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A importância da Gestão da Qualidade e a aplicação de suas ferramentas no

gerenciamento de obras na construção civil

Objetivo Geral

Deste modo, o presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo demonstrar
por meio de revisões bibliográficas a importância da Gestão da Qualidade e as suas ferramentas
no gerenciamento de obras na construção civil.

Objetivo Específico

 Analisar e avaliar a definição de qualidade por intermédio de levantamento


bibliográfico;
 Analisar o conceito e a aplicação da Gestão da Qualidade na construção civil;
 Analisar e avaliar as ferramentas da qualidade mais utilizadas no gerenciamento de
obras na construção civil;

3 - METODOLOGIA DA PESQUISA

O presente trabalho de conclusão de curso tem como metodologia de pesquisa a revisão


bibliográfica de obras escritas por autores com temas voltados para a Qualidade e a Gestão da
qualidade, livros, artigos, revistas e leituras em sites com o intuito de coleta de dados e
informações que visam demonstrar a importância da Gestão da Qualidade e a aplicação de suas
ferramentas.

A revisão bibliográfica é definida como, estudos que analisam a produção bibliográfica


em determinada área temática, dentro de um recorte de tempo, fornecendo uma visão geral ou
um relatório do estado-da-arte sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias, métodos,
subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada (Noronha e
Ferreira, 2000, p.191).

Ao andar do desenvolvimento das pesquisas e total entendimento do tema proposto, este


trabalho de conclusão de curso teve como partida a análise de material e acervos digitais que
puderam embasar para melhor explanar e torna-lo mais compreensivo junto à organização das
informações bibliográficas que integram junto ao tema. Desta maneira, alguns materiais já
publicados por outros autores a respeito do tema, foram utilizados como ferramenta
embasadora, como monografias de graduação, dissertação de mestrados, artigos científicos,
revistas e sites, onde foram analisados primordialmente os conceitos: “Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat”, “Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas
de Serviços e Obras da Construção Civil – SiAC”, “Programa Setorial da Qualidade – PSQ”,
“Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ”, “Qualidade na Construção Civil”, “ABNT ISO 9001
– 2015”, “Gestão da Qualidade Total”.

A organização do material se deu inicio por pesquisas preliminares sobre o assunto em


questão, análise de dados e informações encontradas, revisão bibliográfica a cerca de todo
material encontrado buscando demonstrar como a Gestão da Qualidade é de suma importância
para o gerenciamento na Construção Civil.
Toda e qualquer organização, tem por obrigação, planejar passo a passo qual o objetivo
de seu empreendimento e os meios a serem usados para alcançar os mesmos, e dentro desse
planejamento temos o planejamento estratégico que tem por finalidade demonstrar o que será
feito, quando será feito e o resultado esperado. Assim, para manter o foco desses objetivos é
necessário ter ferramentas ou meios de trabalhar para isso, dessa forma toda e qualquer empresa
dever ter o seu próprio Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, que seria como a empresa se
organizará e fará para fazer com que seus princípios sejam mantidos e o objetivo seja alcançado.
Olhando para construtoras, todas têm suas formas e meios de gerir suas obras, seus serviços e
mão-de-obra e por meio do SGQ elas organizam todos os passos dados, e outras tem não só o
seu próprio sistema de gestão, mas, também, tem algum programa que certifica a empresa
podendo fornecer aos seus clientes uma confiabilidade maior para os serviços e produtos
apresentados.

3.1 – EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE

“Destarte, para o critério ser respeitado foi necessário compreender a concepção da


palavra empresa, brilhantemente conceituado pelo autor, Alberto Asquini como um fenômeno
econômico poliédrico”, que possui não apenas um, mas quatro perfis: subjetivo, objetivo,
funcional e corporativo. (RAMOS, 2017)

O perfil objetivo também conhecido como patrimonial diz respeito ao “conjunto de bens
afetados ao exercício da atividade econômica desempenhada”, ou seja, o estabelecimento
comercial. (RAMOS, 2017).

O perfil funcional, para Alberto Asquini é “a atividade empresarial dirigida a um


determinado escopo produtivo”, ou seja, uma atividade econômica organizada. (RAMOS,
2017).

A ultima acepção criada pelo autor, é o perfil corporativo, que pode ser compreendido
como uma sociedade laboral, que reúne o empresário e seus colaboradores, “ um núcleo social
organizado em função de um fim econômico comum”

Dentro do conceito de empresa, temos o porte, ou seja, a classificação na qual a


organização financeira se adequa com base no número de colaboradores e ao seu faturamento
mensal.

Segundo o SEBRAE em 2013, as empresas do ramo industrial podem ser definidas


como pequeno porte quando a empresa possui de 20 a 99 empregados, médio porte tendo de 100
a 499 empregados, e grande porte tendo de 500 ou mais empregados. E segundo o BNDS em
2016, empresas de pequeno porte são as que possuem faturamento maior que R$ 2,4 milhões,
empresas de médio porte possuem faturamento maior que R$ 16 milhões e de grande porte
possuem faturamento acima de R$ 300 milhões.

3.2 – O que é qualidade?

A palavra qualidade possui significados diferentes dependendo do ponto de vista e da


necessidade de cada pessoa, como uma construção segura e limpa, uma casa finalizada
conforme o projeto arquitetônico, funcionários que cheguem no horário e façam os serviços
conforme foi solicitado, um ar-condicionado que possa resfriar o ambiente mesmo em dias
quentes. Essas são necessidades ou critérios que pessoas podem ter como a qualidade de algo,
de alguém ou de um serviço.

Podemos dizer que, a qualidade está ligada diretamente ao grau de exigência na qual
tem como foco o consumidor onde devem ser oferecidos produtos ou serviços que supram as
suas necessidades. Segundo Deming, a qualidade se dá por uma melhoria continua, ou seja, todo
produto deve ter uma melhoria de acordo com a procura e a necessidade do consumidor, já para
Juran, a qualidade está ligada ao “próprio para uso”, que está ligado a ser algo no qual possa
está adequado para ser usado como uma casa pronta e acessível para moradia. Conforme
Crosby, um serviço ou produto de qualidade é tudo aquilo que está em conformidade com os
requisitos solicitados e para Ishikawa, “o mais econômico, o mais útil e que sempre satisfaça o
consumidor” seria algo de qualidade.

Desde a idade da pedra, os homens das cavernas buscaram uma melhoria continua
quando se relacionava à caça, lanças com pedras afiadas, machadinhas feitas com pedras
diferentes na quais lhe davam mais precisão ao cortar madeiras ou até mesmo ajudar em sua
caça, ou seja, desde o principio, a humanidade busca por qualidade até mesmo com o fogo, que
ajudou no preparo de suas refeições ou para deixar as cavernas com uma temperatura adequada
para sua sobrevivência.

Qualidade é a conformidade em relação a especificações e parâmetros definidos,


conhecidos por todos na empresa e estabelecidos pelos clientes, em permanente revisão para
que se encontre em cada momento dinamicamente ajustados às sias necessidades reais. (Cruz &
Carvalho, 1994).

3.3 – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O CONTROLE DE QUALIDADE

Na história, desde a idade da pedra os métodos de sobrevivência foram sendo


adaptados, ao passar pela idade média e enfim chega à época da revolução industrial, que foi
quando os métodos de produção começaram a serem desenvolvidos para necessidade de
produção em escala tendo a utilização de mão de obra não qualificada e o manuseio de
maquinas movida a vapor.

Com o aumento da escala de produção foi necessário a existência de um método ou


meio no qual pudesse controlar ou gerenciar essas grandes produções e foi então que foram
introduzidos os primeiros controles de qualidades, que tinha como principio evitar os custos de
retrabalho, ou seja, evitar com que algo atrapalhasse na escala de produção evitando perdas
financeira. Durante os processos de controle de qualidade, eram realizados inspeções que
visavam identificar falhas em maquinas, defeitos em peças e produtos produzidos e, também, o
tempo de produção.

O efeito que fez com que um olhar diferente e atencioso fosse dado para qualidade dos
produtos produzidos foi a distancia entre que produzia e quem consumia, onde, para que
produzia a qualidade era a rapidez na produção de várias peças que fossem vendidas em grande
escala, porém, para muitos clientes a qualidade do produto não estava à desejar ao usuários,
assim, o problema da qualidade do produto foram aumentando.

Em meio a este novo cenário, fora necessário a busca de mão de obra que se adequasse
a esse cenário, onde a produção, o tempo e a atividade dos produtos fossem mínimos, e neste
contexto histórico temos o início do movimento conhecido como taylorismo elaborado por
Frederick Taylor. O tal sistema conseguiu promover por meio do trabalho em série a
racionalização do trabalho e a alta produtividade.

Dentro do taylorismo havia um problema que era, na maioria das vezes, ocorria a queda
da qualidade dos produtos, ou seja, mesmo que o tempo e a quantidade fosse benéfico para a
indústria se percebeu que a qualidade a para o consumidor final era necessário. Continuado na
história da produção no século XX, Henry Ford fundou a Fordy Motor Company que em sua
gestão deu início a montagem em série que podia produzir em grande escala, com menos tempo
e um menor custo. Porém, dentro desse contexto, pode-se demonstrar a qualidade de um
produto o primeiro Ford T, automóvel que para funcionar era necessário girar uma manivela,
era confiável, robusto, fácil de dirigir, barato e confortável para a época.

3.4 – A QUALIDADE NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Em uma guerra é necessário armamento bélico de alta qualidade, um exercito bem


treinando e com experiência em guerras, uma liderança adequada que possa demonstra
estratégias para que a equipe vença, esses são alguns pontos para se destacar como forte entre os
combatentes. Em 1939, as industrias começaram a migrar para o ramo de fabricação de
produtos militares de alta qualidade e entregues dentro de prazos. Já em 1945 ocorreu a
introdução de controle de processos, onde englobava toda a produção desde o projeto até o
acabamento. Conforme estudos e análise feitas por W. Edwards Dermins, existiam 14 pontos
fundamentais para que houvesse a implantação da qualidade, onde:

1º) Estabelecer a constância de propósitos para melhoria de produtos e serviços, fazendo


com que o produto se tornasse competitivo dentre outros;

2º) Uma nova filosofia, conscientização de suas responsabilidades;

3º) Deixar de depender de inspeção para atingir a qualidade, fazendo com que a
qualidade seja introduzida desde o primeiro estágio;

4º) Cessar orçamentos com bases no preço e sim em minimizar o custo total;

5º) Melhorar constantemente o sistema de produção e de prestação de serviços de modo


a melhorar a qualidade e a produtividade, assim, reduzindo os custos de forma sistemática;

6º) Realizar treinamentos no local de trabalho;

7º) Instituir lideranças e seu significado;

8º) Eliminar o medo;

9º) Eliminar barreiras entre departamentos;

10º) Eliminar lemas, exortações e metas que exijam zero de falha evitando a criação de
inimizade;

11º) Eliminar padrões de trabalho na linha de produção substituindo pela liderança;

12º) Remover barreiras que privam o operário de se orgulhar de seu desempenho;

13º) Instituir um forte programa de educação e auto-aprimoramento;


14º) Engajar todos da empresa no processo de realizar a transformação. Desta maneira,
“a transformação é da competência de todo mundo”. (DEMING, 1990).

Com base nos estudos de Deming, o engenheiro Joseph Juran conhecido por ser um dos
gurus da qualidade, foi em 1954 até o Japão para ensinar um pouco sobre a qualidade, porém,
acabou colaborando na criação da JUSE, instituição responsável pelo acompanhamento e
desenvolvimento de normas no Japão. Este foi o primeiro momento onde um grupo de pessoas
estaria à frente para que a qualidade realmente tivesse um papel importante nos meios
empresariais.

3.5 – A QUALIDADE NAS GRANDES OBRAS DAS CIVILIZAÇÃO

Seguindo todo um contexto histórico de obras que civilizações antigas deixaram por
todas as partes do mundo, podemos perceber que cada uma teve uma maneira diferente de
construir, executar e finalizar seus projetos de construções. O primeiro exemplo de obra, que
mesmo sem saber os aspectos e definições de qualidade, construíram templos e estruturas que
até hoje nos perguntamos: Como isso foi possível? Estamos falando dos egípcios que,
construíram pirâmides, esfinges, templos e estatuas gigantescas que nos levam a pensar no
seguinte, mesmo em uma época onde não existiam maquinas a vapor ou uma tecnologia como
as atuais eles construíram obras grandes que muitos hoje teriam dificuldades até mesmo com as
ferramentas atuais. Pirâmides, construções destinadas aos faraós, tinham bases quadrangular,
feitas com pedras que se sobrepõem umas das outras, segundo os cientistas, tinham
aproximadamente 10 a 15 metros de largura e pesavam 25 toneladas, e foram lapidadas de
forma perfeita que chegam a ser admiráveis.

Podemos estipular, que pela época e pelas formas nas quais os operários eram geridos
temos os seguintes pontos:

1. Os egípcios adotaram um sistema de construção inovador;


2. Planejaram detalhadamente como seria o sistema de construção;
3. Seguiram ordens para deixar a qualidade do serviço conforme instruída;
4. Utilização de materiais e ferramentas adequadas;
5. Controle na construção devido ser para um faraó, era necessário ser algo
perfeito.

Já na dinastia chinesa, desde o século XI a.C, na Dinastia de Zhou, ele estabeleceu um


sistema que era composto de um número especifico de organizações nas quais eram gerenciadas
por oficiais, ao longo do tempo foram divididas em departamentos conforme as funções
desempenhadas por eles. Eram eles:

1. Departamento responsável pela coleta, processamento, armazenamento e


distribuição de matéria-prima;
2. Departamento responsável pela manufatura de produtos;
3. Departamento responsável pela elaboração de normas para qualidade e
produtividade;
4. Departamento responsável pela inspeção e ensaios regidos pelas normas.

Ou seja, eles tinham um sistema que era responsável para manter a qualidade em tudo o
que faziam, pois, os chineses sempre manterão as suas essências, que levada de geração em
geração demonstram até hoje em seus métodos organizacionais. Um grande exemplo, voltado
para a construção e a aplicação de seus sistemas foi a muralha da china, que formada por
diversas muralhas construídas ao decorrer de várias dinastias e concluída no século XV, levou
um total de quase 2 mil anos para ser construída, a mesma foi construída com materiais da
região onde anteriormente protegias os impérios chineses em momentos de guerras.

Em outro ponto, nas casas das províncias chinesas, vistas de perto podemos perceber
que a maioria é feitas de madeiras e tijolos que feitas de maneira harmoniosa e bem estruturada,
tem como resultado um trabalho incrivelmente belo e de qualidade que até hoje estão de pé.

3.6 – A QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A construção Civil é um dos ramos que mais geram empregos no Brasil, seguindo a
CBIC em 2020 a construção civil gerou de janeiro a agosto de 2020 em todo o País, cerca de
58.464 novas vagas com carteira assinada. Segundo Ieda Vasconcelos, “Os números
demonstram que a construção civil ajudou a evitar resultados ainda piores no mercado de
trabalho nacional nos primeiros oito meses do ano”, destaca a economista do Banco de Dados
da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Conforme histórico da qualidade na construção civil, no Brasil, o Governo Federal em


1990 deu um grande passo para reestruturação da indústria nacional com o lançamento do
PBQP (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade) que tinha como objetivo de iniciar e
adequar um processo de gestão da qualidade nas empresas nacionais, o foco seria a produção
com melhor qualidade, menor custo e aumento da produtividade, assim fazendo com que
aumentasse a competitividade dos serviços e produtos com a ajuda de processos de gestão e
tecnologia.

Segundo Valeria Salgado, a filosofia do PBQP é a de mobilizar toda a sociedade


brasileira para a qualidade e produtividade. Para tanto, foi concebido como um programa de
execução descentralizada, baseado na parceria entre Governo Federal, Governos Estaduais,
Empresários e Trabalhadores, na consecução de seu objetivo: "apoiar o esforço brasileiro de
modernização através da promoção da qualidade e produtividade".

No entanto, no ano de 1980, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP) elaborou


documento relativos a construção de edifícios para a época, um deles foi desenvolvido no
âmbito do Programa de Controle da Qualidade das Construções Habitacionais, conhecido na
época como Procontrol. E com base nessas pesquisas e programas, em 1996 foi implantado em
São Paulo o QUALIHAB no sentido de induzir o desenvolvimento da qualidade produtividade
da indústria na construção Civil, logo, em 1998 foi instituído o Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) que até hoje é utilizado na construção civil
com o intuito de manter a qualidade das obras públicas e privadas.

3.7 - PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO


HABITAT - PBQP-H

Instituído em 1998 pelo Governo Federal por meio da Secretaria Especial de


Desenvolvimento Urbano (SEDU), o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do
Habitat tem o objetivo de dar apoio para a modernização do país e de promover a qualidade e a
produtividade do setor da construção habitacional. Um dos principais benefícios no qual o
programa traz para o setor de construção é o aumento de seu poder de competitividade por
intermédio da redução de desperdícios, melhoria na formação profissional, facilidade para
acesso a projetos, materiais e componentes de boa qualidade e adequação às normas técnicas.
Outro beneficio do programa é fazer com que a empresa se adapte às disposições do Código de
Defesa do Consumidor, evitando que as empresas e comerciantes sofram penalidades previstas
no mesmo, nesse caso podemos falar sobre os produtos, serviços ou obras que esteja em não
conformidade com as normas brasileiras.

O PBQP-H possui alguns espectros relevantemente amplos, como:

 Qualificação de construtoras e de projetistas;


 Melhoria da qualidade de matérias;
 Formação e qualificação de mão-de-obra;
 Normalização técnica;
 Capacitação de laboratórios;
 Aprovação técnica de tecnologias inovadoras;
 Comunicação e trocas de informações.

Esses pontos citados são alguns dos amplos espectros relevantes que visam o objetivo
do programa que é o aumento da competitividade no setor, a melhoria da qualidade de produtos
e serviços, a redução de custos e a otimização do uso dos recursos públicos.

Além de seu objetivo principal, conforme citado anteriormente, o programa também


possui alguns objetivos específicos que visam à facilidade e a melhoria da qualidade das
construções e serviços. Alguns desses objetivos estão relacionados em: promover o
aperfeiçoamento da estrutura de elaboração e difusão de normas técnicas, códigos de práticas e
códigos de edificações; criação de programas específicos visando à formação e a requalificação
de mão-de-obra em todos os níveis da construção civil e universalizar o acesso à moradia,
ampliando o estoque de moradias e melhorando as existentes.

A adesão ao Programa PBQP-H é algo voluntário e individual onde as construtoras


escolhem fazer parte do programa por meio de estabelecimentos de acordos setoriais. Uma vez
que o acordo setorial seja estabelecido, o mesmo será formalizado por meio de uma portaria,
norma administrativa e lei estadual, nessa situação o acordo passa a ter força de lei e a ser um
requisito mandatório para todas as construtoras que desejam participar em processos licitatórios
cujo objeto de contratação seja compatível com o Programa.

Dentro do PBQP-H existe o chamado Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços


e Obras da Construção Civil, que é o principal ponto para obtenção do certificado, que a cada
nível de progresso da implantação do sistema de qualidade, é emitido um atestado de
qualificação dentro das condições da ISSO 9002.

3.7 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE EMPRESAS DE


SERVIÇOS E OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – SiAC

O SiAC que integra o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat


visando contribuir para a evolução da qualidade, produtividade e sustentabilidade no setor da
construção civil.

O objetivo do SiAC é avaliar a conformidade de sistemas de gestão da qualidade de


empresas do setor de serviços e obras atuantes na construção civil.
Conforme artigo 3º do Regimento Geral do SiAC:

“Art. 3º O processo de avaliação da conformidade e certificação deve ser conduzido


por um Organismo de Avaliação da Conformidade – OAC acreditado pela
Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO – CGCRE com base no presente
regimento, nos demais documentos normativos de referência e na ABNT NBR
ISO/IEC 17021-1 – Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos que
fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão”.

3.4 - Programa Setorial da Qualidade – PSQ”,

“Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ

3.5 - “Qualidade na Construção Civil”,

“ISO 9001 – 2015”,

“Gestão da Qualidade Total”.

4 – ANÁLISES DESENVOLVIDAS

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