Você está na página 1de 56

5/19/2017

Metabolismo energético
durante o estado
alimentado II
Bioquímica para Fisioterapia – Bloco III

Prof. Leo Nogueira


Stephanie Serafim
Turma 2017/1
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Absorção dos principais nutrientes.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

1
5/19/2017

Lipídeos
- O que são?
- Grupo que engloba diversas classes de moléculas cujo
ponto comum é a insolubilidade em água.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Lipídeos

- Diversas classes:
- Triglicerídeos
- Fosfolipídeos
- Glicolipídeos
- Esfingolipídeos
- Esteróis

- A maior parte é derivada de ácidos graxos, que é a forma na qual os


lipídeos são absorvidos.
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

2
5/19/2017

Funções
- A apolaridade dos lipídeos possibilita que estes cumpram
importantes funções biológicas!
- Estrutura de membranas.
- Compostos de sinalização que atravessam membranas.
- Regulação de reações químicas específicas.
- Insulação térmica e proteção contra choques.
- Armazenamento de energia!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Triacilgliceróis (ou Triglicerídeos)

Triacilglicerol
Tecido adiposo

Ácidos graxos Glicerol


lnogueira@bioqmed.ufrj.br

3
5/19/2017

Triacilgliceróis (ou Triglicerídeos)


- Principal forma de armazenamento de lipídeos.
- 3 ácidos graxos ligados por uma molécula de glicerol.

3 ácidos graxos
Glicerol
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ácidos graxos
- Ácidos carboxílicos com cadeias longas de carbonos

Ácido carboxílico

Grande cadeia
apolar! lnogueira@bioqmed.ufrj.br

4
5/19/2017

Armazenamento de energia
- Por que armazenar energia em lipídeos?
1 - Ácidos graxos = molécula muito reduzida, com grande
quantidade de energia liberável por oxidação. (Próxima aula!)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Armazenamento de energia
- Por que armazenar energia em lipídeos?
2 - Sendo hidrofóbicos, lipídeos não são hidratados e
podem ser armazenados em maior quantidade sem o
“volume extra” da água.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

5
5/19/2017

Armazenamento de energia
- Por que armazenar energia em lipídeos?
2 - Sendo hidrofóbicos, lipídeos não são hidratados e
podem ser armazenados em maior quantidade sem o
“volume extra” da água.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Armazenamento de energia
- De longe, os lipídeos são a maior reserva energética do
corpo!

Reserva G kJ Dias em
jejum
Triacilgliceróis (tecido adiposo) 9000 337000 34
Glicogênio (fígado) 90 1500 0,15 1h 30min
Gicogênio (músculo) 350 6000 0,6 4h
Glicose (sangue e outros líquidos 20 320 0,03 20min
extracelulares)
Proteína (músculo principalmente) 8800 150000 14,8

1ATP = 31kJ/mol
1 glicose = 1178kJ/mol
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

6
5/19/2017

Ácidos graxos
De onde vêm os ácidos graxos?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Ácidos graxos
De onde vêm os ácidos graxos?
- Dieta (Diretamente)
- Síntese endógena (Indiretamente)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

7
5/19/2017

Ácidos graxos
De onde vêm os ácidos graxos?
- Síntese endógena (Indiretamente)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Origem dos ácidos graxos


- Ácidos graxos podem ser formados por outros compostos
(carboidratos, proteínas) consumidos em excesso!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

8
5/19/2017

Origem dos ácidos graxos


- Precisamos ter uma forma de sintetizar ácidos graxos a
partir de outros precursores, como carboidratos.

TRIACILGLICEROL

?
Qual pode ser o
intermediário?
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Origem dos ácidos graxos

Acetil-CoA

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

9
5/19/2017

Ácidos Glicose Aminoácidos


Jejum! Graxos

Cell Metabolism 2015 21, 805-821DOI: (10.1016/j.cmet.2015.05.014) lnogueira@bioqmed.ufrj.br


Copyright © 2015 Elsevier Inc. Terms and Conditions

Como transportar Acetil-CoA


da mitocôndria para o citosol ?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

10
5/19/2017

Transporte de Acetil-CoA da Mitocôndria


para o Citosol
Enzima Citrato liase
Glicolise
Aminoácidos

Enzima Málica
Oregon State University
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Transporte de Acetil-CoA da Mitocôndria


para o Citosol

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

11
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos


- Onde e quando ocorre?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de ácidos graxos


- Onde e quando ocorre?

Fígado

Estado alimentado

Tecido Adiposo Glândula Mamária


lnogueira@bioqmed.ufrj.br

12
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos


- Transformação de acetil-CoA em malonil-CoA através da
acetil-CoA carboxilase (ACC).
Gasto de ATP!

ACC

Essa enzima é essencial e regulatória para a


biossíntese dos ácidos graxos !!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Acetil-CoA Carboxilase (ACC)

ACC1 ACC2
-Tecido adiposo -Músculo esquelético
-Fígado -Músculo cardíaco
-Tecido mamário -Fígado
-Pâncreas

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

13
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Acetil-CoA Carboxilase (ACC)

ACC1 ACC2
-Tecido adiposo -Músculo
-Fígado esquelético
-Tecido mamário -Músculo cardíaco
-Pâncreas
-Fígado
Síntese de
ácidos Inibição da beta-
graxos!!! oxidação

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

14
5/19/2017

Acetil-CoA Carboxilase (ACC)


Passo chave na regulação da síntese de ácidos graxos

-Ativada por Citrato


(alostericamente) e por
insulina (defosforilação);

-Inibida por palmitoil-CoA


(alostericamente) e por
glucagon (figado) e epinefrina
(tec. Adiposo e músculos) por
fosforilação dependente de
AMPK (gasto energético alto).

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Acetil-CoA Carboxilase (ACC)

Insulina

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

15
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de ácidos graxos


- Após a formação do malonil-CoA, todo o resto da síntese
ocorre a partir de um único complexo multienzimático, a
ácido graxo sintase.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

16
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos


- Malonil-CoA é conjugado a um acil-CoA, gerando CO2 e
água e oxidando NADPH em NADP+.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Uma pergunta...
- Lembram da onde vem o NADPH durante estado alimentado?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

17
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos


- Repetindo o processo várias vezes, vamos formando
ácidos graxos maiores.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de ácidos graxos


Ácido ACP SH Sítio de ligação e condensação
graxo
sintase Enz Sítio de transferência
SH

Acetil-CoA

ACP SH ACP ACP SH


S
Enz SH Enz Enz S
S

O complexo ácido graxo sintase possui dois grupamentos sulfidrila (-SH): um da


proteína ACP ,que serve como entrada de moléculas e onde tais moléculas são
condensadas para formar a cadeia de carbonos do ácido graxo . O segundo
grupamento sulfidrila pertence a própria estrutura da enzima e serve como Demais reações
um local de transferência deixando a ACP livre para ligar outra molécula . A etapa
inicial da síntese de ácido graxo começa com a ligação da acetil-CoA ao grupamento
sulfidrila da ACP e posteriormente é transferida para o grupo sulfidrila da própria
enzima deixando vago o sítio da ACP para as reações seguintes. lnogueira@bioqmed.ufrj.br

18
5/19/2017

ACP SH Síntese de ácidos graxos


Enz S
- Alongamento do ácido graxo
1 ciclo Malonili-CoA
A cada ciclo de reações o ácido graxo em formação é acrescido de 2
carbonos oriundos de uma molécula de malonil-CoA. Quando o
número de carbonos chega a 16 o ácido graxo (palmitato) é liberado
ACP SH do complexo.

Enz S
1 ciclo Malonili-CoA

ACPC SH
Ácido palmítico (palmitato)
Enz S N = 16

4 ciclos 4 Malonili-CoA
Liberação
ACP SH do ácido graxo

Enz S lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de ácidos graxos


- Resumindo o processo…

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

19
5/19/2017

Síntese de ácidos graxos


- Resumindo o processo…

Estamos gastando ou ganhando energia?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de ácidos graxos


- Resumindo o processo…

Estamos gastando ou ganhando energia?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

20
5/19/2017

Rendimento energético
palmitato x glicose
Para cada molécula de palmitato ou glicose oxidados são gerados:

Palmitato (n=16) Glicose (n=6)


Beta oxidação 7 NADH + 7 FADH2 -
Glicólise - 2 NADH + 2 ATP
Piruvato desidrogenase - 2 NADH
Ciclo de Krebs 24 NADH + 8 FADH2 + 8 ATP 6 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP
Total de equivalentes 31 NADH + 15 FADH2 10 NADH + 2 FADH2
redutores (geram 100 ATP) (geram 32-34 ATP)*
Total de ATP 106* 30-32**
OBS: A tabela considera que 1 NADH é capaz de gerar 2,5 ATP e 1,5 FADH2 é capaz de gerar 2 ATP.

* Já descontado 1 ATP gasto para a ativação do ácido graxo e outro ATP para restaurar AMP a ADP.
** 30 ATP (lançadeira glicerol 3-P) e 32 ATP (lançadeira malato-aspartato).
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

OK, temos ácidos graxos


- O que fazer com eles?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

21
5/19/2017

OK, temos ácidos graxos


- O que fazer com eles?

TRIACILGLICEROL

3 ácidos graxos
Glicerol lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de triglicerídeos
Substratos:
- Glicerol-3-fosfato
- Ácidos graxos

TRIACILGLICEROL

3 ácidos graxos
Glicerol
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

22
5/19/2017

De onde vem o glicerol?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

De onde vem o glicerol?

DHAP

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

23
5/19/2017

De onde vem o glicerol?


- Glicerol-3-fosfato vem do DHAP (intermediário da
glicólise) ou do glicerol derivado da hidrólise de triglicerídeos.

fígado

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de triglicerídeos
- Ácidos graxos são convertidos em acil-CoA,
consumindo ATP, e após isso são conjugados ao glicerol.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

24
5/19/2017

Síntese de triglicerídeos
- Onde ocorre?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de triglicerídeos
- Onde ocorre?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

25
5/19/2017

Regulação da síntese...
- Quando vamos querer sintetizar?

Estado alimentado Disponibilidade energética

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Regulação da síntese...
- Como isso é sinalizado?

Estado alimentado Disponibilidade energética

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

26
5/19/2017

Regulação da síntese...
- Como isso é sinalizado?

↑ Insulina ↑ ATP, acetil-CoA


↓ Glucagon
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Regulação da síntese
- Regulação da síntese está integrada com a regulação da
degradação, de forma a prevenir “ciclos fúteis”.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

27
5/19/2017

Regulação da síntese de ácidos graxos


Ativador alostérico de ACC
Citrato Inibe desidrogenases do CK (ATP/ADP)
Inibidor alostérico da PFK1

Dieta rica em Aumenta expressão de ACC1, 2 e da


caboidratos ácido graxo sintase

Insulina Ativa ACC (desfosforilação)


Aumenta expressão de ACC1

Palmitoil-coA Inibor alostérico de ACC

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Triglicerídeos
- Para onde vão os lipídeos?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

28
5/19/2017

Triglicerídeos
- Para onde vão os lipídeos?

Consumo Armazenamento

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Triglicerídeos
- Para onde vão os lipídeos?

Consumo Armazenamento

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

29
5/19/2017

Triglicerídeos
- Para onde vão os lipídeos?

Consumo Armazenamento

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Fibras musculares
possuem gotas
lipídicas de TGC

Facilidade de utilizar
lipídeos no
metabolismo
energético muscular

Jeukendrup; AnnNYAcadSci, 2002 lnogueira@bioqmed.ufrj.br

30
5/19/2017

Triglicerídeos
- No estado alimentado, aonde vamos querer que os
lipídeos cheguem?

Consumo Armazenamento

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Armazenamento
- No tecido adiposo (e músculo), ácidos graxos são
disponibilizados, captados, e convertidos novamente a
triglicerídeos e armazenados.

TRIACILGLICEROL

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

31
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

E os outros lipídeos?

Fosfolipídeos
Esfingolipídeos
Esteróides
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

32
5/19/2017

E os outros lipídeos?

Fosfolipídeos
Esfingolipídeos
Esteróides
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Colesterol
- Um lipídeo, porém de estrutura diferente (e mais complexa)
do que a dos ácidos graxos.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

33
5/19/2017

Para que serve o colesterol?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Para que serve o colesterol?


- Molécula lipídica rígida
-Componente de membranas biológicas
- Formação de hormônios esteróides, ácidos biliares e
vitaminas lipossolúveis

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

34
5/19/2017

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

De onde vem o colesterol?


- Dieta
- Síntese endógena

TRIACILGLICEROL

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

35
5/19/2017

Como sintetizar o colesterol?


- Apesar de ser uma molécula complicada (27 carbonos!),
todo o colesterol pode ser sintetizado a partir de
acetil-CoA!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de
colesterol
1. Síntese de mevalonato a partir
de acetil-CoA

Etapa limitante da síntese


(até o HMG-CoA, pode ir para
corpos cetônicos)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

36
5/19/2017

Síntese de colesterol
2. Mevalonato é convertido em isoprenos, que forma o
esqualeno, que é convertido em colesterol.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Síntese de colesterol
O processo é complexo, mas nosso foco é a regulação!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

37
5/19/2017

Regulação da síntese de colesterol


- HMG-CoA redutase (passo
comprometido) é estimulada
por insulina, e inibida por
glucagon e colesterol.

Estatinas
-Passo dependente de
NADPH. Alguém se lembra
da onde vem o NADPH para
a síntese de colesterol?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Como são absorvidos os


lipídeos da dieta?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

38
5/19/2017

Absorção
- Lipídeos devem ser emulsificados antes de serem
digeridos.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Absorção
- Como são absorvidos?

1) Emulsificação, hidrólise
e absorção intestinal
(FAT/CD36);
2) Transporte como
quilomícrons na
circulação linfática e
sangue;
3) Lipólise nos vasos;
4) Estocagem nos
adipócitos e células
musculares.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

39
5/19/2017

Captação de ácidos graxos


A hidrólise dos Triacilgliceróis:
-Os triglicerídeos têm que ser
absorvidos pelo tecido adiposo,
músculo e outros tecidos como ácidos
graxos.

-Para possibilitar a absorção, a enzima


lipase lipoprotéica age sobre os
triglicerídeos das lipoproteínas nos
capilares sanguíneos.

- Esta enzima extracelular, presente


também no tecido adiposo e músculo,
quebra triglicerídeos em ácidos graxos
e glicerol.
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Captação de ácidos graxos


A hidrólise dos Triacilgliceróis:
- Direcionamento dos ácidos graxos
para os tecidos alvo ocorre de acordo
com a lipoproteína que os carrega!

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

40
5/19/2017

Absorção
- Absorvidos no intestino como ácidos graxos, que formam
triacilgliceróis nas células intestinais.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Como os lipídeos adquiridos da


dieta e produzidos por síntese
endógena chegam aos tecidos?

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

41
5/19/2017

Transporte
- Como são apolares, triacilgliceróis não podem circular
sozinhos na corrente sanguínea.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Transporte de lipídeos
- Proteínas específicas estão envolvidas no transporte
de lipídeos.

Quilomícrons Albumina
(transportam lipídeos da dieta) (transporta ácidos graxos no jejum)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

42
5/19/2017

Lipoproteínas
- Conjunto de apolipoproteínas e dos lipídeos carregados
por elas..

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Lipoproteínas

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

43
5/19/2017

Quilomicron
- Nas células intestinais, triacilgliceróis são conjugados ao
colesterol, proteínas e fosfolipídeos e exportados para a
circulação linfática e posteriormente na corrente sanguínea
como quilomícrons.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Lipoproteínas
- Quilomícrons são a lipoproteína que leva os lipídeos do
intestino para os tecidos que captam os triglicerídeos.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

44
5/19/2017

Lipoproteínas
- Remanescentes de quilomícrons, contendo apolipoproteínas,
colesterol e alguns triglicerídios remanescentes, são captados
pelo fígado. Original Remanescente

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

E o excesso?
- Fígado sintetiza ácidos graxos e triglicerídeos a partir
de nutrientes em excesso da dieta.
- Estes triglicerídeos, juntamente com o colesterol
vindo dos quilomícrons, são exportados em um
segundo tipo de proteína, o VLDL (Very Low Density
Lipoprotein)

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

45
5/19/2017

VLDL vs. quilomícrons


- Menor tamanho.
- Menos triglicerídeos e mais colesterol.
- Mais triglicerídeos endógenos e menos da dieta.
- Apolipoproteínas diferentes.

Quilomícron VLDL
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Destinos do VLDL
- Remanescentes (Intermediate Density Lipoprotein)
podem ser recaptados pelo fígado ou se converterem a
Low Density Lipoprotein.

Original
Remanescente
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

46
5/19/2017

LDL
- Ex-VLDL depletado de triglicerídeos, rico em colesterol e
proteínas.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

LDL
- Popularmente chamado de “colesterol ruim”, pois níveis
plasmáticos altos estão associados a doenças
cardiovasculares.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

47
5/19/2017

Qual a função do LDL?


- LDL leva colesterol para os tecidos, sendo internalizado
por endocitose mediada por receptores.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Qual a função do LDL?


- Captação é regulada pela quantidade de colesterol na
célula, que regula a produção de receptores.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

48
5/19/2017

Hipercolesterolemia familiar
Figure 2 The LDL-receptor pathway for uptake and degradation of LDL

Soutar AK and Naoumova RP (2007) Mechanisms of Disease: genetic causes of familial hypercholesterolemia
Nat Clin Pract Cardiovasc Med 4: 214–225 doi:10.1038/ncpcardio0836

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Hipercolesterolemia familiar
Figure 1 Dominant pattern of inheritance of familial hypercholesterolemia due to
mutations in the LDL-receptor gene (LDLR)

Soutar AK and Naoumova RP (2007) Mechanisms of Disease: genetic causes of familial hypercholesterolemia
Nat Clin Pract Cardiovasc Med 4: 214–225 doi:10.1038/ncpcardio0836

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

49
5/19/2017

O que o LDL tem de mau?


- Em algumas circunstâncias (e.g. inflamação crônica),
LDL sofre oxidação no plasma e tecidos.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Aterosclerose
- LDL oxidada é captada por receptores de macrófagos,
que captam grandes quantidades de colesterol formando
“células espumosas” que se depositam nas paredes dos
vasos.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

50
5/19/2017

Aterosclerose
- Inflamação gerada pelas próprias células espumosas
parece ajudar a perpetuar a placa, que passa a tornar-se
obstrutiva.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Aterosclerose
- Deposição de lipídeos e outros materiais na parede
dos vasos.
- Sintomatologia crônica (e.g. angina, claudicação) por
diminuição da luz dos vasos
- Obstrução aguda (e.g. infarto, AVC), normalmente
por trombose/embolia associada.

Aorta com placas de ateroma Coronária obstruída


lnogueira@bioqmed.ufrj.br

51
5/19/2017

OK, mas quem é o colesterol bom?


-High Density Lipoprotein.
-Níveis sanguíneos inversamente relacionados com
doença cardiovascular.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

HDL
- Lipoproteína sintetizada no fígado, rica em proteínas e pobre
em colesterol.
- Capta colesterol dos remanescentes de
quilomícrons/VLDL e dos tecidos periféricos, levando-os
de volta ao fígado.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

52
5/19/2017

HDL
- Lipoproteína sintetizada no fígado, rica em proteínas e
pobre em colesterol.
- Capta colesterol dos remanescentes de quilomícrons/VLDL
e dos tecidos periféricos, levando-os de volta ao fígado.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

Propriedades das lipoproteínas plasmáticas


Lipoproteína Densidade Diâmetro Apolipoproteína Papel Fisiológico
(g/ml) (nm)

Quilomícron <0.95 75-1200 B48, C, E Transporte de


gorduras da dieta
VLDL 0.95-1.006 30-80 B100, C, E Transporte de
gordura endógena
IDL 1.006-1.019 15-35 B100, E Precursor de LDL

LDL 1.019-1.063 18-25 B100 Transporte de


colesterol
HDL 1.063-1.210 7.5-20 A Transporte
reverso de
colesterol
VLDL, lipoproteína de muito baixa densidade; IDL, lipoproteína de densidade
intermediária; LDL, lipoproteína de baixa densidade; HDL, lipoproteína de alta
densidade.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

53
5/19/2017

Conclusão

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

-“Perfil lipídico” (relação LDL/HDL) é um importante fator de


predição de risco cardiovascular.
-Perfis lipídicos desfavoráveis devem ser tratados a fim de
modificar este risco.

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

54
5/19/2017

Resumindo...

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

lnogueira@bioqmed.ufrj.br

55
5/19/2017

Cansados?

Vamos nos preparar para o


estudo dirigido!
lnogueira@bioqmed.ufrj.br

56

Você também pode gostar