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Escola Estadual Rural de Ensino Fundamental e MédioDr. Santiago Dantas

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – ELETIVA MAIORES FILOSÓFOS DA HISTÓRIA – SD1B1


PROFESSOR(A): Leiliane Mendes COORDENADOR(A): Mª Elisangela S. Andrade

ANO/SÉRIE/TURMA: 1ª série AULAS PREVISTAS: 12h/aulas PERÍODO DE EXECUÇÃO: 18/04 a 28/05

OBJETIVOS/CAPACIDADES
Conhecer e refletir o ensino de Filosofia de forma construtiva, significativa e protagonizada bem como
desenvolver o pensamento crítico e reflexivo dos alunos.
CONTEÚDOS
HABILIDADES OBJETOS DE CONHECIMENTO
 Conhecer, compreender e problematizar particularidades 1. Conceito e historia da filosofia (anexo1)
do fazer da Filosofia.
2. Alegoria da Caverna de Platão; Teoria
das Ideias, O que é a Caverna
atualmente? (anexo2)

CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADO NESTE


PERÍODO 18/04 a 28/05

DESENVOLVIMENTODASATIVIDADES
Atividades/situaçõesde aprendizagem 1 (dia 22/04/22) 2h/aulas
1. Apresentação da disciplina (slide) como Itinerário Formativo e contextualização do Novo Ensino
Médio, explicação de como funcionará a culminância e o conteúdo programático de maneira
geral, a importância do protagonismo estudantil, etc. (30min)
2. Escolha da eletiva da preferência do aluno (30min)
3. Acolhida em sala de aula, apresentação específica da proposta escolhida pelo aluno, do
professor e dos métodos de avaliação (60min)

Atividades/situações de aprendizagem 2 (dia 29/04/22) 2h/aulas


4. Apresentação pessoal da professora aos alunos que escolheram sua eletiva OS MAIORES
FILÓSOFOS DA HUMANIDADE, exlicação detalhada da eletiva o objetivo, a importancia,como vai
ser avaliação a cuminância. (60min)
4. Aula expositiva e sobre os maiores filósofos da humanidade.(30min)
5.Apresentação do conteúdo (slide) sobre a origem da filosofia (30mim)

Atividades/situações de aprendizagem 3 (dia 06/05/22) 2h/aulas


4. Leitura e discussão do texto A ORIGEM DA FILOSOFIA, PLATÃO, MITO DA CAVERNA DE
PLATÃO (anexos1). Entrega-se uma cópia (anexos1), para cada aluno antecipadamente e
pede que não esqueçam de identificar corretamente o cabeçalho e que evitem perder o
material.
5. Resolução das questões (anexo1)
Atividades/situações de aprendizagem 4 (dia 13/05/22) 2h/aulas
6. Fazendo uma explanação sobre o que é a Caverna atualmente, a professora irá apresentar o
filme: “MUNDO DE SOFIA” (100min)
7. Discussão e análise do filme (20min)
VALORES ATITUDINAIS ENVOLVIDOS NAS INSTRUMENTOS DE A
RECURSOS
ATIVIDADES/SITUAÇÕES VALIAÇÃO
Ampliação vocabular. Produção textual; Recursos didáticos previstos:
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Argumentação, discursividade, persuasão, Participação na aula; multimídia, textos-xerox,


diálogo, posicionamento pessoal, opinião. Completude das atividades folha A4, pincel de quadro-
propostas branco, notebook
REFERÊNCIAS
1. ATKINS, P. JONES, L. Princípios de Química, questionando a vida moderna e o meio ambiente, Trad. Ignez Caracelli et al. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
2. ROMANELLI, L. I.; JUSTI, R. da S. Aprendendo química. Ijuí, Ed. Unijuí, 1997.
3. CHASSOT, A. I. A Ciência através dos tempos, São Paulo: Moderna.
4. https://static.wixstatic.com/media/878620_03e3f28a2a3a46248755dcb0d3bd8d7f~mv2.png/v1/fill/
w_1000,h_731,al_c,usm_0.66_1.00_0.01/878620_03e3f28a2a3a46248755dcb0d3bd8d7f~mv2.png
5. https://www.ebiografia.com/filosofos_mais_importantes/
DEVOLUTIVADO COORDENADORPEDAGÓGICO

Assinaturado(a)Coordenador(a) Assinaturado (a)Professor(a)

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Componente curricular: ELETIVA – SD1B1


Professor(a): Leiliane Mendes
Aluno (a): Nº:
Ano/Turma: 1ª SÉRIE Turno: Data: 2022

ANEXO 1 - ORIGEM HISTÓRICA DA FILOSOFIA

Finalidade da filosofia em sua origem histórica


A relação da filosofia com a felicidade era fundamental, pois a vida boa seria a finalidade
última da investigação filosófica. Para que você entenda bem o que queremos dizer com
“finalidade última” de uma ação, observe a seguinte sequência de perguntas:
• Filosofar para quê? Para pensar melhor sobre tudo: os fatos, as pessoas, a vida
• Pensar melhor sobre tudo para quê? Para encontrar soluções aos problemas da existência –
a minha e a de outras pessoas.
• encontrar essas soluções serve para quê? Para ter menos problemas, ficar mais tranquilo e
viver melhor.
• Viver melhor para quê? Para me sentir bem, em paz comigo mesmo e com o mundo.
• sentir-se assim para quê? Para ser feliz.
• ser feliz para quê? não sei. Talvez para deixar as pessoas que me cercam felizes também.
• Deixá-las felizes para quê? Para que eu fique feliz com a felicidade delas.
Vemos que, no final, as respostas começam a ser circulares. Voltam sempre ao mesmo
ponto, ou seja, à ideia desse sentimento de bem-estar, de satisfação consigo mesmo e com a
vida, ligada também à sensação de plenitude, de já ter tudo e não precisar de mais nada. essa é
uma boa descrição da felicidade.
Portanto, finalidade última é aquela que está por detrás de todas as finalidades mais
imediatas e conscientes de uma ação. geralmente inconsciente, ela é o motivo fundamental de
uma conduta.
Finalidade última de todos os atos usando da mesma lógica contida nessa sequência de
perguntas, podemos supor que a felicidade é igualmente a finalidade última de todos os nossos
atos, mesmo de ações que parecem “ruins” por algum tempo, ou daquelas que realmente nos
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fazem mal e aos outros. É que, no fundo – conforme acreditam vários filósofos e psicólogos –, a
intenção última de toda ação ou conduta é “positiva” no sentido de que, consciente ou
inconscientemente, a pessoa está buscando, por meio dessa ação, trazer, preservar, aumentar
seu bem-estar, ou mesmo evitar, acabar com uma dor, um sofrimento, uma tristeza.
É o caso, por exemplo, do jovem que “malha” todos os dias na academia para alcançar uma
boa condição física, que “racha” de estudar para passar no vestibular ou que realiza trabalhos
voluntários em sua escola ou comunidade. são esforços, “sacrifícios”, ações em que se abandona
o prazer imediato em busca de um bem maior, uma alegria.
Parece que a felicidade funciona como um ímã oculto que atrai as pessoas com seu
magnetismo, impulsionando seus movimento,sem a perspectiva do bem que traz uma ação, ela
perde seu sentido, e o magnetismo se desfaz. mas, quando temos essa perspectiva do bem que
queremos e o alcançamos, vivemos um estado de satisfação com nossa situação no mundo.
Aliás, a etimologia revela que a palavra felicidade vem do latim felicitas, que, por sua vez,
deriva do latim antigo felix, que significa “fértil, frutuoso, fecundo” (cf. AbbAgnAno, Dicionário de
filosofia).
Felicidade é, portanto, um estado de fecundidade que gera vida e vitaliza nossa existência.
no entanto, a busca da felicidade também está por detrás de muitos comportamentos
autodestrutivos, como a dependência das drogas, do álcool e do tabaco, ou antissociais, como a
violência e a delinquência, sem falar no simples egoísmo e na falta de consideração pelos
demais.
Assim, afirmar que a felicidade é a finalidade última de todos os atos não é dizer que todo e
qualquer ato traz felicidade. Como você já deve ter experimentado, muitas vezes o que se obtém
é o oposto: buscamos felicidade e acabamos conseguindo infelicidade. Por isso é tão importante
desenvolver um conhecimento mais crítico sobre o mundo, sobre as coisas. Como diz o ditado
popular: “nem tudo o que reluz é ouro”.
ATIVIDADE
1. Explique as três etapas básicas de uma experiência filosófica.
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2. Por que se diz que existe uma relação histórica entre felicidade e filosofia?
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3. Disserte sobre o conceito de finalidade última.
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4. o que é a felicidade para você? em que situações concretas de sua vida você experimentou esse
estado?
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Aluno (a): Nº:
Ano/Turma: 1ª SÉRIE Turno: Data: 2022
ANEXO 2 - O MITO
O mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas,
suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma
de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de
liderança e domínio da linguagem convincente, e que, acima de tudo, “jogue para a boca do mito” o
que gostaria de impor, mas adequando a estrutura do mito de uma forma que tranquilizem os
ânimos e responda às necessidades do coletivo.
É o narrador quem constrói o esquema do mito, porém ele só nasce e se consolida a partir da
aceitação coletiva, ou seja, o mito só existe quando ele cai no senso-comum. É ele quem dá a vida
ao mito.

O mito possui três funções principais:


1. Explicar – o presente é explicado por alguma ação que aconteceu no passado, cujos efeitos não
foram apagados pelo tempo, como por exemplo, uma constelação existe porque, há muitos anos,
crianças fugitivas e famintas morreram na floresta, mas uma deusa levou-as para o céu e
transformou-as em estrelas.

2. Organizar – o mito organiza as relações sociais, de modo a legitimar e determinar um sistema


complexo de permissões e proibições. O mito de Édipo existe em várias sociedades e tem a função
de garantir a proibição do incesto, por exemplo. O “castigo” destinado a quem não obedece às
regras funciona como “intimidação” e garante a manutenção do mito.

3. Compensar – o mito conta algo que aconteceu e não é mais possível de acontecer, mas que
serve tanto para compensar os humanos por alguma perda, como para garantir-lhes que esse erro
foi corrigido no presente, oferecendo uma visão estabilizada da Natureza e do meio que a cerca
(Chauí, p. 162).

O pensamento mítico envolve e relaciona elementos diversos, fazendo com que eles ajam
entre si. Depois, ele organiza a realidade, dando um sentido metafórico às coisas, aos fatos. Em
terceiro plano, ele cria relações entre os seres humanos e naturais, mantendo vínculos secretos que
necessitam ser desvendados. O mito nos ajuda a se acomodar no meio em que vivemos.
Para que o mito sobreviva, é necessário o sacrifício, que ordena nossa visão de mundo. Em
várias sociedades, o sacrifício de vidas humanas mantinha as relações com a divindade, com o
objetivo de aplacar a ira do supremo.
Os hebreus, de acordo com o Velho Testamento, ofereciam em sacrifício o melhor de suas
criações, geralmente uma ovelha ou cordeiro, porque eram as vítimas perfeitas – as que não
reagiam ao sacrifício, daí a expressão “bode expiatório” (aquele que paga pela culpa do outro). A
repetição do sacrifício dá origem ao ritual, que é o mito tornado ação. Com a repetição do ritual,
nasce a religião.

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A função dos mitos na Grécia Antiga era mostrar o motivo pelo qual acontecimentos ou


fenômenos que no tempo não tinham explicação ocorriam. Ou seja, os mitos eram usadas como
forma de respostas para as dúvidas existentes em sociedades passadas.

O Mito da Caverna

Parte do quadrinho “As Sombras da Vida”, de Maurício de Sousa

O Mito da Caverna, chamado também de parábola ou alegoria da caverna, foi escrito


por Platão no século IV a.C., e está contido no livro A República. Neste texto, o filósofo, inspirado em
diálogos que tinha com Sócrates, faz uma metáfora sobre como as pessoas permanecem alienadas
no mundo, sem conhecer a verdade. Abaixo, saiba mais acerca dessa reflexão
O Mito da Caverna é narrado por Sócrates a um outro homem, Glauco: dentro de uma
caverna, havia alguns indivíduos presos por correntes que impediam o movimento do pescoço.
Embora ao fundo existisse uma saída, essas pessoas não podiam se mover.
Todo o tempo, os indivíduos presos eram obrigados a olhar para uma parede. Ainda no fundo
da caverna, havia uma fogueira que iluminava o local; atrás dela, pessoas que não estavam presas
e animais de toda a espécie passavam, formando uma sombra com a luz da fogueira que projetava
figuras na parede.
Consequentemente, as pessoas que estavam presas viam na parede, todos os dias, desde o
seu nascimento, as figuras projetadas por aqueles que viviam lá fora. No entanto, como elas nunca
haviam saído da caverna e só conheciam aquele cenário, pensavam que essa era a própria
realidade.
Contudo, Sócrates supõe então que, um dia, um dos indivíduos consegue escapar e ir para
fora. Acostumado com a escuridão da caverna, ele terá dificuldades de enxergar sob a luz do sol.
Somente aos poucos conseguirá entender que tudo o que via desde o seu nascimento era uma
ilusão, e o que havia lá fora era a verdade.

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Então, se esse indivíduo voltasse para a caverna e contasse o que viu lá fora, o que poderia
acontecer? As demais pessoas, que nunca saíram de lá, poderiam considerá-lo louco ou mentiroso.
Além disso, achariam mais confortável continuar vivendo ali, na escuridão, do que se submeter à luz.
Platão, que escreveu o mito, é considerado um dos representantes de uma vertente da filosofia
chamada idealismo. Portanto, no Mito da Caverna, ele também pretendia defender seu ponto de
vista a respeito do que ele considerava a realidade.
Assim, como qualquer alegoria, essa história é feita de metáforas sobre aquilo que o autor queria
dizer. Nesse sentido, o que são as correntes no Mito da Caverna? O que são as sombras? O que é
o mundo exterior? A seguir, entenda sobre o que cada elemento simboliza:

 Prisioneiros: à princípio, são a representação de qualquer indivíduo que vive com os


conhecimentos advindos do seu dia-a-dia e da tradição, e não com o saber verdadeiro.
 Correntes: são tudo o que nos prende ao falso conhecimento das coisas, a ignorância e
o senso comum.
 Sombras: é o falso conhecimento, ou seja, meras projeções da verdade – elas podem
ser confortáveis e fornecer uma ilusão ao indivíduo sobre o mundo.
 Mundo exterior: é o mundo superior onde é possível obter o conhecimento verdadeiro,
tirando a humanidade da ignorância.
 Luz: é a racionalidade e a própria verdade que, por mais que possa ser difícil de
enxergar em um primeiro momento, é com ela que será possível obter um saber real
sobre o mundo.

Assim, existem muitas interpretações possíveis para o Mito da Caverna. Entre as várias, um dos
pontos consensuais é que Platão faz uma distinção entre o conhecimento que é falso e aquele que é
verdadeiro. Conforme a alegoria, várias pessoas vivem “dentro da caverna”, ou seja, na ignorância.
Esse campo do falso saber é o mundo sensível, onde as pessoas simplesmente apreendem
aquilo que vivem em sua experiência pessoal. Ao contrário, o mundo inteligível ou mundo das ideias,
que é superior, é aquele que mostra o conhecimento verdadeiro, essencial e imutável.
Outro ponto importante é que a obra em que está a alegoria é A República, de Platão. Nesse
livro, o autor fala sobre as diversas formas de governo. Sendo assim, com o mito, o filósofo também
abordava sobre a educação necessária àqueles que participassem da política.

O Mito da Caverna nos dias de hoje


Ao falar sobre o mundo sensível e o mundo inteligível, Platão descreve também sua filosofia
idealista. Em outras palavras, o filósofo defende que o verdadeiro conhecimento está acima do
senso comum e do que aprendemos pelos sentidos – ele está, na verdade, no mundo das ideias.
No entanto, atualmente, o Mito da Caverna tem servido como uma metáfora principalmente
para aquilo que é chamado de “escravidão voluntária”, ou o fenômeno do “escravo feliz”. Um dos
exemplos mais comuns é a relação atual da sociedade com a tecnologia. Assim, é como se as
pessoas permanecessem na ignorância ao se prender às informações que são veiculadas nas redes
sociais e nos aplicativos.
Assim como no Mito da Caverna, quando são chamadas a contemplar alguma verdade
diferente do que conhecem, elas se negam e preferem continuar na “caverna”. No entanto, essa é
uma interpretação simples e reduzida da realidade. Portanto, é importante conhecer essa e outras
leituras possíveis da alegoria para discutir a respeito.
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ATIVIDADE

1- (Uenp) Leia os textos e responda em seguida.

Texto 1
“Conosco homens, aí se diz, se passa o mesmo que com prisioneiros, que se
achassem numa caverna subterrânea, encadeados, desde o nascimento, a um banco, de
modo a nunca poderem voltar-se, e assim só poderem ver a parede oposta à entrada. Por
detrás deles, na entrada da caverna, corre por toda a largura dela, um muro da altura de um
homem, e por trás deste, arde uma fogueira.
Se entre esta e o muro passarem homens transportando imagens, estátuas, figuras de
animais, utensílios etc, que ultrapassem a altura do muro, então as sombras desses objetos,
que o fogo faz aparecerem, se projetam na parede da caverna, e os prisioneiros também
percebem, além da sombra, o eco das palavras pronunciadas pelos homens que passam.
Como esses prisioneiros nunca perceberam outra coisa senão as sombras e o eco,
têm eles essas imagens pela verdadeira realidade.
Se eles pudessem, por uma vez, voltar-se e contemplar, a luz do fogo, os próprios
objetos, cujas sombras foram apenas o que até agora viram; e se pudessem ouvir
diretamente os sons, além dos ecos até então ouvidos, sem dúvida ficariam atônitos com
essa nova realidade. Mas se além disso pudessem, fora da caverna e à luz do sol, contemplar
os próprios homens vivos, bem como os animais e as coisas reais, de que as figuras
projetadas na caverna eram apenas cópias, então ficariam de todo fascinados com essa
realidade de forma tão diversa. 
PLATÃO, 7.º livro da República, p.514 ss.
Texto 2

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Relacionando o fragmento de texto de Platão e a tirinha da Turma da Mônica, de Maurício de Souza,


com os seus conhecimentos sobre o Mito da Caverna, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Os homens acorrentados no fundo da caverna são aqueles que passam a vida contemplando
sombras, acreditando que elas correspondem à realidade e à verdade. 
b) Para Platão existem três níveis de conhecimento: o primeiro é chamado de agnosis, que significa
ignorância, e corresponde ao estágio dos homens no interior da caverna; o segundo é denominado
de doxa, ou opinião, e é o primeiro estágio de conhecimento, que se forma logo após os homens
saírem da caverna e contemplarem a realidade; o terceiro é designado pela palavra grega
epistheme, que significa ciência, ou o conhecimento em sua integralidade. 
c) Para Platão existe um único mundo sensível e inteligível, de forma que os homens devem
aprender com a experiência a distinguir o conhecimento verdadeiro de impressões falsas dos
sentidos. 
d) O visível, para Platão, corresponde ao império dos sentidos captado pelo olhar e dominado pela
subjetividade. É o reino do homem comum preso, às coisas do cotidiano. 
e) O inteligível, para Platão, diz respeito à razão. É o reino do homem sábio, que desconfia das
primeiras impressões e busca um conhecimento das causas da realidade. 

2.Compare as duas imagens abaixo:

Uma representa o Mito da Caverna, a outra representa um casal acorrentado a televisão, explique
como elas podem se relacionar:
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3. Observe a tirinha e responda.

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Alegoria da caverna/ Mito da Caverna de Platão por Maurício de Sousa ou Sombras da Vida
com Piteco. Segundo Platão, um grupo de homens vivia amarrado em uma caverna. Os homens
encontravam-se virados de costas para a entrada da caverna, viam apenas o fundo iluminado
indiretamente por uma fogueira. As únicas imagens vistas por esses homens eram as sombras das
pessoas, animais e objetos que estavam do lado de fora, e que para eles constituíam a realidade.

Na tirinha acima, Piteco é o prisioneiro que se liberta, sai da caverna e liberta os demais prisioneiros.
Quem Piteco representa? Marque a resposta certa.
( ) Político
( ) Filósofo Sócrates
( ) Homem das cavernas
( ) Mauricio de Souza
( ) Zeus da Mitologia Grega.

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