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QUÍMICA GERAL

Aula 10 – Equilíbrio Químico


Prof. Hiuquem Lopes

Nov/2019
Equilíbrio...

• Quando afirmamos que uma dada reação foi


totalmente completada, isso não é bem verdade, pois
nem todas as reações ocorrem totalmente.
• Ex.: No caso de a reação ocorrer em um recipiente
fechado:
2 H 2( g )  O2( g )  2H 2O( g )
• Na realidade, a reação se processa rapidamente para
um estado de equilíbrio...

2 H 2( g )  O2( g ) 2H 2O( g )

2 Química Geral
Reagentes e Produtos

3 Química Geral
Reagentes e Produtos
No equilíbrio, as velocidades de produção dos produtos se
iguala à de produção dos reagentes.

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

• Considerando-se que a reação química é reversível.


– Lei da ação das massas: A velocidade de uma reação, a uma
temperatura constante, é proporcional ao produto das
concentrações das substâncias reagentes.
k1 Onde k1 e k2 são
as constantes de
k2 velocidade.

A velocidade da reação é dada por:

A velocidade da reação no sentido oposto é dada por:

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Equilíbrio Químico
Ao atingir o equilíbrio, temos:

ou

Que, rearranjada...

Onde K é a constante
de equilíbrio

Para uma reação com ‘n’ produtos e ‘m’ reagentes, temos:

A constantes de equilíbrio é dada por:

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Exemplos:

Reação K

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Ordem de grandeza das constantes de equilíbrio

• Se K >> 1, então os produtos predominam no equilíbrio


e o equilíbrio encontra-se à direita;
• Se K << 1, então os reagentes predominam no equilíbrio
e o equilíbrio encontra-se à esquerda.

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Equilíbrio Químico: Lei de Le Chatelier

• Quando sistemas em equilíbrios são


submetidos a qualquer perturbação exterior,
o equilíbrio desloca-se no sentido contrário a
fim de minimizar esta perturbação. Le Chatelier (1850-
1936)

Um deslocamento favorecendo a formação de mais


produtos é chamado “deslocamento para direita”.

N2( g )  3H 2( g )  2 NH3( g )
Um deslocamento favorecendo a formação de mais
reagentes é chamado “deslocamento para esquerda”.

N2( g )  3H 2( g )  2 NH3( g )

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

O equilíbrio químico, a uma temperatura e pressão constantes,


pode ser deslocado no sentido de obtermos maior formação de
produtos.
Exemplo:

Constante de Equilíbrio:

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

Determinando o sentido de reação


• Definimos Q, o quociente da reação, para uma reação geral

aA + bB cC + dD
como
PCc PDd
Q
a b
PA PB
• Q = K somente no equilíbrio.

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

Prevendo o sentido da reação


• Se Q > K, então a reação inversa deve ocorrer para
atingir o equilíbrio (ex., produtos são consumidos,
reagentes são formados, o numerador na expressão dA
constante de equilíbrio diminui e Q diminui até se igualar
a K).
• Se Q < K, então a reação direta deve ocorrer para atingir
o equilíbrio.

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

a 350°C

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Equilíbrio Químico: Lei da Ação das Massas

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Exemplo 01
• 0,1 mol de N2 e 0,3 mol de H2 são adicionados a um
recipiente de 1 L a uma temperatura constante de 350°C.
Depois de estabelecido o equilíbrio, a composição
encontrada no recipiente foi:
• [N2] = 0,0325 molL-1;
• [H2] = 0,0975 molL-1;
• [NH3] = 0,1350 molL-1.
Calcule o valor da constante de equilíbrio.

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Unidades Utilizadas
• A unidade utilizada para todos os cálculos deve ser mol/L.
• Caso as unidades sejam diferentes é preciso convertê-las!

N2( g )  3H 2( g )  2 NH3( g )
Assim,
 NH 
2

Kc  3

 N  H 
3
2 2
Indica concentração
molar

• Para gases, muitas vezes a expressão de K é escrita em função


das pressões parciais.

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Unidades Utilizadas

N2( g )  3H 2( g )  2 NH3( g )
Assim,
P 2 NH
Kp  3
3

PN P
2 H2
Indica pressão parcial

• Como calcular a pressão parcial?


A pressão parcial é definida como a pressão que um Lei de
Dalton
gás exerceria se ele estivesse sozinho em um
recipiente.
• Para pressões parciais, utilize atm como unidade”

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Exemplo 02
• Com os dados do exemplo 01, calcule a pressão parcial
do N2 para 1 Litro.
– Dada a concentração do N2 (0,0325 molL-1),
podemos calcular a pressão parcial pela equação:

PV  nRT

L.atm
nN RT 0,0325mol  0,0821 K .mol  398K
PN  2
  1,062atm
2
V 1,0 L

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Equilíbrio Heterogêneo
• Os equilíbrios apresentados até agora foram homogêneos.

2SO2( g )  O2( g ) 2SO3( g )

• Vejamos agora um outro exemplo de equilíbrio...

C( S )  S2( g ) CS2( g )
• Onde a equação de equilíbrio é dada por:

K `
 CS 2

C  S  2

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Equilíbrio Heterogêneo
• [C] se refere a concentração de carbono numa fase de
carvão sólido puro.
• A concentração de carvão puro não pode ser mudada
significativamente em condições normais, por isso ela é
constante!

Assim, temos...
K `.C  
 CS  2

S 2

K
 CS  2

S  2

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Exemplos de Equilíbrio Heterogêneo

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Notas Importantes!

• O método apresentado mostra que a


concentração de qualquer fase líquida
ou sólida pura é incorporada ao valor
de K.
• A concentração de cada fase
condensada é omitida da expressão
da ação das massas.

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Variação de k Com a Temperatura

• O princípio de Le Chatelier permite a percepção do


deslocamento do equilíbrio com alguma perturbação
do sistema.
• Para uma reação exotérmica (∆H<0)

Reagentes Produtos + Calor


• Um aumento da temperatura desloca o equilíbrio
para a esquerda, consumindo parte do calor
adicionado, minimizando o aumento da temperatura.
• O deslocamento para a esquerda favorece os
reagentes.

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Variação de k Com a Temperatura

• Para uma reação endotérmica (∆H>0)

Reagentes+ Calor Produtos

• Um aumento da temperatura desloca o equilíbrio


para a direita, o que equivale dizer que a
temperatura aumenta o valor da constante de
equilíbrio

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Exemplo 02

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Referências Bibliográficas Recomendadas
• BROWN, Theodore L. et al. Química: A ciência central. Prentice Hall,
2004.

• ATKINS, Peter William; JONES, Loretta. Princípios de Química:


questionando a vida moderna e o meio ambiente. Bookman, 2001.

• RUSSELL, John Blair. Química geral. McGraw-Hill, 1981.

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