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BRINCANDO TAMBÉM

SE APRENDE
Objetivos:
- conhecer um pouco do folclore brasileiro;
- resgatar brincadeiras e jogos folclóricos;
- estimular a criatividade e imaginação;
- aprender com o lúdico.
Com o avanço da tecnologia, as brincadeiras e os
jogos antigos que fazem parte do folclore brasileiro, estão
ficando esquecidos. Os jogos eletrônicos e os brinquedos
modernos lideram o ranking de preferência das crianças
hoje. E o resgate das brincadeiras antigas podemos
proporcionar às crianças, novas experiências,
conhecimento e estímulo da criatividade, pois, a maioria
dos jogos permite que elas mesmas os confeccionem.
O Lúdico na Escola
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à
prática educativa.
O conteúdo lúdico é de grande importância na escola , pois
proporciona uma aprendizagem mais prazerosa, e estimula a
inteligência, criatividade e a imaginação. O professor precisa
perceber que incluir a ludicidade em suas práticas contribui para o
desenvolvimento do aluno.
Brincar para uma criança não é somente um passatempo, brincando
elas reproduzem situações concretas, que são fundamentais para
seu aprendizado, pois constroem seu conhecimento do mundo
através de suas próprias emoções.
Folclore na escola
É importante é vivenciar o folclore na escola, devido a sua
contribuição para a formação social, histórica e crítica do aluno; e
ainda, pelo seu caráter de interdisciplinaridade, uma vez que, ao
partilhar nossos conhecimentos, estaremos nos enriquecendo
culturalmente.
“É necessária a existência do social, de significações a partilhar, de
possibilidades de interpretação, portanto de cultura, para haver jogo.”
BROUGÉRE,1998.
Como afirma o autor, para haver o jogo é necessária a existência da
cultura ,e é através dela que criam-se as brincadeiras e os jogos que
são passados de geração para geração, seja pelos pais, avós, que
compartilham com os mais novos suas vivências.
Folclore na escola
Segundo Cascudo (1984) e Kishimoto (1999 e 2003), os jogos
tradicionais infantis fazem parte da cultura popular, expressam a
produção espiritual de um povo em uma determinada época histórica,
são transmitidos pela oralidade e sempre estão em transformação,
incorporando as criações anônimas de geração para geração.
Ligados ao folclore, possuem as características de anonimato,
tradicionalidade, transmissão oral, conservação e mudança. As
brincadeiras tradicionais possuem, enquanto manifestações da
cultura popular, a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver
a convivência social.
O folclore brasileiro revela um pouco da história do nosso povo, e nas
brincadeiras passadas de geração para geração podemos perceber a
transformação da nossa cultura.
O brincar na adolescência
Um eterno desafio, pois aos olhos do adolescente de hoje, o “brincar”
é para as crianças, é infantil demais. E ao mesmo tempo vivem em
um conflito com o ser criança e estar se tornando um adulto, uma
crise de identidade instala-se e por um lado ele já não se vê mais
desenvolvendo atividades infantis e por outro ainda não pode
assumir os compromissos de adultos.
Acontecem nessa época os conflitos mais intensos com os pais e
com as autoridades, é a busca de uma confirmação existencial: a
identidade.
O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar
é uma experiência humana, rica e complexa".(ALMEIDA M.T.P, 2000)
Oficinas:
1ª Oficina:
O projeto iniciou com uma conversa sobre brincadeiras antigas, alguns alunos se
manifestaram dizendo conhecer algumas como peão, bola de gude, corda entre
outras. Ao serem questionados sobre as brincadeiras Amarelinha e Bilboquê, todos
conheciam a primeira e apenas alguns conheciam a segunda. Então foi
apresentada a eles a origem da Amarelinha e assistiram a vídeo sobre o Bilboquê.
Logo após partiram para a confecção dos brinquedos, foi divertido, e os alunos
demonstraram grande interesse e pressa em poder jogar.

2ª Oficina:
Nessa oficina os alunos conheceram e confeccionaram mais duas brincadeiras: 5
Marias e Cama de gato. Uma aluna trouxe de casa um peão que foi de seu pai
quando criança, os colegas puderam brincar e conhecer o brinquedo.
3ª Oficina:
A oficina teve inicio com uma conversa sobre a importância das brincadeiras
coletivas, um dos alunos disse: ”que os jogos eletrônicos de hoje nem sempre são
bons para as crianças, que elas deveriam conhecer mais esses jogos do tempo dos
nossos pais e avós.”
Conheceram e confeccionaram o jogo do Bingo e Corda. A oficina foi produtiva e
proporcionou aos alunos a oportunidade de refletir e expressar suas ideias e
pensamentos sobre o tema.

4ª Oficina:
As histórias das brincadeiras Peteca e Batata quente foram apresentadas, em
seguida confeccionaram os brinquedos para que pudessem jogar. Ao decorrer das
oficinas os alunos demonstraram interesse e colaboraram para o andamento das
propostas.
5ª Oficina
Na última oficina iniciamos conhecendo o jogo de damas, o último que
confeccionamos antes da exposição. Depois de concluída a produção, organizaram
a sala, expondo todos os jogos confeccionados durante as cinco oficinas do projeto.
Recebemos a visita de algumas turmas, os alunos puderam brincar com os objetos
da exposição, e ficaram fascinados com os jogos e brincadeiras expostos.
Ao final da exposição os brinquedos foram sorteados entre os alunos que
participaram da exposição.
Considerações Finais

O desafio proposto foi concluído com sucesso, pois os


objetivos foram alcançados. Durante as oficinas os alunos
tiveram a oportunidade de conhecer explorar, criar, brincar e
aprender sobre nossa cultura, o folclore brasileiro, através
das brincadeira e jogos apresentados.
A importância do aprender brincando foi ressaltada a cada
atividade desenvolvida, o envolvimento e dedicação dos
alunos foi surpreendente, ultrapassando o obstáculo da
idade, a adolescência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- KISHIMOTO, Tizuka Morchida. Jogos Infantis; O jogo, a criança e a educação. 6 ed.
Petrópolis: Vozes, 1999
- ALBISSU, Nelson. Coisas do folclore. Editora Cortez, 2009.
- PIAGET, J. A. A psicologia da criança. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1998.
- BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

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