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Saúde mental no trabalho: a construção do trabalho seguro depende de todos nós

Em 2020 o mundo foi abalado por uma pandemia global, a qual impactou praticamente todas
as áreas da vida humana, incluindo o ambiente de trabalho. Desta forma, foi de muita
importância que esta esfera fosse repensada, de maneira que os efeitos diretos e indiretos do
COVID-19, fossem incorporados no debate. Assim, foi estabelecido abril fosse mês de
conscientização da saúde e da segurança no trabalho, gerando campanhas voltadas para a
saúde mental e união de forças, afim de sensibilizar empresas, instituições e seus funcionários
sobre o tema.

Foram apurados alguns dados sobre a influência de questões psíquicas ao afastamento de


trabalhadores de seus empregos e ficou constatado uma enorme crescente comparado ao
último ano antes da pandemia. Os fatores de saúde mental já se mostravam como uma
demanda importante a ser analisada, sendo associadas a “exposição ao assédio moral e sexual,
jornadas exaustivas, atividades estressantes, eventos traumáticos, discriminação, perseguição
da chefia e metas abusivas” (pg.3). Durante a crise do Corona, as mudanças decorrentes do
teletrabalho, da sobrecarga de trabalho no setor de saúde e nos riscos diários a que se expõem
homens e mulheres que precisam trabalhar presencialmente, foram acrescentados nesta
listagem.

É compreendido que o trabalho vai muito além de apenas um afazer diário de retorno
financeiro. Na atualidade, o ambiente social pode gerar “identidade pessoal e social, interação
comunitária, segurança, etc” (pg. 3). Estes fatores, entram em conflito com outras
necessidades do mercado, como cobranças excessivas, metas inalcançáveis e competitividade.
Assim, é preciso que este embate seja remediado, desta forma, os investimentos a saúde
mental do trabalhador, se tornam imprescindível.

Dentro deste tema, é necessário que a instituição tenha um planejamento que possa
Identificar, prevenir e promover a saúde mental no ambiente de trabalho, levando em conta
“o equilíbrio das necessidades biológicas, psicológicas, sociais e organizacionais” (pg.4). É
notório que a integração dos funcionários nas decisões da empresa e do projeto é de extrema
importância para a redução dos danos e efetivação dos resultados esperados, assim como a
inclusão da importância da vida pessoal e subjetiva nesta concepção.

O Brasil é um país com uma altíssima taxa de alguns transtornos mentais, como ansiedade e
depressão. É visto também esta mesma taxa dentro do âmbito trabalhista brasileiro. Assim já
temos algumas propostas emergindo no país. Um exemplo de plano atual é do Tribunal
Superior do Trabalho, o qual estrutural uma série de ações que auxiliam trabalhadores (ou até
mesmo pessoas fora desta área) com demandas psicológicas, tangenciando diversos campos
que podem ter sidos prejudicados pela pandemia.

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