Você está na página 1de 34

5/19/2017

Metabolismo energético
durante o estado
alimentado I
Bioquímica para Fisioterapia – Bloco III

Stephanie Serafim, M.Sc.


Responsável: Prof. Leo Nogueira
Turma 2017/1
serafim@bioqmed.ufrj.br
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

O que será ministrado na aula de hoje?

• Processo de absorção dos carboidratos,


transporte e detecção de glicose pelas células;
• Biossíntese de glicogênio;
• Respostas hormonais a hiperglicemia;
• Insulina (sinais que controlam a secreção,
transporte no plasma, células-alvos, seus
receptores e ação sobre o fígado, músculos e
tec adiposo);
• Via alternativa à glicólise no estado alimentado.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

1
5/19/2017

Próxima
aula!

Absorção dos principais nutrientes.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Homeostase
(do grego: ὅµοιος, homoios, "similar"; and ἵστηµι,
histēmi, "permanecer“)
- Conceito proposto em 1932 por Walter Cannon,
definido como a propriedade de um sistema de
regular o seu meio interno de forma a manter
uma condição (próxima do) constante,
independente das variações do meio externo.

Ou seja, diversas condições internas tem que


ser mantidas constantes, mesmo que o meio
apresente variações.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

2
5/19/2017

Homeostase
- Muitas coisas tem que ser mantidas constantes!

Variação de temperatura corporal é mínima

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Homeostase
- Muitas coisas tem que ser mantidas constantes!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

3
5/19/2017

Homeostase glicêmica
- A concentração de glicose no sangue não pode permanecer
muito alta nem muito baixa
mg/dL
Níveis de
glicose de
jejum

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Café da
Almoço Jantar manhã

4.5

Variação diária da glicemia

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

4
5/19/2017

Como as células percebem as


variações da glicose no
sangue?

As células sentem igualmente?

O que acontece quando


glicemia aumenta?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Transportadores de glicose nas células

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

5
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Transportadores de glicose nas células

Alta afinidade por


glicose

Baixa afinidade por


glicose
Alta afinidade
por glicose
Moderada afinidade
por glicose

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

6
5/19/2017

Uma vez no interior da célula, a glicose


encontra um tipo de hexoquinase
Cérebro Músculo Fígado e
Células beta

Glicemia durante o dia


lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Hexoquinase X Glicoquinase
Características Hexoquinase Glicoquinase
Presença Em muitos Fígado e
tecidos pâncreas
Especificidade Hexoses Glicose apenas
Inibição Glicose-6-fosfato Não é inibida por
G-6-P
Afinidade por Alta Baixa
glicose
Induzível Não Por insulina
KM (mM) 0.1 mM 10 mM

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

7
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Pâncreas

Secreta 3 hormônios: Insulina,


Glucagon e Somatostatina
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

8
5/19/2017

Pâncreas

Glucagon
Somatostatina

Insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Como funciona a secreção de


insulina pela célula beta?
1 1. Transporte de glicose para o
interior da célula beta;

4 2. Formação de glicose-6-fosfato em
grandes quantidades;
2
3 3. Grande produção de ATP;

4. Fechamento dos canais de K+


6 sensíveis a ATP;

5. Entrada de Ca2+ na célula;


5
6. Transporte de vesículas contendo
insulina para a membrana;

7 7. Secreção de insulina.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

9
5/19/2017

Secreção de insulina dependente de


glicose (Células beta)

↑ Glicose: ↑ Insulina circulante


lnogueira@bioqmed.ufrj.br

O que acontece quando


insulina aumenta no sangue?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

10
5/19/2017

Efeitos metabólicos da insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Formas de Comunicação Intercelular

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

11
5/19/2017

Princípios da Sinalização Intracelular


Transdução de sinal : Se refere a
todo processo de conversão de
sinais extracelulares em respostas
intracelulares.

Protagonistas:
- Pequenas moléculas sinalizadoras;

- Receptores

- Proteínas de sinalização
intracelular;

- Proteínas Alvo

Alberts et al. (2002) Molecular Biology of the Cell. 4th Ed.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Receptor de Insulina
-Presente em células
musculares esqueléticas ,
coração, fígado e tecido
adiposo;

-Receptor ativado por aumento


de insulina circulante secretada
por células beta pâncreas

-Exemplo de mecanismo de
sinalização para receptores
tirosina quinase.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

12
5/19/2017

Receptor de Insulina

Domínio Tirosina
quinase do receptor
de insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Sinalização intracelular iniciada pelo


receptor de insulina
Autofosforilação do receptor
Ligação Insulina-Receptor tirosina quinase

Regulação positiva da
atividade do receptor;

Ancoramento de outras
proteínas no receptor;

Cascatas de sinalização

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

13
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Receptor de Insulina

Alterações na
síntese de
proteínas
(expressão
genica)

Alterações
metabólicas
(Captação de
MAPK-P
Glicose,
Glicogênese e
inibição da
Proteína glicogenólise)
IRS-1
Quinase B (PKB) e
AKT
IRS-1-P Ativas
Nelson & Cox (2000) Lehninger Principles of Biochemistry. 3rd Ed.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

14
5/19/2017

Sinalização Intracelular pelo Receptor de


Insulina
IRS-1

IRS-1-P

PKB e AKT MAPK-P


Ativas (Cascata
amplificadora de
fosforilação)

Alterações Alterações na
metabólicas síntese de
(Captação de proteínas
Glicose e (expressão
Glicogênese) genica)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Efeitos metabólicos da
insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

15
5/19/2017

Insulina e captação de glicose nos


músculos, coração e tecido adiposo

Quinases

Insulina ativa o transporte de GLUT4


para a membrana
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Insulina e captação de glicose

Insulina ativa o transporte de GLUT4


para a membrana
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

16
5/19/2017

Insulina e captação de glicose

Insulina ativa o transporte de GLUT4


para a membrana lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Insulina e transporte de
GLUT4 para a membrana
Insulina Insulina

Fração de Fração de
membrana membranas
plamática internas

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

17
5/19/2017

Imunodetecção de proteínas

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Sinalização endócrina no metabolismo

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

18
5/19/2017

Será que apenas insulina


estimula captação de glicose?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br
Captação de
Glicose

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

19
5/19/2017

Insulina
+
Contrações

Insulina

Contrações

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Isso significa que contrações


musculares (exercício)
aumentam o transporte de
GLUT4 para a membrana e a
captação de glicose

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

20
5/19/2017

Ainda não!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Efeitos metabólicos da
insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

21
5/19/2017

Regulação da síntese de glicogênio (Figado e Músculo)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ativação da glicogênio sintase (GS)


por insulina (Figado e Músculo)
_

PKB e AKT +
Ativa

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

22
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Entretanto mesmo após o término da sinalização de


insulina, a glicogênio sintase (GS) pode continuar
sendo ativada alostericamente por glicose-6-fosfato

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

23
5/19/2017

O que faz a Insulina

Insulina
Insulina
_ Glicogênio
+ Glicose 6P
Fosforilase Sintase - P x

Glicose-1-PO4 UDP-Glicose
UTP Pi

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Efeitos metabólicos da
insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

24
5/19/2017

Ativação da glicólise no fígado por insulina


Papel da PFK-2
Efeito da Insulina

Efeito do glucagon
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ativação da glicólise no fígado por insulina


- No fígado, a piruvato quinase é ativada por
insulina, também através de ativação de
proteína fosfatase 1 (PP1).

Efeito da Insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

25
5/19/2017

Insulina e metabolismo hepático

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ações da insulina no fígado

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

26
5/19/2017

Estado pós-alimentar
Anabolismo
- Utilização de nutrientes provindos da dieta.
- Transporte de nutrientes para armazenamento.
- Síntese de macromoléculas para armazenamento de
energia.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

A glicólise e síntese de
glicogênio não são os únicos
destinos da glicose no fígado

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

27
5/19/2017

Mas….

De onde vem o NADPH?

Via das Pentoses-Fosfato

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ciclo das pentoses fostato


- Via alternativa para a oxidação de glicose 6-fosfato

Ciclo das
pentoses Glicólise

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

28
5/19/2017

Ciclo das pentoses fostato


Ramo oxidativo
da via das pentoses

- A partir de glicose 6-fosfato, produz ribose-5-fosfato e


CO2, reduzindo 2 NADP+ a NADPH.
- Tal processo é chamado de fase oxidativa do ciclo.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ciclo das pentoses fostato


- A partir de glicose 6-fosfato, produz ribulose-5-fosfato e
CO2, reduzindo 2 NADP+ a 2 NADPH.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

29
5/19/2017

Ciclo das pentoses fostato


Ramo oxidativo
da via das pentoses

- Para onde vai o NADPH?

Síntese de ácidos graxos


(Próxima aula!!!!)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ciclo das pentoses fostato


Ramo oxidativo
da via das pentoses

2. Redução da
glutationa, um importante
mecanismo de defesa
antioxidante das células.

-O NADPH é utilizado pela


glutationa redutase para
regenerar glutationa;
-Essa glutationa é utilizada pela
glutationa peroxidase durante
degradação de peróxido de
hidrogênio.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

30
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Glutationa Reduzida (GSH)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

31
5/19/2017

Glutationa Oxidada (GSSG)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

32
5/19/2017

Deficiência
Ramo oxidativo
de G6PDH (Favismo)
- Doença autossômica
da via das pentoses recessiva comum.
- 400 milhões de afetados no mundo.
- Hemólise em resposta a certas medicações ou alimentos.
sulfonamida, analógos da vitamina K, sulfonas, antipiréticos, analgésicos e
antimaláricos

X
X
X lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ciclo das pentoses fostato


Ramo oxidativo
da via das pentoses

- Para onde vai a ribose-5-P?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

33
5/19/2017

Ciclo das pentoses fostato


- Para onde vai a ribose-5-P?

DNA RNA

Ácidos nucléicos!
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Cansados?

Estamos apenas
começando......
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

34

Você também pode gostar