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1 – Introdução
Além disso, procure adaptar diferentes processos e estágios para P&D em sua
empresa. Isso significa, por exemplo, sistematizar processos de P&D que partam de
ideias de clientes, processos que partam dos funcionários e processos que sejam
decorrentes de decisões da diretoria da própria empresa. Cada qual deve ter seu nível
de prioridade e de investimento no âmbito da empresa. Contrate bons funcionários
para gerir as descobertas de sua empresa, assegurando que todos os passos
necessários para a obtenção de patentes e de outros direitos de exclusividade sejam
tomados no curso da pesquisa.
A colaboração com empresas do mesmo setor também pode ser uma forma
interessante de financiamento para P&D, já que os objetivos são comuns, mas os
recursos podem ser ocasionalmente limitados. Por meio de pesquisas em conjunto, é
possível partilhar também os resultados da pesquisa, como os direitos de exclusividade
sobre a invenção.
Caso sua empresa não possua uma área destinada para pesquisa e desenvolvimento e
já fabrique um produto ou serviço, sugira a criação de um novo. No livro Wikinomics,
dos autores Don Tapscott e Anthony D. Willims, são explicados ótimos exemplos de
como integrar o P&D com participações externas, o que diminui custos e acelera
resultados.
2.2 Inovação, o papel do P&D
Com a necessidade sempre premente de inovações, exigidas cada vez mais pelo
mercado em um mundo altamente mutante, muitas empresas se vêm compelidas a
entrar em um ritmo frenético de criação de novo produtos ou processos. Para trilhar
um caminho de sucesso é preciso quebrar o paradigma, em especial no que tange a
hierarquia rígida, a restrição a iniciativa pessoal, a falta de liberdade para ousar, a
aversão ao risco, ao novo. O simples fato de desenvolver, comprar ou obter
licenciamento para introduzir uma nova tecnologia na empresa não é garantia de que
a inovação será implementada. A inovação tecnológica empresarial depende, em
grande parte, de aspectos como a estrutura da força de trabalho, estratégia, alianças
com outras empresas e universidades, e acima de tudo, a organização interna da
empresa. O desenvolvimento de inovação tecnológica está fortemente condicionado
pela existência de ambiente interno no qual as ideias criativas possam emergir e ser
aplicadas com eficácia e os conhecimentos querem tecnológicos, quer de gestão,
possam ser acumulados.
A função P&D abrange uma enorme gama de possibilidade para sua implantação,
desde um simples profissional que tenha uma viés para a pesquisa, para buscas em
livros, revistas, internet, net working, novidades sobre a tecnologia da empresa até
estrutura formalizadas, com grande número de profissionais, altamente
interdisciplinar e com laboratórios de altíssima tecnologia.
Das umas mil empresas que mais investem em pesquisa e inovação no mundo,
somente quatro são brasileiras: Petrobras, Vale, Embraer e Totvs. Elas investiram,
juntas, R$ 1,212 bilhão no ano passado, valor que representa apenas 7,5% do
montante gasto pela Amazon, a líder do ranking global.
Os dados fazem parte da 13.ª edição do Global Innovation 1000, estudo realizado pela
Strategy&, consultoria estratégica da PwC. O levantamento traz as um mil empresas de
capital aberto do mundo que mais investiram em pesquisa e inovação no último ano
fiscal, encerrado em junho de 2017. Elas representam 40% do investimento global em
pesquisa e desenvolvimento.
Nessa lista estão desde gigantes do mercado brasileiro, como ifood, presente
em mais de 100 cidades do país e dona de uma cartela com mais de 5 mil
restaurantes, até startups menos conhecidas, mas tão criativas quanto, caso de
SysHaus, desenvolvedora de numa casa inteligente e sustentável que fica pronta
em apenas 6 meses.
Conclusão
A partir dos estudos realizados neste artigo, foi observado que a inovação,
principalmente tecnológica, mostrou-se um instrumento essencial para aumentar a
produtividade e a competitividade das organizações e, assim, melhorar o seu
comportamento, tanto financeiro quanto administrativo para se consolidar em um
mercado cada vez mais exigente, porém, tal inovação tecnológica tem que estar muito
bem alinhada a um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), sendo este
composto por profissionais altamente qualificados. Contudo, destaca-se ainda que o
bom desempenho das empresas também está atrelado à dimensão da sua estrutura
produtiva, uma vez que firmas de médio e grande portes conseguem estabelecer mais
facilmente vantagens competitivas.
Dessa forma, fica clara a tendência atual e futura de que setores de Pesquisa &
Desenvolvimento P&D serão cruciais para a evolução e consolidação de uma organização. Os
profissionais que compõe essa área terão sempre os desafios de promover a inovação
tecnológica.
Constatou-se que a presença de um departamento de P&D ativo é uma forma de garantir a
competitividade de um fabricante, fornecendo produtos em constante evolução. Porém,
ignorar sua importância é dar margem para que empresas concorrentes assumam posições
superiores.
Referência Bibliográfica:
https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ciencia-tecnologia-
e-inovacao-no-brasil/investimento-em-pesquisa-e-desenvolvimento-no-brasil-e-em-
outros-paises-o-setor-privado.aspx
https://www.senado.gov.br/NOTICIAS/JORNAL/EMDISCUSSAO/inovacao/ciencia-
tecnologia-e-inovacao-no-brasil.aspx
https://endeavor.org.br
https://singep.org.br/5singep/resultado/488.pdf
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/das-mil-empresas-que-
mais-investem-em-inovacao-apenas-4-sao-brasileiras-8rsbdqjamqgrwsu04w2gvceuv/
https://epocanegocios.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Desenvolvimento/
noticia/2018/09/importancia-das-startups-para-renovacao-e-desenvolvimento-do-
mercado.html