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Caso Prático I Direito Comercial

João é um renomado empresário comercial que opera na cidade de Cuamba na


actividade piscatória, este possui um estabelecimento comercial no bairro Adine três e
ao longo das suas actividades comerciais, João usa o seguinte nome: João Peixe Bom
SCI;

João na verdade tem três filhos, Alberto, Paulo, e Pedro; João "partiu desta para melhor"
em Março do corrente ano, com o resultado, os seus herdeiros pretendem vender a firma
para Sidónio, pelo que, Alberto, filho mais velho do decujo, deu a devida anuência para
tal. Vem descobrir-se depois da venda a favor de Sidónio que na verdade, o decujo, já
havia disposto que em caso de confirmação dessa qualidade a firma passaria para o filho
mais novo, Pedro.

Em consequência disso, ao Sidónio não lhe foi permitida exploração piscatória e nem
que usa-se do estabelecimento comercial, por se ter chegado a um meio-termo, em que o
estabelecimento e a actividade seriam explorados por Pedro tal como havia disposto o
decujo, e à Sidónio passar-se-lhe-ia a firma apenas, a qual poderia usar em qualquer
estabelecimento comercial, e assim sucedeu e o problema ficou resolvido, apesar de
Sidónio usar a firma João Peixe Bom SCI no distrito de Mecanhelas, não só para venda
de peixe, mais também de productos alimentares.

Devido aos conflitos sobre a passagem ou não da firma, o caso tornou-se publico e José
João, vendedor de peixe no mercado Muirini de Cuamba, se apercebe que existe uma
firma com a mesma designação da sua, pede anulação daquela apesar de não ter
registado a sua, mais este já pretendia regista-la e com a existência daquela firma igual a
sua, José João, acarreta vários prejuízos, porque a clientela, pensa que trata-se dele
quem partiu desta para melhor e como tal, não se dirigem para o seu estabelecimento
Peixe Bom.
Resolução

João é um empresário nos termos da alínea a) do artigo 2 do C. Com. E exerce


actividade piscatória nos termos da alínea c do nr. 1 do artigo 3 do mesmo código. A
denominação da firma de João em termos de tipicidade enquadra-se legalmente na firma
do tipo sociedade de capital e industria nos termos do artigo 31 do C. Com.

Sendo que João teve três filhos, antes de perder a vida nomeia o seu último filho
(Pedro), como herdeiro, sem que os filhos soubessem da declaração, o Alberto, filho
mais velho já havia tomado a decisão de vender a firma para o Sidónio. Ora, a
declaração deixada pelo João transmite o título de propriedade à Pedro por morte causa,
uma vez que os efeitos desta declaração só são efectivados depois da morte do
declarante nos termos do nr. 1 e 6 do artigo 36 e o nr. 1 do artigo 37 ambos do C. Com.
Deste modo o único que teria tais poderes de venda seria o Pedro filho mais novo de
João.

Com fundamento no paragrafo anterior, o Sidónio não pode explorar tanto actividade
piscatória assim como a o estabelecimento. Com isto não pode usar a firma
independentemente do local sob pena de violar o princípio da novidade nos termos do
número 1 do artigo 20 do C. Com. Tendo em conta que a firma esta intimamente ligada
ao estabelecimento que for registado nos termos do número 6 do artigo 36, então o
Sidónio não deveria usar esta firma no distrito de mecanhelas.

O uso exclusivo da firma, só se dá a quem proceder o registo, neste contexto, José João
não terá legitimidade de arguir a anulação a outra firma pois tanto ele assim como o
Sidonio estão numa posição de uso ilegal de firma nos termos do nr. 1 do artigo 24 e o
artigo 25 do código comercial, pois em termos publicitários como efeitos de registo
consta o nome de jaoa como dono da firma nos termos do artigo 58 do mesmo diploma.
Caso Prático II Direito Comercial

Murima é um renomado homem de negócio na cidade de Lichinga, que dedica-se na


comercialização de produtos pesqueiros, por isso mesmo, no seu estabelecimento, usa
sinal distintivo de outros estabelecimentos: Lagosta Azul, porem, Murima pretende
alterar a Lagosta por um Caranguejo, já que dos vários produtos pesqueiros que vende,
o caranguejo é o preferido pela clientela.

Para o efeito, Murima chamou um excelente pedreiro, que fez o caranguejo com
cimento invés de madeira e mudou de posição da direita para esquerda. 2 dias depois,
em conversa com o Paulo, este advertiu-lhe que alteração da lagosta para caranguejo
deve se efectuar mediante autorização de serviços de entidades legais e aquele assim o
fez, tendo-lhe tido deferido o pedido.

Nas suas operações comerciais, Murima usa as seguintes denominações: Fresco


Comercial, cujo produto é retirado legalmente da Suazilandia a Lichinga. Em Dezembro
de 2020 passou na STv uma noticia segundo a qual um cidadão de nome Carlos fazia
exportação ilegal dos mesmos produtos e na mesma rota que Murima e alegava ser
trabalhador da Fresco Comercial.

Como resultado o tribunal instaurou um processo contra Murima que no dia da


audiência do julgamento, disse usar a denominação Fresco Comercial porem não tinha
nada a ver com a entrada ilegal dos produtos pesqueiros de Carlos, o juiz não
considerou as alegações do réu, sustentando que seria aceite se o réu tivesse
anteriormente registado a Fresco Comercial, e não tendo registado, o réu foi condenado.

Depois do julgamento, Murima corre ao registo de actividades legais com intenção de


registar a Fresco comercial para evitar casos como o de Carlos mas ele é surpreendido
com a informação segundo a qual a Fresco Comercial, já a mais de três meses está
registado a favor de Titos, apesar de Murima usar a mais de 5 anos, pelo que foi
registada em seu nome e anulada a Titos.
Resolução

Murima é um empresário nos termos da alínea a) do artigo 2 do C. Com. E exerce


actividade piscatória nos termos da alínea c do nr. 1 do artigo 3 do mesmo código.
Quanto ao sinal distintivo, trata-se de um logótipo nos termos da alínea h do artigo 1 do
CPI. Porem este não pode usar tal sinal distintivo uma vez que, é um sinal de outros
estabelecimentos comerciais, pelo facto da lei proteger tal direito nos termos do artigo
203 e 205 do CPI, conjugado com o artigo 58 do C.Com.

Se o sinal distintivo fosse registado pelo Murima, este pode alterar o sinal assim como
da posição desde que, comunique as autoridade competentes a questões de registo para
o devido efeito nos termos do número 1 e 2 do artigo 8 do CPI.

A denominação usada pelo Murima (Fresco Comercial), é tido como um nome


comercial nos termos da alínea m) do artigo 1 do CPI. Sabendo que a firma tem um uso
exclusivo do titular nos termos do nr. Do artigo 24 da C. Com. O Carlos ao exportar
ilegalmente os produtos em nome da firma Frescos Comercial, incorre a uma ilicitude
por tal facto qualificar-se como uso ilegal da firma nos termos do 25 do C.Com. caindo
sobre si todo o tipo de responsabilidade que da prática resultarem.

A fundamentação do juiz sobre a decisão tomada, tem nexo, ora, a falta de registo da
firma, dificulta a reivindicação de direitos em casos de violação dos mesmos, neste caso
imperioso seria o registo da empresa automaticamente das actividades para gozar da
protecção legal do comércio nos termos do número 1 do artigo 24 e artigo58 amos do
C.Com.

Pese embora o Murima estivesse a usar o nome da firma há mais de 5 anos, porem, este
não havia registado conforme obriga o artigo 24 do C. Com. Em questão de aquisição
de titulo de propriedade. Não tendo feito tal registo, este perde o direito de pedir a
anulação da firma em nome de titos. Com isto, o Murima não pode lhe ser passado a
firma pois o Titos goza de protecção legal nos termos do artigo 58 do C. Com.
Presumindo deste modo que o titos não feriu nenhum terceiro conforme o numero 1 do
artigo 38 do C.Com.

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