Você está na página 1de 13

RAÍZ FILOSÓFICA Relação

MenteCorpo
?
Diversas correntes filosóficas espalhadas por
três escolas:

Francesa Inglesa Alemã


Como
conhecemos
?
Materialismo Empirismo Racionalismo
Associacionismo

Influência das Correntes Filosóficas na


Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL
Emancipação da Psicologia

Descartes
Influência para as
escolas Francesa e

?
Inglesa

Filosoficamente, situa-se
entre inatistas e
empiristas
mas é considerado um
Filósofo racionalista
(primazia da razão)
Metodologicamente, é um teórico do empirismo crítico
????? A dúvida ????? I
Como o ponto de partida de toda a argumentação e raciocínio.
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

1
Descartes
• Rejeita Platão

• Desafia a dominância da escolástica

• Estabelece relações entre


MENTE/CORPO/DEUS/AMBIENTE
(Deus dá-nos os sentidos não fiáveis, ordenados
novamente por Deus)

• Três influências para a psicologia

Psicologia como Psicologia como


Psicologia como
estudo do comportamento Ciência fisiológica
ciência introspectiva
Mónica Taveira Pires (dualismo cartesiano) (psicofisiologia)
mpires@ual.pt
UAL

Descartes

Dualismo psicofísico

Interacção alma/corpo
através da glândula pineal
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

2
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

Descartes
Implicações para a ψ:

- Dualismo psicofísico

- Interpretação mecanicista do comportamento

- Estabelece as bases para a diferenciação entre


Psicologia e Fisiologia
Avanço metodológico para a ciência

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

3
Baruch Espinoza (1632-1677)

Influência para a Escola Alemã

Conceção dinâmica da relação corpo / mente


(monismo)

Harmonia pessoal entre desejos opostos, emoções


alcançada pela mediação da razão (perceção e razão:
processos mais elevados da mente).

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

Baruch Espinoza (1632-1677)


Influência para a Escola
Alemã

Sistema determinista derivado


não por Deus mas pelas leis
da natureza (poder e
movimento), porém não
nega a sua existência.

Homem como ser único


devido às capacidades
mpires@ual.pt
UAL
intelectuais.
Mónica Taveira Pires

4
Escolas Filosóficas Sistemas
psicológicos

Materialismo

Empirismo Estruturalismo
Behaviorismo
Descartes Associacionismo

Psicanálise
Psic. Gestalt
Racionalismo Fenomenologia
Psic. Existencial
Psic. Humanista
Mónica Taveira Pires
Espinoza
mpires@ual.pt
UAL

Condillac Reduzem a psicologia às sensações


1.Materialismo Bonnet
La Mettrie
John Locke Radical – tabula rasa Experiência →
conhecimento
2.Empirismo George Berkeley Sensações

Associacionismo Ideias simples=soma de Experiência → associação


Hartley de ideias (leis da
ideias complexas
James Mill Leis da associação
associação Aristotélicas:
primeiras relações
funcionais
descobertas na vida mental)
Empirismo tardio John Stuart Mill Mais flexíveis – Reconhecem maior
influência do “senso complexidade às operações
Alexander Bain comum” – avanços na mentais
fisiologia
Leibniz Harmonia mente-corpo Inatismo
Von Wolff Auto-iniciativa e Atividade mental incessante
Kant qualidades dinâmicas da que não depende da
Herbart atividade para além da experiência e sensações
3.Racionalismo Beneke experiência
Lançam as bases para a
Lotze Inconsciente psicofisiologia
Schopenhauer
Von Hartmann Separação Psicologia da
filosofia e fisiologia

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

5
1. Materialismo (França)
Dualismo cartesiano reduzido ao
sensorial
Os mecanismos dos processos
sensoriais explicam toda a
actividade humana

Étienne Bonnot de Condillac (1715-


1780) Reduzem a Ψ
Bonnet (1720-1793)
às sensações
La Mettrie (1709-1751)
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

Auguste Comte (1798-1857)

Afasta a ψ
A actividade humana deve ser estudada pela
fisiologia e o comportamento pela sociologia.

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

6
2. Empirismo Crítico
(Inglaterra)
Preocupação central dos seus filósofos
adquire o conhecimento” Thomas Hobbes (1588-1679
Nada existe para lá das
sensações excepto matéria e
Investigação sobre a natureza movimento

dos fenómenos psíquicos


John Locke (1632-1704)
Empirismo racional
Filosoficamente, o empirismo “Não há nada na mente que
não tenha estado antes nos
contrasta com o inatismo sentidos”
George Berkeley (1685-1753)
“Ser é percepcionar”
Metodologicamente, o empirismo
David Hume (1711-1776)
contrasta com o racionalismo
Empirista radical reducionista
Aplica o conceito de inexistência da
matéria à mente e nega a sua
Mónica Taveira Pires existência
mpires@ual.pt Actividade humana muito passiva,
UAL sem controlo do ambiente

Associacionismo Britânico
Objectivo:
Estabelecer os princípios e as leis da
associação de ideias
- Utiliza o input ambiental para explicar os processos mentais.
- A única fonte de conhecimento é a acumulação de experiências.
- Estudo das Funções Ψ: relação entre a informação sensorial das
experiências e as operações mentais (Associacionismo mental)
Fenómeno elementar: sensação

Leis da Associação (Aristóteles):


Contiguidade
Semelhança
Contraste
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

7
Associacionismo Britânico
Os objectos concretos, ao entrar em contacto com a
sensibilidade do sujeito, deixam ideias que, associadas,
formam outras mais complexas e que determinam a
continuidade da vida mental

Implicações para a Ψ:

Leis da associação: primeiras relações funcionais


descobertas na vida mental, que
permitem uma explicação dos
fenómenos
James Mill (1773-1836)
Hartley (1705-1757)
Expressão máxima do Associacionismo
Primeira teoria psicofisiológica da associação
Elementista:
Organiza, coerentemente, a doutrina do Associacionismo
Moderno

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

O Senso Comum (Escócia)

Contrariaram o empirismo inglês

Absurdo do cepticismo e da negação da matéria e da mente

Reconhecem a complexidade do funcionamento psicológico

Os objectos existem assim como a mente também é necessária (ideias).


Thomas Matéria primária/secundária (Locke) justifica a realidade dos obj. físicos.
Observamos as qualidades dos obj. e não as suas sensações.
Qualidades secundárias não são projecções da mente mas
Reid juízos desta estimulada pelos objectos.

Thomas Associações menos mecanicistas.


Associações – Sugestões: Simples (produção de ideias completas)
Brown Relativas (input não sensorial, que resulta das operações mentais).
Mónica Taveira Pires Existência de uma química mental (ao contrário da soma de ideias).
mpires@ual.pt
UAL

8
Empiristas Tardios

• Preocupam-se com os princípios da associação


• Reconhecem os conceitos dos primeiros empiristas e o
senso comum de Reid e Brown
• Mais flexíveis

John Stuart Mill Alexander Bain


(1806-1873) (1818-1903)

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

9
3. Racionalismo (Alemanha)

Ênfase na auto-iniciativa e qualidades


dinâmicas da actividade mental que
transcende tanto os estímulos ambientais
como os mecanismos dos processos
sensoriais

Gottfried Wilhelm Leibniz


(1646-1716)

Elementista / Racionalista
Visão dinâmica de harmonia entre os processos físicos e psíquicos
(mediados pela mente – mónada)

Retoma e reformula o inatismo


Mente – Entidade complexa e activa que transforma a informação das
sensações através da sua estrutura e funções.

Pensamento – Actividade contínua e insessante.

“Nada está no intelecto que não tenha estado


antes nos sentidos…excepto a própria mente.”
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

10
Christian Von Wolff
(1679-1754)
Figura de transição para Kant

Primeiro autor a colocar a psicologia como estudo


científico

Psicologia: Estudo das capacidades mentais

1- Empírica (ciência dos factos psicológicos)


2- Racional (ciência da alma)

“ Psicologia: Estudo das capacidades mentais. A


particularidade humana transcende todas as
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL
formas de vida.”

Immanuel Kant (1724-1804)


Racionalista “razão pura”

Mente:

Activa, governada por estruturas e leis inatas


Transforma e ordena as sensações em ideias
no tempo e no espaço
Mundo sensível / Mundo inteligível
Mundo objectivo não é passível de conhecer directamente.
Criticas: a psicologia empírica não pode ser aceite
como ciência
o seu objecto de estudo não pode ser medido
Critica o método vigente (a introspecção)
críticas ajudam a psicologia científica
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL

11
Herbart (1776-1841)
Johann Friedrich

Tenta separar a ψ da fisiologia e


filosofia

Beneke (1798-1854)
Friedrich Eduard

ψ não deriva da filosofia mas é a


base desta e de outras
disciplinas.
Mente activa – Processos
psicológicos (disposições inatas
Mónica Taveira Pires
mpires@ual.pt
UAL
e adquiridas)

Lotze (1817-1881)
Fornece dados fisiológicos para
compreender como o fisiológico se
transforma em psicológico

Eduard Von Hartmann (1842-1906)

Inconsciente – Princípio universal.


Instinto para a ação sem conhecer o resultado
desta
Princípio motivacional da atividade humana

Exploram os conceitos de vontade


Inconsciente (Kant) >>Freud

12
A. Schopenhauer (1788-1860)
ψ deve abordar não só o nível racional c/o também a vontade
e a motivação para a atividade humana (inconsciente).

Todos estes filósofos fornecem diferentes modelos, mas


comum
Mónica Taveira Pires a todos está a actividade da mente e o seu
mpires@ual.pt
UAL controlo no ambiente

Racionalismo Alemão

Implicações para a Ψ:

- Mente activa (intencionalidade)


- Contributo para a psicologia, seu
objecto de estudo e método
- Inconsciente

Mónica Taveira Pires


mpires@ual.pt
UAL

13

Você também pode gostar