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teóricos da montagem
soviética
Teorias do cinema – Aula 06
Prof. Marcelo Costa
A descontinuidade do
registro e o intervalo
“O salto estabelecido pelo corte de uma imagem e
sua substituição brusca por outra imagem é um
momento em que pode ser posta em xeque a
‘semelhança’ da representação frente ao mundo
visível e, mais decisivamente, é o momento de
colapso da ‘objetividade’ contida na indexalidade da
imagem. Cada imagem em particular foi impressa na
película, como consequência de um processo físico
‘objetivo’, mas a justaposição de duas imagens é
fruto de uma intervenção inegavelmente humana e,
por princípio, não indica nada senão o ato da
manipulação. (XAVIER, 2008, p.24)
O corte como ruptura
espaço-temporal
O corte como ruptura: reforçar ou neutralizar a
descontinuidade.
Raccord: Tornar contínuas duas coisas descontínuas
(planos): Raccord de direção, luz, objeto, cenário,
movimento* e eixo.
*Regra dos 2/3 (1/3 inicial p/ 2/3 finais)
O falso raccord: a ideia de continuidade entre objetos
diferentes.
Vertov e a valorização do intervalo: o que acontece entre
os planos – e não vemos – é tão importante quanto o que
está nos planos e diante dos nossos olhos.
Duas formas de pensar a
descontinuidade
Cinema clássico narrativo: a descontinuidade
tornada invisível; sem interrupção, a busca pela
naturalidade narrativa e não percepção do corte.
O corte como interrupção: deixar algo suspenso,
mudar de assunto ou espaço, ou criar um
discurso (montagem discursiva ou expressiva).
! Construtiva
! Simultaneidade
! Paralelismo
! Leit Motiv
! Contraste
! Simbolismo
Os teóricos da montagem
soviética
Eisenstein e a montagem dialética: O conflito
dialético ou o choque entre as imagens (cortes
conflitantes) como a essência da arte narrativa.
Justaposições que geram contrastes e contradições
e constroem um discurso.
Eisenstein e a montagem de atrações: os ângulos
inusitados, planos aparentemente iguais para
reforçar uma ideia.
Um pensamento herdeiro de Hegel e Marx.
1. Métrica – Ênfase na duração métrica dos planos (3s de closes em rosto);
3. Tonal – Aquilo que trabalha no mesmo sentido. (planos com a mesma
perspectiva, todos em movimento, ou com luz semelhante) ;
As narrativa não-lineares.
Conclusões estéticas
2 concepções de montagem: