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Mestrado em Relações Interculturais

Metodologia de Investigação Qualitativa

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Docentes: Professora Doutora Fátima Alves e Professora Doutora Olga Magano

Ano letivo: 2020/2021

Aluna: Nidia Ponte - N.º 802627

Atividade 1: Explicitação e justificação da perspetiva teórico-metodológica da pesquisa a


efetuar
Metodologia de Investigação Qualitativa (MRI)
Atividade 1

Este documento surge no âmbito da disciplina “Metodologias de Investigação


Qualitativa”. O seu objetivo é apresentar um tema de trabalho, explicando e justificando a
perspetiva teórica-metodologia da pesquisa a efetuar. Neste sentido, e a pensar já na dissertação
de mestrado, selecionou-se o tema “A vivência da pandemia Covid-19: o caso da comunidade
de imigrantes muçulmanos residentes no distrito do Porto”.
Com este estudo pretende-se relacionar a dimensão da cultura com o Coronavírus 2019.
Ou seja, identificar de que forma as tradições, conhecimentos, práticas e valores influenciaram
(ou não) a vivência com a pandemia do Covid-19. Ademais, quais os suportes que encontraram
na sua cultura para os ajudar a ultrapassar a situação. Além disso, inferir os seus conhecimentos
sobre saúde/doença e, especificamente, se sabem o que é, como se propaga, previne e se trata o
Covid-19. Por último, também será importante perceber se tiveram apoios da comunidade local,
de quem e como; se tiveram acesso ao sistema de saúde quando necessário (tratamento e
vacinação).
Assim, os aspetos a analisar estão relacionados com as perceções dos inquiridos quanto
ao fenómeno (Covid-19), as suas causas, efeitos e riscos. Por conseguinte, pretende-se
interpretar e compreender a realidade tal como ela é experimentada pelos sujeitos a partir do
que pensam e como agem (os seus valores, representações, crenças, opiniões, atitudes, hábitos).
Assim e, porque a escolha da metodologia se deve fazer em função da natureza do problema a
estudar (Carmo & Ferreira, 1998; Kauark et al., 2010) considera-se pertinente seguir a
metodologia de investigação qualitativa, pois entende-se que será a mais adequada para
perceber o fenómeno inerente à problemática desta investigação.
Ademais, a finalidade desta pesquisa, como refere Bogdan & Biklen, (1994, p. 66) “não
é a de se os resultados são suscetíveis de generalização, mas sim a de que outros contextos e
sujeitos a eles podem ser generalizados”. Ou seja, o interesse é mais pelo processo, pela
compreensão e interpretação sobre como os fatos e os fenómenos se manifestam (Bogdan &
Biklen, 1994; Carmo & Ferreira, 1998; Quivy & Campenhoudt, 1998). De facto, esta
metodologia relaciona-se com a interpretação dos fenómenos, atribuição de significados e
entender como as coisas acontecem. (Bogdan & Biklen, 1994; Carmo & Ferreira, 1998; Kauark
et al., 2010).
Acresce que o objeto de estudo é sobre um assunto novo, pois, o Covid-19 apareceu há
cerca de um ano (em dezembro 2019). Por isso, há poucos ensaios que interligam o SARS-
CoV-2 à cultura. Alguns, dos existentes, relacionam essas duas dimensões, afirmando que a
cultura é um elemento importante no combate ao vírus (Airhihenbuwa et al., 2020). Também,

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averiguam a sua influência nas vivências das comunidades minoritárias durante esta época tão
conturbada (Bruns et al., 2020). Ainda, relacionam a discriminação e estigma inerentes ao
Covid-19 nas doenças mentais em grupo étnico-culturais (Miconi et al., 2021). Entretanto, em
Portugal, já se iniciaram estudos no âmbito dos impactos psicológicos (Jornal Médico, 2020;
Ordem dos Enfermeiros & Urzal, 2020; Paulino et al., 2021). Acresce que um outro artigo
discute a segurança humana perante a pandemia, nomeadamente direitos, restrições, a questão
do género e os impactos desiguais que o vírus provocou (Carreiras et al., 2020). Quanto a
dissertações de mestrado ou doutoramento, ainda não houve tempo necessário para a produção
das mesmas. 1
Será, por isso, uma pesquisa exploratória (Gil, 2002, p. 41), porque o tema ainda não se
encontra suficientemente investigado, nomeadamente ao nível nacional e, particularmente, no
âmbito da relação da cultura com o Covid-19. Consequentemente, proporcionará uma “maior
familiaridade com o problema, tornando mais explícito (Gil, 2002, p. 41)”.
Na pesquisa qualitativa parte-se do pressuposto que a construção do conhecimento se
processa de modo indutivo e sistemático. Assim, a teoria surge a partir da recolha, análise,
descrição e interpretação dos dados. Ou seja, ela é desenvolvida de “baixo para cima” tendo
como base os dados que obtiveram e estão inter-relacionados. É o que Glasser & Strauss (1967)
designam de “teoria fundamentada” (citado em Carmo & Ferreira, 1998, p. 197). Nesta
perspetiva a produção do conhecimento dá-se à medida que se recolhem e analisam os dados.
Ainda, caracteriza-se por ter uma perspetiva heurística e etnográfica, porque se pretende
conhecer a experiência dos indivíduos perante um fenómeno e compreender a cultura desse
grupo (Carmo & Ferreira, 1998, p. 182).
Deste modo, as técnicas de pesquisa que melhor se enquadram na metodologia qualitativa
são a entrevista semiestruturada e em profundidade, os inquéritos de aplicação direta, a
observação participante e a análise de documentos. (Carmo & Ferreira, 1998, p. 199).
Excetuando esta última, todas as outras colocam o investigador em contacto direto com os
indivíduos e permitem compreender com detalhe o que eles pensam sobre determinado assunto
ou o que fazem em determinadas circunstâncias.
Também, segundo Gil (2002, p. 43) as pesquisas podem ser classificadas com base nos
procedimentos técnicos usados. E existem dois grandes grupos, o primeiro engloba a pesquisa
bibliográfica e a documental. O segundo inclui-se a pesquisa experimental, a ex-post-facto, o
levantamento e o estudo de caso. Neste caso concreto, utiliza-se, primeiramente, a pesquisa

1
Existem outros artigos, os quais não menciono aqui porque o objetivo deste trabalho é mias direcionado
para a metodologia. Assim, a descrição do “estado de arte” e a justificação do tema não é aqui abordado.

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bibliográfica, visando identificar o que já foi escrito sobre o assunto. Depois, segue-se o estudo
de caso, onde o se procura o conhecimento profundo e exaustivo de um fenómeno (Gil, 2002,
pp. 54 e 88).
Segundo Yin (2003, p. 13) o estudo de um caso, em termos do processo de pesquisa é:
“uma investigação empírica de um fenómeno contemporâneo dentro do seu contexto da vida
real, especialmente, quando as fronteiras entre o fenómeno e o contexto não são claramente
evidentes2”. Em contrapartida, Merriam (2007, p. 27) elabora a sua noção, tendo em conta o
produto final, afirmando que “é uma descrição e análise intensiva e holística de uma única
instância, fenómeno ou unidade social3”. Ademais Stake (1995, p. xi) afirma que o estudo de
caso é a averiguação de um caso particular e complexo, procurando compreender a sua
atividade em circunstâncias importantes. Assim, pode-se considerar o estudo de caso como uma
abordagem metodológica que permite analisar com intensidade e profundidade diversos aspetos
de um fenómeno, de um problema, de uma situação real: o caso.
Ainda, segundo Merriam (2007) o “caso” é algo que se pode colocar fronteiras, ou como
ela diz “uma cerca”. Ou seja, é uma única unidade de estudo, que pode ser um estudante, um
professor, como também um grupo, uma comunidade. Por conseguinte o fenómeno investigado
irá estar circunscrito nas limitações que o investigador lhe coloca, dentro do seu contexto. Nesta
pesquisa, o fenómeno é “a vivência do covid-19” a unidade será a “comunidade de imigrantes
muçulmanos” no seu contexto “distrito do porto”. Ainda irá obter-se da análise dos dados
recolhido uma descrição detalhada e rigorosa do caso que constitui o objeto de estudo (Carmo
& Ferreira, 1998, p. 236). Por fim, esta é uma escolha estratégica para questões de “como” ou
“porque” e poderá ser usada em casos exploratórios, descritivos, explicativos e avaliativos
(Yin, 2003, pp. 13–16).
Uma questão pertinente na utilização do estudo de caso como método de análise do
fenómeno é a sua validade e fiabilidade. A questão, de os dados obtidos poderem ser replicados
caso o estudo fosse repetido é quase impossível de conseguir. Pois, em muitas pesquisas deste
género o investigador é um dos instrumentos de estudo, também, o caso, em si, pode não ser
replicado por ser uma ocorrência única. (Yin, 2003, pp. 33–39). Por conseguinte a fiabilidade
do estudo terá que ser alcançada através de uma descrição pormenorizada e rigorosa de todos
os passos do estudo, incluindo a recolha de dados e da forma como se obtiveram os resultados.

2
Tradução livre da autora. No original: “an empirical inquiry that investigates a contemporary phenomenon
within its real-life context, especially when the boundaries between phenomenon and context are not clearly
evident” (Yin, 2003, p. 13).
3
Tradução livre da autora. No original “is an intensive, holistic description and analysis of a single instance,
phenomenon, or social unit (Merriam, 2007, p. 27).

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Adicionalmente, apresentar uma explicação de pressupostos e das teorias subjacentes ao


próprio estudo (Carmo & Ferreira, 1998, p. 236).
Quanto à validação esta pode ser realizada através, de uma ou mais, das seguintes formas:
triangulação de dados e/ou métodos; verificando os dados recolhidos, se, por exemplo, as
transcrições das entrevistas estão exatamente iguais aquilo que foi dito; captar a informação
por vários instrumentos (entrevista, questionário, etc.); fazer uma relação densa entre as causas
e efeitos e das inferências consideradas na investigação de forma a reduzir a subjetividade do
investigador; discutir os resultados com outros investigadores; e envolver os participantes em
todas as fases da investigação (Carmo & Ferreira, 1998, p. 236; Yin, 2003, pp. 33–39).
O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa o qual será influenciado por paradigmas
interpretativos que estruturam a pesquisa qualitativa, dando uma lente pela qual o pesquisador
observa o mundo. Existem vários paradigmas e perspetivas teóricas. Flick (2005) menciona
três delas: o interacionismo simbólico, a etnometodologia e as posições estruturalistas ou
psicanalíticas. No entanto, Denzin & Lincoln (2006, p. 34) referem quatros que consideram ser
os principais: positivista e pós-positivista, construtivista-interpretativo, crítico (marxista,
emancipatório) e feminista-pós-estrutural.
Cada um destes paradigmas exige esforços específicos do pesquisador em trono de três
questões fundamentais e interdependentes: ontologia (que tipo é o ser humano? qual a natureza
da realidade?); epistemologia (qual a relação existente entre o investigador e o conhecido); e
metodologia (como conhecemos o mundo ou adquirimos conhecimento a seu respeito?)
(Denzin & Lincoln, 2006, p. 34). Estas questões são fundamentadas em crenças que contém
premissas epistemológicas, ontológicas e metodológicas do pesquisador, que “pode ser
denominada por paradigma ou esquema interpretativo” (Denzin & Lincoln, 2006, p. 34).
No paradigma construtivista, o indivíduo constrói conhecimento e a sua experiência por
meio da interação social, dando ênfase à compreensão dos fenómenos (Given, 2008, p. 116).
Esta perspetiva supõe “uma ontologia relativista (existem realidades múltiplas), uma
epistemologia subjetivista (o conhecedor e o entrevistado trabalham juntos na criação das
compreensões) e um conjunto naturalista (no mundo natural) de procedimentos
metodológicos”(Denzin & Lincoln, 2006, p. 35). Tem uma orientação subjetiva e interpretativa,
centrando-se na descrição e na compreensão da experiência vivida, sentida e realizada pelos
sujeitos. Neste sentido, a realidade existe enquanto construção mental, mas na sua forma e
conteúdo das vivências sociais de cada um (Guba, 1990, cit. Denzin & Lincoln, 2006).
Assim, o pesquisador dá significado à realidade que os sujeitos em estudo apresentam,
através de diálogo e interação com os participantes. Significa isto, que o investigador e o

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investigado estão interrelacionados, sendo que subjetividade do investigador e daquele que se


estudam se evidenciam como parte integrante do processo de investigação. Neste sentido, são
utilizadas questões abertas dando azo à interpretação das respostas. Ainda está presente a
descrição e interpretação das construções individuais e uma comparação entre as construções
dos investigados com as do investigador e com as construções teóricas disponíveis.
Em suma, o tema é sobre as “Vivências com a pandemia Covid-19”. E para compreender
e conhecer as experiências das pessoas com este fenómeno é necessário dar-lhes “espaço” para
que contem as suas histórias. No entanto, não se prende que seja uma história sem
enquadramento. Assim haverá um guião que irá conduzir uma entrevista semiestruturada de
foram obter o que ser pretende. Por isso, estamos a captar a subjetividade do investigado acerca
dos seus valores, representações, crenças, opiniões, atitudes e hábitos. Depois haverá uma
análise daquilo que foi dito que terá também a subjetividade do investigador, pois este é que
interpretará e dar significado ao que foi dito, perante a construções teóricas que estão
disponíveis. Por conseguinte, esta investigação será qualitativa de cariz construtivista, usando
o estudo de caso como uma estratégia aplicar.

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Bibliografia (obras citadas)

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Agyemang, C., Mota, C., Ikuomola, O. B., Simbayi, L., Fallah, M. P., Qian, Z.,
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my.sharepoint.com/:b:/g/personal/802627_estudante_uab_pt/EdpzPzpELRpCkPTsyuT
DT24BtHt5c1BTwEXpLhOaLl9-Ug?e=GSNXW6

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projeto-europeu-sobre-o-impacto-da-pandemia-na-saude-mental.html

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Paulino, M., Dumas-Diniz, R., Brissos, S., Brites, R., Alho, L., Simões, Mário.
R., & Silva, Carlos. F. (2021). COVID-19 in Portugal: Exploring the immediate
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