Você está na página 1de 27

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL I

TRANSFORMAÇÕES NO
CENÁRIO INDUSTRIAL

Fabianne de Lima Silva


Psicóloga - CRP10/05395
E-mail: psi.fabianne@gmail.com

21 de setembro de 2022
MUDANÇAS E TRANSFORMAÇÕES
LABORAIS NO CENÁRIO MUNDIAL
Ao longo de toda a história da humanidade, sucedem-se os
desdobramentos da atividade laboral do ser humano. Quem trabalha
para quem, quem faz a guerra para quem, quem é o escravo de quem,
quem é o dominador, quem é o chefe e quem é o empregado, tudo
isso mostra que o trabalho vem sendo desempenhado sob múltiplas
formas e diferentes tipos e usos. Todavia, é a partir da Revolução
Industrial que surge o conceito atual de trabalho e foi no decorrer do
século XX que o trabalho recebeu a configuração que hoje está
assumindo.
O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que
influenciaram poderosamente as organizações, a administração e os
comportamentos. Foi o século que pode ser definido como o das
burocracias ou das fábricas, apesar da mudança que se acelerou nas
últimas décadas. As mudanças e as transformações que aconteceram
marcaram indelevelmente a maneira de administrar as pessoas.
Neste sentido, pode-se visualizar ao longo do século XX três
eras organizacionais distintas: a Era da Industrialização Clássica, a
Era da Industrialização Neoclássica e a Era da Informação. A visão
das características de cada uma delas permite compreender melhor
as filosofias e as práticas de lidar com as pessoas que participam das
organizações.
 Era da Industrialização Clássica:

É o período logo após a Revolução Industrial e que envolveu


a primeira metade do século XX, ou seja, estendeu-se até meados
de 1950. A maior característica foi a intensificação da
industrialização em amplitude mundial e o surgimento dos países
desenvolvidos ou industrializados. Nesse longo período de crises e
prosperidade, as empresas passaram a adotar a estrutura
organizacional burocrática, caracterizada pelo formato piramidal e
centralizador, com ênfase na departamentalização funcional, na
centralização das decisões no topo da hierarquia e no
estabelecimento de regras e regulamentos internos para disciplinar
e padronizar o comportamento das pessoas.
O mundo se caracterizava por mudanças
previsíveis que aconteciam de forma gradativa e lenta. O
ambiente que envolvia as organizações era conservador e
voltado para a manutenção do status quo (expressão do
Latim que significa “o estado das coisas”), ou seja, para
a manutenção do estado atual das coisas.
O ambiente não oferecia desafios por causa do
relativo grau de certeza quanto às mudanças externas, o
que permitia que as organizações se introvertessem e se
preocupassem com seus problemas internos de produção.
A eficiência era a preocupação básica, e para alcançá-la
eram necessárias medidas de padronização, simplificação e
especialização da mão de obra para permitir escalas de
produção maiores e custos menores. O modelo
organizacional baseava-se em um desenho mecanístico
típico da lógica do sistema fechado.
 Era da Industrialização Neoclássica:

É o período que se estende entre as décadas de


1950 e 1990. Teve início logo após a Segunda Guerra
Mundial, quando o mundo começou a mudar mais rápida
e intensamente. A velocidade da mudança aumentou
progressivamente. As transações comerciais passaram da
amplitude local para a regional, e de regional para
internacional, tornando-se cada vez mais intensas e
menos previsíveis, acentuando a competição entre as
empresas.
O velho modelo burocrático e funcional,
centralizador e piramidal utilizado para formatar as
estruturas organizacionais, tornou-se rígido e vagaroso
demais para acompanhar as mudanças e as
transformações do ambiente. As organizações tentaram
novos modelos estruturais para incentivar a inovação e o
ajustamento às mutáveis condições externas.
A estrutura matricial, uma espécie de quebra-
galhos para reconfigurar e reavivar a velha e tradicional
organização funcional, foi a resposta típica das
organizações para conjugar a departamentalização
funcional com um esquema complementar de estrutura
por produtos/serviços a fim de proporcionar
flexibilidade, tentar implantar a inovação e o dinamismo
e alcançar maior competitividade. Era como se tentasse
colocar um turbo em um motor velho e desgastado.
A organização matricial promoveu melhorias na
arquitetura organizacional das grandes empresas, mas
não o suficiente, pois não conseguia remover a rigidez
da velha estrutura funcional e burocrática sobre a qual
se assentavam. Mas as suas vantagens foram
aproveitadas pela posterior fragmentação e
decomposição das grandes organizações em unidades
estratégicas de negócios para torná-las mais bem
administráveis, mais ágeis e mais próximas do mercado
e do cliente.
 Era da Informação:

É o período que começou no início da década de


1990. É a época atual, que se vive a caminho da Era do
conhecimento. A característica principal são as
mudanças, que se tornaram rápidas, imprevistas,
turbulentas e inesperadas. A tecnologia da informação
(TI) – integrando a televisão, o telefone, o computador, a
internet e as redes sociais – trouxe desdobramentos
imprevisíveis e transformou o mundo em uma verdadeira
aldeia global.
A informação passou a cruzar o planeta em
milésimos de segundos. A TI forneceu as condições
básicas para o surgimento da globalização da
economia. A competitividade tornou-se intensa e
complexa entre as organizações. O volátil mercado de
capitais passou a migrar de um continente para outro
em segundos à procura de novas oportunidades de
investimentos, ainda que transitórias.
Em uma época em que todos dispõem da
informação em tempo real, são mais bem-sucedidas as
organizações capazes de tomar a informação e
transformá-la rapidamente em uma oportunidade de
novo produto ou serviço, antes que outras o façam. O
capital financeiro deixou de ser o recurso mais
importante, cedendo lugar para o capital intelectual.
Mais importante que o dinheiro é o conhecimento sobre
como usá-lo e aplicá-lo de maneira rentável. Nessas
circunstâncias, os tradicionais fatores de produção – terra, mão de
obra e capital – produzem retornos cada vez menores em uma
escala de rendimentos decrescentes. É a vez do conhecimento, do
capital humano e do capital intelectual. O conhecimento torna-se
básico e o desafio maior passa a ser a produtividade do
conhecimento. Tornar o conhecimento útil e produtivo tornou-se
a maior responsabilidade gerencial. Na era da informação, o
emprego passou a migrar do setor industrial para o setor de
serviços, o trabalho manual substituído pelo trabalho mental,
indicando o caminho para uma era da pós-industrialização
baseada no conhecimento e no setor terciário.
SUSTENTABILIDADE
Foi estabelecido para as empresas o Tripé da
Sustentabilidade, com práticas sociais, ambientais e
econômicas que devem estar alinhadas para o seu
desenvolvimento.
O Âmbito social: o seu objetivo é trazer uma melhor qualidade
de vida às pessoas ligadas, direta ou indiretamente, à
empresa.
O Âmbito ambiental: é possível criar ações para minimizar os
impactos negativos causados pelas atividades, utilizando as
matérias-primas, reciclagem e fontes de energia renováveis
de maneira eficiente.
O Âmbito econômico: o foco é a lucratividade, porém deve-se
lucrar enquanto a empresa sustenta a utilização de recursos
naturais e viabiliza a qualidade de vida de seus
colaboradores. As ações responsáveis pela lucratividade
devem estar alinhadas a atitudes conscientes, que respeitem
o meio ambiente e proporcionem uma melhor qualidade de
vida aos seus colaboradores.
Empresa brasileira de cosméticos que realiza ações de uso
sustentável de recursos naturais da Amazônia, portanto, 80% dos seus
produtos são de origem vegetal.
Além disso, a empresa desenvolve e substitui substâncias usadas em
seus produtos, como o polietileno convencional por polietileno verde, que é
composto por cana-de-açúcar, contribuindo para a diminuição dos
impactos ambientais.
Em 2017, a linha “Ekos” foi distribuída em embalagens
reaproveitadas de 6 milhões de garrafas PET e cerca de 48 mil toneladas de
papel, produzindo, assim, um menor volume de plástico.
Um dos maiores bancos da América Latina e a primeira instituição
bancária a usar energia solar para abastecer as suas agências.
A iniciativa iniciou na cidade de Porteirinha, no norte mineiro, que
serviu para a construção de uma usina com capacidade de geração
suficiente para abastecer 100 agências.
Além de gerar uma economia de R$ 80 milhões em 12 anos para o
banco, essa ação é responsável por diminuir a emissão de dióxido de
carbono em mil toneladas por ano.
Responsável pela fabricação de smartphones, possui ações de
reciclagem e energia renovável.
A fabricante da Coreia do Sul está ainda atenta aos valores
sociais, o que aplica em projetos de educação e inclusão social.
MARCAS QUE VIRARAM SINÔNIMO DE
PRODUTOS
O Chiclete: goma de mascar; O Caldo Knorr: caldo de galinha em
O Leite Moça: leite condensado; cubos;
O Q-boa: água sanitária; O Super Bonder: cola;
O Maisena: amido de milho; O Sucrilhos: cereal matinal.
O Pó Royal: fermento químico em O Danone: iogurte;
pó; O Modess: absorvente íntimo
O Nescau: achocolatado em pó; feminino;
O Nescafé: café solúvel; O OB: absorvente íntimo feminino
O Leite Ninho: leite em pó; interno;
O Toddynho: achocolatado pronto; O Pyrex: refratário de Vidro;
O Pinho sol: desinfetante;
O Gillette: lâmina de barbear;
O Miojo: macarrão instantâneo;
O Bombril: esponja de aço;
O Zíper: fecho éclair;
O Durex: fita adesiva;
O Band-aid: curativo;
O Jet-ski: moto aquática;
O Jacuzzi: banheira de hidromassagem;
O Havaianas: chinelos de borracha.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

O CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos


humanos nas organizações. 4. ed. Barueri-SP: Manole, 2014.

Você também pode gostar