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Assane Mahando
Gilmar José Chales Lucas
Ivandra Hermínia N. Sumaila
Maria Shelsia Tomas
Sodinho Simão
Índice
i. Introdução..................................................................................................................................4
1. Estrutura de Capital...................................................................................................................5
2. Conceito de Dividendos...............................................................................................................7
ii. Conclusão................................................................................................................................13
i. Introdução
O trabalho que se segue oferece uma abordagem sistemática e breve sobre a estrutura de
capital e politica de dividendos, onde será trazido algumas informações a respeito de certos
autores relacionado ao tema.
A temática da estrutura de capital de uma empresa está relacionada com a escolha entre as
duas diferentes fontes de financiamento que as mesmas têm à sua disposição para suprir as
suas necessidades financeiras; capitais próprios e/ou capitais alheios.
Romão (2013) considera que a estrutura de capital são os fundos externos a que a empresa
recorre para financiar os seus ativos. Salienta que a obtenção dos fundos em questão pode ser
feita através de emissão de dívida, de capital ou uma combinação de ambas.
Uma das principais e mais complexas decisões financeiras de uma companhia diz respeito a
definição de sua politica de dividendos. Politica de dividendos refere-se a decisão que a
companhia deve tomar entre distribuir fundos aos acionistas ou reter os lucros. A busca da
maximização do valor da companhia para seus acionistas, por parte dos gestores, poderá ser
alcançada quando se atingir a relação ótima entre lucros retidos e distribuídos.
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1. Estrutura de Capital
Conceito
A temática da estrutura de capital de uma empresa está relacionada com a escolha entre as
duas diferentes fontes de financiamento que as mesmas têm à sua disposição para suprir as
suas necessidades financeiras; capitais próprios e/ou capitais alheios.
Segundo Silva (2012) a estrutura de capital está relacionada com a escolha das diferentes
fontes de financiamento que a empresa tem ao seu dispor para satisfazer as suas necessidades
financeiras.
Romão (2013) considera que a estrutura de capital são os fundos externos a que a empresa
recorre para financiar os seus ativos. Salienta que a obtenção dos fundos em questão pode ser
feita através de emissão de dívida, de capital ou uma combinação de ambas.
Silva (2013), entende a estrutura de capitais como a combinação entre capitais próprios e
capitais alheios que é utlizada pelas empresas para financiar os seus ativos. O financiamento
dos ativos da empresa pode ter origem no interior da empresa sob a forma de lucros retidos
ou no seu exterior através de capital obtido pelos acionistas ou pelos credores.
Abordagem Tradicional
A abordagem tradicional pressupõe a existência de uma estrutura de capital ótima, que seria
uma combinação entre o capital alheio e o capital próprio, onde é possível minimizar o custo
da capital e consequentemente maximizar o valor da empresa.
Martins (1999) e Suárez (1996) citados por Rebelo (2003), referem que a abordagem
tradicional é muito defendida por gestores financeiros, mas como essa não é suportada por
nenhum modelo formal não reúne os requisitos para ser considerada uma verdadeira teoria.
Apesar dessa abordagem já ter sido concedida por Durand (1952) na sua abordagem do lucro
operacional líquido, os autores foram os primeiros a descrever o modo, ou seja, de que forma
se confirma essa irrelevância.
Esta teoria assenta assim no efeito da fiscalidade sobre a estrutura de capital. Defende que o
impacto que a fiscalidade exerce sobre a estrutura de capital se deve à diferença de
tratamento fiscal entre os custos suportados com a utilização de capitais próprios e os capitais
alheios. Os custos suportados com a utilização de capitais alheios, sob a forma de juros,
sendo dedutíveis fiscalmente, possibilitam uma redução na carga fiscal da empresa, por sua
vez, os custos suportados com a utilização dos capitais próprios, sob a forma de dividendos,
não o possibilitam. Esta situação fará com que o imposto sobre o rendimento das empresas
seja um estímulo ao endividamento, pois o financiamento através do endividamento
possibilita às empresas reduzirem a sua carga fiscal.
Teoria da Sinalização
Novo (2009) defendeu que “Os gestores possuem informações sobre as empresas e, através
de programas de incentivos sinalizam as informações da estrutura financeira da empresa para
o Mercado” (p.36).
as suas decisões financeiras. Os investidores irão interpretar estas decisões como sinais que
fornecem indícios sobre futuros fluxos de rendimento da empresa, ou seja, indícios sobre o
que vai acontecer à empresa no futuro. De acordo com Gama (2000, p.66) citado por Novo
(2009) “os sinais mais utilizados no domínio financeiro são: a sinalização pelo nível de
endividamento e pela política de dividendos” (p.36)
A teoria do Market timing é uma das abordagens teóricas sobre a estrutura de capitais mais
atuais, os autores tentam explicar a estrutura de capital baseando-se na assimetria de
informação. Esta teoria foca-se no momento da emissão de ações por parte das empresas e
considera a existência de um mercado imperfeito e ineficiente. As “falhas” desse mercado
Esta abordagem aparece nos finais dos anos oitenta, registada por diversos investigadores da
gestão estratégica. Estes propuseram a perspetiva estratégica como uma nova abordagem ao
estudo da estrutura de capital. Acreditaram que esta perspetiva aliada a perspetiva financeira
ajudará a obter uma maior compreensão da problemática da estrutura de capital.
Correia (2003) salienta alguns autores que têm investigado a relação entre a estrutura de
capital das empresas e as suas estratégias empresarial e de negocio, entre eles encontravam se
Barton e Gordon (1987) e Lowe, Naughton e Taylor (1994). Contudo salienta que até a altura
existia pouco trabalho empírico e teórico desenvolvido nessa área.
2. Conceito de Dividendos
Segundo Luquet (2005), dividendos são partes do investimento na empresa, ou seja, quando a
empresa obtém lucro, ela precisa dividir em três partes, sendo uma para reinvestir na própria
empresa, uma parte para deixar como reserva e uma outra para dividir em forma de
dividendos aos acionistas. Na lei há duas formas de dividendo: o obrigatório e o prioritário. A
forma de obrigatoriedade limita a distribuição de parte do lucro liquido do exercício e a
forma prioritária compromete não apenas o lucro liquido, mas também as reservas de lucro e
os lucros acumulados.
Uma das principais e mais complexas decisões financeiras de uma companhia diz respeito a
definição de sua politica de dividendos. Politica de dividendos refere-se a decisão que a
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companhia deve tomar entre distribuir fundos aos acionistas ou reter os lucros. A busca da
maximização do valor da companhia para seus acionistas, por parte dos gestores, poderá ser
alcançada quando se atingir a relação ótima entre lucros retidos e distribuídos.
De acordo com Ross, Westfield e Jaffe (2002), o termo dividendo se refere a distribuições de
lucro em dinheiro. Os autores salientam ainda que, em termos gerais, se aceita como parte da
politica de dividendos qualquer pagamento direto efetuado pela companhia aos seus
acionistas.
1. A retenção de lucros;
2. O pagamento dos dividendos e juros sobre capital próprio; por consequência, tudo o
que vier a correr em virtude da decisão tomada pelos gestores.
Teoria residual
O referido autor salienta ainda, que essa teoria se baseia em quatro etapas, que seguem
abaixo:
2 etapa: determinar o volume de capital próprio a ser utilizado para financiar esse orçamento,
isto é, tomar a decisão de financiamento, fixando as proporções de capital próprio e de capital
de terceiros que serão utilizados pela empresa.
3 etapa: usar a retenção de lucros ao máximo possível para cobrir as necessidades de capital
próprio, já que, alternativamente, é mais caro obter novo capital próprio extremamente,
devido a despesas de emissão e colocação de novas ações.
4 etapa: distribuir aos acionistas todo lucro excedente, se houver. É por isso que a política de
dividendos, neste processo, é vista como algo residual.
Esta teoria sugere que, quando a empresa não possui oportunidades aceitáveis de
investimento, deve distribuir os fundos ociosos aos proprietários, que poderão investir 0
dinheiro em outras empresas que possuam alternativas aceitáveis de investimentos. Ou seja,
serão distribuídos apenas os resíduos que a empresa não teve oportunidades de investir.
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Segundo GITMAN (1984; p.550) “eles argumentam, através de uma variedade de razões e
impondo inúmeras suposições restritivas, que a maneira como uma empresa divide seus
lucros entre dividendos e reinvestimento não tem nenhum efeito sobre seu valor”.
A teoria da irrelevância dos dividendos afirma que os acionistas são indiferentes à escolha
entre dividendos e lucros retidos. O valor da empresa é independente da sua política de
dividendos.
GITMAN (1984; p.550) salienta ainda, que uma empresa atrairá aqueles acionistas cujas
preferências quanto ao pagamento e estabilidade dos dividendos correspondam ao padrão e
estabilidade de pagamento mostrados pela empresa.
Essa teoria derruba as suposições da teoria da irrelevância dos dividendos. Pois, segundo
MARTINS e ASSAF NETO (l986; p.522), os adeptos dessa teoria acreditam que os
acionistas se preocupam com a forma pela qual os resultados líquidos de uma empresa são
repartidos (retidos ou distribuídos sob forma de dividendos em dinheiro), 0 que vem afetar o
preço de mercado de suas ações.
GITMAN (1984, p.551) explica ainda, que uma crença básica daqueles que apoiam a
relevância dos dividendos é que uma vez que os pagamentos de dividendos correntes
reduzem a incerteza do investidor, os investidores descontam os lucros da empresa a uma
taxa menor, portanto atribuindo um valor maior à ação da empresa. Por outro lado, se os
dividendos não fossem pagos, a incerteza do investidor cresceria, elevando a taxa de retomo e
baixando o valor da ação.
Existem vários tipos de políticas de dividendos disponíveis a cada empresa. Sendo que abaixo
será descrito três dessas políticas, que são as mais comumente usadas.
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O índice payout indica a percentagem de cada unidade monetária obtida que é distribuída aos
proprietários em forma de caixa.
Segundo GITMAN (l984; p.558), “um tipo de política de dividendos muitas vezes adotado
pelas empresas é o uso de um índice payout constante”.
O referido autor explica que nesse tipo de política, a empresa simplesmente estabelece uma
certa percentagem do lucro a ser distribuída em cada período. O problema decorrente é que,
se o lucro da empresa cair ou ocorrer um prejuízo num dado período, os dividendos serão
baixos ou até inexistentes. O que certamente causará uma queda no valor da ação da empresa.
Pois, como já foi citado anteriormente, quanto maior os dividendos maior o preço da ação,
sendo a recíproca verdadeira. Devido a esse fator, apesar de ainda ser utilizada, essa política
não é muito aconselhável para que uma empresa a adote.
De acordo com GITMAN (1984; p.559), esse é outro tipo de política de dividendos, em vez
de se basear em um percentual, baseia-se no pagamento de um dividendo fixo em dinheiro,
em cada período. Essa política não fornece aos proprietários de ações nem boas, nem más
informações, mas com certeza minimiza os riscos de suas incertezas.
Muitas vezes as empresas que usam esta política, poderão aumentar o dividendo regular, após
ter ocorrido um aumento comprovado nos lucros. Logo, sob essa política, os dividendos
quase nunca são diminuídos.
Sendo assim, se o lucro for maior do que o normal num dado período, a empresa pagará um
dividendo adicional, que será designado por dividendo extra. A empresa o chama de
dividendo extra para que os proprietários não criem falsas expectativas de maiores dividendos
nos períodos seguintes. Esse tipo de dividendo é muito utilizado por companhias onde as
variações dos seus lucros são cíclicas, ou seja, variam muito em determinados períodos de
tempo.
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GITMAN (1984; p.560) explica também que, ao estabelecer um dividendo regular baixo que
é pago a cada período, a empresa dá aos investidores a renda de dividendo estável necessária
para fortalecer sua confiança na empresa, enquanto que 0 dividendo extra lhes permite
participar do êxito, se a empresa experimentar um período especialmente bom.
Essas três políticas de dividendos são apenas alguns dos planos básicos disponíveis a uma
empresa. É necessário o estabelecimento de uma política de dividendos que seja conhecida
não só pelos diretores, como também pelos proprietários da empresa. A política deve se
adequar as várias restrições impostas à empresa e atender ao objetivo a longo prazo de
maximizar a riqueza dos proprietários.
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ii. Conclusão
Feito o trabalho, conclui-se que a estrutura de capital pode ser considerada a forma como
uma empresa financia suas interações gerais, utilizando diferentes fontes de recursos. Esse
conceito é extremamente importante já que, sem ele, não é possível ter acesso ao custo
de capital de um negócio, o que pode ser determinante na geração de valor. Por outro lado,
encontramos a politica de dividendos que é a decisão que a companhia deve tomar entre
distribuir fundos aos acionistas ou reter os lucros. A busca da maximização do valor da
companhia para seus acionistas, por parte dos gestores, poderá ser alcançada quando se
atingir a relação ótima entre lucros retidos e distribuídos.
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