se prepararem para seguir
aprendendo ao longo de toda a vida.

Essa maneira de ver a educação rompe, de maneira muito clara, com as enteléquias que ainda vertebram a
educação ocidental. A inteligência emocional de Goleman, a teoria das inteligências múltiplas, de Gardner, e o
construtivismo, em seus diversos matizes, estão aí para nos mostrar a extensão e a profundidade das
transformações em curso.

De fato, a distribuição do conjunto de atividades que ocorrem numa comunidade educativa, em torno de três
grandes eixos: (I) docência, (II) práticas e vivências e (III) assistência-presença, constitui a maneira de se estruturar o
cotidiano de uma escola que mais se adequa ao desenvolvimento das quatro competências propostas por Jacques
Delors.

No campo da docência, além das revoluções no processo ensino-aprendizagem, estamos, através dos novos
parâmetros curriculares, confrontados com os conteúdos transversais, que prometem inaugurar uma nova etapa nas
relações entre a educação e o cotidiano de cada comunidade e da vida social mais ampla.

Quanto à assistência-presença, podemos dizer que se trata de uma prefiguração genial de Dom Bosco, antecedendo-
se em mais de um século ao que hoje chamamos de inteligência emocional, ou seja, uma relação educador-
educando marcada pela abertura, pela reciprocidade e pelo compromisso com o crescimento do outro.

Finalmente, vejo nas práticas e vivências a grande prefiguração do que hoje temos chamado de protagonismo
juvenil.

A formação da pessoa, do cidadão e do futuro trabalhador não pode ser aprendida somente em sala de aula. Mais
do que aquisições intelectuais, ela envolve realidades como crenças, valores, atitudes e sentimentos, ou seja, são
aprendizagens que implicam o ser humano em suas dimensões mais profundas: o logos, o pathos, o eros e o mythus.

O pátio e os demais espaços da vida na comunidade educativa deixam de ser apenas anexos ou acessórios da sala de
aula para tornarem-se vias privilegiadas de construção do ser humano em toda sua inteireza e complexidade.

Por isso mesmo, as práticas e vivências são atividades que convocam o educando a ser o ator principal, o
protagonista da ação desenvolvida. Educar, nesse sentido, é verdadeiramente criar espaços para que o educando
possa empreender, ele próprio, a construção de seu ser, em termos pessoais e sociais.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Pedagogia da Presença: da solidão ao encontro. 2ª Edição. Belo Horizonte: Modus
Faciendi, 2001.
REFERÊNCIAS PARA ESTUDO - PARA SABER MAIS

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Pedagogia da Presença: da solidão ao encontro. 2ª Edição. Belo Horizonte: Modus
Faciendi, 2001.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Aventura Pedagógica: caminhos e descaminhos de uma ação educativa. Belo
Horizonte: Modus Faciendi, 1999.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e participação democrática.
Salvador: Fundação Odebrecht, 2000.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. O mundo o trabalho e você. São Paulo: Instituto Ayrton Senna, 2002.

COSTA, Alfredo Carlos Gomes da, COSTA, Antonio Carlos Gomes da, Pimentel, Antônio de Pádua Gomes. Educação e
Vida: um guia para o adolescente. 2ª Edição. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001.

Serrão, Margarida. Aprendendo a Ser e a Conviver / Margarida Serrão e Maria 2ª ed. São Paulo: FTD, 1999.

Afetividade e sexualidade na educação, um novo olhar. Editado pela Secretaria de Estado da Educação de Minas
Gerais e Fundação Odebrecht. Dezembro de 1998.

Teles, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

Antunes, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

Gardner, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

Delors, Jacques et alii. Educação, um tesouro a descobrir. Edições Asa, Lisboa, 1996.

Freire, Paulo. Educação como prática da liberdade, 1966, 23ª ed. Paz e Terra.

Miranda, Clara F. de & Miranda, Márcio L. de. Construindo a Relação de Ajuda. Ed. Crescer, Belo Horizonte, 1983.
AUTOAVALIAÇÃO DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
INTELIGÊNCIA LINGUÍSTICA OU VERBAL
Gosta muito de ler e sempre está lendo alguma coisa
Escolhe as palavras que escreve
Procura esmerar-se ao falar e admira quem fala bem
Gosta de consultar dicionário para descobrir novas palavras
Ouve notícias com interesse
Consulta jornais diariamente, diferentes sessões
Aprende melhor quando grava sua fala ou o que ouviu
Adora palavras cruzadas
É bom em senhas ou trocadilhos
Gosta de poesias e se emociona com algumas
Gosta de fazer trava-línguas, não diga não, anagramas etc.
Possui facilidade para rimar
É bom para fazer sínteses
É bom para inventar manchetes ou slogans
Tem facilidade para improvisar falas e pequenos discursos
Interessa-se por outras línguas
Incorpora palavras novas ao seu falar
Faz diários com prazer
Lembra-se de livros que leu
É bom aluno em Língua Portuguesa
INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA
Adora enigmas, senhas, problemas de lógica
Faz cálculo de cabeça
Gosta de propor problemas de cálculos ou outras operações
Analisa dados com facilidade
Trabalha com médias, proporções e outros esquemas
Trabalha bem com medidas, números, noções de estatística
Gosta de fazer experiências com palitos, água, areia etc.
Percebe a geometria nos objetos e paisagens que vê
Busca sequência lógica nas ideias
Incomoda-se com falta de padrões de regularidade nas coisas
Prefere usar a razão aos sentimentos
Interessa-se pelo progresso da ciência
Aprecia arquitetura
Não tem dificuldade para usar linguagens matemáticas no computador
Consegue pensar em conceitos abstratos mesmo sem usar palavras
Gosta de medir as coisas
Não se perde em raciocínios relativamente longos
É bom aluno em Ciências Exatas
INTELIGÊNCIA VISUAL-ESPECIAL
Mostra interesse pela beleza e pela harmonia nas coisas
Possui imaginação fértil
Costuma “sonhar de olhos abertos”, inventa histórias
Gosta de fotografar e filmar
Compreende mapas, cartas e plantas com facilidade
Sabe explicar caminhos
Compreende explicações sobre caminhos por lugares desconhecidos
Gosta de quebra-cabeça, tangrans, labirintos
Resolve com facilidade jogos dos sete erros, charadas, anagramas
Gosta de desenhar
Aprecia desenhos, figuras, imagens gráficas
Possi facilidade em linguagens do computador tipo slides
Gosta de geometria
Desenha o corpo humano com proporções
É capaz de mudar sua perspectiva ao olhar objetos
Gosta de rabiscar folhas
Possui facilidade com origamis
Geografia, História e Ciências são matérias favoritas
É bom em fazer mapas
Gosta de inventar quebra-cabeças
INTELIGÊNCIA CINESTÉSICO-CORPORAL
Gosta de praticar atividades esportivas com regularidade
Aprecia ou pratica danças
Possui boa linguagem gestual
Possui destreza manual
Tem dificuldade em ficar quieto ou parado
Mostra jeito para costurar, fazer tricô ou consertar objetos
Sabe fazer entalhes em madeira
Trabalha bem com cerâmica
Suas melhores ideias “aparecem” quando pratica um esporte
Gosta de ver e assistir programas esportivos
Gosta de passar seu tempo ao ar livre
Ao falar, costuma gesticular
Gosta de tocar nas coisas para percebê-las melhor
Mostra coragem em esportes radicais
Ao apanhar um jornal, busca primeiro a sessão de esportes
Acredita que possui jeito para dançar ou outras formas corporais
Aprecia uma alimentação saudável
A Educação Física é a disciplina escolar favorita
INTELIGÊNCIA SONORA OU MUSICAL
Adora ouvir música
Demonstra facilidade em trabalhar com ritmos e tons
Gostaria de integrar um coral
Sabe ler uma pauta musical
Percebe uma nota musical fora de tom. Gosta de aprender a tocar
É bom para inventar paródias sobre temas que estuda
Em todos os momentos está batucando ou cantarolando
Aprecia jingles ouvidos na TV
Identifica canto de pássaros diferentes
Possui capacidade de diferenciar sons no cotidiano
Pode marcar, com facilidade, um ritmo com um instrumento
Gosta de assobiar e aprende diferentes tipos de assobios
Possui boa memória musical
Gosta de músicas, mesmo cantadas em línguas desconhecidas
Interessa-se em saber quais as músicas de maior sucesso
Prefere comprar um CD/DVD musical a outro objeto
Sabe muita coisa sobre cantores ou músicos
Sabe imaginar fundos musicais para temas estudados
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Prefere trabalhar individualmente do que em grupo
Gosta de meditar, pensar na vida, refletir sobre projetos
Interessa-se em se conhecer melhor e procurar ajuda
Revela interesse por leituras sobre autoestima
Apresenta interesse por questões da natureza psicológica
Possui segurança e confiança em si
Reage às dificuldades com serenidade e bravura
Gosta de pensar em seu futuro e planejar
Identifica e reconhece suas limitações
Percebe com clareza seus limites e suas fraquezas
Não se sente “em sua praia” no meio das multidões
Defende suas ideias, mesmo que desagradando alguns amigos
Gosta de anotar seus pensamentos
Motiva-se com facilidade e possui metas próprias
Não aceita quebras em seu sistema de valores
Aprecia bastante nos outros virtudes que não apresenta
Possui intuição
Deseja ser diferente dos demais
Prefere elogiar-se a ser elogiado pelos outros
Sabe discriminar com clareza as emoções que atravessa
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL
Toma iniciativa e lidera campanhas de ajuda e apoio
É procurado por outras pessoas para solicitar sua ajuda
Sabe aconselhar outras pessoas
Sente-se bem em meio a outras pessoas. Não gosta de solidão
Comunica-se com facilidade
Prefere esportes coletivos
Gosta de conversar com pessoas mais velhas e ouvir conselhos
Possui diversos amigos
Prefere estudar em grupo
Prefere passatempos coletivos
Gosta de cinema, teatro, reuniões, quermesses
Mostra prestatividade voluntária
Revela sentimentos em empatia, “sofre” como o sofrimento dos outros
Ainda que aceite ser liderado, se necessário sabe liderar
É capaz de “levantar o astral” de seus amigos e colegas
Mostra solidariedade ao sofrimento mesmo que de desconhecidos
É mais comum estar alegre que triste
Parece que sabe adivinhar o que outras pessoas gostam ou não
INTELIGÊNCIA NATURALISTA
Gosta de acompanhar ou passear pelo campo, fazenda ou mata
Aprecia aulas de campo
É um bom observador da natureza
Gosta de animais e de plantas
Interessa-se pelo estudo da vida animal
Participa os gostaria de participar em campanhas ecológicas
Sente verdadeira compaixão ao ver animal ou planta agredida
Prefere flores naturais às artificiais
Tem ou gostaria de ter animais de estimação
Tem facilidade em identificar espécies animais
Reconhece diferentes tipos de flores e plantas
Gosta de revistas e livros sobre a natureza
Gosta de assistir documentários sobre a vida animal
Coleciona rochas, folhas etc.
Adora visitar zoológicos, aquários ou jardins botânicos
Observa detalhes em uma trilha
Revolta-se com agressões ambientais
Ciências, Botânica, Zoologia são matérias de que gosta

LINGUÍSTICA MATEMÁTICA VISUAL CINESTÉSICO MUSICAL INTRAPESSOAL INTERPESSOAL NATURALISTA


TOTAL
AUTOAVALIAÇÃO DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
A
Gosta muito de ler e sempre está lendo alguma coisa
Escolhe as palavras que escreve
Procura esmerar-se ao falar e admira quem fala bem
Gosta de consultar dicionário para descobrir novas palavras
Ouve notícias com interesse
Consulta jornais diariamente, diferentes sessões
Aprende melhor quando grava sua fala ou o que ouviu
Adora palavras cruzadas
É bom em senhas ou trocadilhos
Gosta de poesias e se emociona com algumas
Gosta de fazer trava-línguas, não diga não, anagramas etc.
Possui facilidade para rimar
É bom para fazer sínteses
É bom para inventar manchetes ou slogans
Tem facilidade para improvisar falas e pequenos discursos
Interessa-se por outras línguas
Incorpora palavras novas ao seu falar
Faz diários com prazer
Lembra-se de livros que leu
É bom aluno em Língua Portuguesa
B
Adora enigmas, senhas, problemas de lógica
Faz cálculo de cabeça
Gosta de propor problemas de cálculos ou outras operações
Analisa dados com facilidade
Trabalha com médias, proporções e outros esquemas
Trabalha bem com medidas, números, noções de estatística
Gosta de fazer experiências com palitos, água, areia etc.
Percebe a geometria nos objetos e paisagens que vê
Busca sequência lógica nas ideias
Incomoda-se com falta de padrões de regularidade nas coisas
Prefere usar a razão aos sentimentos
Interessa-se pelo progresso da ciência
Aprecia arquitetura
Não tem dificuldade para usar linguagens matemáticas no computador
Consegue pensar em conceitos abstratos mesmo sem usar palavras
Gosta de medir as coisas
Não se perde em raciocínios relativamente longos
É bom aluno em Ciências Exatas
C
Mostra interesse pela beleza e pela harmonia nas coisas
Possui imaginação fértil
Costuma “sonhar de olhos abertos”, inventa histórias
Gosta de fotografar e filmar
Compreende mapas, cartas e plantas com facilidade
Sabe explicar caminhos
Compreende explicações sobre caminhos por lugares desconhecidos
Gosta de quebra-cabeça, tangrans, labirintos
Resolve com facilidade jogos dos sete erros, charadas, anagramas
Gosta de desenhar
Aprecia desenhos, figuras, imagens gráficas
Possi facilidade em linguagens do computador tipo slides
Gosta de geometria
Desenha o corpo humano com proporções
É capaz de mudar sua perspectiva ao olhar objetos
Gosta de rabiscar folhas
Possui facilidade com origamis
Geografia, História e Ciências são matérias favoritas
É bom em fazer mapas
Gosta de inventar quebra-cabeças
D
Gosta de praticar atividades esportivas com regularidade
Aprecia ou pratica danças
Possui boa linguagem gestual
Possui destreza manual
Tem dificuldade em ficar quieto ou parado
Mostra jeito para costurar, fazer tricô ou consertar objetos
Sabe fazer entalhes em madeira
Trabalha bem com cerâmica
Suas melhores ideias “aparecem” quando pratica um esporte
Gosta de ver e assistir programas esportivos
Gosta de passar seu tempo ao ar livre
Ao falar, costuma gesticular
Gosta de tocar nas coisas para percebê-las melhor
Mostra coragem em esportes radicais
Ao apanhar um jornal, busca primeiro a sessão de esportes
Acredita que possui jeito para dançar ou outras formas corporais
Aprecia uma alimentação saudável
A Educação Física é a disciplina escolar favorita
E
Adora ouvir música
Demonstra facilidade em trabalhar com ritmos e tons
Gostaria de integrar um coral
Sabe ler uma pauta musical
Percebe uma nota musical fora de tom. Gosta de aprender a tocar
É bom para inventar paródias sobre temas que estuda
Em todos os momentos está batucando ou cantarolando
Aprecia jingles ouvidos na TV
Identifica canto de pássaros diferentes
Possui capacidade de diferenciar sons no cotidiano
Pode marcar, com facilidade, um ritmo com um instrumento
Gosta de assobiar e aprende diferentes tipos de assobios
Possui boa memória musical
Gosta de músicas, mesmo cantadas em línguas desconhecidas
Interessa-se em saber quais as músicas de maior sucesso
Prefere comprar um CD/DVD musical a outro objeto
Sabe muita coisa sobre cantores ou músicos
Sabe imaginar fundos musicais para temas estudados
F
Prefere trabalhar individualmente do que em grupo
Gosta de meditar, pensar na vida, refletir sobre projetos
Interessa-se em se conhecer melhor e procurar ajuda
Revela interesse por leituras sobre autoestima
Apresenta interesse por questões da natureza psicológica
Possui segurança e confiança em si
Reage às dificuldades com serenidade e bravura
Gosta de pensar em seu futuro e planejar
Identifica e reconhece suas limitações
Percebe com clareza seus limites e suas fraquezas
Não se sente “em sua praia” no meio das multidões
Defende suas ideias, mesmo que desagradando alguns amigos
Gosta de anotar seus pensamentos
Motiva-se com facilidade e possui metas próprias
Não aceita quebras em seu sistema de valores
Aprecia bastante nos outros virtudes que não apresenta
Possui intuição
Deseja ser diferente dos demais
Prefere elogiar-se a ser elogiado pelos outros
Sabe discriminar com clareza as emoções que atravessa
G
Toma iniciativa e lidera campanhas de ajuda e apoio
É procurado por outras pessoas para solicitar sua ajuda
Sabe aconselhar outras pessoas
Sente-se bem em meio a outras pessoas. Não gosta de solidão
Comunica-se com facilidade
Prefere esportes coletivos
Gosta de conversar com pessoas mais velhas e ouvir conselhos
Possui diversos amigos
Prefere estudar em grupo
Prefere passatempos coletivos
Gosta de cinema, teatro, reuniões, quermesses
Mostra prestatividade voluntária
Revela sentimentos em empatia, “sofre” como o sofrimento dos outros
Ainda que aceite ser liderado, se necessário sabe liderar
É capaz de “levantar o astral” de seus amigos e colegas
Mostra solidariedade ao sofrimento mesmo que de desconhecidos
É mais comum estar alegre que triste
Parece que sabe adivinhar o que outras pessoas gostam ou não
H
Gosta de acompanhar ou passear pelo campo, fazenda ou mata
Aprecia aulas de campo
É um bom observador da natureza
Gosta de animais e de plantas
Interessa-se pelo estudo da vida animal
Participa os gostaria de participar em campanhas ecológicas
Sente verdadeira compaixão ao ver animal ou planta agredida
Prefere flores naturais às artificiais
Tem ou gostaria de ter animais de estimação
Tem facilidade em identificar espécies animais
Reconhece diferentes tipos de flores e plantas
Gosta de revistas e livros sobre a natureza
Gosta de assistir documentários sobre a vida animal
Coleciona rochas, folhas etc.
Adora visitar zoológicos, aquários ou jardins botânicos
Observa detalhes em uma trilha
Revolta-se com agressões ambientais
Ciências, Botânica, Zoologia são matérias de que gosta

A B C D E F G H
TOTAL
PERFIL COMPORTAMENTAL

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40

TOTAL
A
B
C
D
PERFIL COMPORTAMENTAL PROFISSIONAL

DOCENTE RESULTADO/OBSERVAÇÃO
O Adolescente como Protagonista
Antônio Carlos Gomes da Costa

Ao perguntar-nos acerca do tipo de jovem que queremos formar, concluímos que é aquele autônomo, solidário,
competente e participativo. Refletindo sobre essa questão, surgiu-nos a idéia de protagonismo juvenil, conceito que
veio preencher uma lacuna teórico-prática nesse campo.
A palavra protagonismo é formada por duas raízes gregas: proto, que significa "o primeiro, o principal"; agon, que
significa "luta". Agonistes, por sua vez, significa "lutador". Protagonista quer dizer, então, lutador principal,
personagem principal, ator principal.
Uma ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu
desenvolvimento. Por meio desse tipo de ação, o adolescente adquire e amplia seu repertório interativo,
aumentando assim sua capacidade de interferir de forma ativa e construtiva em seu contexto escolar e sócio-
comunitário.
O centro da proposta é que, através da participação ativa, construtiva e solidária, o adolescente possa envolver-se na
solução de problemas reais na escola, na comunidade e na sociedade.
Um dos caminho para que isso ocorra é mudar nossa maneira de entender os adolescentes, e de agir em relação a
eles. Para isso, temos de começar mudando a maneira de vê-los. O adolescente deve começar a ser visto como
solução, e não como problema.
No interior dessa concepção, o educando emerge como fonte de iniciativa (na medida em que é dele que parte a
ação), de liberdade (uma vez que na raiz de suas ações está uma decisão consciente) e de compromisso (manifesto
em sua disposição de responder por seus atos).
Assim, quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais; atuando
como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso; temos, diante de nós, um quadro de partcipação genuína no
contexto escolar ou sócio-comunitário, o qual pode ser chamado de protagonista juvenil.
Na perspectiva do protagonismo juvenil, é imprescindível que a participação do adolescente seja de fato autêntica e
não simbólica, decorativa ou manipulada. Essas últimas são, na verdade, formas de não-participação que pode
causar danos ao desenvolvimento pessoal e social dos jovens, além de minar a possibilidade de um convívio
autêntico entre eles e seus educadores. A participação é a atividade mais claramente ontocriadora, ou seja,
formadora do ser humano, tanto do ponto de vista pessoal como social.
Educar para a participação é criar espaços, para que o educando possa empreender, ele próprio, a construção de seu
ser. Aqui, mais uma vez, as práticas e vivências são o melhor caminho, já que a docência dificilmente dará conta das
múltiplas dimensões envolvidas no ato de participar.
Na vivência dessa pedagogia, o educador já não pode limitar-se à docência. Mais do que ministrar aulas, ele deve
atuar como líder, organizador, animador, facilitador, criador e co-criador de acontecimentos, por meio dos meio dos
quais o educando possa desenvolver uma ação protagônica.
A adesão à perspectiva pedagógica do protagonismo juvenil vai muito além da assimilação, pelo educador, de
algumas noções e conceitos sobre o tema. Antes de tudo, essa adesão deve traduzir-se em um compromisso de
natureza ética entre o educador e o adolescente. O protagonismo deve ser vivido como participação do adolescente
no ato criador da ação educativa, em todas as etapas de sua evolução.
Além de um compromisso ético, a opção pelo desenvolvimento de propostas baseadas no protagonismo juvenil
exige do educador uma clara vontade política no sentido de contribuir, pelo seu trabalho, para a construção de uma
sociedade que respeite os direitos de cidadania e aumente progressivamente os níveis de participação democrática
de sua população.
Mas a clareza conceitual, o compromisso ético e a vontade política só potencializam verdadeiramente sua ação,
quando o educador está comprometido em níveis que ultrapassam em profundidade o conhecimento do assunto, ou
seja, quando ele está emocionalmente envolvido com a causa da dignidade plena do adolescente. Para que isso
ocorra, o educador deve evitar posturas que inibam a participação plena dos jovens. Eis um pequeno elenco de
posturas assumidas pelos adultos ao trabalhar com adolescentes:
- Anunciar aos jovens decisões já tomadas, reservando-lhes apenas o dever de acatar;
- Decidir previamente e depois tentar convencer o grupo a assumir a decisão, tomada pelo educador, como se fora
sua própria decisão;
- Apresentar uma proposta de decisão e convocar o grupo para discuti-la;
- O educador apresenta o problema, colhe sugestão dos jovens e depois decide;
- O educador apresenta o problema, colhe sugestões e decide com o auxilio do grupo;
- O educador estabelece os limites de determinada situação e solicita aos adolescentes que tomem decisões dentro
desses limites;
- O educador deixa a decisão a cargo do grupo, sem interferir no processo que a originou.
A evolução do trabalho com um grupo de adolescentes empenhados em decidir, a partir de uma ação protagônica,
segue de modo geral as seguintes etapas:

Apresentação da situação - problema


A situação-problema deve ser apresentada do modo mais realista e desafiante possível. É necessário embasá-la em
dados, informações e objetivos

Proposta de alternativas ou vias de solução


Deve-se procurar extrair do grupo o maior número possível de alternativas de solução, para o problema
apresentado.

Discussão das alternativas de solução apresentadas


As propostas devem ser discutidas e criticadas livremente. O grupo deve estar consciente de que são as ideias, e não
as pessoas que as apresentaram, que estão em julgamento

Tomada de decisão
Durante a discussão, o grupo vai descartando as alternativas mais inviáveis e inconsistentes, até chegar à decisão
final, que pode ser unânime ou majoritária. Só em caso de omissão da maioria do grupo, a solução deve ser
minoritária. Essa, contudo, é uma situação indesejável, que deve ser evitada ao máximo pelo educador.
Em seu trabalho com jovens envolvidos na realização de ações protagônicas, cabe ao educador:
- Ajudar o grupo a identificar situações-problema e a posicionar-se diante delas;
- Empenhar-se para que o grupo não desamine nem se desvie dos objetivos propostos;
- Favorecer o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo;
- Animar o grupo, não o deixando abater-se pelas dificuldades;
- Motivar o grupo a avaliar permanentemente sua atuação,
Quando necessário, replanejá-la;
- Zelar permanentemente para que a ação dos jovens seja compreendida e aceita por todos os que com eles se
relacionam no curso do processo;
- Manter um clima de empenho e mobilização no grupo;
- Colaborar na avaliação das ações desenvolvidas pelo grupo e na incorporação de suas conclusões nas etapas
seguintes do trabalho.
O educador que se dispuser a atuar como animador de grupos de adolescentes em ações de protagonismo deverá:
- Ter consciência de que a participação na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e social de um adolescente;
- Conhecer os fundamentos, a dinâmica e a evolução do trabalho com grupos;
- Ter algum conhecimento a respeito da situação ou problema que se pretende enfrentar;
- Compreender adequadamente o projeto e ser capaz de explicá-lo quando necessário;
- Ter participado de ações grupais, ainda que não tenha sido na condição de animador;
- Estar convencido da importância da ação a ser realizada e estar disposto a transmitir a outras pessoas, esse
conhecimento;
- Ter capacidade de administrar oscilações de comportamento entre os adolescentes, como conflitos, passividade,
diferença, agressividade e destrutibilidade;
- Ser capaz de conter-se para proporcionar aos educandos a oportunidade de pensar e agir livremente;
- Acolher e compreender as manifestações verbais e não-verbais emitidas pelo grupo;
- Respeitar a identidade, o dinamismo e a dignidade de cada um dos membros do grupo.
Essa maneira de trabalhar com os adolescentes certamente irá contribuir para que muito do que hoje é considerado
problema transforme-se amanhã em solução. Para isso, é preciso enfrentar de modo efetivo os problemas da escola,
da comunidade e da vida social. O fundamental é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora
do jovens.
A construção pedagógica do jovem solidário, autônomo, competente e participativo por meio do protagonismo
juvenil deve, portanto, ser considerada uma forma superior de educação afetivo-sexual.

Referências Bibliográficas
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo Juvenil - Adolescência, Educação e Participação Demográfica.
Fundação Odebrecht. Salvador, 1998 (mimeo).
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Tempo de Crescer - Adolescência, Cidadania e Participação. Fundação Odebrecht.
Salvador, 1998 (mimeo).
ESTRATÉGIAS DE ENSINO

ESTRATÉGIA DESCRIÇÃO
É uma exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento
AULA EXPOSITIVA prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os
DIALOGADA estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do
reconhecimento e do confronto com a realidade. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 79).

ESTUDO DE TEXTO É a exploração de idéias de um autor a partir do estudo crítico de um texto e/ou a busca de
informações e exploração de idéias dos autores estudados. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 80)
É a identificação e a construção de registro, análise, seleção e reflexão das produções mais
significativas ou identificação dos maiores desafios/dificuldades em relação ao objeto de
PORTFÓLIO
estudo, assim como das formas encontradas para superação. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p.
81).
É uma possibilidade de estimular a geração de novas idéias de forma espontânea e natural,
TEMPESTADE CEREBRAL deixando funcionar a imaginação. Não há certo ou errado. Tudo o que for levantado será
considerado, solicitando-se, se necessário, uma explicação posterior do estudante.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 82).
Consiste na construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva
MAPA CONCEITUAL bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes à
estrutura do conteúdo. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 83).
É o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor, visando sanar dificuldades
ESTUDO DIRIGIDO específicas. É preciso ter claro: o que é a sessão, para que e como é preparada. (ANASTASIOU;
ALVES, 2004, p. 84).
Permite ao aluno situar-se criticamente, extrapolar o texto para a realidade vivida,
compreender e interpretar os problemas propostos, sanar dificuldades de entendimento e
ESTUDO DIRIGIDO+AULAS
propor alternativas de solução; Exercita no aluno a habilidade de escrever o que foi lido e
ORIENTADAS
interpretá-lo; Prática dinâmica, criativa e crítica da leitura. (MARION; MARION, 2006, p. 42);
(PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 279-280).
É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, à distância, um tema sobre o qual
LISTA DE DISCUSSÃO POR
sejam especialistas ou tenham realizado um estudo prévio, ou queiram aprofundá-lo por meio
MEIOS INFORMATIZADOS
eletrônico. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 85).
As ferramentas usadas no ensino à distância vão das mais simples, como o ensino por
correspondência sem apoio ou tutoria, pela comunicação apenas entre educador e educando,
ENSINO A DISTÂNCIA até os métodos mais sofisticados, que incluem esquemas interativos de comunicação não
presencial via satélite, ou por redes de computadores. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 289-
294).
É o enfrentamento de uma situação nova, exigindo pensamento reflexivo, crítico e criativo a
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS partir dos dados expressos na descrição do problema; demanda a aplicação de princípios, leis
que podem ou não ser expressas em fórmulas matemáticas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 86).
O estudo por meio de tarefas concretas e práticas tem por finalidade a assimilação de
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS conhecimentos, habilidades e hábitos sob a orientação do professor. (MARION; MARION, 2006,
p. 46).
É uma estratégia particularmente válida em grandes turmas, pois consiste em separar a turma
ENSINO EM PEQUENOS
em pequenos grupos, para facilitar a discussão. Assim, despertará no aluno a iniciativa de
GRUPOS
pesquisar, de descobrir aquilo que precisa aprender. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 278-279).

É uma atividade grupal em que são feitas uma análise e uma discussão sobre temas /
PHILLIPS 66 problemas do contexto dos estudantes. Pode também ser útil para obtenção de informação
rápida sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 87).

É a análise de tema/problemas sob a coordenação do professor, que divide os estudantes em


GRUPO DE VERBALIZAÇÃO E
dois grupos: um de verbalização (GV) e outro de observação (GO). É uma estratégia aplicada
GRUPO DE OBSERVAÇÃO
com sucesso ao longo do processo de construção do conhecimento e requer leituras, estudos
(GV/GO)
preliminares, enfim, um contato inicial com o tema. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 88).
É uma apresentação teatral, a partir de um foco, problema, tema etc. Pode conter explicitação
de idéias, conceitos, argumentos e ser também um jeito particular de estudo de casos, já que a
DRAMATIZAÇÃO
teatralização de um problema ou situação perante os estudantes equivale a apresentar-lhes um
caso de relações humanas. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 89).
É um espaço em que as idéias devem germinar ou ser semeadas. Portanto, espaço, onde um
SEMINÁRIO grupo discuta ou debata temas ou problemas que são colocados em discussão. (ANASTASIOU;
ALVES, 2004, p. 90).
É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada e é
ESTUDO DE CASO
desafiadora para os envolvidos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 91).
É uma simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos de
defesa e de acusação. Pode levar o grupo à análise e avaliação de um fato proposto com
JURI SIMULADO
objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à dinamização do grupo para
estudar profundamente um tema real. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 92).
É a reunião de palestras e preleções breves apresentada por várias pessoas (duas a cinco) sobre
um assunto ou sobre diversos aspectos de um assunto. Possibilita o desenvolvimento de
SIMPÓSIO
habilidades sociais, de investigação, amplia experiências sobre um conteúdo específico,
desenvolve habilidades de estabelecer relações. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 93).

É a discussão informal de um grupo de estudantes, indicados pelo professor (que já estudaram


a matéria em análise, interessados ou afetados pelo problema em questão), em que
PAINAL INTEGRADO
apresentam pontos de vista antagônicos na presença de outros. Podem ser convidados
estudantes de outras fases, cursos ou mesmo especialistas na área. (ANASTASIOU; ALVES, 2004,
p. 94).
Possibilidade de discussão com a pessoa externa ao ambiente universitário sobre um assunto
de interesse coletivo, de acordo com um novo enfoque; Discussão, perguntas, levantamento de
PALESTRAS
dados, aplicação do tema na prática, partindo da realidade do palestrante. (MARION; MARION,
2006, p. 42); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 288-289)
Consiste num espaço do tipo “reunião”, no qual todos os membros do grupo têm a
oportunidade de participar do debate de um tema ou problema determinado. Pode ser
FÓRUM utilizado após a apresentação teatral, palestra, projeção de um filme, para discutir um livro que
tenha sido lido pelo grupo, um problema ou fato histórico, um artigo de jornal, uma visita ou
uma excursão. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 95).

Sugere aos educandos a reflexão acerca de conhecimentos obtidos após uma leitura ou
DISCUSSÃO E DEBATE exposição, dando oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras,
sugerindo a aplicação desses princípios. (MARION; MARION, 2006, p. 42-44).
É a reunião de um pequeno número de pessoas com interesses comuns, a fim de estudar e
trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um tema, sob orientação de um
OFICINA/LABORATÓRIO
especialista. Possibilita o aprender a fazer melhor algo, mediante a aplicação de conceitos e
conhecimentos previamente adquiridos. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96).
É um estudo direto do contexto natural e social no qual o estudante se insere, visando a uma
determinada problemática de forma interdisciplinar. Cria condições para o contato com a
ESTUDO DO MEIO
realidade, propicia a aquisição de conhecimentos de forma direta, por meio da experiência
vivida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 97).
É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa: Concepção de conhecimento
e ciência em que a dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais; assumir o estudo como
ENSINO COM PESQUISA situação construtiva e significativa, com concentração e autonomia crescente; fazer a passagem
da simples reprodução para um equilíbrio entre reprodução e análise. (ANASTASIOU; ALVES,
2004, p. 98).
Participação dos alunos na elaboração do plano de trabalho de campo; Possibilidade de integrar
diversas áreas de conhecimento; Integração do aluno, através da escola, com a sociedade,
EXPOSIÇÕES E VISITAS através das empresas; Visualização, por parte do aluno, da teoria na prática; Desenvolvimento
do pensamento criativo do aluno e visão crítica da realidade em que ele se insere. (MARION;
MARION, 2006, p. 37-38); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 276-277
Os alunos tornam-se agentes do processo; São desenvolvidas habilidades na tomada de
decisões no nível administrativo, vivenciando-se ações interligadas em ambientes de incerteza;
VIVÊNCIAS Permite a tomada de decisões estratégicas e táticas no gerenciamento dos recursos da
empresa, sejam eles materiais ou humanos; (MARION; MARION, 2006, p. 50); (PETRUCCI e
BATISTON (2006, p. 281-283).
O ensino individualizado é a estratégia que procura ajustar o processo de ensino-aprendizagem
ENSINO INDIVIDUALIZADO
às reais necessidades e características do discente. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 294-298).

Fonte: elaborado com base em ANASTASIOU e ALVES (2004, p. 79); MARION e MARION (2006); PETRUCCI e BATISTON (2006).

OS DEGRAUS DA ESCADA DA PARTICIPAÇÃO

1. Participação Manipulada: Os adultos determinam e controlam o que os jovens deverão fazer numa
determinada situação.

2. Participação Decorativa: Os jovens apenas marcam presença em uma ação sem influir no seu curso e sem
transmitir nenhuma mensagem especial aos adultos.

3. Participação Simbólica: A presença dos jovens em uma atividade ou evento serve para mostrar e lembrar
aos adultos de que eles existem e de que são considerados importantes. A participação é, ela mesma, uma
mensagem.

4. Participação Operativa: Os jovens participam apenas na execução de uma ação.

5. Participação Planejativa e Operacional: Os jovens participam no planejamento e na execução de uma ação.


6. Participação Decisória, Planejativa e Operacional: Os jovens participam na decisão de se fazer ou não, no
planejamento e na execução de uma ação.

7. Participação Decisória, Planejativa, Operativa e Avaliativa: Os jovens participam da decisão, da execução,


do planejamento, da execução, e da avaliação do que foi realizado.

8. Participação Colaborativa Plena: Os jovens participam da decisão, do planejamento, da execução, da


avaliação e da apropriação dos resultados.

9. Participação Plenamente Autônoma: Os jovens realizam todas as etapas sem a participação de educadores.

10. Participação Condutora: Os jovens, além de realizar todas as etapas, obtêm a participação de adultos sob
sua orientação.

ETAPAS DE UMA AÇÃO PROTAGÔNICA E FORMAS DE RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO

A RELAÇÃO ENTRE EDUCADORES E JOVENS

ETAPAS DE DEPENDÊNCIA COLABORAÇÃO AUTONOMIA


DESENVOLVIMENTO DE
UMA AÇÃO
1. A iniciativa da ação Iniciativa unilateral dos Educadores e adolescentes A iniciativa da ação parte
educadores. discutem assumir ou não dos próprios jovens.
uma iniciativa.
2. O planejamento da ação Os educadores planejam Os educadores e os jovens Os jovens planejam o que
sem participação dos planejam juntos a ação. vai ser feito sem a ajuda
jovens. dos educadores.
3. A execução da ação Os educadores executam e Educadores e jovens Os jovens executam o que
os jovens recebem a ação. executam juntos a ação foi planejado sem a
planejada. participação dos
educadores.
4. A avaliação da ação Os educadores avaliam Educadores e jovens Os próprios jovens avaliam
os jovens. discutem o que e como a ação realizada.
avaliar a ação realizada.
5. A apropriação dos Os resultados da ação são Educadores e jovens Os jovens se apropriam dos
resultados da ação. inteiramente apropriados compartilham os resultados e respondem
pelos educadores. resultados da ação pelas conseqüências da
desenvolvida. ação.
Os nove jeitos mais comuns de avaliar os estudantes e os benefícios de cada um
PROVA TRABALHO RELATÓRIO CONSELHO
TIPO PROVA OBJETIVA SEMINÁRIO DEBATE AUTOAVALIAÇÃO OBSERVAÇÃO
DISSERTATIVA EM GRUPO INDIVIDUAL DE CLASSE
Série de perguntas que Atividades de natureza Análise do
Série de perguntas Exposição oral para um Momento em que os Texto produzido pelo Análise oral ou por
exijam capacidade de diversa (escrita, oral, desempenho do aluno Reunião liderada pela
diretas, para respostas público, utilizando a fala alunos expõem seus aluno depois de escrito que o aluno faz
Definição estabelecer relações, gráfica, corporal etc.) em fatos do cotidiano equipe pedagógica de
curtas, com apenas e materiais de apoio pontos de vista sobre atividades práticas ou do próprio processo de
resumir, analisar e realizadas escolar ou em determinada turma
uma solução possível próprios ao tema um assunto polêmico projetos temáticos aprendizagem
julgar coletivamente situações planejadas
Possibilitar a Trocar informações
Avaliar quanto o aluno Verificar a capacidade Aprender a defender Averiguar se o aluno Obter mais
transmissão verbal das Desenvolver a troca, o Fazer o aluno adquirir sobre a classe e sobre
apreendeu sobre dados de analisar o problema uma opinião, adquiriu os informações sobre as
Função informações espírito colaborativo e a capacidade de analisar o cada aluno para
singulares e específicos central, formular ideias fundamentando-a em conhecimentos áreas afetiva, cognitiva
pesquisadas de forma socialização que aprendeu embasar a tomada de
do conteúdo e redigi-las argumentos previstos e psicomotora
eficaz decisões
Favorece a integração
O aluno tem liberdade Contribui para a A interação é um O aluno só se abrirá se
É familiar às crianças, Desenvolve a habilidade Perceber como o entre professores, a
para expor os aprendizagem do importante facilitador da É possível avaliar o sentir que há um clima
simples de preparar e de argumentação e a aluno constrói o análise do currículo e
pensamentos, ouvinte e do expositor, aprendizagem e a real nível de apreensão de confiança entre o
de responder e pode oralidade e faz com que conhecimento, a eficácia das
Vantagens mostrando habilidades exige pesquisa e heterogeneidade da de conteúdos depois professor e ele e que
abranger grande parte o aluno aprenda a seguindo de perto propostas e facilita a
de organização, organização das classe pode ser usada de atividades coletivas esse instrumento será
do exposto em sala de escutar com um todos os passos desse compreensão dos
interpretação e informações e como um elemento a ou individuais usado para ajudá-lo a
aula propósito processo fatos pela troca de
expressão desenvolve a oralidade favor do ensino aprender
pontos de vista
Faça anotações na
Como mediador, dê
Esse procedimento não Não importa se você é O aluno só se abrirá se hora, evite Faça observações
Pode ser respondida ao Conheça as chance de participação
Não mede o domínio do o desobriga de buscar professor de sentir que há um clima generalizações e objetivas e não rotule
acaso ou de memória e características pessoais a todos e não tente
conhecimento, cobre informações para Matemática, Ciências de confiança entre o julgamentos subjetivos o aluno. Cuidado para
sua análise não permite de cada aluno para apontar vencedores,
Atenção uma amostra pequena orientar as equipes. ou Língua Portuguesa. professor e ele e que e considere somente a reunião não virar só
constatar quanto o saber como apoiá-lo em pois o principal é
do conteúdo e não Nem deve substituir os Corrigir os relatórios esse instrumento será os dados uma confirmação de
aluno adquiriu de suas principais priorizar o fluxo de
permite amostragem momentos individuais (gramática e ortografia) usado para ajudá-lo a fundamentais no aprovação ou
conhecimento dificuldades informações entre as
de aprendizagem é essencial sempre aprender processo de reprovação
pessoas
aprendizagem
Elabore uma ficha com Conhecendo a pauta
Selecione os conteúdos Uma vez definidos os
Proponha atividades Defina o tema, oriente a Forneça um roteiro de atitudes, habilidades e de discussão, liste os
para elaborar as Elabore poucas Ajude na delimitação do conteúdos, promova
ligadas ao conteúdo, pesquisa e combine as autoavaliação, com as competências que itens que pretende
questões e faça as questões e dê tempo tema, forneça atividades que
forneça fontes de regras. Mostre exemplos áreas sobre as quais serão observadas. comentar. Todos
chaves de correção. suficiente para que os bibliografia, esclareça permitam à turma
Planejamento pesquisa, ensine os de bons debates. Peça você gostaria que ele Isso vai auxiliar na devem ter direito à
Elabore as instruções alunos possam pensar os procedimentos de tomar notas ao longo
procedimentos e relatórios sobre os discorresse. Liste percepção global da palavra para
sobre a maneira e sistematizar seus apresentação e ensaie do processo para que
indique materiais para pontos discutidos. Se conteúdos, habilidades e turma e na enriquecer o
adequada de responder pensamentos com todos os alunos todos consigam redigir
alcançar os objetivos possível, filme comportamentos interpretação dos diagnóstico dos
às perguntas facilmente
dados problemas
Atribua pesos à Compare as
Defina o valor de cada O resultado final deve
abertura, ao Observe se todos Estabeleça pesos para a anotações do início do
pergunta e atribua Estabeleça pesos para Use esse documento ou levar a um consenso
Defina o valor de cada desenvolvimento do participaram e pertinência da ano com as mais
pesos à clareza das cada item a avaliar depoimento como uma em relação às
questão e multiplique-o tema, aos materiais colaboraram e atribua intervenção, a recentes para
Análise ideias, ao poder de (conhecimento dos das principais fontes intervenções
pelo número de utilizados e à valores às diversas adequação do uso da perceber no que o
argumentação e à conteúdos, estrutura do para o planejamento dos necessárias no
respostas corretas conclusão. Estimule a etapas do processo e palavra e a obediência aluno avançou e no
conclusão e a texto, apresentação) próximos conteúdos processo de ensino e
turma a fazer perguntas ao produto final às regras combinadas que precisa de
apresentação da prova aprendizagem
e opinar acompanhamento
Veja como cada aluno Esse instrumento Use essas reuniões
Observe como a
está em relação à Se o desempenho não Caso a apresentação serve como uma lupa como ferramenta de
garotada trabalha – Cada relatório é um Ao tomar conhecimento
média da classe. for satisfatório, crie não tenha sido Crie outros debates em sobre o processo de autoanálise. A equipe
para poder organizar excelente indicador do das necessidades do
Como Analise os itens que experiências e novos satisfatória, planeje grupos menores, analise desenvolvimento do deve prever mudanças
agrupamentos mais ponto em que os aluno, sugira atividades
utilizar as muitos erraram para ver enfoques que permitam atividades específicas o filme e aponte as aluno e permite a tanto na prática diária
produtivos da alunos se encontram individuais ou em grupo
informações se a questão foi mal ao aluno chegar à que possam auxiliar no deficiências e os elaboração de como no currículo e na
perspectiva da na compreensão dos para ajudá-lo a superar
formulada ou se é formação dos conceitos desenvolvimento dos momentos positivos intervenções dinâmica escolar,
aprendizagem dos conteúdos trabalhados as dificuldades
preciso retomar o mais importantes objetivos não atingidos específicas para cada sempre que
conteúdos
conteúdo específico caso necessário
TÉCNICAS DE SALA DE AULA – INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

1. ATRAINDO A ATENÇÃO DOS ALUNOS


Estratégia Linguística: escreva as palavras “Silêncio, por favor!” no quadro-negro.
Estratégia Musical: bata palmas marcando uma frase musical rítmica curta e faça com que os alunos repitam o mesmo
ritmo batendo palmas.
Estratégia Corporal-Cinestésica: coloque o dedo indicador contra os lábios para sugerir silêncio ao mesmo tempo em que
erguer o outro braço. Faça com que os alunos espelhem seus gestos.
Estratégia Espacial: coloque uma figura de uma sala de aula atenta no quadro e mostre-a com uma varinha indicadora.
Estratégia Lógico-Matemática: use um cronômetro para marcar o tempo que está sendo desperdiçado e escreva no
quadro-negro o número de segundos. Diga aos alunos que este tempo tirado de aula regular precisará ser compensado
posteriormente.
Estratégia Interpessoal: sussurre no ouvido de um aluno “É hora de começar – passe isso adiante”, e então espere
enquanto os alunos passam a mensagem pela sala.
Estratégia Intrapessoal: comece a dar aula e deixe que os alunos se responsabilizem pelo próprio comportamento.
Estratégia Naturalista: toque a gravação ou o vídeo de um pássaro cantando.

2. MÉTODOS DE DISCIPLINA
 Métodos Linguísticos:
 Falar com o aluno;
 Oferecer ao aluno livros que tratem do problema e apontem soluções;
 Ajudar o aluno a aprender a “conversar consigo mesmo” para se controlar mais;
 Métodos Lógico-Matemáticos:
 Usar a abordagem das consequências lógicas (Dreikurs e Soltz);
 Fazer com que os alunos quantifiquem e mapeiem a ocorrência de comportamentos negativos e/ou positivos;
 Métodos Espaciais:
 Fazer com que o aluno desenhe e/ou visualize comportamentos apropriados;
 Oferecer ao aluno uma metáfora para ajuda-lo a lidar com a dificuldade (por exemplo: “Se você fosse um animal,
qual seria?” ou “se as pessoas disserem coisas ruins sobre você, veja as coisas ruins como flechas das quais você
pode escapar.”).
 Mostrar ao aluno slides ou filmes que tratem do problema ou modelem os comportamentos apropriados;
 Métodos Corporal-Cinestésicos:
 Fazer com que o aluno dramatize os comportamentos inadequados e os adequados;
 Ensinar o aluno a usar deixas físicas para lidar com situações estressantes (por exemplo, respirar fundo, alongar e
relaxar os músculos);
 Métodos Musicais:
 Encontrar seleções musicais que tratem do problema que o aluno está enfrentando;
 Colocar músicas que reflitam o comportamento apropriado (por exemplo, música calma para uma criança
descontrolada);
 Ensinar o aluno a “tocar” sua música favorita em sua mente quando se sentir fora de controle.
 Métodos Interpessoais:
 Oferecer aconselhamento em grupo;
 Aproximar o aluno de um colega que sirva como modelo de papel;
 Fazer com que o aluno ensine ou cuide de uma criança mais jovem;
 Dar ao aluno outras responsabilidade sociais para exibir suas energias (por exemplo, liderar um grupo).
 Métodos Intrapessoais:
 Ensinar o aluno a ir voluntariamente para uma área de “intervalo” não-punitiva para recuperar o controle;
 Oferecer aconselhamento individual;
 Fazer um contrato de comportamento;
 Dar ao aluno a oportunidade de trabalhar em projetos que o interessem muito;
 Proporcionar atividades que aumentem a auto-estima;
 Métodos Naturalistas:
 Contar histórias de animais que falem sobre comportamentos impróprios e adequados (por exemplo, para um
mentiroso persistente, a história “O menino que gritava Lobo!”);
 Usar metáforas de animais ao trabalhar com comportamentos difíceis (por exemplo, para uma criança agressiva,
perguntar com que tipo de animal ela se acha parecida e como pode aprender a “dominar” esse animal dentro
dela).
APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS E ORGANIZAÇAO DAS ATIVIDADES
(Délia Lerner)
O tempo é – todos nós, professores, sabemos muito bem - um fator de peso na escola: sempre é escasso em relação
à quantidade de conteúdos fixados no programa, nunca é suficiente para comunicar às crianças tudo o que
desejaríamos ensinar em cada ano escolar.
Não se trata somente de aumentar o tempo ou de reduzir os conteúdos, trata-se de produzir uma mudança
qualitativa na utilização do tempo didático.
Para concretizar essa mudança, parece necessário- além de se atrever a romper com a correspondência linear entre
parcelas de conhecimentos e parcelas de tempo- cumprir, pelo menos, com duas condições: manejar com
flexibilidade a duração das situações didáticas e tornar possível a retomada dos próprios conteúdos em diferentes
oportunidades e a partir de perspectivas diversas. Criar essas condições requer pôr em ação diferentes modalidades
organizativas: PROJETOS, ATIVIDADES HABITUAIS, SEQUÊNCIAS DE SITUAÇÕES E ATIVIDADES INDEPENDENTES
coexistem e se articulam ao longo do ano escolar.
1- Os projetos permitem uma organização muito flexível do tempo: pode ocupar somente alguns dias, ou se
desenvolver ao longo de vários meses.
2- As atividades habituais, que se reiteram de forma sistemática e previsível uma vez por semana, ou por quinzena,
oferecem oportunidade de interagir intensamente com um gênero determinado.
3- As sequências de atividades em uma duração limitada a algumas semanas de aula, o que permite realizar-se várias
delas no curso do ano letivo e se ter, assim, acesso a diferentes gêneros. No curso de cada sequência se incluem-
como nos projetos- atividades coletivas, grupais e individuais.
4- As situações independentes podem classificar-se em dois subgrupos:
a) situações ocasionais: em algumas oportunidades, a professora encontra um texto que considera valioso
compartilhar com as crianças, embora não esteja em correspondência com as atividades que estão realizando no
momento.
b) situações de sistematização: estas situações são “independentes” somente no sentido de que não contribuem
para cumprir os propósitos apresentados em relação com a ação imediata, mas permitem sistematizar os
conhecimentos linguísticos, construídos através de outras modalidade organizativas.
É assim que a articulação de diferentes modalidades organizativas permite desenvolver situações didáticas que têm
durações diferentes, que podem se apresentadas ou realizadas em períodos limitados, algumas das quais se
sucedem no tempo, enquanto outras se entrecruzam numa mesma etapa do ano letivo.

O adolescente como protagonista


Antônio Carlos Gomes da Costa

Ao nos perguntarmos acerca do tipo de jovem que queremos formar, concluímos que é aquele autônomo, solidário, competente
e participativo. Refletindo sobre essa questão, surgiu-nos a ideia de protagonismo juvenil, conceito que veio preencher uma
lacuna teórico-prática nesse campo.
A palavra protagonismo é formada por duas raízes gregas: proto, que significa o primeiro, o principal; agon, que significa luta.
Agonistes, por sua vez, significa lutador. Protagonista quer dizer, então, lutador principal, personagem principal, ator principal.
Uma ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu desenvolvimento. Por
meio desse tipo de ação, o adolescente adquire e amplia seu repertório interativo, aumentando assim sua capacidade de
interferir de forma ativa e construtiva em seu contexto escolar e sócio comunitário.
O centro da proposta é que, através da participação ativa, construtiva e solidária, o adolescente possa envolver-se na solução de
problemas reais na escola, na comunidade e na sociedade.
Um dos caminhos para que isso ocorra é mudar nossa maneira de entender os adolescentes e de agir em relação a eles. Para
isso, temos de começar mudando a maneira de vê-los. O adolescente deve começar a ser visto como solução e não como
problema.
No interior dessa concepção, o educando emerge como fonte de iniciativa (na medida em que é dele que parte a ação), de
liberdade (uma vez que na raiz de suas ações está uma decisão consciente) e de compromisso (manifesto na sua disposição em
responder por seus atos).
Assim, quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais, atuando como fonte de
iniciativa, liberdade e compromisso, temos diante de nós um quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio
comunitário, o qual pode ser chamado de protagonismo juvenil.
Na perspectiva do protagonismo juvenil, é imprescindível que a participação do adolescente seja de fato autêntica e não
simbólica, decorativa ou manipulada. Essas últimas são, na verdade, formas de não-participação. Tais formas desviadas de
participação podem causar danos ao desenvolvimento pessoal e social dos jovens, além de minar a possibilidade de um convívio
autêntico entre eles e seus educadores. A participação é a atividade mais claramente ontocriadora, ou seja, formadora do ser
humano, tanto do ponto de vista pessoal como social.
Educar para a participação é criar espaços para que o educando possa empreender, ele próprio, a construção de seu ser. Aqui,
mais uma vez, as práticas e vivências são o melhor caminho, já que a docência dificilmente dará conta das múltiplas dimensões
envolvidas no ato de participar.
Na vivência dessa pedagogia, o educador já não pode limitar-se à docência. Mais do que ministrar aulas, ele deve atuar como
líder, organizador, animador, facilitador, criador e co-criador de acontecimentos por meio dos quais o educando possa
desenvolver uma ação protagônica.
A adesão à perspectiva pedagógica do protagonismo juvenil vai muito além da assimilação pelo educador de algumas noções e
conceitos sobre o tema. Antes de tudo, essa adesão deve traduzir-se em um compromisso de natureza ética entre o educador e
o adolescente. O protagonismo deve ser vivido como participação do adolescente no ato criador de ação educativa em todas as
etapas de sua evolução.
Além de um compromisso ético, a opção pelo desenvolvimento de propostas baseadas no protagonismo juvenil exige do
educador uma clara vontade política no sentido de contribuir, através de seu trabalho, para a construção de uma sociedade que
respeite os direitos de cidadania e aumente progressivamente os níveis de participação democrática de sua população.
Mas a clareza conceitual, o compromisso ético e a vontade política só potencializam verdadeiramente sua ação quando o
educador está comprometido em níveis que ultrapassam em profundidade o conhecimento do assunto, ou seja, quando ele está
emocionalmente envolvido com a causa da dignidade plena do adolescente. Para que isso ocorra, o educador deve evitar
posturas que inibam a participação plena dos jovens.

Eis um pequeno elenco de posturas assumidas pelos adultos ao trabalhar com adolescentes.
- anunciar aos jovens decisões já tomadas, reservando-lhes apenas o dever de acatar;
- decidir previamente e depois tentar convencer o grupo a assumir a decisão tomada pelo educador, como se fora sua própria
decisão;
- apresentar uma proposta de decisão e convocar o grupo para discuti-la;
- o educador apresenta o problema, colhe sugestões e decide com o auxílio do grupo;
- o educador estabelece os limites de determinada situação e solicita aos adolescentes que tomem decisões dentro desses
limites;
- o educador deixa a decisão a cargo do grupo, sem interferir no processo que a originou.

A evolução do trabalho com um grupo de adolescentes empenhados em decidir a partir de uma ação protagônica segue de
modo geral as seguintes etapas:
 Apresentação da situação-problema: A situação-problema deve ser apresentada do modo mais realista e desafiante
possível. É necessário embasá-la em dados. Informações e objetivos.
 Proposta de alternativas ou vias de solução: Deve-se procurar extrair do grupo o maior número possível de alternativas
de solução para o problema apresentado.
 Discussão das alternativas de solução apresentadas: As propostas devem ser discutidas e criticadas livremente. O grupo
deve estar consciente de que são ideias e não as pessoas que as apresentaram que estão em julgamento.
 Tomada de decisão: Durante a discussão, o grupo vai descartando as alternativas mais inviáveis e inconscientes até
chegar à decisão final, que pode ser unânime ou majoritária. Essa, contudo, é uma situação indesejável, que deve ser
evitada ao máximo pelo educador.

Em seu trabalho com jovens envolvidos na realização de ações protagônicas, cabe ao educador:
- ajudar o grupo a identificar situações-problema e a posicionar-se diante delas;
- empenhar-se para que o grupo não desanime nem se desvie dos objetivos propostas;
- favorecer o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo;
- animar o grupo, não o deixando abater-se pelas dificuldades;
- motivar o grupo a avaliar permanentemente sua atuação; quando necessário, replanejá-la;
- zelar permanentemente para que a ação dos jovens seja compreendida e aceita por todos os que com eles se relacionam no
curso do processo;
- manter um clima de empenho e mobilização no grupo;
- colaborar na avaliação das ações desenvolvidas pelo grupo e na incorporação de suas conclusões nas etapas seguintes do
trabalho.
O educador que se dispuser a atuar como animador de grupos de adolescentes em ações de protagonista deverá:
- ter consciência de que a participação na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o desenvolvimento
pessoal e social de um adolescente;
- conhecer os fundamentos, a dinâmica e a evolução do trabalho com grupos;
- ter algum conhecimento a respeito da situação ou problema que se pretende enfrentar;
- compreender adequadamente o projeto e ser capaz de explicá-lo quando necessário;
- ter participado de ações grupais, ainda que não tenha sido na condição de animador;
- estar convencido da importância da ação a ser realizada e estar disposto a transmitir a outras pessoas esse conhecimento;
- ter capacidade de administrar oscilações de comportamento entre os adolescentes, como conflitos, passividade, indiferença,
agressividade e destrutibilidade;
- ser capaz de conter-se para proporcionar aos educandos a oportunidade de pensar e agir livremente;
- acolher e compreender as manifestações verbais e não verbais emitidas pelo grupo;
- respeitar a identidade, o dinamismo e a dignidade de cada um dos membros do grupo.

Essa maneira de trabalhar com os adolescentes certamente irá contribuir para que muito do que hoje é considerado problema
se transforme amanhã em solução. Para isso, é preciso enfrentar de modo efetivo os problemas da escola, da comunidade e da
vida social. O fundamental é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens.

Extraído do manual Afetividade e sexualidade na educação um novo olhar da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais
e Fundação Odebrecht.
DINÂMICA: PAINEL DE RELACIONAMENTOS

OBJETIVOS: identificar, de maneira geral, os fatores que dificultam a interação pessoal; remover obstáculos, no caso específico
do grupo, que distanciam a manifestação de afeto; acelerar o processo natural do relacionamento entre os membros do grupo.

PROCEDIMENTO: são formados grupos entre os membros do grupo; cada membro do grupo receberá um cartão contendo
quatro experiências a serem relatadas. Caberá a cada participante escolher de uma a três das experiências do cartão, com as
quais fará um intercâmbio com o grupo. Os grupos se isolam para a permuta de experiências por um certo tempo. Ao término
deste, os grupos são desfeitos e o monitor apresenta a proposta de discussão:

1. Ao realizar um novo trabalho sinto...


2. Quando os alunos me encontram pela primeira vez, geralmente...
3. Quando, em um grupo, todos permanecem em silêncio, eu...
4. Costumo ficar com medo em um grupo toda vez que...
5. Sou um profissional que...
6. Nada me aborrece mais na sala de aula que...
7. Fico contente quando ministro uma aula...
8. Uma lembrança profissional que guardo com saudade foi...
9. Uma das coisas que mais me magoa é...
10. Para mim minha profissão é...
11. Sempre sinto insegurança na escola quando...
12. Acho que as pessoas ao meu lado demonstram solidariedade quando...
13. Um exemplo de ótimo colega de trabalho é...
14. Quando ocorre um conflito no grupo prefiro...
15. A maior força de um grupo está...
RODA DA VIDA
PAINEL DE RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS - 2019

QUESTÕES RESPOSTAS
1. Ao realizar um novo trabalho sinto...

2. Quando os alunos me encontram pela primeira vez,


geralmente...
3. Quando, em um grupo, todos permanecem em
silêncio, eu...
4. Costumo ficar com medo em um grupo toda vez
que...

5. Sou um profissional que...

6. Nada me aborrece mais na sala de aula que...

7. Fico contente quando ministro uma aula...

8. Uma lembrança profissional que guardo com saudade


foi...
9. Uma das coisas que mais me magoa é...

10. Para mim minha profissão é...

11. Sempre sinto insegurança na escola quando...

12. Acho que as pessoas ao meu lado demonstram


solidariedade quando...
13. Um exemplo de ótimo colega de trabalho é...

14. Quando ocorre um conflito no grupo prefiro...

15. A maior força de um grupo está...

NOME ________________________________________________ DISCIPLINA: _______________________________


E. E. ADELAIDE PATROCÍNIO DOS SANTOS – 2019

REUNIÃO PEDAGÓGICA

DATA 21/01/2019

PAUTA

1. Apresentação da Equipe Gestora


2. Organização da escola no PEI
3. Vídeo: Gestão da Mudança
4. Dinâmica: Painel de Relacionamentos Profissionais
5. Apresentação do PEI
a. Missão
b. Visão
c. Valores
d. Princípios
e. Premissas
6. Perfil Comportamental da Equipe Escolar
7. Projeto de Vida: objetivo do PEI
8. Dinâmica: Roda da Vida (modelo de aula PV/MT)

PRESENTES:

E. E. ADELAIDE PATROCÍNIO DOS SANTOS

CONTRATO PEDAGÓGICO
O CONTRATO PEDAGÓGICO possui extrema importância para o desenvolvimento de nossas aulas, pois tem como objetivo
estabelecer regras básicas para evitar conflitos desnecessários para ambas às partes envolvidas no processo educativo,
professor e aluno.

I - COMPROMETIMENTO DOCENTE (professor):


a) Planejar e ministrar aulas de acordo com o Currículo Oficial do estado de São Paulo, coordenando diferentes
metodologias e recursos didáticos para um melhor processo de ensino e aprendizagem nas diferentes séries do Ensino
Médio.
b) Criar um clima agradável de trabalho, onde seja estimulado o pensamento crítico, a criatividade e a reflexão;
c) Considerar as situações particulares dos alunos e do curso com o intuito de favorecer a aprendizagem significativa.
d) Avaliar o aluno de forma diagnóstica, formativa e contínua, considerando o esforço e o compromisso com o processo
de ensino/aprendizagem;
e) Explicar o conteúdo quantas vezes forem necessárias sempre que haja engajamento e participação dos alunos com a
aula.
f) Dar ciência aos alunos e aos seus responsáveis sobre o desempenho/rendimento de acordo com as atividades e as
avaliações ministradas.
g) Detectar e sanar as dificuldades dos alunos e propor atividades de recuperação contínua, ministradas tanto em sala de
aula como em casa.
h) Monitorar a frequência dos alunos, propondo quando necessário atividades de compensação de conteúdo;
i) Desenvolver nos alunos o sentido de responsabilidade com vista à sua formação integral e incutindo-lhes a ideia de
respeito pela pessoa humana e pela natureza.
j) Contribuir para a formação e realização integral dos alunos, promovendo o desenvolvimento das suas capacidades,
estimulando a sua autonomia e solidariedade, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e intervenientes
na vida da comunidade.

II – COMPROMETIMENTO DISCENTE (aluno):


a) Ser respeitoso e solidário para com colegas, gestores, professores, funcionários e colaboradores da escola,
independentemente de idade, sexo, raça, cor, credo, religião, origem social, nacionalidade, condição física ou
emocional, deficiências, estado civil, orientação sexual ou crenças políticas.
b) Contribuir para a criação e manutenção de um ambiente de aprendizagem colaborativo e seguro, que garanta o direito
de todos os alunos de estudar e aprender.
c) Respeitar e cuidar dos prédios, equipamentos e símbolos escolares, ajudando a preservá-los e respeitando a
propriedade alheia, pública ou privada.
d) Frequentar a escola regular e pontualmente, realizando os esforços necessários para progredir nas diversas áreas de
sua educação.
e) No processo de aprendizagem são materiais indispensáveis: o CADERNO DO ALUNO, o LIVRO DIDÁTICO, o caderno ou
fichário bem como lápis, canetas, borracha, régua bem como outros materiais solicitados pelo docente. A falta desses
prejudica a participação em aula, portanto, o seu desempenho, o que reflete nas suas avaliações.
f) É necessário ter prontidão para iniciar os trabalhos e demonstrar envolvimento nas aulas, isso tudo reflete na sua
avaliação.
g) Entregar trabalhos e tarefas dentro do prazo preestabelecido.
h) As leituras prévias de textos presentes no Caderno do Aluno ou no Livro Didático favorecem o enriquecimento do
vocabulário, coletas de dados e levantamentos prévios de questões, fatores estes indispensáveis para o
desenvolvimento dos conteúdos.
i) As avaliações são contínuas, portanto o estudo diário é de fundamental importância.
j) Colaborar com o clima de trabalho, não brincando em sala de aula e não fazendo comentários inadequados.
k) Manter diálogo constante com a professora em casos de dificuldade de aprendizagem.
l) De acordo com o Decreto 52.625 de 14/01/2008 e a Lei 12.730 de 11/10/2007, fica PROIBIDA a utilização de celulares
ou similares durante os horários de aula.

III – CIENCIA DOS INTERESSADOS: ___ª ano/série ___ do Ensino Fundamental/Médio

PROFESSOR (A) ALUNO (A) REPRESENTANTE DE SALA

Praia Grande, ___ de _____________________ de 20___ .


DICAS PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO DE SEUS FILHOS

1. CONVERSE COM SEU FILHO


 Pergunte o que ele aprendeu na escola e mostre-se bastante interessado. Quando os pais participam da vida escolar dos filhos as notas
aumentam em torno de 20%.
 Proponha que ele lhe ensine algo que aprendeu na escola. Esta é uma boa maneira para ele fixar o conteúdo.
 Pergunte se ele tem dificuldades em alguma matéria.

2. COBRE AS OBRIGAÇÕES DE SEU FILHO


 Garanta que ele vá à escola na hora certa.
 Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas.
 Ensine-o a respeitar os professores, os funcionários e os colegas.
 Confira se ele faz a lição de casa diariamente.
 Não deixe seu filho faltar às aulas sem necessidade. Quanto mais aulas um aluno perder, maiores serão as chances de ele tirar notas ruins
e repetir de ano.

3. ACOMPANHE A LIÇÃO DE CASA


 Combine com seu filho um horário para os estudos.
 Separe um lugar da casa para a lição – deve ser o mais tranquilo possível.
 Ofereça sempre ajuda, mas não faça as lições por seu filho. Filhos estimulados pelos pais a estudar e a fazer as lições de casa têm um
desempenho melhor. Pais que executam as tarefas prejudicam o aprendizado dos filhos.
 Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.

4. FIQUE DE OLHO NO APRENDIZADO DO SEU FILHO


 Veja se seu filho está aprendendo o que deveria na idade dele.
 Aos 8 anos, ele deve saber ler e escrever com facilidade.
 Aos 10 anos, deve saber somar, subtrair, multiplicar e dividir.
 Aos 14 anos, deve resolver uma equação de 1º grau com duas variáveis (X e Y) e interpretar textos com diferentes opiniões.

5. CONFIRA SEMPRE AS NOTAS E O BOLETIM DO SEU FILHO


 Se forem ruins, pergunte ao professor como você pode ajudar.
 Se forem boas, elogie-o para que continuem assim.

6. INCENTIVE O SEU FILHO A LER


 Leia sempre. É bom para você e excelente para seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente.
 Leia para ele desde bebê, com entonação e emoção.
 Deixe os livros ao alcance das mãos dele.
 Estimule atividades que usem a leitura: jogos, receitas, mapas, bulas etc.
 Faça da leitura um momento de prazer – pode até estourar pipoca.
 Leve-o para explorar as bibliotecas e livrarias próximas de sua casa.
 Ensine-o a emprestar livros aos amigos e a pedir emprestado.

7. VALORIZE A ESCRITA
 Tenha sempre lápis e papel em casa.
 Escreva bilhetinhos para o seu filho. Assim, ele entenderá a utilidade da escrita.
 Brinque de palavras-cruzadas, caça-palavras, forca, stop etc.
 Compre um diário e estimule seu filho a escrever recordações.
 Incentive-o a não mudar a grafia das palavras ao usar o computador.
 Peça ajuda para escrever a lista de compras, anotações em álbuns de fotografias etc.

8. DÊ O EXEMPLO
 Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa.
 Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia sempre.
 Seja curioso: pergunte, questione, procure entender.

9. VÁ A ESCOLA DO SEU FILHO


 Apresente-se aos professores dele
 Conheça o espaço: sala de aula, biblioteca, quadra, banheiros...
 Descubra quais são as regras do colégio e ajude a passá-las ao seu filho.

10. VALORIZE E APOIE O PROFESSOR


 Mostre que você admira a profissão
 Ensine o seu filho a ouvir e a respeitas o professor
 Procure o professor periodicamente e converse com ele sobre seu filho
 Vá às reuniões pedagógicas
 Pergunte o que será ensinado e como você pode ajudar
 Se não compartilhar a mesma opinião que o professor, converse com ele a sós.
 Atenda aos pedidos do professor e encontre-o sempre que preciso

11. ENTENDA COMO A ESCOLA TRABALHA


 Informe-se sobre quando será o período de provas
 Descubra se a escola oferece atividades ou cursos fora do período de aulas
 Saiba o que seu filho precisa aprender no trimestre para não ter dificuldades depois
12. PARTICIPE DO DIA A DIA DA ESCOLA
 Vá à festas, exposições e, principalmente, reuniões de pais
 Entre para a associação de pais e mestres
 Ofereça as suas habilidades, conhecimentos e experiência.
 Critique, elogie, faça sugestões
 Não tenha vergonha de apresentar o seu ponto de vista para a escola

13. ACOPANHE A QUALIDADE DE ESCOLA


 Descubra se os professores costumam faltar. A ausência de professores prejudica muito a aprendizagem dos alunos.
 Exija professores preparados, com amplo domínio do conteúdo e capacidade de envolver e estimular os alunos.
 Encontre outros pais para discutir os problemas da escola e saber o que vocês podem fazer para colaborar.
 Conheça a proposta pedagógica da escola.
 Descubra algum conhecido que tenha filhos ali e converse sobre a escola.
 Informe-se sobre os índices de repetência e de evasão da escola
 Opte por escolas que comprovadamente ofereçam uma educação de qualidade; que faça com que o aluno resolva problemas, analise
textos, tenha uma visão crítica do mundo ao seu redor.

COMO CIDADÃO, VOCÊ TEM O DIREITO DE EXIGIR EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE. É BOM PARA O PAÍS E PARA TODOS OS BRASILEIROS

ASSASSINATO NO MAR

A um canto do mar, os peixes vivos contemplavam um cadáver ainda fresco. Haviam assassinado o siri-patola. O
inspetor de polícia, comandante peixe-boi examinou o corpo e concluiu logo que fora morte por estrangulamento,
mas ficou na dele. Não contou nem para o seu ajudante de ordens, o lerdo peixe-cachimbo.
Reuniu o povaréu lá nas profundezas e começou o interrogatório para descobrir o assassino do infeliz patola. O
burburinho era geral no recinto. Cada um tinha uma hipótese provável para o acontecido. Havia gente pensando em
latrocínio (o patola era um próspero negociante de secos e molhados); outros, que era vingança, porque ele vendera
feijão bichado na época da crise; houve quem dissesse que era crime passional: a sirigaita da mulher dele andara de
caso com o guaiamu e o camarão. Alguém lembrou que poderia ser alguma transa política: patola deixara de andar
de costas (como todo siri) e passara a andar de banda (pendendo claramente para a direita). O inspetor seguia seu
interrogatório e ia separando os suspeitos para um canto. No final, ficaram a raia, o tubarão, o polvo, o peixe-galo, o
guaiamu e o camarão. Vendo o cerco se apertar, os remanescentes começaram a se entreolhar com ares de suspeita.
O peixe-galo foi quem começou:
- É esse mar está ficando perigoso à beça e a maré não está pra peixe. Acho que o guaiamu devia logo confessar o
crime, porque estou doido pra voar pra outros mares.
- Pobre de mim – choramingou a fina raia. – Fico lá embaixo na areia e não sei de nada. Ademais, patola era meu
compadre. Agora, o camarão… não sei!
- Pra mim – sentenciou o polvo – o camarão e o guaiamu eram os únicos interessados na morte do patola.
- Pera aí – disse o camarão botando as suas barbas de molho. – Eu posso provar que passei os últimos cinco dias fora
e só cheguei na hora do ocorrido.
- Comigo também – defendeu-se o guaiamu. – O caso com a mulher aí do defunto é intriga dos invejosos. Além do
mais, até agora ninguém pensou no polvo. Ele é cheio de tentáculos e teria muito mais facilidade para estrangular o
pobre coitado.
- Olha aí – foi vociferando o tubarão. – Isso foi uma covardia muito grande e o culpado tem que aparecer e pagar
pelo que fez.
- Silêncio! – ordenou o inspetor. – Já sei quem é o assassino. Agora, se ninguém pescou o culpado, que trate de
acompanhar o relato do acontecimento desde o início, porque ele está aí mesmo.

ASSASSINATO NO MAR

A um canto do mar, os peixes vivos contemplavam um cadáver ainda fresco. Haviam assassinado o siri-patola. O
inspetor de polícia, comandante peixe-boi examinou o corpo e concluiu logo que fora morte por estrangulamento,
mas ficou na dele. Não contou nem para o seu ajudante de ordens, o lerdo peixe-cachimbo.
Reuniu o povaréu lá nas profundezas e começou o interrogatório para descobrir o assassino do infeliz patola. O
burburinho era geral no recinto. Cada um tinha uma hipótese provável para o acontecido. Havia gente pensando em
latrocínio (o patola era um próspero negociante de secos e molhados); outros, que era vingança, porque ele vendera
feijão bichado na época da crise; houve quem dissesse que era crime passional: a sirigaita da mulher dele andara de
caso com o guaiamu e o camarão. Alguém lembrou que poderia ser alguma transa política: patola deixara de andar
de costas (como todo siri) e passara a andar de banda (pendendo claramente para a direita). O inspetor seguia seu
interrogatório e ia separando os suspeitos para um canto. No final, ficaram a raia, o tubarão, o polvo, o peixe-galo, o
guaiamu e o camarão. Vendo o cerco se apertar, os remanescentes começaram a se entreolhar com ares de suspeita.
O peixe-galo foi quem começou:
- É esse mar está ficando perigoso à beça e a maré não está pra peixe. Acho que o guaiamu devia logo confessar o
crime, porque estou doido pra voar pra outros mares.
- Pobre de mim – choramingou a fina raia. – Fico lá embaixo na areia e não sei de nada. Ademais, patola era meu
compadre. Agora, o camarão… não sei!
- Pra mim – sentenciou o polvo – o camarão e o guaiamu eram os únicos interessados na morte do patola.
- Pera aí – disse o camarão botando as suas barbas de molho. – Eu posso provar que passei os últimos cinco dias fora
e só cheguei na hora do ocorrido.
- Comigo também – defendeu-se o guaiamu. – O caso com a mulher aí do defunto é intriga dos invejosos. Além do
mais, até agora ninguém pensou no polvo. Ele é cheio de tentáculos e teria muito mais facilidade para estrangular o
pobre coitado.
- Olha aí – foi vociferando o tubarão. – Isso foi uma covardia muito grande e o culpado tem que aparecer e pagar
pelo que fez.
- Silêncio! – ordenou o inspetor. – Já sei quem é o assassino. Agora, se ninguém pescou o culpado, que trate de
acompanhar o relato do acontecimento desde o início, porque ele está aí mesmo.
CONCLUSÃO:

Resolução SE-52, de 2-10-2014


 
Dispõe sobre a organização e o funcionamento das escolas estaduais do Programa Ensino
Integral, de que trata a Lei Complementar 1.164, de 4 de janeiro de 2012, e dá providências correlatas
 
O Secretário da Educação, à vista do que dispõe a Lei Complementar 1.164, de 04-01-2012,
alterada pela Lei Complementar 1.191, de 28-12-2012, bem como o Decreto 59.354, de 15-07-2013, e
considerando:
- a necessidade de se ampliarem as oportunidades de acesso a uma educação de qualidade, a
crianças e jovens paulistas, em escolas estaduais do Programa Ensino Integral, cuja organização e
funcionamento peculiares têm registrado relevante sucesso, atingindo metas e superando
expectativas;
- a importância da expansão do Programa Ensino Integral que, iniciado no ensino médio,
estendeu-se também ao ensino fundamental – anos iniciais e anos finais, com implantação gradativa
nas escolas da rede estadual, resolve:
Artigo 1º - As escolas que oferecem Ensino Fundamental e/ ou Ensino Médio e que aderiram ao
Programa Ensino Integral, de que trata a Lei Complementar 1.164/2012, terão sua organização e
funcionamento na conformidade das diretrizes estabelecidas na presente resolução.
Artigo 2º – O Programa Ensino Integral, tendo como objetivo precípuo a formação de indivíduos
autônomos, solidários e competentes, contemplará, nessa formação, conhecimentos, habilidades e
valores direcionados ao pleno desenvolvimento da pessoa humana e a seu preparo para o exercício da
cidadania.
Parágrafo único – Os conhecimentos, habilidades e valores, a que se refere o caput deste artigo,
consubstanciam-se em respeito, tolerância, perseverança, protagonismo e espírito crítico, investigativo
e pesquisador, a serem implementados, no Ensino Integral, mediante conteúdos, abordagens e
métodos didáticos específicos e gestão pedagógica e administrativa próprias.
Artigo 3º - A gestão pedagógica e administrativa das escolas do Programa Ensino Integral dar-
se-á:
I - nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – com observância aos seguintes eixos estruturais:
a) Carga Horária Discente - o conjunto de aulas dos diferentes componentes curriculares que
compõem a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada do Currículo, incluídas as Atividades
Complementares;
b) Carga Horária Multidisciplinar Docente - o conjunto de horas em atividades com alunos e de
horas de trabalho pedagógico, coletivo e individual, a serem cumpridas, em sua totalidade, no âmbito
da escola do Programa Ensino Integral, com objetivo de promover a integração entre os componentes
curriculares da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada e as Atividades Complementares;
c) Carga Horária de Gestão Especializada - o conjunto de horas que abrange:
c.1 - atividades de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação da atuação
pedagógica, bem como de assistência e apoio necessários, exercidas exclusivamente pelo Diretor de
Escola e Vice-Diretor de Escola, conforme plano de ação previamente estabelecido;
c.2 - atividades pedagógicas exercidas pelos Professores Coordenadores, com o objetivo de
promover a formação, o acompanhamento e a integração dos docentes que atuam nas disciplinas da
Base Nacional Comum e da Parte Diversificada e dos que atuam nas Atividades Complementares;
d) Projeto de Vida - consistindo, inicialmente, de ações integrantes de um projeto de
“Convivência” que, permeando todo o modelo pedagógico, se viabilizará pela implementação do
exercício do protagonismo de vida do aluno, mediante programação articulada com os diferentes
espaços e tempos escolares, da qual deverão participar todos os profissionais da escola, com objetivo
de fornecer ao aluno condições de se aproximar, de forma cada vez mais autônoma, do seu Projeto de
Vida, com ênfase:
d.1 – no Protagonismo Infantil, em que o aluno é estimulado a atuar, criativa, construtiva e
solidariamente, na solução de problemas reais, vivenciados no âmbito da escola, na comunidade e/ou
na vida social, participando de atividades desenvolvidas em reuniões de Líderes de Turma, em
Assembleia, com apoio dos professores e dos gestores da escola;
d.2 – na Educação Emocional, em que as atividades programadas visam ao desenvolvimento
das habilidades sócio-emocionais do aluno, em estreita articulação com o desenvolvimento das
habilidades cognitivas; e
d.3 – nas Diferentes Linguagens, em que o trabalho será desenvolvido por meio das quatro
linguagens artísticas (teatro, música, dança e artes visuais) e pela cultura do movimento, com oferta
semestral das diferentes modalidades, quando for o caso, e também pelo multiletramento;
II - nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio – além dos eixos de que tratam
as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso anterior, com observância também aos eixos estruturais a seguir
relacionados:
a) Projeto de Vida - que consistirá de um documento elaborado pelo aluno, em que ele
expressará metas e definirá prazos, objetivando identificar e desenvolver suas aptidões, com
responsabilidade individual, responsabilidade social e responsabilidade institucional, esta última em
relação à sua escola;
b) Protagonismo Juvenil – processo pedagógico em que o aluno é estimulado a atuar, criativa,
construtiva e solidariamente, na solução de problemas reais, que se vivenciem na escola, na
comunidade e/ou na vida social;
c) Clubes Juvenis - grupos temáticos, criados e organizados pelos próprios alunos, com apoio
dos professores e dos gestores da escola; e
 d) Tutoria – processo didático-pedagógico em que o aluno  é acompanhado e orientado em seu
Projeto de Vida, podendo, inclusive, nesse processo, lhe serem viabilizadas atividades de recuperação
e/ou reforço de aprendizagem, quando necessário.
Parágrafo único – A gestão pedagógica e administrativa, de que trata este artigo, deverá, ainda,
relativamente a todos os anos/séries do Programa Ensino Integral, ter enfoque determinante:
1 – na presença da família e no envolvimento da comunidade local, em que o estabelecimento e
reforço do vínculo escola-família-comunidade visem à corresponsabilidade no processo educativo e na
trajetória escolar do aluno;
2 – na excelência acadêmica, em que se atenda à necessidade de expandir e aprimorar a
qualidade educacional para o crescente sucesso do processo de ensino e aprendizagem;
3 – no fortalecimento dos quatro pilares da Educação para o século XXI, em que se potencialize
o compromisso com a educação integral, visando ao desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social
do educando; e
4 – na Tecnologia Digital da Informação e Comunicação - TDIC, em que se utilize a tecnologia
como recurso para comunicação e interação com os pares, na expectativa de imprimir qualidade à
maneira como a criança, o adolescente e o jovem se apropriam dela em seu processo de construção do
conhecimento.
Artigo 4º – As escolas do Programa Ensino Integral utilizarão como instrumentos de gestão:
I – em todo o Ensino Fundamental e no Ensino Médio:
a) o Plano de Ação – documento a ser elaborado coletivamente pelos gestores escolares e pelos
docentes, sob a coordenação do Diretor de Escola, e que deverá conter: diagnóstico e definição de
indicadores, de metas a serem alcançadas, de estratégias e de instrumentos de avaliação da
aprendizagem a serem utilizados; e
b) o Programa de Ação – documento a ser elaborado por toda a equipe escolar, contendo os
objetivos, metas e resultados de aprendizagem a serem atingidos pelos alunos, a partir das diretrizes e
metas estabelecidas pela Secretaria da Educação e na conformidade do que for definido no Plano de
Ação da escola, de que trata a alínea anterior;
II – apenas nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio:
a) os Guias de Aprendizagem - documentos elaborados semestralmente pelos professores, para
acesso dos alunos, contendo informações acerca dos componentes curriculares, dos objetivos e
atividades didáticas, fontes de consulta e demais orientações pedagógicas que se façam necessárias; e
b) a Agenda Bimestral – documento de elaboração coletiva, pela administração central e
regional, bem como pela escola, com indicação das datas de execução das ações apontadas nas
estratégias do Plano de Ação e no Programa de Ação da equipe escolar.
Artigo 5º - A organização curricular, a ser adotada nas escolas do Programa Ensino Integral,
sustentada pelos princípios integradores dos diferentes conhecimentos, de forma contextualizada e
interdisciplinar, fundamentar-se-á:
I - nos anos iniciais do Ensino Fundamental: na cultura, na ciência e nas habilidades sócio-
emocionais, contemplando as diferentes linguagens artísticas, bem como a cultura do movimento, o
multiletramento, a integração escola-comunidade e a tecnologia;
II - nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio: nas dimensões do trabalho, da
ciência, da tecnologia e da cultura, contemplando o protagonismo juvenil, a orientação educacional e a
preparação acadêmica, com vistas à continuidade de estudos e/ou ao mundo do trabalho e à vida
cidadã.
Artigo 6º - O currículo nas escolas do Programa Ensino Integral, respeitadas as diretrizes e
bases da educação nacional, compreenderá as disciplinas estabelecidas nas matrizes curriculares,
específicas para o Ensino Fundamental - Anos Iniciais/ Anos Finais e para o Ensino Médio do Programa,
constantes, respectivamente, dos Anexos I e II que integram esta resolução.
Parágrafo único - As matrizes curriculares, a que se refere o caput deste artigo, serão
implantadas em todas as turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, compreendendo as
disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, incluídas as Atividades Complementares.
Artigo 7º - Nas escolas do Programa Ensino Integral, o corpo discente será formado por
crianças, adolescentes e jovens que, observados os critérios de acesso e permanência, estabelecidos
nos instrumentos legais pertinentes, apresentem disponibilidade de tempo para frequência ao ensino
integral e atendam os seguintes requisitos:
I – para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental: que, para ingresso no 1º ano,
completem 6 anos até a data de 30 de junho do ano em curso, exceto no município de São Paulo, cuja
data limite é 31 de março;
II – para os Anos Finais do Ensino Fundamental: que tenham concluído o 5º ano do Ensino
Fundamental;
III – para o Ensino Médio: que tenham concluído o Ensino Fundamental.
Artigo 8º - O atendimento aos alunos, para matrícula em escola que tenha aderido ao Programa
Ensino Integral, observará a seguinte ordem de prioridade:
I - alunos já matriculados na unidade escolar que irá oferecer o ensino integral;
II – demais alunos, observadas as diretrizes e procedimentos para atendimento à demanda
escolar, estabelecidos na legislação pertinente.
Parágrafo único – Poderão ser aceitas transferências de alunos de outras unidades escolares
durante o ano letivo, para qualquer ano/série do Ensino Fundamental e/ou Médio, desde que seja
assegurada sua adaptação às especificidades da escola do Programa Ensino Integral.
Artigo 9º - A avaliação do desempenho dos alunos das escolas do Programa Ensino Integral,
entendida como um processo resultante de observações realizadas rotineiramente, contemplará o
discente num contexto de aprendizagem mais amplo, abrangente e globalizado, que estimulará a
capacidade de pesquisa e planejamento, bem como o desenvolvimento de autonomia e competência,
que caracterizam a formação de um cidadão crítico, investigativo, responsável e solidário.
Parágrafo único – Os componentes das matrizes curriculares, específicas para o Ensino
Fundamental – Anos Iniciais/ Anos Finais e para o Ensino Médio, serão avaliados de forma diferenciada
relativamente à Base Nacional Comum e à Parte Diversificada.
Artigo 10 - Na avaliação dos componentes curriculares da Base Nacional Comum e da Língua
Estrangeira Moderna, que integra a Parte Diversificada, nas matrizes do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio, serão considerados os critérios e parâmetros estabelecidos na legislação pertinente.
Parágrafo único - Os resultados da avaliação, de que trata o caput deste artigo, à exceção da
Língua Estrangeira Moderna, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, integrarão a definição da
situação final do desempenho escolar do aluno, em termos de promoção/retenção, ao final de cada
ciclo de aprendizagem do Ensino Fundamental ou ao término do ano letivo nas séries do Ensino Médio.
Artigo 11 – Os componentes curriculares da Parte Diversificada, excetuada a Língua Estrangeira
Moderna, nas matrizes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, serão avaliados na conformidade do
que estabelece a presente resolução, observando-se que as notas atribuídas, quando for o caso, não
interferirão na definição da situação final do desempenho escolar do aluno, em termos de
promoção/retenção.
§ 1º - Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a avaliação das Atividades Complementares,
que integram a Parte Diversificada, será bimestral e se processará, especificamente, na seguinte
conformidade:
1 – nas Linguagens Artísticas e na Cultura do Movimento: com utilização de diferentes
instrumentos, tais como: fichas para registro do desempenho do aluno, portfólios, observação rotineira
pelo professor, entre outros, devendo os resultados obtidos decorrer de decisão consensual dos
docentes envolvidos, com base em critérios de frequência e participação do aluno às atividades, e ser
considerados na definição das notas bimestrais das disciplinas/áreas de conhecimento da Base
Nacional Comum;
2 – na Orientação de Estudos: com utilização de ficha em que se expressem e registrem os
avanços do aluno e, quando for o caso, também suas dificuldades, incluindo registros do processo de
autoavaliação;
3 – na Educação Emocional: com parecer descritivo a ser elaborado ao final de cada bimestre,
versando sobre as atitudes e ações do aluno que forem observadas, tendo fundamento na obtenção
das competências e habilidades de aprender a ser, a conviver, a fazer e a aprender;
4 – nas Práticas Experimentais: mediante ficha de acompanhamento do aluno em que se
registrem os avanços que alcançar nessas atividades e também nas disciplinas a elas relacionadas;
5 – na Assembleia, em reuniões de Líderes de Turma: mediante registros que expressem o
desempenho do aluno nas atividades propostas, observado o desenvolvimento do seu protagonismo,
bem como de sua autonomia e competência na resolução de problemas reais, vivenciados no âmbito
da escola, na comunidade e/ou na vida social.
§ 2º - Nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a avaliação dos componentes
curriculares da Parte Diversificada, incluídas as Atividades Complementares, processar-se-á
especificamente na seguinte conformidade:
1 – nas Disciplinas Eletivas, de duração e avaliação semestrais:com nota atribuída mediante a
aplicação de critérios de participação e envolvimento do aluno (desenvolvimento de atividades e
pontualidade em sua entrega), bem como de assiduidade, de mudança de atitude, de domínio de
conteúdo e uso prático dos quatro pilares da educação, devendo se utilizar diferentes instrumentos de
avaliação, tais como: ficha para registro do desempenho do aluno, portfólios, observação rotineira pelo
professor e uso de agenda, entre outros;
2 - na Prática de Ciências, do Ensino Médio: mediante análise do desempenho do aluno que
será considerada na avaliação das disciplinas de Biologia, Física, Química e Matemática bem como na
definição da nota bimestral, em cada uma dessas disciplinas;
3 - na Práticas Experimentais, dos Anos Finais do Ensino Fundamental: mediante análise do
desempenho do aluno que será considerada na avaliação das disciplinas de Ciências Físicas e Biológicas
e de Matemática, bem como na definição da nota bimestral, em cada uma dessas disciplinas;
4 – na Orientação de Estudos: com utilização de ficha em que se expressem e registrem os
avanços do aluno e, se for o caso, também suas dificuldades, incluindo registros do processo de
autoavaliação;
5 – no Projeto de Vida, do Ensino Médio, e no Projeto de Vida: Valores para a Vida Cidadã e
Protagonismo Juvenil, dos Anos Finais do Ensino Fundamental: mediante parecer descritivo a ser
elaborado ao final de cada semestre, versando sobre atitudes e ações do aluno que forem observadas,
tendo como base a obtenção das competências relativas aos quatro pilares da educação;
6 – na Preparação Acadêmica/Mundo do Trabalho, do Ensino Médio: por meio de observação
pelo professor, por autoavaliação do aluno e por avaliação em grupo, com registros em portfólios,
fichas de observação e outras formas de registro que se julguem adequadas.
§ 3º - Os componentes curriculares que integram as Atividades Complementares, em todos os
anos/séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, serão avaliados sem atribuição de notas,
apenas com base na frequência e participação do aluno às atividades programadas, devendo a
frequência ser considerada nos termos da legislação pertinente.
§ 4º - O desempenho escolar nas Atividades Complementares, registrado mediante seus
respectivos instrumentos, será considerado na análise global de cada aluno, a se realizar pelo Conselho
de Classe.
§ 5º - Para fins de promoção ou de retenção, ao final de cada ciclo do Ensino Fundamental e de
cada série do Ensino Médio, com relação à avaliação dos componentes curriculares de que trata este
artigo, será considerada apenas a frequência do aluno.
Artigo 12 – Para alunos do Ensino Médio, promovidos em regime de progressão parcial, com
pendência em até 3 (três) disciplinas, a escola deverá organizar diferentes práticas e atividades para
desenvolver as competências, habilidades e conteúdos referentes à(s) disciplina(s) pendente(s), tais
como: trabalhos de pesquisa, trabalhos em grupo, atividades interdisciplinares e outras atividades que
se julguem adequadas e suficientes para sanar as dificuldades de aprendizagem apresentadas.
Parágrafo único - As atividades, a que se refere este artigo, serão realizadas durante o período
regular de aulas.
Artigo 13 - A carga horária semanal de estudos e atividades pedagógicas das escolas do
Programa Ensino Integral incluirá jornada diária de até:
I – 9 (nove) horas e 30 (trinta) minutos, para os alunos do Ensino Médio; e
II - 8 (oito) horas e 40 (quarenta) minutos, para os alunos do Ensino Fundamental. Parágrafo
único – O intervalo para o almoço será de, no mínimo, 1 hora e, no máximo, 1 hora e 30 minutos,
havendo dois intervalos, um no turno da manhã e outro no turno da tarde, sendo:
1 – de 20 (vinte) minutos cada, para alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; e
2 – de 15 (quinze) minutos cada, para alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio.
Artigo 14 - A carga horária dos integrantes do Quadro do Magistério, em exercício nas escolas
do Programa Ensino Integral, será de 8 (oito) horas diárias, correspondendo a 40 (quarenta) horas
semanais, constituída de carga horária multidisciplinar docente ou de carga horária de gestão
especializada, conforme especifica o disposto no artigo 2º desta resolução.
Parágrafo único - A carga horária do docente nas escolas do Programa Ensino Integral,
respeitados o respectivo campo de atuação e as habilitações/qualificações que possua, compreenderá
obrigatoriamente disciplinas da Base Nacional Comum, da Parte Diversificada e das Atividades
Complementares.
Artigo 15 - As horas de trabalho pedagógico coletivo e individual, que compõem a carga horária
total do professor, deverão ser cumpridas, em sua totalidade, no âmbito da escola do Programa Ensino
Integral.
Parágrafo único – As horas de trabalho pedagógico coletivo - HTPCs deverão ser cumpridas na
conformidade dos horários e dias pré-estabelecidos pela equipe gestora da escola do Programa Ensino
Integral, garantindo-se que, pelo menos, 2 (duas) dessas horas sejam consecutivas.
Artigo 16 - Caberá à equipe gestora definir o horário de funcionamento da escola do Programa
Ensino Integral, observadas as cargas horárias estabelecidas nesta resolução e de acordo com as
peculiaridades locais.
Parágrafo único - O Calendário Escolar da escola do Programa Ensino Integral observará o
mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e o cumprimento da totalidade da carga horária de estudos e
atividades pedagógicas definidas neste Programa.
Artigo 17 – As Coordenadorias de Gestão da Educação Básica – CGEB e de Gestão de Recursos
Humanos – CGRH poderão baixar instruções que se façam necessárias ao cumprimento da presente
resolução.
Artigo 18 – Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário, em especial a Resolução SE 49, de 19.7.2013.
 
 
Notas:
Lei Complementar nº 1.164/12;
Lei Complementar nº 1.191/12;
Decreto nº 59.354/13;
Revoga Res. SE nº 19/13.
Alterada pela Resolução SE nº 6/2015.

 
 
 
ANEXO I
MATRIZES  CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
Subanexo 1
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
 
Fundamentação Legal: LDBEN - Lei 9.394/96 e Lei Complementar nº 1.164/2012, alterada pela Lei Complementar nº1.191/2012
ANO ANO ANO ANO ANO
DISCIPLINAS/ 1º 2º 3º 4º 5º
COMPONENTES
Nº DE Nº DE Nº DE Nº DE Nº DE
CURRICULARES
AULAS AULAS AULAS AULAS AULAS
Língua Portuguesa 10 10 10 10 10
BASE NACIONAL COMUM Arte 2 2 2 2 2
Educação Física 2 2 2 2 2
Matemática 8 8 8 8 8
Ciências Físicas e Biológicas
História 3 3 3 3 3
Geografia
TOTAL DA BASE NACIONAL
25 25 25 25 25
COMUM
    Língua Estrangeira Moderna - Inglês 3 3 3 3 3
Linguagens Artísticas 2 2 2 2 2
Cultura do Movimento 2 2 2 2 2
PARTE
Educação Emocional 1 1 1 1 1
DIVERSIFICADA ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Orientação de Estudos 2 2 2 2 2
Práticas Experimentais 2 2 2 2 2
Assembleia 1 1 1 1 1
Total da Parte Diversificada 13 13 13 13 13
             Total Geral 38 38 38 38 38
 
 
Subanexo 2
Anos Finais do Ensino Fundamental
 
Fundamentação Legal: LDBEN - Lei 9.394/96 e Lei Complementar nº 1.164/2012, alterada pela Lei Complementar nº1.191/2012
ANO ANO ANO ANO
DISCIPLINAS/ 6º 7º 8º 9º
COMPONENTES Carga
Nº DE Nº DE Nº DE Nº DE
CURRICULARES horária
AULAS AULAS AULAS AULAS
Língua Portuguesa 6 6 6 6 960
Arte 2 2 2 2 320
BASE NACIONAL COMUM
Educação Física 2 2 2 2 320
Matemática 6 6 6 5 920
Ciências Físicas e Biológicas 4 4 4 4 640
História 4 4 4 4 640
Geografia 4 4 4 4 640
Ensino Religioso * 0 0 0 1 40
TOTAL DA BASE NACIONAL
28 28 28 28 4.480
COMUM
Língua Estrang. Moderna – Inglês 2 2 2 2 320
Disciplinas Eletivas 2 2 2 2 320
Práticas Experimentais 0 0 2 2 160
PARTE
Orientação de Estudos 4 4 2 2 480
DIVERSIFICADA ATIVIDADES COMPLEMENTARE
Protagonismo Juvenil 1 1 1 1 160
S
Projeto de Vida: valores para
2 2 2 2 320
a vida cidadã
Total da Parte Diversificada 11 11 11 11 1.760
Total Geral 39 39 39 39 6.240
                                                                                                                         (*) Caso não haja demanda para Ensino Religioso, acrescentar uma aula
para Matemática
 
 
Anexo II
Matriz  Curricular do Ensino  Médio
 
Fundamentação Legal: LDBEN - Lei 9.394/96 e Lei Complementar nº 1.164/2012, alterada pela Lei Complementarnº1.191/2012.
Carga
DISCIPLINAS série série série
horária
COMPONENTES/
AULA AULA
CURRICULARES AULAS AULAS
S S
Língua Portuguesa 5 5 6 640
Arte 2 2 2 240
Educação Física 2 2 2 240
BASE NACIONAL COMUM
Matemática 5 5 6 640
Química 2 3 2 280
Física 3 2 2 280
Biologia 2 2 3 280
História 2 2 2 240
Geografia 2 2 2 240
Filosofia 2 2 2 240
Sociologia 2 2 2 240
TOTAL DA BASE NACIONAL
COMUM
29 29 31 3.560
  Língua Estrang. Moderna - Inglês 2 2 2 240
Disciplinas Eletivas 2 2 2 240
Práticas de Ciências 4 4 0 320
PARTE
Orientação de Estudos 4 2 2 320
DIVERSIFICADA ATIVIDADES COMPLEMENTA
RES
Projeto de Vida 2 2 0 160
Preparação Acadêmica 0 2 4 240
Mundo do Trabalho 0 0 2 80
Total da Parte Diversificada 14 14 12 1.600
             Total Geral 43 43 43 5.160
                                                                                                                                     (Republicada por ter saído com incorreção.)

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