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PARAVAVAI – PR
2020
™filósofo e poeta grego do séc. IV, nascido na ilha da Sicilia, escreveu Hedypatheia, tratado dos prazeres, obra
também chamada de Gastronomia. È considerado o fundador da Gastronomia grega. Gastronomia: substantivo,
vocábulo composto por gaster (ventre/estomago), nomo (lei) e do sulfixo-ia, estudo. Gastronomia significa
etimologicamente, estudo ou observância das leis do estomago. (Franco, 2001)
Para desbravar esse mundo ao qual você esta prestes a entrar. Existem
conhecimentos fundamentais, básicos, que de tão importantes tornaram-se
filosofias de trabalho para todos os cozinheiros do mundo – lembrando que um
chef de cozinha, é antes disso um cozinheiro. Esse conhecimento é denominado
Habilidades Básicas de Cozinha, pois como cita Hamilton Mellão em 400g –
técnicas de cozinha (Companhia Editora Nacional, 2007), habilidades “[...] são a
Nota do autor
(1) Recomendo-lhe, por exemplo, a excelente obra de Madame Saint-Ange (Edições
Larousse) No capitulo dos suflês, a autora explica em detalhe que, para misturar às claras
em neve um preparado mais denso que elas, depõem-se a neve sobre o preparo e, por
meio de uma espátula chata, Faz-se como se cortasse uma torta: deve-se descer a espátula
verticalmente até o fundo, depois girá-la para deixar passar no preparado, levantando-a
sobre a neve; e depois se repete a operação meio de lado.
Para este capitulo foi elaborado uma linha do tempo com os principais
momentos a fatos que marcaram a história da alimentação.
De Caçador à Agricultor
Primeira grande mudança na alimentação – Do homem caçador nômade para o
agricultor civilizado
Por volta de 75.000 AC – Homo Sapiens (Neandertal)
Uso do fogo para a alimentação, e a partir deste momento o homem se
diferenciou dos animais;
Usos de estacas como espetos
(Pão e Vinho)
Segunda grande mudança na alimentação – Da necessidade ao prazer
excessivo com os grandes banquetes e as influências Religiosas.
As Especiarias e os Mosteiros
Século XV – As descobertas
Oriente
Civilização do arroz;
Proteína básica proveniente dos vegetais;
O valor do alimento e o equilíbrio;
A Cocção excessiva danifica as propriedades nutricionais do alimento
As cores e o visual fazem parte dos pratos;
Etiqueta e modo na valorização da refeição coletiva
Prazer deve estar na convivência e no alimento.
Ocidente:
Civilização do trigo e da batata
Proteína básica proveniente dos animais
O valor dos modos de se alimentar e o status de comer;
Codificação dos modos de fazer, de se comportar e de se alimentar;
A estética da refeição evolui ao longo do tempo com a interferência e
influências globais;
Distinção entre o prazer e a nutrição;
Resumo:
Por que na escolha do cardápio preferimos uma elaboração à outra? Como
escolhemos o que comer?
O abastecimento, a geografia. A história, os costumes, a cultura, tudo isso reflete
em nossos hábitos alimentares e nossas escolhas, sendo assim a necessidade
de conhecimento das diversas culturas para executarmos as HABILIDADES
BÁSICAS DE COZINHA.
Certamente o primeiro “equipamento” culinário foi o fogo, foi ele que assou
a caça, permitiram fundir o ferro, que moldou a faca e daí pra frente, panelas,
fogões, pratos etc.
Então veio o sal, que temperou a carne, que motivou guerras e valeu
como moeda de troca, terminando como vilão da pressão alta.
Surgiu o plantio, o sujeito parou de “zanzar” daqui para ali, teve tempo de
plantar e esperar para colher, colheu, moeu e fez o pão.
-Pão puro não tem graça, vamos passar alguma coisa nele o quê?
-Passa aquela nata que tiramos do leite.
Objetivos:
UniFatecie - Unidade IV - BR (Matriz)
Rodovia BR – 376, KM 102, nº 1000 – Chácara Jaraguá – CEP 87701-970 Paranavaí/PR.
Telefone: 44 – 30459898
Visa os aprendizados de técnicas, conceitos e aplicação correta de
métodos dentro de uma cozinha profissional.
Qualidade em restauração:
O que é qualidade?
“Qualquer coisa que pode ser melhorada, no sentido mais amplo”. Saber
das necessidades do cliente e a partir daí surpreendê-lo;
O que é Gastronomia?
É a ciência que se relaciona com tudo que envolve o ato de comer, desde
a escolha dos alimentos, o preparo e sabor. Nova área científica ou artística que
se completa com informações de outras, tais como: sociologia, biologia, química,
física, etc.
Tendências da Gastronomia
A cozinha, como ambiente, possui inúmeros fatores que fazem com que
este se torne menos ou mais funcional, sendo o principal o seu tamanho e
utilidade. Definir a utilidade da cozinha a ser montada é fundamental para saber
o seu tamanho final e tipos de utensílios que essa necessita ter, para que possa
ser usada sem restrições.
Basicamente, uma cozinha deve ter fogões equipados com fornos,
geladeiras, e facas, a partir daí, acrescenta-se os utensílios necessários para
qualquer outro preparo que será realizado nesse ambiente.
Equipamentos secundários como moedor de carne, processador de
alimentos, liquidificadores, microondas, etc. existem para melhorar a vida do
cozinheiro, por isso estes utensílios também são bem vindos.
O fundamental para se trabalhar bem numa cozinha é essa ter boa
funcionalidade, bom espaço e um fluxo coerente, que deve ser perfeitamente
entendido pelo cozinheiro.
Brigada de cozinha
Princípios de sanitização
Procedimentos pessoais:
Procedimentos na cozinha:
Após a produção:
4. Arrumar as estantes.
5. Lavar o chão.
Procedimentos gerais:
Contaminação cruzada
Lavagem de folhas:
Lavagem de ovos:
BASES DE COZINHA
1- AROMÁTICOS:
Mirepoix Branco:
Mantignom:
É a “Mirepoix gorda”
Bouquet Garni:
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É um maço de ervas (aromáticas) geralmente composto por uma
combinação de talo de salsa, salsão, funcho, erva doce, folhas de alho poró,
tomilho, louro, alecrim amarradas. Os ingredientes podem variar.
Sachet d’épices:
Cebola Piquet:
Cebola Brulée:
2- FUNDOS
Proporção básica:
Ossos 1 kg
Mirepoix 120g
Outros aromáticos opcionais
Água 1,5 l
Rendimento final 1,5 l
Podem ser:
Preparo:
1. Coloque todos os ingredientes preparados no caldeirão.
2. Adicionar água
3. Cozinhar na temperatura adequada (90° a 92°C)
4. Atingir a concentração desejada.
5. Retirar as impurezas
6. Resfriamento adequado.
Observações
_ Deve ser cozido sem sal
_ Não colocar legumes que contenham amido (Ex. batata)
_ Buscar sabor equilibrado.
_ Respeitar tempo e temperatura de cocção.
Fundo claro.
Preparos mais suaves e delicados.
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Fundo escuro.
Preparações mais elaboradas, não tão neutras quanto ao fundo claro.
Fundo claro
Ingrediente principal deve ser lavado e colocado em água fria, aromáticos
deve ser equilibrados: temperatura (espumas) regulada, ingredientes básicos
devem ter sabor leve.
Fundo escuro
-Ingredientes principais devem ser assados.
-Aroma balanceado (não complexo), não sobrepor outros sabores.
-Limpidez adequada.
-Deve conter embelezadores (para coloração).
-Concentração adequada.
-Mirepoix tostado
-Pinçage (extrato de tomate reduzido até a coloração máxima).
-Cebola brulée.
Coloração adequada.
Boa concentração.
Bom aroma / sabor.
Limpidez.
Uso de equipamentos adequados
Tipos de fundos:
Fundos claros (fonds clairs): Vitela ou bovino, porco, aves de carne branca
(frango, peru...), cordeiro, coelho, etc.
Fundos gordurosos:
Manteiga amolecida
Manteiga clarificada.
Obs.1:
Remouillage: um caldo feito a partir dos ossos de uma segunda cocção.
Pinçage: mirepoix dourado lentamente com um pouco de extrato de
tomate, afim de “caramelizar” completamente.
Obs.2:
No preparo de fundo escuro usar pinçage.
No preparo de fundo claro usar mirepoix „suado‟.
Sempre iniciar o preparo de fundos com o líquido frio, usar fogo baixo, e
cozinhar por um tempo longo na temperatura aproximada de 90°C
(Simmer).
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Cuidar para não dissolver o cálcio presente nos ossos.
Manteiga clarificada.
4. Crème Liaison: 25% gema + 75% de creme de leite (não pode ferver).
Manteigas compostas.
A Palavra “molho” vem do latim sallus, que significa salgado, termo usado
desde que o sal se tornou um condimento básico. Por milênios, os molhos foram
à base para condimentação dos alimentos com a finalidade de enriquecê-los e
caracterizá-los.
Cozinheiros de Roma utilizavam um molho denominado Garum, um caldo
dourado-amarronzado, feito a partir de intestinos de peixes fermentados,
combinados com sal, condimentos, água, vinho ou vinagre. Durante a idade
Média, chefs e cozinheiros utilizavam molhos e sabores complexos, combinavam
vinho, vinagre, mel especiarias, ervas e raízes. Durante esse período, na
chamada Cozinha Medieval, esses sabores eram importantes para mascarar os
sabores da decomposição das carnes e embutidos consumidos na época.
Definições:
VEGETAIS:
Por cor:
CLOROFILA:
CAROTENÓIDES:
FAVONÓIDES:
Verdes:
Amarelos:
Vermelhos:
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Em água fervente com algum ácido (vinagre / suco de limão),
rapidamente, com a panela tampada.
Ao retirar dar choque térmico em banho de gelo para parar a cocção.
Brancos:
Cubos:
Bretonne: 02 x 02 cm
Macedoine: 01 x 01 cm
Printanier: 08 x 08 mm
Parisiense: 05 x 05 mm
Brunoise: 03 x 03 mm
Bastões:
Fritas: 01 x 05 cm
Mignonnet: 06 mm x 04 cm
Jardinière: 03 mm x 02 cm
Allumette: 03 mm x 05 cm
Julienne: 03 mm x 03 cm
Boleados:
Noisette: 01 cm de diâmetro
Printanière: 08 mm de diâmetro.
Royalle: 06 mm de diâmetro.
Fatiados:
Chips: 2 mm de espessura
Medalhão: 05 mm de espessura.
Torneados:
Chateau: 06 cm de comprimento
Fondant: 05 cm
Cocotte: 04 cm
Olivette: 02 cm
Ornamentais:
Paysanne: meia-lua.
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Concasser: cortes irregulares, mas de tamanho semelhantes. Quando
aplicados a tomates, significa em cubos de 0,5cm, sem pela e sem
semente.
Francesa: Talhada.
Cortes de carnes:
Filé mingnom:
Cabeça do filé
Tournedos
Chateaubriand
Medalhões
Escalopes
Contra Filé:
Chuleta ou bisteca
T-Bone (formando um T)
Carré
Outros:
Costela Ripa
Costela Minga
Paleta e miolo
Alcatra
Patinho
Ossobuco
Fraldinha
Maminha
Peixinho
Matambre
Coxão mole
Coxão duro
Músculo
Lagarto
Aves:
Desossado.
Peixes:
Tranche: 220g
Posta: 220g
Goujon: 120g
Brochette: 120g
Unidade.
COCÇÃO
Condução:
O corpo mais quente cede calor ao corpo mais frio, por contato direto.
Um corpo frio é um corpo menos “energizado”, e por isso a tendência de
transferir essa energia da chapa para o ingrediente frio, por exemplo.
Irradiação:
Fricção:
Unifatecie - Unidade l - Rua Getúlio Vargas, 333, Centro, CEP 87704-010
Paranavaí/PR
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Atrito das moléculas causa liberação de calor, como as moléculas de
H2o no micro-ondas.
Desidratação e “browning”
Hidratação e amaciamento.
CALOR SECO
Salteados
Grelhados
Assados
Fritura.
Defumação.
Salteados:
-Pouca gordura.
-Uma boa Frigideira (Sautese ou Sautoir)
-Fogo alto.
Grelhados:
- Pouca gordura
-Uma boa grelha
-O calor atinge a peça de duas formas (IRRADIAÇÃO E TRANSMISSÃO)
Método de grelhar:
É um procedimento seco e o alimento desidrata enquanto cozinha.
Assados:
O cozimento:
-Forno deve ser pré-aquecido, para que a carne sele e asse mais
rapidamente e não solte seus sucos. Preferencialmente coloque a carne, sobre
uma grelha, na assadeira ou um leito de mirepoix. Nunca fure a carne para
evitar a perda dos sucos.
Calor
Forno
Fritar:
1. Com empanamento.
2. Sem empanamento.
Defumação:
CALOR ÚMIDO
(Utilização de líquido ou vapor)
Escalfar (Pôcher)
Fervura branda (simmer)
Escalfar (Pôcher):
Ferver (boil):
Cozinhar em vapor:
Escalfado:
Em papillotte:
Estufar:
Refogar e ensopar:
CALOR MISTO
(Calor seco e úmido)
Braseado:
Guisado:
Braseado: Guisado:
Tamanho da carne Pedaços grandes Pedaços
pequeno
Quantidade de líquido Cobre 1/3 a 2/3 da carne Cobre a
carne
Decoração/guarnição Cozida separadamente Cozida com
carne
Molho Permite ser coado Não é coado
Cocção No fogo ou forno No fogo ou
forno
Panela tampada Panela
tampada
Braseado Guisado
Auxiliares de cocção
Gratinar
Banho-Maria.
Contemporâneos:
À romana: farinha de trigo, ovo batido com leite, queijo parmesão ralado,
salsinha.
Orly: com massa leve feita à base de cerveja, farinha de trigo e ovo.
Com massa: massa mole feita à base de farinha de trigo, leite, água,
vinho, ovos, etc.
Tabela de proporções:
Abreviatura padrão:
ml Mililitros
l Litro
g Grama
kg Quilograma
un Unidade
cls Colher de sopa
clc Colher de chá
q.b Quanto baste.
Faca:
Cabo:
Polipropileno (PP), Epóxi, Madeira, etc.
Afiação:
1 2 3
Dureza:
Forjamento: