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As isenções tributárias podem ser condicionadas, concedidas com prazo determinado e sob
determinadas condições, e incondicionadas, sem prazo determinado.
“Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
Portanto, a redução ou extinção da isenção deveria produzir seus efeitos somente no exercício
financeiro seguinte, ou seja, devendo obediência ao princípio da anterioridade anual.
“A revogação de uma lei que concede isenção equivale á criação de tributo. Por isso deve ser
observado o princípio da anterioridade da lei, assegurado pelo art. 150, inciso III, letra “b”, da
Constituição Federal (…) a irrevogabilidade da isenção passou a depender dos dois requisitos,
isto é, de ser por prazo certo e em função de determinada condições.
Roque Antonio Carrazza (2009, p. 198) reforça a a corrente doutrinária que adota tal teoria,
senão vejamos:
Por outro lado, em corrente minoritária, Luis Emygidio defende que a concessão de isenção
não faz surgir uma obrigação tributária. A lei isentiva, portanto, suspende a eficácia da norma
impositiva tributante. De tal forma, a revogação da lei isentiva gera, imediatamente, a eficácia
da lei de incidência.
Portanto, poucos são os doutrinadores os quais opinam acerca de que a revogação da isenção
não deverá observar o princípio na anterioridade tributária, sendo majoritária a corrente que
defende a aplicação do princípio, como forma de evitar uma “surpresa desagradável” ao
contribuinte.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
A Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso III, alíneas b e c, prevê tal instituto
principiológico. Resta evidenciado que as duas alíneas dispõe sobre um intervalo de tempo
que deve ser observado no intermedio da data instituidora ou majoradora e a data de
cobrança do tributo.
Entretanto, faz-se mister ressaltar que, caso a lei beneficie o contribuinte, não haverá de
observar o referido princípio uma vez que este é utilizado em benefício ao contribuinte, sendo
vedada a utilização em seu detrimento. Portanto, caso a lei ocasione a extinção, reduza o valor
do tributo, mitigue-lhe uma alíquota, conceda uma isenção ou, aumente o prazo para
pagamento do tributo, sem provocar onerosidade ao sujeito passivo, deverá produzir efeitos
imediatos, não sendo necessária obediência ao princípio da não-surpresa.