Tema: Noção de trabalho O trabalho é das actividades que mais se dedicam as pessoas maiores de 18 anos nas sociedades contemporâneas. Já foi vista como castigo, como actividade para grupos que estão nas categorias menos prestigiadas Segundo o sociólogo britânico Anthony Giddens trabalho é a realização de actividades que envolvem esforço físico e mental, com o fim de produzir bens e serviços para satisfação das necessidades humanas. O trabalho exige previsibilidade de tempo, algum conhecimento e habilidades e pode ser remunerado e não remunerado. O emprego é um trabalho realizado em troca de pagamento ou salário regular. A sociologia do trabalho é uma área especializada da sociologia que dedica ao estudo das relações estabelecidas no trabalho das organizações produtivas. Entre as organizações do trabalho estão a famílias, as ONGs, as empresas e as indústrias • Três clássicos: Taylor, Fayol e Weber A emergência histórica da organização científica do trabalho segundo Frederick W. Taylor (1856-1915) Este autor considerava que a) se o factor produção “trabalho” aumentar a sua produtividade, a produção de riqueza global em bens e serviços aumentará de forma correspondente. Era preciso estudar o dispêndio de energias fisiológicas e intelectuais do factor de produção trabalho b) a racionalidade instrumental no funcionamento das organizações a partir de uma identidade sistemática entre meios e fins inscritos “homem certo no lugar certo” c) existência de métodos de gestão racional e científica de formas a permitir que acção individual e colectiva evoluísse para a especialização e estandarização. Princípios básicos da organização científica do trabalho, segundo Taylor: Planeamento (os membros da direcção devem criar e desenvolver estudos exaustivos de cada elemento do processo de trabalho) Preparação (seleccionar e formar os operários de acordo com as suas aptidões específicas) Controlo (os operários precisam ser controlados para que se mantenham focalizados nos objectivos da empresa Separação entre concepção e a execução do trabalho (membros de direcção dedicados a concepção do trabalho e os operários devem ter energias fisiológicas para execução) Henri Fayol e a perspectiva administrativa das empresas Henri Fayol (1841-1925) Era apologista que os gestores deviam ser formados em escolas francesas que tivessem capacidades e idoneidade científica aprofundadas. Propôs uma reforma curricular das escolas francesas que considerava demasiado tecnicistas e das matemáticas para incluir questões relevantes para o funcionamento das empresas: disciplinas como administração, finanças, segurança, contabilidade, técnica e comercial. Divisão do trabalho (especialização de tarefas que as pessoas executam e a separação de poderes) Autoridade-responsabilidade (direito de dar ordens e o poder de se fazer obedecer) Disciplina (obediência, assiduidade, actividade metódica, comportamento conforme com o respeito dos contratos) Unidade de comando (ordem de um único chefe) Unidade de direcção (um só chefe, um só programa e um conjunto de operações que visam o mesmo objectivo) • Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais (os interesses gerais da empresa prevalecem em relação aos de grupos ou do agente) • Remuneração do pessoal (a remuneração deve ser proporcional ao esforço de cada um) • Centralização (concentra toda autoridade no topo hierárquico da empresa) • Hierarquia ( é a série de chefes que existem desde os níveis hierárquicos superiores até aos inferiores) Ordem (um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar) Equidade (justiça é a realização das convenções estabelecidas entre empregados e patrões) Estabilidade do pessoal (só com o tempo uma agente aprende a executar bem as coisas, por isso é importante ter estabilidade pessoal) Iniciativa (conceber um plano e assegurar a sua execução, liberdade de propor e executar as tarefas de formas a estimular a criatividade humana) União do pessoal (harmonia e união do pessoal numa empresa dá a esta última uma grande força) Considerava que a virtualidade da administração burocrática está na sua eficiência. Deviam implantar-se como modelo de funcionamento das organizações modernas e desenvolverem-se com proficiência devida por forma a torná-las mais racionais e eficientes. As características básicas para sustentabilidade e funcionamento da administração burocrática são as seguintes: Funções definidas por lei (regras e regulamentos escritos, com carácter preescritivo e normativo que induzem que as acções sejam formais e estandarizadas Hierarquia da autoridade (a autoridade é exercida e legitimada pelas diferentes funções hierárquicas que correspondem a cada cargo) Avaliação e selecção dos funcionários (a avaliação e selecção dos funcionários deve ser feita em função das suas competências e por critérios objectivos, científicos e racionais Relações do tipo formal (os funcionários devem executar as tarefas relacionadas com o seu cargo Remuneração regular dos funcionários (o salário regular não deve ser feito pelo trabalho realizado mas sobre a base das funções que executam e o tempo de serviço de cada funcionário) Separação da propriedade e do cargo (o funcionário não é proprietário dos meios de produção e nem o proprietário do seu posto de trabalho Carreira regular dos funcionários (pressupõe emprego fixo e uma carreira regular, prescrição do tempo e requisito para ter acesso a uma posição e ascender na carreira Divisão do trabalho (grande espacialização na execução das suas tarefas e funções)
Sincronicidade e entrelaçamento quântico. Campos de força. Não-localidade. Percepções extra-sensoriais. As surpreendentes propriedades da física quântica.