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Imunopatogenia da Doença Periodontal  Predominância do anabolismo = hiperplasia, aumento de

volume tecidual, a formação predomina a perda.


PATOGENIA DA DP

 Como se mantém saúde? Periodonto sem alterações.  Predominância do catabolismo = dano tecidual, perda
tecidual é maior que a formação de tecidos.
 Como se desenvolve gengivite? Alterações no periodonto
*Doença periodontal geralmente há mais dano tecidual.
de proteção (gengiva).

GENGIVA NORMAL X GENGIVA CLINICAMENTE SADIA


 Como se desenvolve a periodontite? Alterações no
periodonto de inserção.  Gengiva normal (clinicamente saudável):

 Saúde = equilíbrio homeostático. A homeostasia - Rósea, firme, festonada, papilas firmes, sem edemas, sem
periodontal tem seus próprios mecanismos de manutenção. inflamação;
- Sofre pequenas agressões fisiológicas, histologicamente
*Homeostasia = processo de renovação tecidual. há uma inflamação, mas externamente não tem alterações.

- Ocorre a produção de novos componentes (anabolismo) e


a degradação/perda dos tecidos antigos (catabolismo). No
 Gengiva normal (microscopicamente):
processo homeostático, deve-se ter um equilíbrio entre
essa perda e formação teciduais. - Sem inflamação;

- O anabolismo ocorre com estímulos ás células para - Controle de placa meticuloso.


produzir seus tecidos, e o catabolismo as células recebem -- Gengiva primitiva, não está sofrendo nenhuma agressão.
estímulos para degradar os tecidos antigos.

- Tecidos periodontais: epitélios, conjuntivo, osso e


cemento.
* Mesmo na gengiva clinicamente saudável, o tecido
 Anabolismo  se dá através do estímulo dos fatores de conjuntivo gengival contém pelo menos algumas células
crescimento, que estimulam a produção dos componentes inflamatórias, particularmente os neutrófilos, os quais
celulares. migram continuamente através do tecido conjuntivo, saem
dos vasos e passam pelo epitélio juncional, entrando no
Ex: FCDP (plaquetas), FCF (fibroblastos), FCSI (semelhante sulco gengival para buscar uma agressão externa (biofilme),
á insulina); FCTβ ( transformador beta), etc. saindo pelo fluido gengival.
* Nos tecidos clinicamente saudáveis, esse equilíbrio em
 Catabolismo  se dá através dos estímulos por regime estável entre a inflamação de baixo grau nos tecidos
Mediadores inflamatórios (estimulam a célula a produzir e a presença permanente do biofilme bacteriano pode
componentes/células que vão estimular o dano tecidual). persistir por muitos anos ou, na realidade, durante a vida
inteira do indivíduo. Sinais clínicos evidentes de gengivite
Ex: Prostaglandinas (estimulam osteoclastos); Citocinas IL 1 (i.e., eritema, edema e sangramento à sondagem) não se
( αβ) ; TNFα; IL 8 ( produzida pelo epitélio, atrai células de desenvolvem em decorrência de vários mecanismos de
defesa para o local da inflamação). Metaloproteinases da defesa inatos e estruturais, incluindo os seguintes:
matriz (capazes de destruir moléculas de proteínas) e
MMPs. •manutenção de uma barreira epitelial intacta (epitélios
juncional e sulcular);
•escoamento do FG do sulco (efeito de diluição e ação de
*Citocinas: podem ser autócrinas ( atua na própria célula), lavagem);
parácrina ( atua em células próximas) e endócrina ( atua a
distância). •descamação de células epiteliais superficiais dos epitélios
juncional e sulcular;
•presença de neutrófilos e macrófagos no sulco que
 Equilíbrio entre anabolismo e catabolismo = fagocitam as bactérias;
homeostasia/saúde.
•presença de anticorpos no FG.
- Turnover varia de epitélio para epitélio: oral (10 dias);
juncional (renovação bem mais rápida que o epitélio oral).
MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASIA: MECANISMOS DE
DEFESA DO HOSPEDEIRO - Vigilância: quando qualquer elemento de ataque incide
nesse epitélio, já se começa a sinalizar para o tecido
 Barreiras biológicas: conjuntivo para se ter uma defesa inflamatória. Essa defesa
- Componentes estruturais; é feita pela barreira neutrofílica.

- Epitélio de revestimento. - Epitélio juncional: o “sentinela”. Sob estímulo de LPS


(lipopolissacarídeos – toxina bacteriana), defensinas
(produzida pelos epitélios em agressões), produz
quimiocinas (citocinas atrativas que atraem as células de
 Componentes funcionais:
defesa como os fagócitos – Ex: IL-8).
- Saliva: limpeza contínua e presença de aglutininas e
anticorpos para agregar e destruir microrganismos;
BARREIRA FUNCIONAL:
- Fluido gengival crevicular (exsudato): limpa o sulco
gengival carreando componentes do soro. Elementos de - Barreira neutrofílica: presença de células de defesa, no
defesa do fluido saem e vão antagonizar os componentes sulco gengival, podendo fagocitar e destruir microrganismos.
da placa bacteriana, como anticorpos específicos e
elementos do Complemento. Quanto maior o fluxo do
fluído, maior a inflamação.
* Exsudato é a matéria resultante de um processo
inflamatório, que sai dos vasos sanguíneos e deposita-se
em tecidos ou superfícies teciduais. Ele é constituído de
líquido, células, fragmentos celulares e proteínas.
- Processo inflamatório;
Barreira neutrofílica: saem pelo fluido gengival, criando uma
barreira neutrofílica para impedir a penetração de bactérias
patogênicas no sulco gengival.

*Fagócito: identifica as bactérias, faz a fixação e


engofamento dessas para o seu meio interior, formando um
fagolisossoma e através de enzimas lisossomiais, as
bactérias são destruídas.

*Participação de células auxiliares como o Linfócito Th1,


para ativar/estimular as células de defesa a realizar a
fagocitose.

Homeostasia periodontal: agressão de baixo grau;


integridade/ renovação dos tecidos adequados; defesa
BARREIRAS BIOLÓGICAS funcional e imunoinflamatória em níveis fisiológicos.
- Principal defesa: epitélio. 1° barreira biológica, impede a
penetração de elementos estranhos no epitélio e no DOENÇAS GENGIVAIS
conjuntivo.
 Patogenia periodontal:
- Epitélio de revestimento: epitélio oral, epitélio sulcular e
epitélio juncional:
- Desafio microbiano (agressão): as bactérias aumentam de - Infiltrado: barreira leucocitária no sulco (PMN, MO, Ig e C).
número, aumentando o desafio microbiano, gerando uma
- Exsudação – fluido gengival: aguda, aumenta o fluido
agressão no hospedeiro.
gengival.
- Resposta do hospedeiro (reação): combate ao desafio
- Conjuntivo: alterações citopatológicas nos fibroblastos,
microbiano. Essa resposta depende da susceptibilidade
perda de colágeno.
imune do hospedeiro.
- Osso alveolar: sem alterações.
- Reação a agressão: gera um processo inflamatório,
gerando lesões teciduais e com o decorrer do dano, podem - Sulco gengival: aumentado (placa tornando-se
aparecer as manifestações clínicas dessas alterações. subgengival).
Saúde  Agressão + susceptibilidade  Doença - Quadro: gengivite inicial (subclínica)  sinais clínicos
(manifestando através de alterações teciduais, podendo ser insipientes. Embora histologicamente já tenha alterações
doenças gengivais ou periodontais). histológicas, não é vista clinicamente.

 A doença periodontal é uma doença infecciosa por conta


da quebra do equilíbrio homeostático(simbiose).
O desenvolvimento da gengivite pode ser observado com bastante
clareza por uma perspectiva clínica. Além disso, as mudanças que
ocorrem dentro dos tecidos são bastante óbvias quando
examinadas em um microscópio. Em termos gerais, há uma
infiltração do tecido conjuntivo por muitas células de defesa,
particularmente neutrófilos, macrófagos, células plasmáticas e
linfócitos. Em consequência do acúmulo dessas células de defesa
e da liberação extracelular de suas enzimas destrutivas, há uma
perturbação da anatomia normal do tecido conjuntivo que resulta
na destruição do colágeno e na subsequente proliferação do
epitélio juncional. A vasodilatação e a maior permeabilidade
vascular levam a um maior vazamento de fluido para fora dos
vasos e facilitam a passagem das células de defesa da
vasculatura para os tecidos, resultando no aumento dos tecidos,
que apresentam eritemas e edemas (i.e., a aparência clínica da
gengivite). Todas essas mudanças são reversíveis se o desafio
LESÃO ESTABELECIDA (Corresponde à gengivite crônica
bacteriano for reduzido substancialmente pela melhoria da higiene
estabelecida):
oral.
- 14-28 dias.

 Os estudos de referência de Page e Schroeder - Placa: gram positivas e negativas, maduras. Aumento de
descreveram as mudanças histológicas que ocorrem nos quantidade de bactérias e mudança na qualidade (passam
tecidos gengivais como lesão gengival primária, inicial, a ser anaeróbias facultativas/anaeróbias).
estabelecida e avançada (progressão da lesão inflamatória - EJ: aumento do tecido, proliferação de cristas adentrando
gengival): no conjuntivo, aumentando a profundidade a sondagem.
Formação de bolsa epitelial devido ao aumento volume
LESÃO INICIAL /PRECOCE (corresponde clinicamente aos gengival.
tecidos gengivais saudáveis): - Vasos: vasculite e aumento da proliferação.
- Lesão inicial: acúmulo de placa de 2-4 dias. Precoce (4-14 - Exsudação: maior produção de fluido gengival.
dias).
- Infiltrado: mais denso (PMN, MO, linfoplasmocitário, Ig e
- Placa: predomínio de bactérias gram + aeróbias (menos C).
virulentas).
- Conjuntivo: alterações mais pronunciadas nos
- Epitélio juncional: proliferação lateral na região mais fibroblastos, maior perda do colágeno.
coronal.
- Osso alveolar: sem alterações.
- Vasos: vasculite (dilata) e proliferação. Saída dos vasos
das células inflamatórias de defesa.
- Quadro: acúmulo de placa subgengival, resposta celular e
permeabilidade estabilizam, pode permanecer meses/anos
Gengivite: nível reduzido de colonização subgengival;
sem progressão, depende da susceptibilidade de cada
espécies menos virulentas; hospedeiro combate a agressão
indivíduo. Gengivite crônica (bolsa gengival ou falsa bolsa).
adequadamente (IL-8; moléculas de adesão; barreira
neutrofílica); lesões teciduais reversíveis.

LESÃO AVANÇADA:  marca a transição da gengivite para a


periodontite.
- Perda tecidual severa.
- Predominância de neutrófilos no epitélio da bolsa e na
bolsa.
- Infiltrado: Infiltrado celular inflamatório denso nos tecidos
conjuntivos (principalmente células plasmáticas). Tendo
principalmente plasmócitos linfócitos B/T, macrófagos e
PMN  Natureza crônica.
- Exsudação: intensa, às vezes purulenta.
- EJ: Migração apical (sai da JCE e vai para superfície
Observações:
radicular) do epitélio juncional para as regiões carentes de
1- Gengivite associada á placa: sem associação com colágeno para preservar uma barreira epitelial intacta. Nova
fatores locais e com associação com fatores locais aderência do epitélio da bolsa na superfície radicular. Pode
(aparelhos ortodônticos, contensão). ter o rompimento do EJ, causando uma ulceração
2- Gengivite associada á puberdade: características (exposição do conjuntivo).
comuns da gengivite, resposta inflamatória
- Vasos: maior vasodilatação/permeabilidade e proliferação
pronunciada, devido a alterações hormonais. Só é
do tecido de granulação.
reversível após a puberdade, se fizer o controle de
placa. - Conjuntivo: Destruição contínua do colágeno que resulta
3- Gengivite gravídica: devido às alterações em grandes áreas de tecido conjuntivo pobres em colágeno.
hormonais, pode se ter uma manifestação clínica Destruição das fibras periodontais, fibrose.
alterada do processo inflamatório. Pode ter
manifestações mais exacerbadas como o - Osso alveolar: Reabsorção osteoclástica do osso alveolar,
granuloma gravídico. o osso recua da frente inflamatória avançada como um
mecanismo de defesa para evitar a disseminação das
Melhor período para se tratar = período intermediário da bactérias. Perda da inserção e fibrose no espaço medular.
gestação.
*Pode ter inibição de osteoblastos.

-  Placa: À medida que a bolsa se aprofunda, a placa


bacteriana se prolifera apicalmente em um nicho –
subgengival, que é muito favorável para muitas das
espécies consideradas patógenos periodontais. A bolsa
apresenta um ambiente protegido, quente, úmido e
anaeróbio com um suprimento de nutrientes imediato e,
como estão efetivamente fora do corpo (embora se
encontrem na bolsa periodontal), as bactérias não são
eliminadas de maneira significativa pela resposta
inflamatória. Tendo a proliferação seletiva em direção apical
de anaeróbios gram negativos.
4- Gengivite influenciada pelo uso de medicamentos,
como a Ciclosporina. - Quadro: bolsa periodontal verdadeira (Se forma através
da perda de inserção, perda de elementos do periodonto de
inserção e migração apical do EJ) = periodontite.
vitaminas, infecção pelo HIV e condições
- Profundidade de Sondagem aumentada. socioeconômicas.

- Susceptibilidade: é a junção de fatores (ambientais,


genéticos – polimorfismo genético de citocinas), a presença
de microrganismos específicos, presença de placa.

DOENÇA PERIODONTAIS  A periodontite é uma doença inflamatória disbiótica com


um impacto adverso sobre a saúde sistêmica.
 Lõe et al, 1971- 1986: fez uma pesquisa com indivíduos
de uma população que não tinham o hábito de fazer higiene Disbiose: condição caracterizada por um desequilíbrio na
oral, todos apresentavam gengivite. A porcentagem de relativa abundância ou influência de espécies dentro de
perda de inserção encontrada, foi: uma comunidade microbiana, associada com doenças
como, por exemplo, periodontite ou doença intestinal
- 8%: rápida progressão. inflamatória.
- 81%: moderada progressão. - É uma doença infecciosa porque precisa da presença de
- 11%: sem progressão. bactérias (desafio microbiano) no biofilme dental, desafiam
os tecidos periodontais através dos fatores de virulência
Conclusões: (antígenos, LPS, etc) que agridem os tecidos.
1- Gengivite precede, mas não necessariamente - Os tecidos do hospedeiro reagem por meio da resposta
procede em periodontite. imuno-inflamatória, que se dá por meio de alterações
2- Indivíduos com diferentes níveis de vasculares,com a saída de células de defesa que vão em
susceptibilidade, ou seja, terá pessoas que direção ao sulco gengival, no intuito de fagocitar as
poderão continuar com gengivite estável por anos e bactérias. Os tecidos produzem anticorpos que facilitam a
outros podem desenvolver a periodontite. identificação das bactérias para que as células de defesa
3- E/ ou infectados com diferentes patógenos possam fagocitar.
causadores da doença.
- Com a resposta imune-inflamatória há a produção de
mediadores inflamatórios como as citocinas,
Prostaglandinas (PGE2) e MMPs. Que irão influenciar o
 Susceptibilidade do hospedeiro:
metabolismo do tecido conjuntivo e ósseo.
- Década de 90:
*A resposta imuno-inflamatória sofre influência dos fatores
Fatores de risco (atributo ou exposição que aumenta a de risco genéticos, adquiridos e ambientais.
probabilidade de ocorrência da doença) indicam a
susceptibilidade e a progressão da D.P.
Após isso tudo, os sinais clínicos da DP se manifestam:
 Fatores de risco: fumo; diabetes mellitus, presença de
início e progressão.
Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e
Aggregatibacter actinomycetemcomitans.

 Outros fatores de risco: estresse, má nutrição,


condições de higiene bucal, genética, falta de
- Quimiotática: C4a, C3a, C5a (atraem as células de
defesa).
- Opsonização: C3b (facilita o reconhecimento e fagocitose
das bactérias).
- Lise de certos patógenos e células através do complexo de
ataque a membrana (CAM): C5b, C6, C7, C8 e C9.

c) Citocinas:
- IL -1 (α, β): Alfa -Proteína intracelular, pró-inflamatória,
contribui para a reabsorção óssea, funciona como um
regulador transcricional intracelular. Beta - Papel
PROGRESSÃO DA DP
fundamental na inflamação e na imunidade inata, sinérgica
 Produtos bacterianos: com outros mediadores pró-inflamatórios, papel importante
a) Produtos metabólicos e citotóxicos: provocam na imunidade adaptativa (i.e., regulação dos linfócitos T e
alterações vasculares, edema e aumenta a produção células mieloides), estimula a destruição do tecido
do fluido gengival crevicular. conjuntivo e a reabsorção óssea.
b) Enzimas: degradam os componentes celulares –
- TNF α: Ele desempenha um papel fundamental nas
proteases (proteínas), colagenase (colágeno),
respostas imunes, aumenta a atividade neutrofílica e medeia
fibrinolisina (fibrinas) e fosfolipase A (lipídios).
a rotatividade celular e tecidual, aumentando a secreção da
c) Toxinas: endotoxinas, exotoxinas, leucotoxinas e LPS.
MMP. O TNF-α estimula o desenvolvimento de osteoclastos
d) Antígenos: LPS.
e limita a reparação tecidual por meio da indução da
e) Fatores imunosupressivos: tentam minimizar a
apoptose nos fibroblastos.
resposta do hospedeiro.
- IL -8
 *Lipopolissacarídeos (LPSs) são moléculas grandes que
consistem em um componente lipídico (lipídio A) e um d) MMP: MMP-1 – enzima proteolítica dependente de íons
componente polissacarídico. São encontradas na membrana metálicos, quando ativadas ( procolagenase  MMP-1
externa das bactérias Gram-negativas, agem como colagenase), degrada o colágeno.
endotoxinas (os LPSs são chamados frequentemente
de endotoxinas) e despertam fortes respostas imunes nos e) Anticorpos: agregação de antígenos e opsonização.
animais. Interage com o complexo receptor do CD14/TLR-
4/MD-2 em células imunológicas, como macrófagos,
monócitos, células dendríticas e linfócitos B, o que resulta
na emissão de mediadores pró-inflamatórios, como
citocinas, dessas células.
Agressão microbiana  resposta imunoinflamatória

 A Agressão microbiana leva a alterações vasculares


(vasodilatação e aumento da permeabilidade), provocando
a liberação e ativação de mediadores inflamatórios,
causando alterações teciduais. O contato do LPS com o macrófago e outras células de
defesa (MON, PMN, LINF, FIB) faz com que o macrófago
 Mediadores inflamatórios derivados do hospedeiro: produza citocinas que vão agir sobre o tecido ósseo (TNF,
PGE2, IL-1), causando reabsorção óssea por ativação dos
osteoclastos. E ativa MMP que vão destruir as moléculas da
a) Prostaglandinas: provoca alterações vasculares, matriz/destruir o colágeno. As citocinas podem agir no
estímulo das MMPs (metaloproteinases - enzimas fibroblasto, alterando o perfil de produção do colágeno,
proteolíticas que degradam as moléculas da matriz passando a produzir outras citocinas, influenciando a
extracelular), induz a reabsorção óssea destruição do osso alveolar e do tecido conjuntivo, fazendo
osteoclástica e causa dor/febre. com que a DP evolua.

b) Sistema Complemento:
indivíduo na resposta inflamatória a agressão. É episódica,
modelo de surtos, eventos de surtos da doença e eventos
de quiescência. É uma doença sítio e indivíduo- específica,
pode envolver toda a boca ou ser em sítios específicos. Por
fim, é uma doença de caráter socioeconômica cultural,
relaciona com as condições do paciente, conferindo uma
maior ou menor possibilidade de desenvolver a doença
(cuidados com a saúde, higiene oral, acesso a meios de
controle da doença).

*“Bactérias do biofilme dental são necessárias, mas não


suficientes para induzir a periodontite.”
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PERIODONTITES

 Perda de inserção (perda óssea e migração apical do EJ). *Profundidade de sondagem acima de 3 mm – formação de
 Perda do osso alveolar. bolsa, periodontite.
 Formação de bolsa periodontal;
*Periodontite ≠ periodonto reduzido ( sequela da doença
 Inflamação gengival.
periodontal, sem sangramento, sem gengivite, profundidade
 EJ: Migração apical sob a superfície radicular destituída
de sondagem maior que 3 mm, mas não é periodontite).
de fibras gengivais e periodontais.
 Profundidade de sondagem aumentada.

*Recessão gengival indica perda de inserção. Mas perda de


inserção não só se define com recessão gengival.

PERDA DE INSERÇÃO – MODELO DE “SURTOS”

 A perda de inserção não tem um padrão, não acontece


da mesma forma e de forma continuada.

 Surtos: surtos de atividade da doença, onde se perde


inserção. Tem períodos de quiescência, onde a situação se
estabiliza, a agressão microbiana não aumenta e a defesa
do hospedeiro consegue manter a condição em um grau
de estabilidade.

Resumindo: A doença periodontal é uma doença


multifatorial, principalmente o fator de susceptibilidade do
hospedeiro. O elemento causal primário é presença de
bactérias (são necessárias, mas não suficientes). É uma
doença infecciosa disbiótica (desequilíbrio entre bactérias
que promovem saúde e as que são patogênicas). E é uma
doença imunoinflamatória, os elementos inflamatórios são
componentes essenciais para que o dano tecidual e a
perda de inserção ocorram. Além disso, ela é poligênica
(influência genética), relaciona com a susceptibilidade do

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